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PROPEDÊUTICA segunda-feira, 22 de março de 2021 SÍNDROMES CLÍNICAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO CASO CLÍNICO 1 Escolar, 9 anos. QD: Piora da Tosse e do catarro há 2 dias. HMA: Mãe refere que criança iniciou tosse, coriza hialina, espirros e obstrução nasal há 10 dias. Relata ainda, que é o 4º episódio de resfriado nos últimos 6 meses. Há dois dias a secreção tornou-se amarelada, houve piorada da tosse principalmente à noite e aparecimento de febre de até 38,5°C. Exame físico geral: REG, febril, eupneico, hidratado, com respiração bucal. Orofaringe: hiperemia da parede posterior, sem aumento de amígdalas, com secreção espessa e amarelada em retrofaringe AR: MV+, simétrico bilateralmente com roncos de transmissão (devido a secreção das vias aéreas superiores, tal som é emitido nos pulmões) · Qual hipótese diagnóstica? (tosse, febre + secreção) Via aérea inferior preservada RINOSSINUSITE • Até 2 anos: 6 a 10 IVAS/ano • Sinusite Aguda: ≤ 4 semanas – Complicação de IVAS (viral) > 10 dias/Rinite • Sintomatologia: – Obstrução nasal – Rinorréia purulenta – Febre – Tosse (com piora noturna) – Halitose – Dor de cabeça •Agentes mais comuns: vírus (mais comum), bactéria e fungos • Sinusite Crônica: > 12 semanas complicação por bactéria ou fungo Ausculta: Roncos • Ruídos intensos, contínuos. • Inspiratórios e expiratórios. • Podem sumir com a tosse, higiene das vias aéreas superiores ou fisioterapia Seios paranasais Fatores Predisponentes • Alergia (rinite) • Creche • Convívio com fumantes • Ar condicionado • Imunodeficiências (devido a falta de IgA) CASO CLÍNICO 2 Lactente,10 meses QD: Tosse de cachorro há 1 dia. HMA: Mãe refere tosse e coriza hialina há 3 dias. Há 01 dia a tosse tornou-se seca, rouca e persistente. Apresentou um pico febril de 37,9ºC há 15h. AP e epidemiológicos: Irmão de 8 anos com resfriado comum há uma semana Qual hipótese diagnóstica? (sintomas de infecção viral, tosse de cachorro/ladrante e estridor laríngeo) · Via aérea inferior preservada Ausculta: Estridor - Som inspiratório musical alto - Longa duração - Pode-se acompanhar de tiragem na fúrcula (retração de fúrcula) - Laringite aguda ou estenose de traqueia Fisiopatologia: Obstrução parcial VA por edema, constrição ou corpo estranho LARINGITE VIRAL AGUDA Sinais e sintomas – Coriza – Obstrução nasal – Tosse seca – Febre baixa Evolução – Tosse rouca – Choro rouco / disfonia / afonia – Estridor – Taquidispnéia – Lactentes e pré-escolares: Pico aos 2 anos de idade Evolução lenta com sintomas de infecção viral – Piora com 24-48 horas – Persistência por 3-5 dias – Regressão 7 dias Etiologia – Parainfluenza I e II; VSR – Adenovírus, influenza Causas de Estridor em crianças < 6 meses • Laringotraqueomalácea • Paralisia de corda vocal • Estenose subglótica (da prega vocal até a epiglote) • Hemangioma de vias aéreas > 6 meses • Laringite • Epiglotite • Traqueíte bacteriana • Aspiração de corpo estranho • Abscesso retrofaríngeo CASO CLÍNICO 3 Masculino de oito anos. QD: “Febre há 2 dias” HMA: Mãe refere que criança iniciou com tosse seca há 6 dias sem outros sintomas associados. Há 4 dias houve piora da tosse que se tornou produtiva e mais intensa. Há 02 dias iniciou com febre de até 39,5ºC e de dor abdominal há 01 dia. Apresentou 3 episódios de vômitos após crises de tosse nas últimas 24h e refere fraqueza nos membros durante os episódios de febre. Exame Físico: • REG, prostrado, febril, taquipneico leve, hidratado, acianótico • FR = 28 irpm FC = 120 bpm, T = 38,5°C Ap. Resp.: MV presente em ambos hemitórax, mas diminuído e com estertores finos em base de pulmão direito. Presença de tiragem subdiafragmática. • Restante do exame sem alterações. Qual hipótese diagnóstica? (tosse, febre, dispneia e dor abdominal) via aérea inferior acometida Quais os achados do exame do tórax neste caso? • Inspeção: - Expansibilidade diminuída. • Palpação: - Expansibilidade diminuída e FTV aumentado. • Percussão: - Submacicez ou macicez. • Ausculta: - Respiração brônquica substituindo o MV, broncofonia aumentada e estertores finos. Sinais e sintomas Sintomas iniciais - Coriza - Obstrução nasal - Tosse seca - Febre baixa Evolução - Tosse produtiva - Febre alta - Dispneia - Dor torácica Ausculta Estertores finos • Ruídos suave, finas bolhas • Dentro do alvéolo • NO FINAL DA INSPIRAÇÃO Estertores grossos • Inspiratórios e expiratórios • Mobilizam-se com a tosse ou fisioterapia • Secreção em brônquios e bronquíolos de pequeno calibre Caso clínico 3: continuação... • A criança recebeu tratamento com antibiótico, mas retornou ao hospital após 3 dias com persistência da febre e piora do desconforto respiratório. Qual a hipótese diagnóstica? Após RAIO X, concluímos que é derrame pleural DERRAME PLEURAL • Inspeção: - Expansibilidade diminuída; abaulamento expiratórios dos espaços intercostais no local acometido (Sinal de Lemos Torres) • Palpação: - Expansibilidade diminuída e FTV diminuído ou abolido. • Percussão: - Macicez • Ausculta: - MV diminuído ou abolido na área do derrame, egofonia e estertores finos na área do pulmão em contato com o derrame. CASO CLÍNICO 4 Lactente de 9 meses, frequenta creche desde 6 meses. Mãe relatou tosse e coriza há 3 dias associados a febre de até 38ºC há 02 dias. Hoje, mãe notou criança mais ofegante e com tosse mais produtiva. Mamou pouco, vomitou 1 x após tosse. Mãe refere que criança nunca apresentou episódio semelhante. Ao exame: REG, corado, hidratado, taquidispneico leve com FR 55 irpm, acianótico, afebril, ativo. Sat O2: 94%. AR: tiragem intercostal discreta, ausência de retração de fúrcula e batimento de asas nasais; MV + e simétrico, com sibilos expiratórios esparsos. Ausculta Sibilos • Intensos, agudos, finos, contínuos • Expiratórios (+ comum) e/ou inspiratórios • Asma; Bronquiolite; lactente sibilante • Fisiopatologia – Edema, secreção ou espasmo brônquico de pequeno calibre Ausculta: Gemido expiratório Fisiopatologia - Oclusão parcial das cordas vocais na expiração - Tentativa de manter os alvéolos distendidos e melhorar as trocas gasosas Qual hipótese diagnóstica? (tosse e chiado, sintomas vira e desconforto respiratório) Bronquiolite Viral Aguda (BVA) Primeiro episódio de sibilância em lactentes menores de 24 meses com quadro clínico de infecção respiratória viral e sem outras causas para sibilância; CASO CLÍNICO 5 Lactente de 24 meses, frequenta creche desde 6 meses. Mãe relata que notou criança mais ofegante e apresentando tosse seca ao buscá-lo na creche. “Tias” da creche anotaram no caderno de recados que a criança teve “acesso de tosse” durante o almoço, e desde então manteve tosse. Nega quadro pregresso de IVAS, nega febre e quaisquer outros sintomas associados. Exame físico geral: BEG, corado, hidratado, taquidispneico leve (discreta retração de fúrcula e tiragem intercostal discreta), FR=44 ipm, acianótico, afebril, ativo. AR: MV +, assimétrico, com sibilos inspiratórios e expiratórios. CASO CLÍNICO 6 Pré-escolar, 3 anos, frequenta creche desde 6 meses. Mãe relata tosse seca sem coriza e sem febre há 2 dias. Hoje mãe notou criança mais ofegante. Tem histórico de diversos episódios pregressos de sibilância associados a quadros gripais. Exame físico geral: BEG, corado, hidratado, taquidispneico leve com retração de fúrcula leve e tiragem intercostal discreta, FR = 44ipm, acianótico, afebril, ativo. AR: MV +, simétrico, com sibilos expiratório esparsos. • Asma é a doença crônica mais comum na infância; • História de sintomas respiratorios tais como sibilância, respiração rápida e curta, aperto no peito e tosse que variam com o tempo e intensidade da crise. • Sintomas desencadeados por infecções virais, alérgenos, cigarro, exercício, estresse; • Outros sintomas de alergia: rinite, alergia cutânea; • História familiar + Ssa2022106367948
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