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MICROECONOMIA - PINDICK E RUBINFELD OBS.: Esse material é um resumo dos capítulos 8 e 9 do livro Microeconomia de Pindick e Rubinfeld, ele contem os pontos e observações próprias do que eu achei mais importante à luz do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática e ele pode sofrer alterações com o passar do tempo. Cópias não são autorizadas. CAP. 8 - MAXIMIZAÇÃO DE LUCROS E OFERTA COMPETITIVA 8.1 Mercados perfeitamente competitivos: · Pressupostos básicos para a competição perfeita (curva de demanda horizontal): · (1) as empresas são tomadoras de preços; · (2) homogeneidade de produto; · (3) livre entrada e saída de empresas; · Tomadoras de preço: empresas que não têm influência sobre o preço de mercado e, portanto, tomam o preço como dado; · Homogeneidade dos produtos: quando os produtos de todas as empresas em um mercado são substitutos perfeitos entre si. Esses produtos caracterizados pela homogeneidade são chamados pelos economistas como commodities; · Livre entrada e saída: condição segundo a qual não existem custos especiais que tornam difícil para uma empresa entrar em um setor (ou sair dele); Quando um mercado é altamente competitivo: não há regras para definir quando um mercado é altamente competitivo, mas se as empresas se defrontam com curvas de demanda com elevada elasticidade e relativa facilidade de entrada e de saída provavelmente o mercado será altamente competitivo; 8.2 Maximização de lucros: Será que as empresas maximizam os lucros? O interesse da empresa deve ser de maximização de valor de mercado da empresa e maximização de lucros, em alguns casos, quando a empresa é gerida por administradores e não pelos proprietários, eles podem administra-la sem o objetivo de maximizar os lucros, mas a longo prazo isso dará errado; Formas alternativas de organização: · Cooperativa: associação de negócios ou pessoas cuja propriedade e gerenciamento se dão de forma conjunta pelos membros visando ao benefício mútuo (cada membro visa maximizar os próprios lucros e não os lucros da cooperativa como um todo); · Pode ser uma cooperativa habitacional (em que o terreno e a construção são de propriedade de uma cooperativa e seus residentes sejam membros e/ou acionistas da cooperativa) ou de agricultura por exemplo; · Um outro tipo de organização habitacional, que não é uma cooperativa porque suas unidades são particulares enquanto suas áreas comuns são controladas em conjunto, é o condomínio: uma unidade habitacional que é particular, mas fornece acesso a instalações comuns que são pagas e controladas em conjunto por uma associação de condôminos; 8.3 Receita marginal, custo marginal e maximização de lucros: · Lucro: diferença entre receita total e custo total; · Receita marginal: mudança na receita resultante do aumento de uma unidade na produção; · Para maximizar lucros, a empresa opta pelo nível de produção para o qual a diferença entre receita e custo seja máxima; · O lucro é maximizado quando a receita marginal é igual ao custo marginal, pois um incremento adicional no nível de produção mantém o lucro inalterado; CMg(q) = RMg = P · Demanda e receita marginal para uma empresa competitiva: · A quantidade que a empresa decidir vender não terá impacto sobre o preço de mercado do produto; · (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld) · Ao longo dessa curva de demanda d, a receita marginal, a receita média e o preço são iguais; 8.4 Escolha do nível de produção no curto prazo: Maximização de lucros no curto prazo por uma empresa competitiva: (curto prazo = empresa opera com uma quantidade fixa de capital e deve escolher o seu nível de insumos variáveis (trabalho e matéria-prima)); · A receita marginal deve ser igual ao custo marginal em um momento em que a curva de custo marginal esteja em ascensão; · Uma empresa deve fechar se o preço de mercado for menor do que o custo variável médio; · Uma empresa que está perdendo dinheiro não quer dizer que precisa necessariamente sair do mercado pois se há uma