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PAPER INTRODUÇÃO À PESQUISA ENGENHARIA MECÂNICA

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INTRODUÇÃO À PESQUISA 
 
A EVOLUÇÃO E A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA 
CIENTÍFICA PARA A ENGENHARIA 
 
José Fernandes Lima Filho 
Igor Sousa 
Professor Luylson Martins da Silva 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Engenharia Mecânica (ENM 0159) -Seminário interdisciplinar Introdução à pesquisa 
20/10/2020 
 
RESUMO 
 
 
Neste artigo dissertaremos sobre a evolução e a importância da pesquisa cientifica para a 
engenharia. Em um breve resumo comentaremos como o avanço da tecnologia de comunicação 
contribuiu para o crescente número de pesquisas científicas no mundo após o século XVIII. 
Apresentaremos dados para comprovar que nas últimas duas décadas a quantidade de arquivos 
científicas brasileiros publicados em revistas científicas aumentou quase que proporcionalmente ao 
número de brasileiros inscritos no ensino superior e como a internet tem beneficiado o país no setor 
de pesquisas. Esse artigo científico tem o objetivo mostrar de forma resumida a importância de os 
registros científicos serem devidamente registrados e como ao longo dos anos a humanidade se 
beneficiou desta prática. Falaremos sobre fatos curiosos do passado com a expectativa de que 
agreguem valor aos leitores. Pesquisa é um conjunto de atitudes ou ações que tem por objetivo a 
descoberta de novos conhecimentos visando a mais pura veracidade e transparência nos dados e 
informações obtidas coletadas durante uma determinada pesquisa. Podemos afirmar que o objetivo 
fundamental da pesquisa é buscar respostas para determinados problemas seguindo rigorosos 
procedimentos. E é importante que os resultados verdadeiramente obtidos numa pesquisa, impactem 
em decisões individuais para que posteriormente ocorra mudanças que venham suprir as 
necessidades coletivas na sociedade. 
 
 
Palavras-chaves: Pesquisa científica. avanço na comunicação. História da pesquisa. Avanço na 
engenharia. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
In this article we will talk about the evolution and the importance of scientific research for 
engineering. In a brief summary, we will comment on how the advancement of communication 
technology contributed to the growing number of scientific researches in the world after the 18th 
century. We will present data to prove that in the last two decades the number of Brazilian scientific 
archives published in scientific journals has increased almost proportionally to the number of 
Brazilians enrolled in higher education and how the internet has benefited the country in the research 
sector. This scientific article aims to briefly show the importance of scientific records being properly 
registered and how over the years humanity has benefited from this practice. We will talk about 
2 
 
curious facts from the past with the expectation that they will add value to readers. Research is a set 
of attitudes or actions that aims to discover new knowledge aiming at the purest veracity and 
transparency in the data and information obtained collected during a determined research. We can 
say that the fundamental objective of the research is to seek answers to certain problems following 
strict procedures. And it is important that the results truly obtained in a research, impact on 
individual decisions so that later changes occur that will meet the collective needs in society. 
 
KEYWORDS: Scientific research. advancement in communication. Research history. Advance in 
engineering. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
O conceito para pesquisa é um conjunto de ações que em sua totalidade apresentam novas 
descobertas e, portanto, novos conhecimentos a respeito de algo. A origem da palavra pesquisa vem 
do Latim perquirere, que é traduzido como “buscar com afinco” ou “buscar com determinação”. 
O método de pesquisa cientifica passa a ter sua estrutura mais sistemática no ambiente 
acadêmico no século XVI por meio do filósofo, matemático e cientista francês René Descartes ou 
também conhecido como Renatus Cartesius que propôs encontrar à verdade através da dúvida 
sistemática e o desmembramento do problema em pequenas partes. 
Durante a revolução industrial que ocorre no final do século XVIII e início do século XIX, 
ocorre intensa urbanização surgindo assim as grandes cidades. De acordo com a história da revolução 
americana a cidade de Nova York que tinha apenas 60 mil habitantes em 1800, já somavam mais de 
3,5 milhões em 1900. 
A pesquisa científica contribuía diretamente com o desenvolvimento das grandes metrópoles 
e como consequência proporcionando as transformações econômicas, sociais, humanas ou químicas, 
construindo pilares essenciais para o desenvolvimento de uma nação. 
Essas novas cidades e esses novos aglomerados populacionais, traziam novas dinâmicas 
sociais e desafios de engenharia, das quais os governadores consequentemente precisariam 
compreender e encontrar soluções para esses problemas. No desenvolvimento deste artigo e possível 
observar como a pesquisa cientifica propiciou descobertas de grande importância para a atual 
humanidade. 
Após a invenção da prensa móvel no século XVII os jornais impressos possibilitaram a 
disseminação de informações relevantes ao mundo acadêmico, com a vantagem da ampla divulgação 
instantânea de novas descobertas cientificas. Desta forma além de suprir a necessidade acadêmica 
também foi possível envolver a população nas questões políticas do gerenciamento de recursos e ao 
mesmo tempo foi possível observar o comportamento evolutivo da percepção dos leitores. Houve um 
3 
 
