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Resumo Microeconomia - Pindick e Rubinfeld cap. 12 e 13

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MICROECONOMIA - PINDICK E RUBINFELD
OBS.: Esse material é um resumo dos capítulos 12 e 13 do livro Microeconomia de Pindick e Rubinfeld, ele contem os pontos e observações próprias do que eu achei mais importante à luz do Concurso de Admissão à Carreira Diplomática e ele pode sofrer alterações com o passar do tempo. Cópias não são autorizadas.
CAP. 12 - COMPETIÇÃO MONOPOLÍSTICA E OLIGOPÓLIO:
· Um mercado monopolisticamente competitivo é semelhante ao perfeitamente competitivo em dois aspectos-chave:
· Há muitas empresas, 
· E a entrada de novas empresas não é restrita;
· Porem difere da competição perfeita pelo fato de os produtos serem diferenciados:
· Cada empresa vende uma marca ou versão de um produto que difere em termos de qualidade, aparência ou reputação, e cada empresa é a única produtora de sua própria marca. (ex: creme dental, sabão em pó)
 
· Oligopólio: Apenas algumas empresas competem entre si e a entrada de novas empresas é impedida;
· A mercadoria que produzem pode ser diferenciada (automóveis), ou não (aço);
· O poder do monopólio e a lucratividade dos setores oligopolistas dependem, em parte, do modo pelo qual as empresas interagem entre si.
· Algumas empresas cooperam entre si podendo estabelecer preços mais altos, ou em outros casos, praticam a competição acirrada entre elas;
 
· Cartel: mercado no qual algumas ou todas as empresas fazem coalizões explicitamente e coordenam preços e níveis de produção para maximizar os lucros conjuntamente.
· Podem surgir em mercados que poderiam ser competitivos: ex: cartel de petróleo - OPEP
· Ou oligopolistas: cartel internacional da bauxita;
· Ele difere de um monopólio em dois aspectos:
· Como os cartéis raramente controlam o mercado, eles necessitam considerar de que maneira suas decisões de preço afetarão os níveis de produção das empresas que não pertencem ao cartel;
· Como os membros de um cartel não fazem parte de uma grande empresa, eles podem ficar tentados a enganar seus parceiros para ganhar fatias maiores de mercado. Por isso muitos cartéis tendem a ser instáveis e de curta duração;
 
12.1 Competição monopolística:
 
Características da competição monopolística:
· As empresas vendem produtos substituíveis, mas que não são substitutos perfeitos. Sendo assim, as elasticidades preço da demanda cruzada são grandes, mas não infinitas;
· Há livre entrada e saída;
 
Equilíbrio no curto e no longo prazo:
· Na competição monopolística as empresas se defrontam com curvas de demanda descendentes, por isso elas tem algum poder de monopólio. 
· Mas isso não significa que essas empresas tenham possibilidade de obter altos lucros. **LONGO PRAZO** Nisso essa competição se assemelha à competição perfeita: quanto maior lucro, mais empresas entram no mercado, o que diminui o lucro das que já estavam nele, tendendo a reduzir o lucro econômico a zero;
· No curto prazo:
· Curva de demanda descendente;
· O preço excede o custo marginal e ela detém poder de monopólio;
· No longo prazo:
· Além da curva de demanda ainda ser descendente, pois a empresa continua com algum poder de monopólio (mas ela sofre um deslocamento para baixo), as curvas de custo médio e de custo marginal também poderão sofrer um deslocamento;
· A curva de demanda (Dlp) será tangente à curva de custo médio da empresa;
· Lucro zero, pois o preço é igual ao custo médio;
· Lembrando que os produtos de cada empresa nesse mercado são diferentes, então algumas empresas ainda podem obter pequenos lucros mesmo no longo prazo; E o lucro depende dos custos fixos, do volume de produção e do preço;
 
