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Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período INTRODUÇÃO - A terapia de combinação com fármacos de potência máxima reduz a replicação viral para o menor nível possível, diminuindo o número de mutações cumulativas e a probabilidade de emergência de resistência. - O padrão de tratamento consiste na administração de terapia antirretroviral de combinação incluindo pelo menos três agentes antirretrovirais com diferentes padrões de sensibilidade. - A sensibilidade viral a agentes específicos varia entre pacientes e pode mudar com o passar do tempo, por conseguinte, essas associações precisam ser escolhidas com cuidado e individualizadas de acordo com paciente, assim como mudanças em determinado esquema. - Além disso, outros fatores importantes na seleção de fármacos para determinado paciente incluem tolerabilidade, conveniência e otimização da adesão do paciente ao tratamento. - À medida que novos agentes se tornam disponíveis, vários fármacos mais antigos têm o seu uso diminuído, devido à sua segurança subótima ou à sua eficácia antiviral inferior. - A diminuição da carga viral circulante por meio de terapia antirretroviral está correlacionada com um aumento da sobrevida e uma redução da mortalidade. - Além disso, evidências recentes sugerem que, além de proporcionar benefícios clínicos ao paciente, o uso da terapia antirretroviral reduz acentuadamente o risco de transmissão. INIBIDORES NUCLEOSÍDEOS E NUCLEOTÍDEOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (INTR) - Mecanismo de Ação: - Os INTR atuam por inibição competitiva da transcriptase reversa do HIV-1, a sua incorporação na cadeia de DNA viral em crescimento provoca a interrupção prematura da cadeia, devido à inibição da ligação ao nucleotídeo. - Cada um desses fármacos exige ativação intracitoplasmática por meio de fosforilação por enzimas celulares, produzindo a forma trifosfato. - As mutações típicas que causam resistência incluem M184V, L74V, D67N e M41L. - Efeitos Adversos: - Todos os INTR podem estar associados à toxicidade mitocondrial, provavelmente devido à inibição da gama DNA-polimerase mitocondrial. - Com menos frequência, pode ocorrer acidose láctica com esteatose hepática, que pode ser fatal. - Os análogos da timidina, Zidovudina e Estavudina podem estar associados, de forma particular, à dislipidemia e resistência à insulina. Abacavi� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Abacavir é um análogo da guanosina bem absorvido após administração oral e que não é afetado pela presença de alimento. - O fármaco sofre glicuronidação e carboxilação hepáticas. - É metabolizado pela álcool desidrogenase, os níveis séricos de Abacavir podem ser aumentados com a ingestão concomitante de álcool. - Ele está disponível em uma formulação de dose fixa com lamivudina, bem como com zidovudina mais lamivudina. - Os INTR são usados em associação a outras classes de agentes, como INNTR, IP ou inibidor da integrase. - Como o Abacavir pode reduzir os níveis de Metadona, os pacientes que fazem uso concomitante desses dois fármacos devem ser monitorados à procura de sinais de abstinência. - Uso de álcool etílico. - Devido à excreção renal dos ITRNs, não há muitas interações com fármacos, excetuando a Zidovudina e o Tenofovir. - Febre; - Fadiga - Náuseas; - Vômitos, diarreia e dor abdominal; - Dispneia; - Tosse e exantema; - Maior risco de infarto do miocárdio. Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período Lamivudin� (3TC) Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - A Lamivudina é um análogo da citosina, com atividade in vitro contra o HIV-1, sinérgica com uma variedade de análogos de nucleosídeos antirretrovirais, inclusive Zidovudina e Estavudina, contra cepas de HIV-1. - A biodisponibilidade oral ultrapassa 80% e não depende da presença de alimento. - A maior parte do fármaco é eliminada de modo inalterado na urina. - A Lamivudina está disponível em uma formulação de dose fixa com Zidovudina e também com Abacavir. - Recomendadas para mulheres grávidas. - A biodisponibilidade da Lamivudina aumenta quando o fármaco é administrado concomitantemente com sulfametoxazol-trimetoprima. - A suspensão do fármaco em pacientes com coinfecção