expectativa de melhora do mercado e a possibilidade de se manter no curto prazo, talvez seja mais rentável do que deixar o mercado de vez, ela também pode deixar de produzir mas não fechar totalmente; 8.5 Curva de oferta no curto prazo da empresa competitiva: · Curva de oferta da empresa: é a parte da curva de custo marginal na qual este é superior ao custo variável médio; · As curvas de oferta de curto prazo apresentam inclinação ascendente pela presença de rendimentos decrescentes em um ou mais fatores de produção; · Devido a isso, um aumento no preço de mercado induzirá as empresas que já estejam no mercado a aumentar a quantidade produzida; Resposta da empresa a uma modificação de preço dos insumos: · Quando o preço varia a empresa varia o seu nível de produção até igualar o custo marginal ao preço; · Porém os preços podem variar ao mesmo tempo em que variam os preços dos insumos; · Preço mais elevado de insumo, faz a empresa reduzir seu nível de produção; · Preço mais baixo de insumo, faz a empresa aumentar seu nível de produção; 8.6 Curva de oferta de mercado no curto prazo: · A curva de oferta de mercado no curto prazo mostra a quantidade de produção do setor no curto prazo para cada preço possível; · A produção do setor corresponde à soma das quantidades fornecidas por todas as empresas; · Sendo assim, a curva de oferta de mercado pode ser obtida pela soma das quantidades fornecidas por todas as empresas; Elasticidade da oferta de mercado: mede a sensibilidade da oferta do setor ao preço de mercado; Es = (∆Q/Q) / (∆P/P) · Como as curvas de custo marginal são ascendentes, a elasticidade de oferta no curto prazo é sempre positiva; · Quando os custos marginais aumentam depressa em resposta a aumentos de produção, a elasticidade é pequena; · Quando os custos marginais aumentam devagar em resposta a aumentos na produção, a oferta torna-se relativamente elástica; · Oferta perfeitamente inelástica: caso extremo; · Surge quando as fábricas e os equipamentos do setor estão sendo tão plenamente utilizados que seria necessária a construção de novas fábricas (o que deverá ocorrer no longo prazo) para obter maiores níveis de produção; · Oferta perfeitamente elástica: outro caso extremo; · Surge quando os custos marginais são constantes; Excedente do produtor no curto prazo: · Excedente do produtor: soma das diferenças entre o preço de mercado e o custo marginal de produção relativos a todas as unidades produzidas pela empresa; · Mede a área situada acima da curva de oferta de um produtor e abaixo do preço de mercado; · É a soma dos excedentes unitários sobre todo o intervalo que representa as unidades vendidas; · A soma de todos os custos marginais deve ser igual à soma dos custos variáveis da empresa; · O excedente do consumidor é então a diferença entre a receita da empresa e seu custo variável total; · Excedente do produtor versus lucro: · No curto prazo o excedente do produtor é igual à receita menos o custo variável, ou seja, o lucro variável; · Excedente do produtor = EP = R - CV · O lucro total, por outro lado, é igual a receita menos todos os custos, tanto variáveis quanto fixos; · Lucro = π (pi) = R - CV - CF · Portanto: · No curto prazo, quando os custos fixos são positivos, o excedente do produtor é maior do que o lucro; · Empresas de alto custo têm menor excedente de produtor, e empresas de baixo custo têm maior excedente; 8.7 Escolha do nível de produção no longo prazo: Maximização de lucro no longo prazo: · A curva de demanda também é horizontal; · Maximiza o lucro quando o preço é igual ao custo marginal no longo prazo; · Quanto mais alto for o preço de mercado, mais alto será o lucro que a empresa poderá adquirir; Equilíbrio competitivo no longo prazo: · Para que haja um equilíbrio, as empresas que estão no mercado não podem sair e novas empresas não podem querer entrar nesse mercado; · Lucro contábil e lucro econômico: · Lucro contábil: diferença entre a receita e os fluxos de caixa relacionados ao pagamento de mão de obra e matérias-primase às despesas de juros e