Competição monopolística e eficiência econômica:
· Competição monopolística VS competição perfeita: (listando aqui as características da competição monopolística em comparação à perfeita)
· O preço do equilíbrio é mais alto do que o custo marginal, ou seja, o preço atribuído pelos consumidores a unidades adicionais do produto é maior do que o custo de produção dessas mesmas unidades;
· Ela gera um peso morto, mesmo que menor do que em um mercado perfeitamente monopolístico;
· O excesso de capacidade é ineficiente porque os custos médios poderiam ser menores caso houvesse menos empresas atuando;
· Mas ela é uma estrutura indesejável?? Não, por dois motivos:
· Na maioria dos mercados monopolísticos, o poder de mercado é pequeno, devido ao grande número de empresas presentes no mercado, sendo assim, o peso morto gerado é pequeno e o custo médio deverá estar perto do mínimo.
· A diversidade de produtos confronta qualquer ineficiência gerada por esse mercado;
 
12.2 Oligopólio:
· As estratégias implementadas pelas empresas em um oligopólio devem ser estudadas mais cautelosamente, tentando prever ao máximo a reação dos concorrentes devido ao baixo número de concorrentes e ao forte poder de mercado que cada um desempenha;
 
Equilíbrio no mercado oligopolista:
· Equilíbrio de Nash: conjunto de estratégias ou ações em que cada empresa faz o melhor que pode em função do que as concorrentes estão fazendo;
· Duopólio: mercado no qual duas empresas competem entre si;
 
Modelo de Cournot: modelo de oligopólio no qual as empresas produzem um bem homogêneo, cada uma considera fixo o nível de produção da concorrente e todas decidem simultaneamente a quantidade a ser produzida;
· supondo que as empresas produzam uma mercadoria homogênea e conheçam a curva de demanda do mercado, cada empresa decidirá quanto deve produzir e as duas empresas deverão tomar suas decisões simultaneamente;
· Curvas de reação: relação entre o nível de produção que maximiza os lucros de uma empresa e a quantidade que ela imagina que os concorrentes produzirão;
· A quantidade de produção da Empresa 1 que maximiza os lucros é uma projeção decrescente de quanto ela acredita que a Empresa 2 produzirá;
· Se as curvas de custo marginal da Empresa 2 e da Empresa 1 forem diferentes, então suas respectivas curvas de reação terão formatos diferentes;
· Equilíbrio de Cournot: Equilíbrio no modelo de Cournot no qual cada empresa estima quanto seu concorrente produzirá e define sua produção segundo essa estimativa; (Ele é um exemplo do equilíbrio de Nash, podendo ser chamado também de Equilíbrio de Cournot-Nash);
· Cada um dos duopolistas produz uma quantidade que maximiza os lucros em função da quantidade que está sendo produzida pelo concorrente, de tal maneira que nenhum deles tem qualquer estímulo para modificar seu nível de produção;
· Esse modelo nada diz sobre o ajuste ao equilíbrio e se considerarmos que para ocorrer o ajuste, a produção precisa ser alterada, fica difícil para o concorrente presumir quanto essa empresa irá produzir se sua produção não for fixa;
· É racional uma empresa supor que a quantidade produzida por sua concorrente é fixa quando:
· As duas empresas podem escolher apenas uma vez seus respectivos níveis de produção;
· Quando ambas já tiverem alcançado o equilíbrio de Cournot;
 