ganho significativo na aceleração da divulgação de pesquisas no século XIX com a chegada de uma 
mídia poderosa: o rádio. 
É ao longo do século XX que todos esses eixos: mídia, sociedade, governo, fundações, 
institutos e universidades, começam a convergir para a criação de demanda para indústrias de 
pesquisas, tanto pesquisas cientificas de interesses acadêmicos, quanto pesquisas para estudar e 
interpretar a percepção da sociedade. A tecnologia de transferência e divulgação de dados do século 
XX, proporcionou o avanço sem precedentes do desenvolvimento de pesquisas científicas e 
inovadoras que enriqueceram diversos setores da engenharia. 
 
2. A PESQUISA CIENTÍFICA NA ENGENHARIA 
 
Sabemos que a pesquisa científica não tem apenas o propósito informativo com apresentação 
de dados legítimos, mas também tem caráter interpretativo. Toda pesquisa deve possuir seriedade no 
tratamento de seus dados. 
Podemos observar o quanto humanidade evolui conforme desenvolve novas tecnologias e 
recursos engenhosos que possibilitam resolução para questões atuais, mas que também se tornam 
bases para descobertas futuras. 
Fazendo um retrospecto é possível validar esta afirmação. Engenharias fundamentais para 
estrutura da sociedade moderna em que vivemos hoje, necessitaram de longos intervalos de tempo 
para se consolidarem por dependerem dos registros científicos e da velocidade em que estas 
informações eram divulgadas. 
A eletricidade como exemplo disto foi primeiramente descoberta pelo filosofo grego Tales 
de Mileto, após descobrir uma resina fóssil petrificada chamada de âmbar e esfregá-la a um pedaço 
de pele de carneiro, observando assim que pedaços de palha e fragmentos de madeira começaram a 
ser atraídas pelo próprio âmbar. Esta descoberta ocorreu no século VI, porém somente no século 
XVIII quando Benjamin Franklin resolveu empinar uma pipa em meio a uma tempestade de raios 
para realizar um experimento que foi possível observar que a carga elétrica dos raios descia por um 
fio de metal. Em 1879 Thomas Edison inventou a lâmpada. 
Outra descoberta significativa para a humanidade foi o telefone. Considerado como 
transmissão elétrica de voz, foi durante a revolução industrial no ano de 1876 que Alexander Graham 
Bell patenteou a invenção mesmo sobre alegações de que outros cientistas haviam desenvolvido a 
engenhosidade. 
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O “teletrofono” como foi nomeado pelo engenheiro mecânico poucoconhecido Antônio 
Meucci nascido em 1808 é considerado o primeiro instrumento de comunicação moderna. Alexander 
Graham Bell teria tido acesso a seus estudos e somente 16 anos depois registrou. 
O intervalo de tempo entre estas descobertas está diretamente relacionado a ausência de 
estudos científicos corretamente anotados, observados e registrados, mas também e limitado ao ritmo 
permitido da evolução da transmissão das informações de seu tempo. 
No século XX uma tecnologia poderosa mudou drasticamente o ritmo da evolução 
tecnológica da humanidade, a chamada “internet” tornou-se um marco histórico, e por meio deste 
recurso a atual velocidade de desenvolvimento de novas tecnologias mostra-se sem precedentes e em 
constante crescimento. 
Os mais diversos estudos científicos ganharam visibilidade. Por ser uma atividade 
acadêmica, todo conhecimento novo e repassado por meio de publicações e somente passa a ter valor 
econômico quando alcança potencial para agregar ou inovar as alternativas tecnológicas já existentes. 
Desta maneira, para a engenharia a pesquisa científica tem grande importância, para que haja 
uma realização construtiva na aquisição de conhecimentos. Nos cursos superiores em geral, a 
contribuição é imensa no que se refere à pesquisa científica. É nítido que aconteça o enriquecendo 
curricular do universitário em termos de conhecimento, e o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos 
como, teses, monografia, iniciação científica e artigos científicos. 
A pesquisa científica traz para engenharia, benefícios que podem ser transmitidos e 
continuamente aperfeiçoados de geração em geração, desde quando há a absorção do conhecimento 
individual e posteriormente repassado para o coletivo. 
 Com a pesquisa científica a sociedade adquiri informações verídicas e consequentemente 
compartilham conteúdo de responsabilidade. 
Uma pessoa que acompanha os processos de transformação de uma pesquisa, seja ela 
econômica ou social, ele acaba construindo conhecimento que são úteis e essenciais para o 
crescimento e o desenvolvimento de uma nação. Esta é a definição de pesquisador científico segundo 
Anna Benite, professora autora da Universidade de Goiás, mestre e licenciada em química pala UFRJ, 
além integrante da Associação Brasileira de Pesquisa e Ensino de ciências a da associação Brasileira 
de pesquisadores negros (ABPN). 
A especialista afirma que 95% dos conhecimentos no Brasil vêm das Universidades, e esse 
trabalho de empenho e dedicação traz diversas explicações e resoluções que nos movem ao longo de 
nossas vidas. ‘’Nenhuma nação consegue evoluir sem pesquisa científica.’’ Afirma Benite. ‘’Se 
estamos hoje em uma sociedade tecnológica, isso se deve aos pesquisadores que criam modelos de 
pesquisa, validam dados e os publicam. Essa sistematização é fundamental para alimentar a produção 
de conhecimento’’. 
5 
 