de depreciação; · Lucro contábil = receita (R) - custo de mão de obra (wL) (positivo) · Lucro econômico: leva em conta os custos de oportunidade; · Lucro econômico (pi) = receita (R) - custo de mão de obra (wL) - custo de capital (rK) · Lucro econômico zero: ocorre quando uma empresa obtém um retorno normal sobre os investimentos, ou seja, quando tem um resultado tão bom quanto teria se investisse os seus recursos em outras atividades; · Em mercados competitivos, o lucro econômico tende a se igualar a zero no longo prazo; · Entrada e saída: · Com um retorno elevado, mais empresas entram no mercado, por haver um nível mais elevado de produção a curva de oferta de mercado se desloca para a direita. A oferta de mercado aumenta e o preço do produto apresenta uma redução · Em um mercado com entrada e saídas livres, uma empresa entra quando pode obter lucro no longo prazo e sai quando pode obter prejuízo no longo prazo; · Equilíbrio competitivo no longo prazo: · Todas as empresas do setor estão maximizando lucros; · Inexistem estímulos por parte de qualquer empresa para entrar ou sair do mercado, pois todas estão com lucros econômicos igual a zero; · O preço do produto faz com que a quantidade ofertada pelas empresas do setor se iguale ao volume demandado pelos consumidores; · Empresas com custos idênticos: para haver equilíbrio, as empresas precisam apresentar custos idênticos, pois assim elas apresentam o mesmo incentivo, ao mesmo tempo, para saber se deve ou não deixar o mercado; · Empresas com custos diferentes: é possível ainda assim haver um equilíbrio, mas apenas se a empresa detentora de custos mais baixos, for menos eficiente do que as empresas detentoras de custos mais altos. Ainda assim, nesse caso, a empresa detentora de custos mais baixos provavelmente apresentará um lucro econômico positivo devido ao custo de oportunidade; · Custo de oportunidade do terreno: há casos em que empresas que auferem lucro contábil positivo poderiam auferir lucro econômico zero; · Lucro econômico positivo: representa uma oportunidade para os investidores e um estímulo para entrar em determinado setor; · Lucro contábil positivo: pode indicar que as empresas já atuantes no setor possuem ativos, tecnologia ou boas ideias de grande valor, o que não necessariamente estimulará a entrada de outras empresas nesse setor; Renda econômica: · Renda econômica: valor que as empresas estão dispostas a pagar por um insumo menos o valor mínimo necessário para obtê-lo; · Embora o lucro seja igual a zero, tanto no longo prazo, quanto no curto prazo a renda econômica costuma ser positiva; · A renda econômica reflete o um custo de oportunidade; · Ela explica por que há certos mercados nos quais as empresas querem entrar, pelas oportunidades de lucro, mas não conseguem; Excedente de produtor no longo prazo: · Enquanto a renda econômica se refere a fatores de produção, o excedente do produtor refere-se ao produto; · Excedente do produtor = preço de mercado recebido pelo produtor - custo marginal de produção; · No longo prazo, em um mercado competitivo, o excedente do produtor obtido por uma empresa por meio do produto que vende consiste na renda econômica que toros os seus insumos escassos lhe proporcionam; · Em um mercado não competitivo, o excedente do consumidor reflete tanto a renda econômica quanto o lucro econômico; 8.8 Curva de oferta do setor no longo prazo: · Economias de escala ou economias de custos associada à compra de grandes volumes de insumos: o preço dos insumos cai à medida que a produção cresce; · Deseconomias de escala: o preço dos insumos pode crescer junto com a produção; · Terceira possibilidade: os custos de insumos não mudam de acordo com a produção. Setor de custo constante: · Setor em que a curva de oferta no longo prazo é horizontal; · A curva de oferta no longo prazo para um setor de custo constante é uma linha horizontal, referente ao preço que iguala o mínimo custo médio de produção no longo prazo; · O mercado caminha para que no longo prazo, o preço permaneça constante; · Em um