por HIV e HBV pode estar associada à exacerbação da hepatite. -A Lamivudina e a Zalcitabina podem inibir a fosforilação intracelular uma da outra, por conseguinte, deve-se evitar o seu uso concomitante. - Cefaleia; - Tontura; - Insônia; - Fadiga; - Boca seca; - Desconforto gastrintestinal. Tenofovi� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Tenofovir inibe competitivamente a transcriptase reversa do HIV e determina a interrupção da cadeia após a sua incorporação ao DNA, e apenas duas fosforilações intracelulares, em vez de três, são necessárias para a inibição ativa da síntese de DNA. - Em pacientes em jejum, a biodisponibilidade oral do fármaco é de cerca de 25%, aumentando para 39% após uma refeição com alto teor de gordura. - A eliminação ocorre por meio de filtração glomerular e secreção tubular ativa, e recomenda-se um ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal. - As principais mutações associadas à resistência ao tenofovir são K65R/N e K70E. - O uso concomitante de Atazanavir ou Lopinavir/Ritonavir pode aumentar os níveis séricos de Tenofovir. - HIV e HBV. - A associação de Tenofovir + Entricitabina é recomendada como profilaxia pré-exposição, a fim de reduzir a aquisição do HIV. - Várias formulações de dose fixa com Entricitabina, isoladamente ou em associação com Efavirenz, Rilpivirina e Elvitegravir mais Cobicistate. - Como ele é formulado com lactose, as queixas do TGI podem ser observadas com mais frequência em pacientes intolerantes à lactose. - Foi observada uma perda cumulativa da função renal, intensificada com o uso concomitante de esquemas de IP reforçados. - Deve ser usado com cautela em pacientes com risco de disfunção renal. - Os níveis séricos de creatinina devem ser monitorados durante a terapia, é interrompida em ocorrência recente de proteinúria, glicosúria e taxa de filtração glomerular calculada de < 30 mL/min. - A tubulopatia renal proximal associada ao Tenofovir provoca perda renal excessiva de fosfato e cálcio e defeitos na 1-hidroxilação da vitamina D. - Deve-se considerar a monitoração da densidade mineral óssea com uso em longo prazo em pacientes com fatores de risco para osteoporose e em crianças. - Além disso, devem-se considerar agentes alternativos em mulheres na pós-menopausa. - Pode competir com outros fármacos ativamente secretados pelos rins, como Cidofovir, Aciclovir e Ganciclovir. Queixas GI: - Náuseas; - Diarreia; - Vômitos; - Flatulência. Outros: - Cefaleia; - Exantema; - Tontura; - Astenia; - Insuficiência Renal Aguda; - Síndrome de Fanconi. Zidovudin�(AZT ) Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - É um análogo da desoxitimidina, que é - A Zidovudina está disponível em uma - Lipoatrofia mais comum em pacientes em uso de - Mielossupressão, resultando em Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período bem absorvida e se distribui na maioria dos tecidos e líquidos corporais, incluindo o líquido cerebrospinal. - É eliminada principalmente por excreção renal após glicuronidação no fígado. - Uma resistência de alto nível à Zidovudina em cepas com três ou mais das cinco mutações mais comuns: M41L, D67N, K70R, T215F e K219Q. formulação combinada de dose fixa com lamivudina, isoladamente ou em associação com Abacavir. - HIV. - A eficácia do fármaco também foi demonstrada no tratamento da demência e da trombocitopenia associada ao HIV. - Uso na gravidez, mostraram reduções na taxa de transmissão vertical, sendo o agente de primeira linha para mulheres grávidas. Zidovudina ou outros análogos da timidina. - Pode ocorrer aumento dos níveis séricos de zidovudina com a administração concomitante de probenecida, fenitoína, metadona, fluconazol, atovaquona, ácido valproico e lamivudina, por meio de inibição do metabolismode primeira passagem ou diminuição da depuração do fármaco. - A toxicidade hematológica talvez esteja aumentada durante a coadministração de outros fármacos mielossupressores, como ganciclovir, ribavirina e agentes citotóxicos. anemia macrocítica ou neutropenia. - Intolerância gastrintestinal. - Cefaleias e insônia. Efeitos menos comuns - Trombocitopenia; - Hiperpigmentação das unhas; - Miopatia; - Altas doses podem causar ansiedade, confusão e tremor. INIBIDORES NÃO-NUCLEOSÍDEOS DA TRANSCRIPTASE