A Sociedade Brasileira para o progresso da ciência (SBPC) foi criada em 8 de julho de 1948. 
A iniciativa reuniu pesquisadores com uma forma de estimular o desenvolvimento científico e 
institucionalizar a ciência no país. A data se tornou o dia nacional da ciência e o dia nacional do 
pesquisador em 2008. 
Não há área do conhecimento humano em que a pesquisa esteja ausente. É por meio de muito 
trabalho e dedicação que a investigação cientifica obtém tantas conquistas. Muitos são os 
acontecimentos desastrosos que vem desafiando o homem ao longo dos anos. 
 
 
3. A PESQUISA NAS UNIVERSIDADES 
 
 
3.1 A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA 
 
 
A pesquisa científica e a base de desenvolvimento do acadêmico, é de consenso que as 
instituições criem programas de incentivo para que haja crescimento em didáticas de pesquisas 
cientificas. Desta forma sem dúvida alguma proporcionará condições para estudo de diversos setores 
da engenharia. 
Deve-se considerar o fato de que as profissões são cada vez menos determinadas pela 
tradição empírica e cada vez mais pela ciência, o que faz como consequência, um rápido progresso 
científico e tecnológico que conduz a uma acelerada renovação do conhecimento e das práticas 
profissionais. “até o ano de 2020, os cientistas anteveem uma explosão nas atividades cientificas 
jamais vistas. [...] veremos indústrias inteiras ascender e decair com base em avanços científicos 
fenomenais” (KAKU, 2001, PAG 29). 
Segundo Castro (1981), a evolução científica e tecnológica conduz as estruturas econômicas, 
políticas, sociais e administrativas dos povos. Nos tempos atuais o pior colonialismo é o colonialismo 
científico e cultural, pois é dele que nasce a independência econômica a política. Esta é, certamente 
a razão de países potencialmente ricos, mais sem infraestrutura cientifica para manipular suas 
riquezas e se auto conduzir, serem dependentes e dominados por outros que investem maciçamente 
em ciência e tecnologia. 
 
