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Vitória S. Fraulob T4C SBC SÍNDROMES CLINICAS DO APARELHO RESPIRATÓRIO CASO CLÍNICO 1 Escolar, 9 anos. QD: Piora da Tosse e do catarro há 2 dias. HMA: Mãe refere que criança iniciou tosse, coriza hialina, espirros e obstrução nasal há 10 dias. Relata ainda, que é o 4º episódio de resfriado nos últimos 6 meses. Há dois dias a secreção tornou- se amarelada, houve piorada da tosse principalmente à noite e aparecimento de febre de até 38,5°C. Exame físico geral: REG, febril, eupneico, hidratado, com respiração bucal. Orofaringe: hiperemia da parede posterior, sem aumento de amígdalas, com secreção espessa e amarelada em retrofaringe AR: MV+, simétrico bilateralmente com roncos de transmissão. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: SINUSITE. RINOSSINUSITE: - Até os 2 anos: 6 – 10 IVAS/ano - Sinusite aguda: < 4 semanas - Complicação de IVAS (viral) > 10 dias/rinite - Sintomatologia: • Obstrução nasal; • Rinorreia purulenta; • Febre; • Tosse (com piora noturna); • Halitose; • Dor de cabeça; - Sinusite crônica: > 12 semanas. - Ausculta: roncos • Ruídos intensos, contínuos; • Inspiratórios e expiratórios; • Podem sumir com a tosse, higiene das vias aéreas superiores ou fisioterapia; - Fatores predisponentes: • Alergia; • Creche; • Convívio com fumantes; • Ar condicionado; • Imunodeficiências; CASO CLÍNICO 2 Lactente,10 meses QD: Tosse de cachorro há 1 dia. HMA: Mãe refere tosse e coriza hialina há 3 dias. Há 01 dia a tosse tornou-se seca, rouca e persistente. Apresentou um pico febril de 37,9ºC há 15h. AP e epidemiológicos: Irmão de 8 anos com resfriado comum há uma semana. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: LARINGITE. LARINGITE: - Escuta → estridor. - Som inspiratório musical alto. - Longa duração - Pode-se acompanhar de tiragem na fúrcula (retração da fúrcula). - Laringite aguda ou estenose de traqueia. - Fisiopatologia: obstrução parcial VA por edema, constrição ou corpo estranho. Vitória S. Fraulob T4C SBC LARINGITE VIRAL AGUDA: - Sinais e sintomas: • Coriza; • Obstrução nasal; • Tosse seca; • Febre baixa; - Evolução: • Tosse rouca (ladrante); • Choro rouco; • Disfonia/afonia; • Estridor; • Taquidispneia; - Acomete mais crianças até os 2 anos. - Evolução lenta com sintomas de infecção viral. - Piora com 24 – 48h. - Persistência por 3 - 5 dias. - Regressão de 7 dias. - Etiologia: • Parainfluenza I e II; • VSR; • Adenovírus; • Influenza; - Causas do estridor em crianças: < 6 meses: • Laringotraqueomalácea; • Paralisia de corda vocal; • Estenosa subglótica; • Hemangioma de vias aéreas; >6 meses: • Laringite; • Epiglotite; • Traqueíte bacteriana; • Aspiração de corpo estranho; • Abcesso retrofaríngeo; CASO CLÍNICO 3 Masculino de oito anos. QD: “Febre há 2 dias” HMA: Mãe refere que criança iniciou com tosse seca há 6 dias sem outros sintomas associados. Há 4 dias houve piora da tosse que se tornou produtiva e mais intensa. Há 02 dias iniciou com febre de até 39,5oC e de dor abdominal há 01 dia. Apresentou 3 episódios de vômitos após crises de tosse nas últimas 24h e refere fraqueza nos membros durante os episódios de febre. • Exame Físico: REG, prostrado, febril, taquipneico leve, hidratado, acianótico FR = 28 irpm FC = 120 bpm, T = 38,5°C Ap. Resp.: MV presente em ambos hemitórax, mas diminuído e com estertores finos em base de pulmão direito. Presença de tiragem subdiafragmática. Restante do exame sem alterações. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: PNEUMONIA - Achados do exame do tórax neste caso: • Inspeção → expansibilidade diminuída. • Palpação → expansibilidade diminuída e FTV aumentado. • Percussão → submacicez ou macicez. • Ausculta → Respiração brônquica o MV, broncofonia aumentada e estertores finos. PNEUMONIA: - Sintomas iniciais: • Coriza; • Obstrução nasal; • Tosse seca; • Febre baixa; - Evolução: • Tosse reprodutiva; • Febre alta; Vitória S. Fraulob T4C SBC • Dispneia; • Dor torácica; - Ausculta → estertores finos: • Ruídos suave, finas bolhas; • Dentro do alvéolo; • No final da inspiração; - Ausculta → estertores grossos: • Inspiratórios e expiratórios; • Mobilizam-se com a tosse ou a fisioterapia. • Secreção em brônquios e bronquíolos de pequeno calibre; CONTINUAÇÃO CASO CLINICO 3 A criança recebeu tratamento com antibiótico, mas retornou ao hospital após 3 dias com persistência da febre e piora do desconforto respiratório. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: EDEMA PLEURAL DERRAME PLEURAL: - Achados ao exame físico do tórax de acordo com a complicação diagnosticada: • Inspeção → expansibilidade diminuída; • Palpação → expansibilidade diminuída e FTV diminuído ou abolido. • Percussão → Macicez. • Ausculta → MV diminuído ou abolido na área do derrame, egofonia e estertores finos na área do pulmão em contato com o derrame. CASO CLÍNICO 4 Lactente de 9 meses, frequenta creche desde 6 meses. Mãe relatou tosse e coriza há 3 dias associados a febre de até 38ºC há 02 dias. Hoje, mãe notou criança mais ofegante e com tosse mais produtiva. Mamou pouco, vomitou 1 x após tosse. Mãe refere que criança nunca apresentou episódio semelhante. Ao exame: REG, corado, hidratado, taquidispneico leve com FR 55 irpm, acianótico, afebril, ativo. Sat O2: 94%. AR: tiragem intercostal discreta, ausência de retração de fúrcula e batimento de asas nasais; MV + e simétrico, com sibilos expiratórios esparsos. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA (BVA) BVA: - Primeiro episódio de sibilância em lactentes menores de 24 meses com quadro clinico de infecção respiratória viral e sem outras causas para sibilância. - Infecção viral (18 – 24h) → infiltração linfocitária peribronquiolar, destruição de cílios e necrose de células bronquilares → edema, muco excessivo e descamação de células epiteliais → obstrução de vias aéreas de pequeno calibre. - Ausculta – sibilos: • Intensos, agudos, finos, contínuos; • Expiratórios (+ comum) e/ou inspiratórios; • Asma, bronquiolite; lactente sibilante. • Fisiopatologia: - Edema. - Secreção. - Espasmo brônquico de pequeno calibre. - Ausculta – gemido expiratório: • Fisiopatologia: - Oclusão parcial das cordas vocais na expiração. - Tentativa de manter os alvéolos distendidos e melhorar as trocas gasosas. Vitória S. Fraulob T4C SBC CASO CLÍNICO 5 Lactente de 24 meses, frequenta creche desde 6 meses. Mãe relata que notou criança mais ofegante e apresentando tosse seca ao buscá-lo na creche. “Tias” da creche anotaram no caderno de recados que a criança teve “acesso de tosse” durante o almoço, e desde então manteve tosse. Nega quadro pregresso de IVAS, nega febre e quaisquer outros sintomas associados. Exame físico geral: BEG, corado, hidratado, taquidispneico leve (discreta retração de fúrcula e tiragem intercostal discreta), FR=44 ipm, acianótico, afebril, ativo. AR: MV +, assimétrico, com sibilos inspiratórios e expiratórios. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO CASO CLÍNICO 6 Pré-escolar, 3 anos, frequenta creche desde 6 meses. Mãe relata tosse seca sem coriza e sem febre há 2 dias. Hoje mãe notou criança mais ofegante. Tem histórico de diversos episódios pregressos de sibilância associados a quadros gripais. Exame físico geral: BEG, corado, hidratado, taquidispneico leve com retração de fúrcula leve e tiragem intercostal discreta, FR = 44ipm, acianótico, afebril, ativo. AR: MV +, simétrico, com sibilos expiratório esparsos. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: ASMA ASMA: - Doença crônica mais comum na infância. - História de sintomas respiratórios tais como sibilância, respiração rápida e curta, apertono peito e tosse que variam com o tempo e intensidade da crise. - Sintomas desencadeador por infecções virais, alérgenos, cigarro, exercício e estresse. - Outros sintomas de alergia: rinite, alergia cutânea. - História familiar positivo.
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