REVERSA (INNTR) - Mecanismo de Ação: - Os INNTR se ligam diretamente à transcriptase reversa do HIV-1, resultando em inibição da atividade da DNA-polimerase dependente de RNA e DNA. - Ao contrário dos INTR, os INNTR não são competitivos e não necessitam de fosforilação para se ativarem. - A resistência aos INNTR ocorre rapidamente com a monoterapia e pode resultar de uma única mutação. - Não se observa nenhuma resistência cruzada entre os INNTR e os INTR, inclusive, alguns vírus resistentes a nucleosídeos exibem hipersensibilidade aos INNTR. - Efeitos Adversos: - Os INNTR, como classe, tendem a estar associados a intolerância gastrintestinal e exantema cutâneo. - Outra limitação para o uso de agentes INNTR como componente da terapia antirretroviral é o seu metabolismo pelo sistema CYP450, levando a inúmeras interações medicamentosas potenciais. Efaviren� Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Efavirenz pode ser administrado uma vez ao dia, em virtude de sua meia-vida longa (40 a 55 horas). - Tem absorção moderada após administração oral. - É metabolizado por CYP3A4 e CYP2B6 a metabólitos hidroxilados inativo,; o restante é eliminado nas fezes, na forma inalterada. - Liga-se intensamente à albumina. - Como a toxicidade do fármaco pode aumentar em virtude de sua biodisponibilidade elevada após uma refeição rica em gordura, o Efavirenz deve ser tomado com estômago vazio. - Não utilizar em mulheres grávidas, teratogênico. - O Efavirenz, como indutor ou como inibidor da CYP3A4, induz o seu próprio metabolismo e interage com o metabolismo de muitos outros fármacos. - Ele pode reduzir os níveis de Metadona, os pacientes em uso concomitante de opioides desses dois fármacos devem ser monitorados quando há sinais de abstinência de opióides e talvez necessitem de uma dose aumentada de metadona. Efeitos no SNC - Tontura, sonolência; - Insônia, pesadelos, cefaleia. Efeitos Psiquiátricos - Depressão, mania e psicose. TGI - Náuseas, vômitos, diarreia. - Elevação das enzimas hepáticas e aumento dos níveis séricos totais de colesterol em 10 a 20%. Nevirapin� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - A biodisponibilidade oral da Nevirapina é excelente (> 90%) e não depende da presença de alimento. - O fármaco é altamente lipofílico e alcança níveis no líquido cerebrospinal que correspondem a 45% dos níveis plasmáticos. - Como o exantema pode acompanhar hepatotoxicidade, devem-se efetuar provas de função hepática. - Pode reduzir os níveis de Metadona, os pacientes em uso concomitante desses dois fármacos devem ser monitorados quanto a sinais de abstinência de opióides. - Uma dose única de Nevirapina (200 mg) mostra-se eficaz na prevenção da transmissão do HIV da mãe ao recém-nascido quando administrada a mulheres no início do trabalho de parto, seguida de uma dose oral de 2 mg/kg ao recém-nascido três dias após o parto. - Mulheres grávidas. - A Nevirapina é um indutor moderado do metabolismo da CYP3A, resultando em níveis diminuídos de amprenavir, indinavir, lopinavir, saquinavir, efavirenz e metadona. - Os fármacos que induzem o sistema da CYP3A, como a Rifampicina, a Rifabutina e a Erva-de-são-joão, podem diminuir os níveis de Nevirapina. - Os inibidores da atividade da CYP3A, como Fluconazol, Cetoconazol e Claritromicina, podem os níveis de Nevirapina. - Exantema; - Febre; - Náuseas; - Cefaleia; - Sonolência. Efeitos Raros - Exantema cutâneo grave e fatal; - Síndrome de Stevens-Johnson; - Necrólise epidérmica tóxica; - Hepatite fulminante. INIBIDORES DA PROTEASE (IP) - Mecanismo de Ação: - Ao impedir a clivagem pós-tradução da poliproteína Gag-Pol, os inibidores da protease (IP) impedem o processamento das proteínas virais em conformações funcionais, resultando na produção de partículas virais imaturas e não infecciosas. - Ao contrário dos INTR, os IP não necessitam de ativação intracelular. - É bastante comum a ocorrência de alterações genotípicas específicas com esses fármacos, que conferem resistência fenotípica, contra indicando, assim, a monoterapia. Atazanavi� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período - O Atazanavir necessita de um meio ácido para sua absorção e exibe solubilidade aquosa dependente do pH. - Deve ser tomado com as refeições, e