Para KAKU (2001, p.27), o “avanço acelerado da ciência a da tecnologia no século XXI vai 
ter necessariamente vastas repercussões sobre as riquezas das nações e sobre nosso padrão de vida”. 
 Continua o autor: De fato, muitas nações dotadas de recursos naturais abundantes verão suas 
riquezas amplamente reduzidas porque, no mercado do futuro os produtos primários são 
baratos, o comercio será global e os mercados estarão ligados eletronicamente. [...] Muitas 
nações desprovidas de recursos naturais despontarão no século XXI porque privilegiaram as 
tecnologias que lhes podem dar uma margem de superioridade competitiva no mercado global. 
(KAKU, 2001. P.28). 
 
Para que seja realizado um procedimento de desenvolvimento da pesquisa, basta uma pessoa 
te curiosidade, pois a pesquisa não deve ser considerada fora de alcance dos acadêmicos, é importante 
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lembrar que para realizar uma pesquisa não é necessário ser cientista ou um gênio, temos que destacar 
o valor, organização e persistência são qualidades fundamentais na vida de um pesquisador, embora 
a fabricação ou o desenvolvimento de um projeto pereça à primeira vista impossível. 
Destacamos um dos acontecimentos históricos na criação cientifica segundo o livro de (Lori 
Alice Gressler 2004 p. 25). Os grandes nomes do passado, os bons pesquisadores, inventores e 
excelentes cientistas, também sofriam com algumas de suas criações. É interessante observarmos que 
até na história da criação cientifica há fatos curiosos a ser lembrados, como por exemplo: Thomas 
Edison fez 1.150 experiências com a lâmpada até chegar ao sucesso. Após 700 tentativas, seu auxiliar 
recomendou-lhe que parasse, ao que ele respondeu: “agora tenho que continuar, pois já sei 700 
maneiras de como não fazer a lâmpada”. 
Dessa maneira, podemos notar que a paciência, a persistência, a organização e o 
comprometimento de continuar e alcançar o êxito para atingir o sucesso foram indispensáveis e 
podem compensar até em algumas limitações intelectuais. 
Portanto o curso superior iniciado na universidade, devem colocar os alunos na problemática 
e confusa pesquisa, sendo talvez a melhor maneira de desenvolver o raciocínio científico. 
Bledsoe (1955) constatou diferenças significantes entre a capacidade de pensamento crítico 
de alunos que participaram de cursos e experiências de iniciação científica, a alunos que não 
entenderam as tais atividades, com diferenças favoráveis ao primeiro grupo. 
Gressler (1976), também, constatou que os engajamentos de alunos em cursos e atividades 
de iniciação científica desenvolve atitudes positivas em relação à pesquisa e a ciência. 
Existem acadêmicos que procuram por informações de iniciação cientifica de forma 
espontânea. Nesses, há uma qualidade natural e individual para encontrar respostas com especulações 
permanentes, facilitando a criação científica. 
Em consulta ao site do Scimago Institutions Rankings é possível ver que no ano de 2019 o 
Brasil ocupou a 14ª posição no ranking mundial de publicação e citações de artigos científicos com 
um totalde 84.887 publicações. Essa posição representa apenas 12,4% das publicações ocorridas no 
mesmo ano pela China que está em 1ª colocação com um total de 684.048 publicações. Ao 
analisarmos o ano de 2000 observamos que o Brasil mantinha a 17ª posição, porém com um total de 
15.510 de artigos publicados que representava apenas 4,18% dos artigos publicados pela primeira 
colocada daquele ano, o Estados Unidos. 
Os dados do Scimago Institutions Rankings demonstram que em aproximadamente duas 
décadas a divulgação de pesquisas cientificas e artigos brasileiros aumentou cerca de 547,30%. 
A tabela 1 mostra a divulgação de resultados do censo de educação 2019, disponibilizada 
pelo ministério da educação. E possível observar que a quantidade de pessoas que ingressaram no 
ensino superior no ano de 2019 e 319,22% maior que no comparativo do ano 2000. 
7 
 
 
TABELA 1: NÚMERO DE MATRICULAS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO NO BRASIL -2000-2019 
 
 
Ano 
Matrículas nos Cursos de Graduação 
Total Geral 
Pública 
Privada 
Total Federal Estadual Municipal 
 