A curva de demanda linear - um exemplo:
· Curva de demanda = P = 30 - Q [P = preço em equilíbrio / Q = produção total das duas empresas]
· 30 - 20 = 10 (substituindo com o resultado adquirido em equilíbrio)
· CMg1 = CMg2 = 0
· Curva de reação = R1 = PQ1 = (30 - Q)Q1 =
· 30Q1 - Q1² - Q2Q1
· Receita marginal = Receita incremental = variação incremental de produção = RMg1 = ∆R1/∆Q1 = 30-2Q1-Q2
· 30-2Q1-Q2=0
· 2Q1 = 30-Q2
· Q1 = 15 - (1/2)Q2
· Q2 = 15 - (1/2)Q1
· Equilíbrio (substitui Q2 na equação de Q1):
. Q1 = 15 - (1/2)(15-1/2Q1)
. Q1 = 15 - 7,5 +0,25Q1
. Q1 - 0,25Q1 = 7,5
. 0,75Q1 = 7,5
. Q1 = 10 = Q2
· Quantidade total produzida: Q = Q1+Q2 -> Q=10+10 = 20
· Os níveis de produção de equilíbrio são os valores de Q1 e Q2 na interseção entre as curvas de reação, ou seja, em níveis que solucionam as equações de Q1 e Q2;
· (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
· Como as firmas são idênticas, as duas curvas de reação têm o mesmo formato. Elas parecem diferentes apenas porque uma apresenta Q1 em termos de Q2, enquanto a outra apresenta Q2 em termos de Q1.
· O equilíbrio de Cournot é a interseção das duas curvas;
 
*** Seas duas empresas pudessem fazer uma coalizão: [isso só poderia ocorrer se não houvesse leis antitruste]
· Elas determinariam os níveis de produção de forma a maximizar o lucro total e o repartiriam entre si;
· A escolha da produção total para maximizar o lucro seria aquela em que a receita marginal é igual ao lucro marginal, que nesse exemplo é igual a 0;
· R=PQ = (30-Q)Q = 30Q-Q²
· RMg = ∆R/∆Q = 30 - 2Q
· RMg = 0 = 30 - 2Q => Q = 15
· Ou seja, qualquer combinação de quantidades produzidas pela empresa que dê igual a 15 estará maximizando o lucro total.
· A curva "Q1 + Q2 = 15" é a curva de coalizão, e ela fornece todos os pares de produção de Q1 e Q2 que dão igual a 15;
· O resultado obtido por meio do equilíbrio de Cournot é muito melhor (para as empresas) do que a competição perfeita, mas não tão bom quanto o resultado alcançado por meio da coalizão;
 
Vantagem de ser o primeiro - o modelo de Stackelberg:
· Modelo de Stackelberg: modelo de oligopólio no qual uma empresa determina o nível de produção antes que outras empresas o façam;
· Continuando com o exemplo:
· Curva de demanda = P = 30 - Q
· A empresa 1 determina sua produção e só então a empresa 2 decide quanto vai produzir:
· Ao determinar seu nível de produção, a empresa 1 deve considerar de que forma a Empresa 2 reagirá;
· Empresa 2:
· Considera a produção da empresa 1 como fixa;
· A quantidade produzida para maximizar os lucros é obtida pela curva de reação de Cournot: Q2 = 15 - 1/2 * Q1
· Q2 = 15 - 7,5 = 7,5
· Empresa 1:
· Escolhe a quantidade Q1 em que a receita marginal é igual ao custo marginal, que é zero;
1. R1 = PQ1 = 30Q1 - Q1² - Q2Q1
5. Como R1 depende de Q2, a Empresa 1 precisa prever a quantidade que a Empresa 2 produzirá, mas ela sabe que a Empresa 2 escolherá a quantidade Q2 conforme a curva de reação: Q2 = 15 - 1/2 * Q1
5. Receita 1: [substituindo Q2 na equação de R1]
3. R1 = 30Q1 - Q1² - Q1 (15 - 1/2 Q1)
3. R1 = 15Q1 - 1/2 Q1²
3. RMg1 = ∆R1 / ∆Q1 = 15 - Q1
3. RMg1 = 0 => Q1 = 15
. A empresa 1 produz o dobro do que produz a Empresa 2 e gera um lucro duas vezes maior, devido a isso, ela foi beneficiada por ter escolhido primeiro;
6. Em alguns casos pode não ser vantajoso ser a primeira a escolher, caso a empresa estabeleça um nível de produção acima do lucro máximo, o que faz com que as duas empresas percam. Mas no geral ser a primeira a escolher é mais vantajoso, pois o nível de produção escolhido pela empresa 1 se torna um fato consumado;
 
Tanto o modelo de Cournot quanto o de Stackelberg são representações de comportamentos oligopolistas. Se o setor for composto por empresas bastante semelhantes, em que nenhuma possui uma grande vantagem operacional ou posição de liderança, o modelo de Cournot provavelmente será o mais apropriado. Agora se o setor for dominado por uma grande empresa que costuma ter maior controle do mercado, o modelo de Stackelberg chega a ser mais fidedigno.
 
