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O ferro é um componente polar que 
quimicamente tem 26 prótons, a sua camada de 
valência pode doar ou receber elétrons (oxidação e 
redução), assim, para evitar que ele perca elétrons e 
forme-se radicais livres, o corpo tenta mantê-lo 
sempre junto de outras moléculas. 
Papel do ferro 
 Metabolismo energético (cadeia fosforilativa 
junto ao enxofre); 
 Transporte de oxigênio e dióxido de carbono; 
 Presente em eritroblastos, mioglobina e 
citocromos. 
Aquisição do ferro 
O ferro só pode ser adquirido pela alimentação, mas 
pode ser reciclado no organismo. 
 Absorção intestinal: 1 mg a 2mg de ferro são 
absorvidos por dia pela alimentação; 
 Reciclagem de hemácias senecentes: fonte 
importante de ferro, de 25 mg a 30 mg de ferro 
por dia (endógena) 
Ferro de origem HEME (ferro do tipo II), encontrado 
nos alimentos animais tem uma absorção superior 
(porque ele já vem na sua forma de absorção) ao 
ferro de origem não HEME (ferro do tipo III), 
encontrado nos alimentos de origem vegetal. 
Fatores que interferem na absorção do ferro 
 Nem todo o ferro consumido é absorvido, o 
organismo tem alguns controles para a absorção 
final, um desses controles, é a forma de absorção do 
ferro. 
 Fonte do ferro (ferro HEME é melhor absorvido); 
 Acidez (a vit C, por exemplo, acaba reduzindo o 
ferro do tipo III para ferro do tipo II); 
 Presença de agentes solubilizantes como 
açúcares. 
Os fitatos, as fibras, os taninos são componentes 
antinutricionais e diminuem a biodisponibilidade do 
alimento. A banana possui um tipo de fitato (um 
quelante) que interfere na absorção do ferro devido 
à natureza iônica do ferro, assim, a banana 
consumida com feijão diminui a biodisponibilidade do 
ferro do feijão que por ser de origem vegetal já é 
baixa. 
 A quantidade de ferro absorvida é 
regulada pela necessidade do organismo, está 
envolvido nesse processo proteínas de metal 
divalente (DMT-1) e a ferroportina (FPT) que só 
transportam ferro do tipo II, se for outro tipo, 
precisa ser transformado em ferro II para ser 
absorvido. 
Estoques de ferro 
 O ferro fica estocado nas células 
reticuloendoteliais do fígado, baço e medula óssea 
nas formas de ferritina (a apoferritina contendo o 
núcleo férrico constitui a ferritina). 
Apoferrritina guarda o ferro para evitar que ele 
fique doando e recebendo elétrons. 
 
Entrada do ferro 
 O ferro vindo da dieta cai na corrente 
sanguínea, entra nos enterócitos (células da mucosa 
intestinal), com a produção e liberação da proteína 
de metal divalente abre-se caminho para a 
passagem do ferro que fica guardado na célula na 
forma de ferritina. Diante de uma necessidade do 
corpo, o ferro sai da célula, é agregado pela proteína 
transferrina e este fica disponível no local que está 
precisando da sua presença. 
 1ª etapa: reconhecimento e captação do ferro 
– dependendo da abertura ou não da proteína 
de metal divalente o ferro é introduzido; 
Ferro do tipo III não é absorvido, precisa ser 
reduzido a ferro II para passar pela proteína de 
metal divalente. 
 2ª etapa: retenção do ferro nos enterócitos – o 
ferro internalizado é protegido pela ferritina; 
 3ª etapa: envio do ferro ao plasma – diante da 
necessidade, o ferro é transportado para o 
plasma devido a ferroportina e é oxidado a ferro 
do tipo III para que não retorne para os 
enterócitos. Assim, para a corpo absorver o ferro, 
precisa ser ferro II, mas para manter precisa ser 
ferro III. Ao chegar no plasma, ele é incorporado 
a transferrina que transporta o ferro para o 
fígado, para as células reticuloendoteliais ou 
para a medula óssea. 
(Des)equilíbrio do ferro 
 Excesso ou acúmulo: hemocromatose (a pessoa 
parece estar bronzeada o tempo todo); 
 Carência: anemia. 
 Para evitar o excesso ou a carência, o corpo 
realiza a homeostase, buscando o equilíbrio, a 
manutenção das funções celulares essenciais e ao 
mesmo tempo a proteção contra possíveis danos 
teciduais. As principais células relacionadas a 
homeostasia são: enterócitos, eritroblastos, 
macrófagos e hepatócitos. 
 
 
 
 
 
 
Hemocromatose: 
 Distúrbio hereditário ou adquirido do 
metabolismo do ferro em que há um aumento 
excessivo do ferro nos tecidos. A sobrecarga de ferro 
pode causar disfunção e insuficiência de diversos 
órgãos, em especial o coração, o fígado e o pâncreas 
endócrino. As complicações incluem arritmias, 
insuficiência cardíaca, cirrose hepática, diabetes e 
artrite. 
Tem como avaliar o ferro: 
Estocado – ferritina; 
Transportado – transferrina; 
Livre – ferro sérico; 
Fisiólogico – quantidade de hemoglobina.