2000 2.695.927 888.708 483.050 333.486 72.172 1.807.219 
2001 3.036.113 944.584 504.797 360.537 79.250 2.091.529 
2002 3.520.627 1.085.977 543.598 437.927 104.452 2.434.650 
2003 3.936.933 1.176.174 583.633 465.978 126.563 2.760.759 
2004 4.223.344 1.214.317 592.705 489.529 132.083 3.009.027 
2005 4.567.798 1.246.704 595.327 514.726 136.651 3.321.094 
2006 4.883.852 1.251.365 607.180 502.826 141.359 3.632.487 
2007 5.250.147 1.335.177 641.094 550.089 143.994 3.914.970 
2008 5.808.017 1.552.953 698.319 710.175 144.459 4.255.064 
2009 5.954.021 1.523.864 839.397 566.204 118.263 4.430.157 
2010 6.379.299 1.643.298 938.656 601.112 103.530 4.736.001 
2011 6.739.689 1.773.315 1.032.936 619.354 121.025 4.966.374 
2012 7.037.688 1.897.376 1.087.413 625.283 184.680 5.140.312 
2013 7.305.977 1.932.527 1.137.851 604.517 190.159 5.373.450 
2014 7.828.013 1.961.002 1.180.068 615.849 165.085 5.867.011 
2015 8.027.297 1.952.145 1.214.635 618.633 118.877 6.075.152 
2016 8.048.701 1.990.078 1.249.324 623.446 117.308 6.058.623 
2017 8.286.663 2.045.356 1.306.351 641.865 97.140 6.241.307 
2018 8.450.755 2.077.481 1.324.984 660.854 91.643 6.373.274 
2019 8.603.824 2.080.146 1.335.254 656.585 88.307 6.523.678 
 
FONTE: MEC/Inep: Tabela elaborada pelo Inep/DEED 
 
Desta forma podemos atribuir o aumento das publicações de pesquisas científicas ao 
crescente ingresso de pessoas ao ensino superior. Em paralelo a este crescimento está o aumento ao 
acesso à internet. 
 
3.2 USO DA INTERNET NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS 
Coéffé (1996) menciona que o acadêmico deve encarar com seriedade o que irá executar, e, 
para tanto necessita de um plano de trabalho. E em concordância com Coéffé, acrescento que é 
necessário, também de uma maneira consciente, seguir normas e procedimentos adotados pela nossa 
referenciada e importante ABNT (associação brasileira de normas técnicas). 
 
8 
 
 
Rey (1993) enfoca os aspectos da pesquisa como forma de saber, o pesquisador e os objetivos 
da pesquisa, metodologia a investigação, técnicas, estatísticas para análise de dados, inferência 
estatística, progressão e correlação, o projeto de pesquisa, financiamento e suas fontes, e o uso de 
microcomputadores em pesquisa. O estudante precisa preocupar-se com o destino do trabalho 
científico. O pesquisador utiliza cada vez mais informações digitais disponíveis na internet. Segundo 
Williams (citado por Clausen, 1997, p. 182) a internet proporciona: 
• Maior abrangência do potencial do mercado de usuários; 
• Custos reduzidos e velocidade de comunicação com inúmeras bases de dados; 
• Baixos custos de telecomunicação para sites de vendedor; 
• Serviços de atendimento de informação através do correio eletrônico ou BBS’s 
(Bulletins Board Systems) ou (sistema e quadros de boletins); 
• Acesso internacional; 
• Melhora opções na de entrega de documentos; e 
• Facilidades na publicação primaria e nas pesquisas de texto integral. 
 