recomenda-se um intervalo de pelo menos 12 horas para ingerir de agentes redutores de ácido. - É capaz de penetrar nos líquidos cerebrospinal e seminal. - A resistência ao Atazanavir tem sido associada a várias mutações conhecidas de IP, bem como à nova substituição I50L, foi associada a um aumento da sensibilidade a outros IP. - Um dos agentes antirretrovirais recomendados para mulheres grávidas. - Ao contrário de outros IP, o Atazanavir não estar associado à dislipidemia, redistribuição de gordura ou síndrome metabólica. - O uso concomitante de inibidores da bomba de prótons está contraindicado. - Não deve ser administrado a pacientes com insuficiência hepática grave. - Por ser um inibidor da CYP3A4 e CYP2C9, o potencial de interações medicamentosas com o atazanavir é grande. - A AUC do atazanavir está reduzida em até 76% quando o fármaco é associado a um inibidor da bomba de prótons evitar essa associação. -O Tenofovir e o Efavirenz não devem ser coadministrados com Atazanavir, a não ser que se acrescente o Ritonavir. - A coadministração do Atazanavir com outros fármacos que inibem a UGT1A1, como o Irinotecano, pode aumentar seus níveis. - Diarreia, náuseas, vômitos; - Dor abdominal; - Cefaleia; - Neuropatia periférica; - Exantema; - Hiperbilirrubinemia indireta com icterícia; - Nefrolitíase; - Elevação das enzimas hepáticas. Lopinavi� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Lopinavir é atualmente formulado apenas em associação com o Ritonavir, que inibe o metabolismo do lopinavir mediado por CYP3A, resultando, assim, em exposição aumentada do fármaco. - Uma melhor adesão do paciente ao tratamento, devido à redução do número de comprimidos necessários, a associação de lopinavir e ritonavir é, em geral, bem tolerada. - É extensamente metabolizado pela CYP3A, que é inibida pelo ritonavir. - Os níveis séricos de lopinavir podem estar elevados em pacientes com comprometimento hepático. - Recomenda-se um aumento da dose de Lopinavir/ Ritonavir, quando a associação é coadministrada com Efavirenz ou Nevirapina, que induzem o metabolismo do Lopinavir. - Uso em mulheres grávidas. - As interações medicamentosas potenciais são extensas. - O uso concomitante de Lopinavir/ Ritonavir e Rifampicina está contraindicado, devido ao risco aumentado de hepatotoxicidade. - Deve-se evitar o uso concomitante de Fosamprenavir, devido à exposição alterada ao Lopinavir com níveis diminuídos de Amprenavir. - Como a solução oral de Lopinavir/ Ritonavir contém álcool, a administração concomitante de Dissulfiram e Metronidazol está contraindicada. - Diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e astenia. - O Lopinavir reforçado com ritonavir pode ser mais comumente associado a eventos adversos gastrintestinais do que outros IP. - É comum a ocorrência de elevações nos níveis séricos de colesterol e triglicerídeos. - O uso prolongado de Lopinavir reforçado está associado a uma perda cumulativa da função renal, e o uso do fármaco tem sido um fator de risco independente para fraturas ósseas Nelfinavi� Consideraçõe�Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Nelfinavir sofre alta absorção quando ingerido com alimento. - É metabolizado pela CYP3A e excretado principalmente nas fezes. - Recomenda-se o aumento da dose de Nelfinavir quando ele é coadministrado com Rifabutina (com diminuição da dose de Rifabutina), enquanto uma redução da dose de Saquinavir é sugerida com o uso concomitante de Nelfinavir. - O Nelfinavir é um inibidor do sistema CYP3A, e podem ocorrer numerosas interações medicamentosas. - Deve-se evitar a coadministração com Efarivenzo, devido à redução dos níveis de Nelfinavir. - Diarreia e flatulência. Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período Ritonavi� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Ritonavir apresenta alta biodisponibilidade, que aumenta com a ingestão de alimentos. - Ocorre metabolização a um metabólito ativo por meio das isoformas de CYP3A e CYP2D6, e a excreção acontece sobretudo pelas fezes. - É preciso ter cautela quando se administra o fármaco a indivíduos com comprometimento da função hepática. - Uso em mulheres grávidas - Os níveis terapêuticos de Digoxina e de Teofilina devem ser monitorados quando esses fármacos são coadministrados com Ritonavir, devido a um provável aumento de suas concentrações. - O uso concomitante de Saquinavir e ritonavir está contraindicado, devido a um risco aumentado de prolongamento do QT (com torsades de pointes) e prolongamento do intervalo PR. - O Ritonavir é um potente inibidor da CYP3A4, resultando em numerosas interações medicamentosas potenciais. - Distúrbios gastrintestinais - Parestesias (periorais ou periféricas), elevação dos níveis séricos de aminotransferase, alteração do paladar, cefaleia e elevações dos níveis séricos de creatina-cinase. - Em geral, ocorrem náuseas, vômitos, diarreia ou dor abdominal INIBIDORES DE ENTRADA - Mecanismo de Ação: - A fixação do vírus à célula hospedeira requer a ligação do complexo glicoproteico do envelope viral gp160 (que consiste em gp120 e gp41) a seu receptor celular CD4. - Essa ligação induz alterações na conformação da gp120, que permitem o acesso aos receptores de quimiocinas CCR5 ou CXCR4. - A ligação ao receptor de quimiocinas induz alterações adicionais na conformação da gp120, possibilitando a exposição à gp41 e resultando na fusão do envelope viral com a membrana celular do hospedeiro, com entrada subsequente do cerne viral no citoplasma celular. - A Enfuvirtida é um peptídeo sintético de 36 aminoácidos, inibidor da fusão, que bloqueia a entrada do HIV na célula que liga-se à subunidade gp41 da glicoproteína do envelope viral, impedindo as alterações de conformação necessárias à fusão das membranas viral e celular. Enfuvi�tid� Consideraçõe� Indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - Deve ser administrada por injeção subcutânea, é o único agente antirretroviral de administração parenteral. - O metabolismo parece envolver hidrólise proteolítica sem a participação do sistema CYP450. - A resistência à enfuvirtida em consequência de mutações na gp41, porém carece de resistência cruzada com as outras classes de fármacos antirretrovirais atualmente aprovados. - É administrada em associação com outros agentes antirretrovirais em pacientes que já receberam tratamento, com evidências de replicação viral, apesar da terapia antirretroviral contínua. - Nenhuma interação medicamentosa. - Reações no local de injeção, inclusive nódulos eritematosos dolorosos. - Insônia, cefaléia, tontura e náuseas. - Raras vezes ocorrem reações de hipersensibilidade de gravidade variável, eosinofilia constitui a principal anormalidade laboratorial observada com a administração de enfuvirtida. Maraviroqu� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Maraviroque liga-se de modo específico e seletivamente à proteína - O Maraviroque está - Está contraindicado para pacientes com comprometimento renal - Tosse; Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período do hospedeiro CCR5, um dos dois receptores de quimiocinas necessários para a entrada do HIV nas células CD4+. - Como o Maraviroque é ativo contra o HIV que usa exclusivamente o correceptor CCR5, e não contra cepas de HIV com tropismo para CXCR4, duplo ou misto, deve-se determinar o tropismo para correceptor por meio de um teste específico antes de iniciar o tratamento com Maraviroque, usando o ensaio de tropismo de alta sensibilidade. - A absorção dele é rápida, porém variável, sendo o tempo necessário para a sua absorção máxima de 1 a 4 horas após a ingestão do fármaco. - O Maraviroque exibe uma excelente penetração no líquido cervicovaginal, com níveis quase quatro vezes maiores do que as concentrações correspondentes no plasma. - A resistência ao maraviroque está associada a uma ou mais mutações na alça V3 da gp120. - Não há resistência cruzada com fármacos de qualquer outra classe. - Trata-se também de um substrato para a P-glicoproteína, o que limita as concentrações intracelulares do fármaco. aprovado para uso em associação com outros antirretrovirais em pacientes adultos já tratados e infectados apenas pelo HIV-1 trópico para CCR5 detectável, que se mostram resistentes a outros agentes antirretrovirais. - A dose recomendada de Maraviroque varia de acordo com a função renal e o uso de indutores ou inibidores da CYP3A. grave ou terminal, que estão fazendo uso concomitante de inibidores ou indutores da CYP3A. - Ter cautela quando o fármaco é administrado a pacientes