setor de custo constante, os preços dos insumos não se alteram quando varia o nível de produção do mercado; Setor de custo crescente: · Setor em que a curva de oferta no longo prazo é ascendente; · Os preços de alguns ou de todos os insumos sobem à medida que o setor se expande e aumenta a demanda por estes; · Deseconomias de escala podem estar na raiz desse processo; · Como os preços dos insumos aumentam, o novo equilíbrio no longo prazo ocorre a um preço maior que o equilíbrio inicial, por isso a curva de oferta é ascendente; Setor de custo decrescente: · Setor em que a curva de oferta no longo prazo tem inclinação descendente; · O inesperado aumento da demanda resulta em uma expansão da produção do setor; · Mas a medida que a empresa eleva seus níveis de produção, ela pode tirar proveito de sua dimensão para obter alguns insumos mais baratos; Efeitos de um imposto: **** Imposto aplicado apenas a uma empresa **** · O imposto eleva a curva de custo marginal da empresa de CMg1 para CMg2 = CMg1 + t, sendo t igual o imposto arrecadado por unidade produzida pela empresa; (desloca a curva marginal da direita para a esquerda; · A empresa reduzirá seu nível de produção até o ponto em que o custo marginal mais o imposto sejam iguais ao preço do produto; · Se a empresa puder obter um lucro econômico após a taxação, o nível de produção da empresa cai de q1 para q2, e o efeito implícito do imposto será o deslocamento para cima da curva de oferta no curto prazo (na medida do valor do imposto); · Porém se a empresa não puder obter lucro econômico após a taxação, ela deverá optar por sair do mercado; · Ele também eleva a curva de custo variável médio no montante t, ou seja, CVMe1 = CVMe1 + t. **** Imposto aplicado a todas as empresas do setor **** · O volume total ofertado pelo setor vai diminuir e o preço do produto sofrerá uma elevação; · A curva de oferta se desloca para cima, de S1 para S2 = S1 + t · Provoca um aumento no preço do mercado, ainda que inferior ao montante do imposto); · A taxação pode encorajar algumas empresas (as com custos superiores) a sair do setor; · A taxação eleva a curva de custo médio no longo prazo para cada uma das empresas desse ramo; Elasticidade da oferta no longo prazo: · Ela é definida da mesma forma que a elasticidade no curto prazo; · Ou seja: (∆Q/Q) / (∆P/P) · Setor de custo constante: · Curva de oferta no longo prazo: horizontal; · Elasticidade no longo prazo é infinitamente grande; (um pequeno aumento de preço será capaz de induzir um aumento enorme no nível de produção); · Setor de custo crescente: · Elasticidade de oferta no longo prazo é positiva, mas finita; · As elasticidades no longo prazo são maiores do que no curto prazo; (Lembrando que em alguns casos ocorre o contrário. ex: sucata) CAP. 9 - ANÁLISE DE MERCADOS COMPETITIVOS: 9.1 Avaliação de ganhos e perdas resultantes de políticas governamentais: excedentes do consumidor e do produtor: Aplicação dos conceitos de excedentes do consumidor e do produtor: · Efeitos no bem-estar: ganhos e perdas para consumidores e produtores causados pela intervenção governamental no mercado; · Mudanças devido a políticas governamentais: · Mudanças no excedente do consumidor: alguns consumidores saem ganhando, enquanto outros saem perdendo e outros tem que lidar com a escassez; · Os consumidores que ainda conseguem adquirir a mercadoria têm uma elevação do excedente do consumidor; · Aqueles que não podem comprar a mercadoria perdem excedente do consumidor; · Mudanças no excedente do produtor: os produtores receberão menos por seus produtos, enquanto os que apresentam produções com custos mais baixos permanecerão no mercado, muitos outros produtores irão deixá-los; · Os dois grupos perderão excedente do produtor; · Peso morto: o controle de preços resulta em uma perda líquida de excedente total (considerando-se o do consumidor e o do produtor), chamada de peso morto; · Ou seja, a perda dos produtores causadapelo controle de preços não é compensada pelo ganho dos consumidores; · Os políticos não costumam ligar