 
12.3 Concorrência de Preços:
 
Concorrência de preços com produtos homogêneos - modelo de Bertrand:
· Modelo de Bertrand: modelo de oligopólio no qual as empresas produzem um bem homogêneo, cada uma delas considera fixo o preço de suas concorrentes e todas decidem simultaneamente qual preço será cobrado;
· Muito similar ao modelo de Cournot, porem nesse caso as empresas determinam seus preços em vez das quantidades;
· Como o produto é homogêneo, a empresa que cobrar menos, abastecerá mais o mercado, sendo assim, as empresas tendem ao Equilíbrio de Nash;
· No modelo de Bertrand, as empresas igualam o preço ao custo marginal e não obtêm lucro;
· Críticas a este modelo:
· Quando as empresas produzem uma mercadoria homogênea, é mais natural que a concorrência ocorra por meio da determinação de quantidades em vez de preços;
· Mesmo que as empresas fixem seus preços e optem pelo mesmo preço, qual será a fatia de vendas totais para cada uma? Não há uma razão para que as vendas sejam divididas igualmente entre as empresas;
· Apesar das críticas, esse modelo é útil porque mostra de que forma o equilíbrio resultante em um oligopólio pode depender de modo crucial da escolha feita pelas empresas sobre qual deverá ser a variável estratégica.
 
Concorrência de preços com produtos diferenciados:
· É comum ocorrerem variações nos produtos, mesmo naqueles mais homogêneos;
· Nesse caso, a quantidade que cada empresa vende diminui quando a empresa aumenta o próprio preço e cresce quando sua concorrente sobe o preço;
· Escolha de preços: se as duas empresas fixarem os preços simultaneamente e cada uma considera fixo o preço da concorrente, pode ser utilizado o conceito de equilíbrio de Nash para determinar os preços resultantes;
· Considerando que cada empresa esteja fazendo o melhor que pode em função do preço da concorrente, neste ponto nenhuma delas tem qualquer estímulo para alterar o preço;
· Se as empresas fizerem uma coalizão, ambas ganharam mais com isso;
· Porém se uma fixar o preço primeiro, diferentemente do modelo de Stackelberg, a empresa que fixar sairá perdendo, pois a empresa 2 poderá mover seu preço, já que não é um fato imutável como a empresa 1, e assim ganhar uma fatia maior de mercado.
 
12.4 Concorrência versus coalizão: o dilema dos prisioneiros:
· O equilíbrio de Nash é não cooperativo pois cada empresa toma as decisões visando à obtenção do maior lucro possível, dada as ações dos concorrentes;
· Apesar da coalizão ser mais vantajosa para as empresas, é considerada ilegal e é pouco provável que uma empresa aceite fazer isso pois quando se fixa os preços em um valor acima do equilíbrio do mercado, a outra empresa, mesmo dentro da coalizão, pode baixar seus preços e conquistar uma fatia maior do mercado, enquanto a empresa que cumprisse com o preço estabelecido pela coalizão sairia em prejuízo, sendo assim, seria necessário muita confiança entre as partes para realizar tal prática;
· Matriz de payoff: tabela que mostra o lucro (payoff) que cada empresa obterá em função de sua decisão e da decisão de sua concorrente;
· Jogo não cooperativo: jogo no qual a negociação e obrigação de cumprimento de contratos vinculativos não são possíveis;
· O dilema dos prisioneiros: exemplo na teoria dos jogos no qual dois prisioneiros devem decidir separadamente se confessam o crime; se um deles confessar, receberá uma sentença mais leve e seu cúmplice uma mais pesada, mas, se nenhum deles confessar, as sentenças serão mais leves do que se ambos tiverem confessado;
 