com comprometimento hepático preexistente, bem como a pacientes coinfectados pelo HBV ou HCV. - O Maraviroque é um substrato da CYP3A4 e, portanto, exige um ajuste da dose na presença de fármacos que interagem com essas enzimas. - A dose de maraviroque precisa ser diminuída se o fármaco for coadministrado com inibidores potentes da CYP3A (Delavirdina, Cetoconazol, Itraconazol, Claritromicina ou qualquer inibidor da protease diferente do Tipranavir), ao mesmo tempo em que precisa ser aumentada quando coadministrado com indutores da CYP3A (Efavirenz, Etravirina, Rifampicina, Carbamazepina, Fenitoína ou Erva-de-são-joão). - É preciso ter cautela em pacientes com disfunção hepática preexistente ou que apresentam coinfecção pelo HBV ou HCV. - Infecções das vias respiratórias altas; - Dor muscular e articular; - Diarreia; - Distúrbio do sono; - Elevações dos níveis séricos de aminotransferases; - Hepatotoxicidade; - Isquemia e infarto do miocárdio - Aumento subsequente do risco de neoplasia maligna ou infecção. INIBIDORES DA INTEGRASE DE TRANSFERÊNCIA DE FILAMENTO (II NTF) - Mecanismo de Ação: - Essa classe de agentes liga-se à integrase, uma enzima viral essencial para a replicação do HIV-1 e do HIV-2. - Por meio dessa ligação, esses fármacos inibem a transferência de filamento, a terceira e última etapa de integração do provírus, interferindo, assim, na integração do DNA do HIV de transcrição reversa nos cromossomos da célula hospedeira Dolutegravi� Consideraçõe� Indicaçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - O Dolutegravir pode ser tomado com ou sem alimentos. - O Dolutegravir deve ser tomado 2 horas antes ou 6 horas após o uso de antiácidos contendo cátions ou laxativos, sucralfato, suplementos de ferro orais, suplementos de cálcio orais ou medicamentos tamponados. - O Dolutegravir inibe o transportador renal de cátions orgânicos OCT2, aumentando, assim, as concentrações plasmáticas de fármacos eliminados pelo OCT2, como a Dofetilida e a Metformina. - Recomenda-se uma monitoração rigorosa, com possibilidade de ajuste da dose, para coadministração com Metformina. - As evidências atuais sugerem que o Dolutegravir mantém a sua atividade contra alguns vírus resistentes ao Raltegravir e ao Elvitegravir. - Deve-se evitar a sua coadministração com os indutores metabólicos Fenitoína, Fenobarbital, Carbamazepina e Erva-de-são-joão. - A coadministração com Dofetilida está contraindicada. - Insônia; - Cefaleia; - Exantema;, - Disfunção orgânica, incluindo lesãohepática; - Elevações dos níveis séricos de aminotransferases e síndrome de redistribuição da gordura. Raltegravi� Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período Consideraçõe� Contr�-indicaçõe� Efeit�� Adve�s�� - A biodisponibilidade absoluta do Raltegravir, um análogo da Pirimidinona, não foi estabelecida, mas não parece depender da presença de alimento. - O fármaco não interage com o sistema do citocromo P450, porém é metabolizado por glicuronidação, em particular pela UGT1A1. - A baixa barreira genética à resistência ressalta a importância das terapias de combinação e da adesão do paciente ao tratamento. - Não se espera que a ocorrência de mutações da integrase possa afetar a sensibilidade a outras classes de agentes antirretrovirais. - Os indutores ou inibidores da UGT1A1 podem afetar os níveis séricos de Raltegravir. - Antiácidos devem serusados com cautela e tomados separadamente do Raltegravir, com intervalo de pelo menos 4 horas. - Os comprimidos mastigáveis podem conter fenilalanina, que pode ser prejudicial para pacientes com fenilcetonúria. - Insônia, cefaléia, tontura, diarreia, náusea, fadiga e dores musculares. - Podem ocorrer elevações da amilase pancreática, dos níveis séricos de aminotransferases e da creatina-cinase. Reações Cutâneas Graves - Potencialmente fatais e fatais, incluindo síndrome de Stevens-Johnson, reação de hipersensibilidade e necrólise epidérmica tóxica. Referências: ➔ KATZUNG, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 10 ed. Rio de Janeiro: Artmed/McGraw-Hill, 2010. cap Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL Eixo Tutorial - Módulo 2 - 4º período Ayara Jhulia Palmeira Dantas Lima - Medicina UFAL
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