muito para o peso morto, atribuindo mais valor ao ganho no excedente do consumidor, mas se a curva da demanda for muito inelástica, o controle de preços pode resultar até mesmo em uma perda líquida de excedente do consumidor; 9.2 Eficiência de um mercado competitivo: · Eficiência econômica: maximização dos excedentes do consumidor e do produtor em conjunto; · Falha de mercado: situação na qual um mercado competitivo desregulamentado é ineficiente porque os preços não fornecem sinais adequados aos consumidores e produtores; · Externalidades: ações de um consumidor ou de um produtor que têm influência sobre outros produtores ou consumidores, mas que não são levadas em conta na fixação do preço de mercado; · São denominados externalidades pois são "externos" ao mercado; · Ex: custo social da poluição de algumas empresas, sem o controle governamental o custo para a população seria altíssimo; · Carência de informações: se o consumidor não tem as informações sobre o produto, podem não consumir como ou o quanto gostariam, a intervenção governamental exigindo uma embalagem que contenha informações verdadeiras, por exemplo, pode auxiliar o consumidor a maximizar a utilidade do produto; 9.3 Preços mínimos: · Quando o governo estabelece um preço mínimo que pode ser cobrado por um produto acima do seu valor de mercado; (ex: salário mínimo e alguns valores na agricultura) · Um preço mínimo pode até resultar em uma perda líquida de excedente apenas para os produtores; · Em consequência, essa forma de intervenção governamental pode ocasionar uma redução de lucros para os produtores, devido ao custo do excesso de produção; 9.4 Sustentação de preços e quotas de produção: · Sustentação de preços (suporte de preços): preço fixado pelo governo acima do nível de mercado livre e mantido por meio de compras governamentais da oferta excedente; · Pode ser aumentado também pela restrição da produção, diretamente ou por meio de incentivos para os produtores; Sustentação de preços: · O governo determina o preço mínimo e então adquire toda a produção necessária para que o preço de mercado seja mantido nesse nível; · Ocorre uma perda de excedente do consumidor, os consumidores passam a adquirir menos e alguns até deixam de consumir a mercadoria; · O excedente do produtor aumenta, os produtores vendem uma quantidade maior; · Governo: o governo despende de um custo para agradar a esses produtores, esse custo acaba sendo revertido em impostos, gerando mais prejuízo aos consumidores. Em alguns casos, o governo pode fazer um "despejo" que é vender esses produtos adquiridos ao exterior por um valor baixo, porém isso pode retirar o mercado dos produtores no exterior e são a eles que o governo quer agradar em primeiro lugar; · Nesse caso a sociedade como todo tem uma perda social, uma política mais lucrativa para o bem estar social seria o governo doar dinheiro aos produtores, porém o governo considera isso menos atrativo por ser uma forma mais óbvia de efetuar tal doação; Quotas de produção: · O governo também pode fazer com que o preço aumente por meio da redução da oferta. · Estabelecendo quotas de produção para cada empresa; · Mais uma vez, há peso morto; · Muitos consumidores deixaram de consumir devido aos preços mais altos; Programas de incentivo: · Ex: programa de limitação de área de plantio proporcionam aos agricultores os incentivos financeiros para que não cultivem uma parte de suas terras, ou as reservas indígenas brasileiras; · Existe uma perda do excedente do produtor; · Os agricultores recebem dinheiro do governo como incentivo para reduzir sua produção; · Lembrando que com os preços mais altos, os produtores tendem a querer produzir mais, ou seja, é mais custoso para o governo convencê-los a produzir menos; · Para os agricultores, ambas as políticas são indiferentes, pois eles saem ganhando do mesmo jeito, enquanto os consumidores saem sempre perdendo; · Já para o governo (e para a sociedade), geralmente o programa de limitação da área do plantio custa menos. Ainda assim a doação direta ainda seria