12.5 Implicações do dilema dos prisioneiros para a determinação de preços oligopolistas:
· As empresas podem, após algum tempo, se cansar da batalha de preços e deixar um valor implícito estabelecido, mas em muitos setores o acordo implícito tem curta duração;
 
Rigidez de preços: características dos mercados oligopolistas pela qual as empresas se mostram relutantes em modificar os preços mesmo que os custos ou a demanda sofram alterações;
· Modelo da "curva de demanda quebrada: modelo de oligopólio no qual cada empresa se defronta com uma curva de demanda quebrada no preço que prevalece atualmente: para preços superiores, a demanda é bastante elástica, enquanto para preços inferiores ela é inelástica;
· (Gráfico extraído do livro Microeconomia, 8ª ed. De Pindyck e Rubinfeld)
· Como a curva de demanda da empresa é quebrada, a curva de receita marginal não é contínua. (a parte inferior da curva de receita marginal é a parte menos elástica da curva de demanda). Em consequência, os custos da empresa podem variar sem que ocorra correspondentes variações no preço.
· O custo marginal pode apresentar uma elevação, mas ainda assim ele será igual à receita marginal para um mesmo nível de produção, de modo que o preço permanecerá inalterado;
· Esse modelo é útil para descrever a rigidez dos preços, mas não para explicar essa rigidez ou o porquê ela ocorre.
 
Sinalização de preços e liderança de preços:
· Sinalização de preços: forma de acordo implícito na qual uma empresa anuncia um aumento de preço e espera que as outras sigam o exemplo;
· Liderança de preços: padrão de formação de preço no qual uma empresaanuncia regularmente mudanças de preços que outras seguirão;
 
Modelo de empresa dominante:
· Empresa dominante: empresa que possui uma parcela substancial das vendas totais e estabelece os preços para maximizar lucros, levando em conta a reação da oferta de empresas menores;
· Para definir um preço que maximize os próprios lucros, a empresa dominante deve levar em conta o modo pelo qual a quantidade produzida pelas demais empresas dependerá do preço por ela fixado;
· A curva de demanda da empresa dominante é a diferença entre a demanda de mercado e a oferta do grupo de empresas de menor porte;
 
12.6 Cartéis:
· Em geral, os cartéis são internacionais. Entretanto, a maioria dos cartéis não tem conseguido aumentar os preços. (excetuando, por exemplo, a OPEP);
· Condições para que um cartel tenha êxito:
· Ter uma organização estável, com membros capazes de fazer acordos relativos a preços a níveis de produção, cumprindo, depois, os termos do acordo feito;
· Se os lucros decorrentes da cartelização forem bastante grandes, a ameaça de retornar aos preços competitivos pode ser suficiente para manter o acordo;
· Potencial para imposição do poder de monopólio: há pouca possibilidade de elevação de preço caso ele esteja diante de uma curva de demanda altamente elástica;
 
Análise dos preços determinados por cartéis:
· Tendo em vista que é muito raro que todos os produtores de um mesmo setor se unam em um cartel, o cartel deve levar em consideração os preços que serão estabelecidos pelas demais empresas. Para explicar essa análise pode ser utilizado o modelo da empresa dominante;
 
 
CAP. 13 - TEORIA DOS JOGOS E ESTRATÉGIA COMPETITIVA:
 
13.1 Jogos e decisões estratégicas:
· Jogo: situação na qual jogadores (participantes) tomam decisões estratégicas que levam em conta as atitudes e respostas uns dos outros;
· Payoffs: valores associados a um resultado possível;
· Para as empresas que estabelecem preços, os payoffs são os lucros;
· Para aqueles que oferecem lances em um leilão, é o excedente do consumidor; [valor que eles atribuem a obra de arte menos o valor a ser pago]
· Matriz de payoff: resume os possíveis resultados do jogo;
· Estratégia: plano de ação ou regra para participar de um jogo;
· Estratégia ótima: estratégia que maximiza o payoff esperado do jogador;
· Jogadores racionais: jogadores que ponderam as consequências de suas ações;
 