Para efeitos de realização de sua pesquisa, o pesquisador necessita de levantamentos 
bibliográficos, os quais são realizados mais facilmente através de pesquisas retrospectivas (épocas 
definidas) ou por assuntos específicos em banco de dados eletrônicos. E geralmente estes bancos de 
dados também possuem além de resumos (conhecido como abstracts) os textos da integra. 
Com o advento da internet a quantitativa do conteúdo programático, tornou-se imensurável, 
colocando o acadêmico em posição apreciador e tornando-o responsável pela seleção dos melhores 
dados. 
Sendo assim, a utilização do recurso da internet possibilita ao usuário agregar conteúdo de 
qualidades, empírico e referenciado ao seu trabalho acadêmico. Contudo com a alta volatilidade de 
informações, é necessário atentar-se a fontes de pesquisas confiáveis e as datas das quais elas foram 
realizadas. 
De acordo com o artigo A pesquisa científica – Pitta GBB & Castro AA (2006) A realização 
da pesquisa científica e a posterior publicação dos seus resultados em revista científica de impacto 
começam com a ideia brilhante de que podemos ter a partir da pergunta de pesquisa que queremos 
responder. Continuando a citação do artigo: 
O Brasil, nos últimos anos, vem aumentando sua publicação científica de impacto no mundo, 
e isso se deve principalmente ao aumento – em número e qualidade – das nossas pós-graduações 
stricto sensu, das nossas revistas científicas e dos portais de revistas da CAPES, Bireme e SciELO. 
Esse acesso rápido à informação através da Internet, muito preciso e com custo diminuto, facilita 
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sobremaneira o trabalho e dá condições aos pesquisadores de elaborar um bom projeto, que venha 
enriquecer os leitores da revista e melhorar o tratamento de nossos pacientes. 
De acordo com o ministério da ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações “Indicadores 
Nacionais de Ciência, tecnologia e Inovação 2017”, cerca de 99% das pesquisas são feitas nas 
instituições públicas. Das universidades com mais documentos na “Web of Science”, todas pertence, 
às regiões sul e sudeste. As cincos maiores estão no pódio, seguidos pela UFMG, Unifesp, UFPR, 
UFSC e Uerj. 
O gráfico 1 apresenta o número de artigos brasileiros indexados pela Scopus e percentual 
em relação ao mundo. Estes dados são do período do ano 2000 a 2018 e foram publicados pelo 
ministério da ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações “Indicadores Nacionais de Ciência, 
tecnologia e Inovação 2019” 
 
GRÁFICO 1: NÚMERO DE ARTIGOS BRASILEIROS INDEXADOS PELA SCORPUS E PERCENTUAL EM 
RELAÇÃO AO MUNDO. 
 
 
FONTE: Indicadores_CTI_2019.pdf página 109 
 
Scopus que é um banco de dados de resumos e citações de artigos para jornais/revistas 
acadêmicas. 
 
2.2 PESQUISA E SOCIEDADE 
De acordo com a revista de pesquisas FAPESP edição 40 (mar. 1999). As pesquisas 
cientificas e tecnológicas financiadas com recursos públicos tem trazido benefícios à sociedade? Que 
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metodologia deve ser usada para usada para avaliar seus impactos econômicos e sociais? Essas 
questões foram a tônica da conferência research assessment and Evolution (avaliação e evolução da 
pesquisa), proferida na FAPESP, pela Doutora Susan Cozzens, professora da escola de políticas 
públicas do instituto de tecnologia da Georgia, Estados Unidos. 
Segundo ela, os métodos e impacto social e econômico dos projetos de pesquisas cientifica 
e tecnológica devem ser específicos para cada uma das diferentes linhas que se destinam os 
financiamentos, sejam eles direcionados à pesquisa aplicada, à inovação tecnológica de produtos, à 
formação de recursos humanos ou a projetos desenvolvidos em parceria entre a universidade e a 
indústria para aperfeiçoamento de processos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este estudo buscou verificar a evolução e a importância da pesquisa científica na 
engenharia. Para alcançar os objetivos da pesquisa realizamos um estudo bibliográfico paraa 
construção do referencial teórico, baseados em livros, site e artigos relacionados ao tema, onde 
podemos analisar todos os fatos e concluir que a evolução da pesquisa científica na engenharia é cada 
vez mais crescente e de extrema importância para a sociedade. 
Um fator de extrema importância da pesquisa cientifica é a busca por soluções de 
problemas alternativos na sua prática docente. Para tanto, através da observação, da formulação de 
hipóteses e da seleção de instrumentos e dados que obtém as respostas para os possíveis 
questionamentos. A pesquisa científica nos ajuda a entender o mundo que nos rodeia. Ela ajuda as 
pessoas a entenderem como as coisas funcionam e por que determinadas coisas parecem ou se 
comportam de certa forma. Além de satisfazer a curiosidade. 
Para salientar a importância da pesquisa científica, sugerimos que instituições privadas e 
públicas criem programas de incentivos para que haja crescimento em didáticas de pesquisa científica, 
feito isso os resultados de pesquisa serão melhores em diversas áreas da engenharia, além de ser um 
incentivo para os estudantes de diversas áreas. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/ciencia/20570-graham-bell-ou-antonio-meucci-
quem-inventou-o-telefone-.htm>. Acesso 28/10/2020. 
 
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