mais vantajosa; 9.5 Quotas e tarifas de importação: · Quotas de importação: limite da quantidade de uma mercadoria que pode ser importada; · Quota igual a zero: · Perda de excedente do consumidor; · O Excedente do produtor sofre uma elevação; · Ocorrência de peso morto, já que os consumidores perdem mais do que ganham os produtores; · Tarifa de importação: imposto sobre uma mercadoria importada; · Importações iguais a zero por meio da imposição de uma tarifa alta: · Não haverá receita governamental decorrente da arrecadação da tarifa de importação, de tal forma que o impacto sobre os consumidores e produtores será o mesmo de quando há quotas; · Lembrando que na maioria das vezes, as políticas governamentais visa diminuir as importações e não reduzi-las à zero; · Sob livre comércio, o preço interno se tornará igual ao preço mundial; · É mais vantajoso para o governo estabelecer uma tarifa visto que eles lucram com isso, no sistema de quotas, o que o governo lucraria vai para os produtores externos; 9.6 Impacto de um imposto ou de um subsídio: · A carga fiscal (ou o benefício do subsídio) recai em parte sobre o consumidor e em parte sobre o produtor; · A parcela de um imposto que recai sobre os consumidores dependerá do formato das curvas de demanda e de oferta e, em particular, das elasticidades relativas da oferta e da demanda; · Imposto específico: imposto que é cobrado na forma de uma determinada quantia por unidade vendida; · (diferente do imposto ad valorem: proporcional ao valor do produto - a análise para esse imposto é quase igual e leva aos mesmos resultados em termos qualitativos) · A carga fiscal é compartilhada mais ou menos em partes iguais por compradores e vendedores; · O preço de mercado (preço a ser pago pelos compradores) apresenta uma elevação aproximadamente igual à metade do valor do imposto, e o preço que os vendedores recebem apresenta uma redução mais ou menos igual à metade do valor do imposto; · Condições para o equilíbrio de mercado após a introdução do imposto: 4. A quantidade vendida e o preço pago pelo comprador, Pc, devem estar situados sobre a curva de demanda (porque os consumidores estão interessados apenas no preço que terão de pagar); Qd = Qd(Pc) 4. A quantidade vendida e o preço (líquido) recebido pelo vendedor, Pv, devem estar situados sobre a curva de oferta (porque os vendedores estão interessados apenas no valor que receberão, descontados os impostos); Qs=Qs(Pv) 4. A quantidade demandada deve ser igual à quantidade ofertada; Qd=Qs 4. A diferença entre o preço que o comprador paga e o preço que o vendedor recebe deve ser igual ao imposto, t. Pc-Pv=t · O imposto resulta em um peso morto, pois há uma diminuição tanto do excedente do consumidor quanto do excedente do produtor; · Se a demanda for relativamente inelástica e a oferta relativamente elástica, a carga fiscal recairá quase por inteiro sobre os compradores; · Se a demanda for relativamente elástica e a oferta relativamente inelástica, a carga fiscal recairá principalmente sobre os vendedores; · Um imposto recai principalmente sobre o comprador se o valor de Ed/Es for baixo e sobre o vendedor se o valor de Ed/Es for alto; · "Transferência" (porcentagem da carga fiscal que recai sobre os consumidores) = Es/(Es-Ed) O efeito de um subsídio: · Subsídio: pagamento de parte do valor do bem, fazendo com que o preço de compra fique abaixo do preço de venda, ou seja, um imposto negativo; · Pode ser pensado como um imposto negativo; · A diferença entre o preço pago pelo comprador e o preço recebido pelo produtor é igual ao valor do subsídio; · O efeito do subsídio é o oposto do efeito do imposto; · Em consequência, o benefício do subsídio é compartilhado quase por igual entre compradores e vendedores; · Porém nem sempre é igual, se o valor de Ed/Es for baixo, o benefício é maior para os compradores e se Ed/Esfor alto, o benefício é maior para os vendedores; · Condições para equilíbrio: · Qd=Qd(Pc) · Qs=Qs(Pv) · Qd=Qs · Pv-Pc=s (subsídio)
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