Jogos não cooperativos versus jogos cooperativos:
· Jogo cooperativo: aquele no qual os participantes podem negociar contratos vinculativos de cumprimento obrigatório que lhes permitam planejar estratégias em conjunto; Contratos vinculativos são possíveis;
· Jogo de soma constante: negociação em que independente do preço da venda, a soma do excedente do consumidor e do lucro do vendedor será a mesma;
· Jogo de soma não constante: negociação de um empreendimento em conjunto, por exemplo, o lucro total decorrente do empreendimento dependerá do resultado das negociações;
· Jogo não cooperativo: jogo no qual a negociação e a existência de mecanismos que obriguem o cumprimento de contratos não são possíveis; Contratos vinculativos não são possíveis;
 
13.2 Estratégias dominantes:
· Estratégia dominante: estratégia que é ótima, não importando o que o oponente faça;
· Essas também são estratégias maximin;
· Equilíbrio em estratégias dominantes: resultado de um jogo em que cada empresa faz o melhor que pode independentemente do que fazem os concorrentes;
 
13.3 Equilíbrio de Nash retomado:
· Estratégias dominantes versus Equilíbrio de Nash:
· Estratégia dominante: Cada um está fazendo o melhor que pode sem importar o que o outro esteja fazendo;
· É um caso especial do equilíbrio de Nash;
· Equilíbrio de Nash: cada um está fazendo o melhor que pode em função do que o outro está fazendo;
· É possível não ter nenhum equilíbrio de Nash ou vários equilíbrios de Nash e não apenas um;
· Se apoia muito na racionalidade individual, pois cada decisão dependerá não só da própria racionalidade como da racionalidade do oponente;
 
Estratégias maximin: estratégia que maximiza a obtenção de um determinado nível mínimo de ganho; (caso estejamos na dúvida em relação ao que o concorrente vai fazer, escolher a alternativa mais segura, ou seja, no caso do dilema dos prisioneiros seria confessar)
· É sempre uma estratégia conservadora, que não é maximizadora de lucros;
· Maximização do payoff esperado: escolher a decisão mais rentável baseado na probabilidade de escolha do concorrente e em quanto a empresa pode ganhar ou perder em relação a essa probabilidade;
· (Porcentagem de a)(ganho de a) + (porcentagem de b)(ganho de b)
· O que for mais rentável, será a escolha da empresa;
 
**Estratégias mistas:
· Estratégia pura: um jogador faz uma escolha específica ou toma uma ação específica;
· Jogo das moedas não há equilíbrio de Nash, pois enquanto um ganha se der resultados iguais, o outro só ganha se derem resultados diferentes;
· Estratégias mistas: estratégias nas quais os jogadores fazem escolhas aleatórias entre duas ou mais ações possíveis, com base em um conjunto de probabilidades escolhidas;
· Jogo da moeda: o equilíbrio de Nash é ambos os participantes estarem dispostos a jogar a moeda;
· Embora o resultado do jogo seja aleatório, o payoff esperado de cada jogador é zero;
· Em alguns jogos essa estratégia pode ser útil (pôquer, moeda), mas para uma empresa não é muito bom acredita que seu concorrente aja de maneira aleatória;
· Em alguns casos (guerra de sexos), o jogo permite um empate entre dois resultados, mas que um lado ganha mais em um caso ou outro, ou seja, possuindo dois equilíbrios de Nash, mas nem sempre a escolha feita partirá de uma escolha aleatória, apesar de fazer mais sentido a adoção de estratégias mistas;
· Desde que seja permitido o uso de estratégias mistas, todo jogo tem pelo menos um equilíbrio de Nash, já que em alguns casos, ao utilizar uma estratégia pura não há equilíbrio de Nash;
 
13.4 Jogos repetitivos:
· Jogos repetitivos: são jogos nos quais as ações são tomadas e os decorrentes payoffs são recebidos várias vezes, de modo consecutivo;
· Estratégia "olho por olho, dente por dente": estratégia de repetição na qual o jogador responde de forma igual às jogadas do oponente, cooperando com os oponentes que cooperam e retaliando os que não o fazem;
· Se o número de jogadas for infinito, cada um sobe ou desce de acordo com o adversário infinita vezes, mas caso o número de jogadas seja finito, as empresas tenderam a cobrar menos pois o risco de sair perdendo na última jogada e por isso, a escolha permanente, é maior;
· Com um período suficientemente longo, a soma os lucros atuais e futuros, podendo segundo a probabilidade de que tais conjecturas estejam corretas, poderá ultrapassar a soma dos lucros decorrentes de uma guerra de preços, mesmo que o concorrente seja o primeiro a vender por menos;
· Nos jogos repetitivos, o dilema do prisioneiro poderá ter um resultado cooperativo, mas para isso ocorrer a demanda e a oferta precisam ser pelo menos um pouco conhecidas e é preciso ter poucas empresas presentes no setor;
 
13.5 Jogos sequenciais:
· Jogos sequenciais: aqueles em que os jogadores se movem (um após o outro) em resposta a ações e reações do oponente;
· Em um jogo sequencial, a solução é ponderar sobre as possíveis ações e reações racionais de cada jogador;
 
Forma extensiva de um jogo:
· Forma extensiva de um jogo: representação de possíveis movimentos de um jogo no formato de uma árvore de decisões;
 
Vantagem em ser o primeiro:
· A empresa que toma a decisão primeiro pode optar por um nível alto de produção, deixando, portando, o concorrente com quase nenhuma escolha a não ser optar por um nível mais baixo;
 
13.6 Ameaças, compromissos e credibilidade:
· Uma empresa pode ganhar vantagem competitiva ao limitar o seu próprio comportamento, ou seja, ao ter compromisso em fazer o que foi anunciado. Pois se a empresa se comprometer a produzir tal coisa, os seus concorrentes terão que levar isso em consideração como um fato consumado ao tomarem suas próprias decisões;Ameaças vazias:
· Em alguns casos, mesmo que a empresa ameace fazer a ou b, os concorrentes sabe que não seria viável para essa empresa reagir como dito na ameaça, pois teriam mais a perder com isso do que os concorrentes, ou seja, vira uma ameaça vazia;
 
Compromisso e credibilidade:
· Uma empresa precisa dar credibilidade a suas ameaças para que elas não se tornem vazias. Se uma empresa possui certo poder de monopólio em relação a seus concorrentes e deseja lucrar mais em relação a outra empresa a qual fornece uma matéria prima, ela teria que ameaçar o quadro mais vantajoso para ela, dando indícios de que está falando a verdade. Por exemplo, fechando a produção de uma matéria prima que não é tão vantajosa pra ela;
· Caso uma empresa tenha reputação de fazer decisões irracionais, em alguns casos, ela ganhará mais poder de mercado com isso, pois as outras empresas acharão que mesmo ela tendo prejuízo, ela ainda pode seguir em frente com suas ameaças;
· Uma empresa pode considerar vantajoso atuar de forma irracional durante várias rodadas do jogo a fim de obter tal reputação;
 
Estratégia de negociação:
· Se em uma negociação é feita uma promessa e a pessoa não tem reputação o suficiente para dar credibilidade a tal promessa, o ideal é diminuir as opções para que a outra parte da negociação tenha a certeza que a promessa feita é a única via possível;
· O resultado final seria menor flexibilidade e maior poder de negociação;
 
 
13.7 Desencorajamento à entrada:
· Para desencorajar a entrada de um concorrente, a empresa estabelecida deve ser capaz de convencer qualquer potencial concorrente de que sua entrada não será lucrativa;
· E ela está disposta a impedir a entrada, mesmo que através de uma guerra de preço porque as perdas no curto prazo decorrentes de uma guerra de preços poderiam ser contrabalançadas pelos ganhos de longo prazo gerados pelo fato de a entrada ter sido impedida;
· O sucesso da estratégia depende da perspectiva de tempo e dos ganhos e perdas relativos, que estarão, respectivamente, associados à acomodação e à guerra;
· Em geral, uma vez que a entrada tenha ocorrido, não se pode esperar que as empresas estabelecidas mantenham a produção no nível pré-entrada;
· Elas poderão recuar e reduzir os níveis de produção, elevando assim o preço até um novo nível capaz de maximizar o lucro conjunto;
 
Política de comércio estratégico e concorrência internacional: 
· Em algumas situações, um investimento preemptivo (antes dos demais) - subsidiado ou estimulado de outra forma pelo governo - pode dar a um país uma vantagem nos mercados internacionais e pode se tornar então um importante instrumento de política comercial;
· É viável a intervenção governamental, mesmo no livre comércio, como forma de subsídios para incentivar o mercado local a concorrer de igual para igual com o mercado internacional. Assim, uma nação pode transferir lucros de um outro país para si mesma;
· Mas é preciso saber que os outros países podem retaliar, e gerar uma guerra comercial em que os envolvidos podem terminar pior do que começaram. A possibilidade que tal resultado ocorra deverá ser considerada antes que uma nação tome uma decisão relativa à política de comércio estratégico;
 
****13.8 Leilões:
· Mercado de leilões: mercados em que os produtos são comprados e vendidos por meio de processos formais de lances;
· Vantagens:
· Consomem menos tempo que a negociação individual;
· Incentivam a competição entre os compradores, aumentando a receita de quem vende;
· São de baixo custo de transação;
· Mais interativos;
· Útil para peças únicas que não tenham valor de mercado estabelecido (peças de artes) e também para artigos cujo valor flutue ao longo do tempo (ex: leilão de atum em Tóquio, os peixes são vários, mas cada um apresenta diferente peso, forma etc, então seu valor flutuaria constantemente);
 
Tipos de leilão:
· Leilão inglês (ou oral): leilão em que o vendedor solicita ativamente lances mais altos de um grupo de potenciais compradores;
· Leilão holandês: leilão em que um vendedor inicia oferecendo o item a um preço relativamente alto que depois é reduzido em montantes fixos até que ocorra a venda;
· Leilão de lances fechados: leilão em que todos os lances são feitos simultaneamente em envelopes lacrados e o vencedor é aquele que oferece o maior valor;
· Leilão de primeiro preço: leilão em que o preço de venda é igual ao lance mais alto;
· Leilão de segundo preço: leilão em que o preço de venda é igual ao segundo lance mais alto;
 
Avaliação e informação:
· Leilão de valor privado: leilões em que cada potencial comprador sabe qual é sua avaliação individual (preço de reserva) do objeto leiloado e as avaliações diferem de um comprador para outro;
· Um comprador não sabe qual valor foi estabelecido pelo outro;
· Leilões de valor comum: leilões em que o item a ser leiloado tem o mesmo valor para todos os potenciais compradores, mas estes não sabem exatamente qual é o valor e, por isso, suas estimativas variam;
 
Leilões de valor privado:
· O payoff do vendedor é a diferença entre o preço de reserva e o preço pago; o de perda é 0;
 
Leilões de valor comum:
· Maldição do vencedor: situação em que o vencedor de um leilão de valor comum obtém um resultado ruim por haver superestimado o valor do item e oferecido um lance maior;
 
Lances e coalizões:
· Os vendedores lucram mais se tiver mais compradores, enquanto os compradores podem se unir de maneira legal (formação de grupos de compradores) ou ilegal (acordos que violam a legislação antitruste) com a tentativa de diminuir esse número de compradores;

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