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Kaliane Oliveira Analisa as variações quantitativas e morfológicas dos elementos figurados do sangue. Série vermelha (hemo/eritrograma): Onde as hemácias são avaliadas quantitativamente e qualitativamente, além da concentração de hemoglobina. Hemoglobina é a proteína que está dentro da hemácia e que carreia o dióxido de carbono e dióxido de hidrogênio. Portanto, o conteúdo e a quantidade de hemoglobina também influência na quantidade e na qualidade das trocas gasosas, pois se houver pouca hemoglobina, será carregado menos gases e poderá ser provocado uma hipóxia/anemia. Série branca (leucograma): Ocorre a avaliação do número de leucócitos, além disso, é feita a diferenciação celular. Hemograma Na série vermelha só existe hemácias/eritrócitos que são os glóbulos vermelhos, estes podem ser avaliados quanto a quantidade, o tamanho, a coloração e a concentração de hemoglobina. Os valores de referência dependem, generalizadamente, do sexo e da idade, em uma análise de estado nutricional, a alimentação também pode ser inserida nessa análise. Valores de hemácia abaixo do valor de referência sem alguma outra condição: anemia normocítica (diminuição dos glóbulos vermelhos por quantidade, a célula não apresenta alteração morfológica). Essa anemia pode acontecer por sobrecarga de líquido ou hemorragia além de 24h, além dos déficits de nutrientes, hemólise, alterações genéticas, insuficiência da medula óssea, doença renal; Anemia: Sintomas: fadiga; desmaio; diminuição da pressão sanguínea; palpitação; dor no peito; ataque cardíaco; fraqueza muscular; pele pálida, fria e amarelada; olhos amarelados. Fatores de risco: esplenomegalia, idade, mulher, baixa ingestão de ferro HEME (ferro de origem animal), baixa quantidade de vitamina C, excesso de fitatos, baixa condição social, abuso de álcool, doenças do intestino, depressão. Valores acima do valor de referência: eritrocitose e podem indicar policitemia relativa ou absoluta, pode ser uma condição hemo pulmonal ou uma hemoconcentração no momento da colocação do garrote. A policitemia pode acontecer por fibrose pulmonar ou cor pulmonar que dificultam a troca gasosa e o corpo responde produzindo mais hemácias e ainda por enfermidades renais. Destruição das hemácias: As hemácias têm vida útil de, em média, 120 dias, depois disso, elas se tornam velhas e, com isso, elas recebem uma sinalização que causa: diminuição dos sistemas metabólicos: ATP (as mitocôndrias diminuem a sua produção), baço (as hemácias velhas são mandadas para ele que quebra a célula e realiza Valores de referência: Homens adultos: 4,6 a 6,2 milhões de hemácias/ml de sangue venoso; Mulheres adultas: 4,2 a 5,4 milhões de hemácias/ml de sangue venoso; Crianças: 3,8 a 5,5 milhões de hemácias/ml de sangue venoso; Bebês a termo: 4,4 a 5,8 milhões de hemácias/ml de sangue capilar ao nascimento, diminuindo para 3,8 milhões de hemácias/ml na idade de 2 meses, e aumentando lentamente daí em diante. Kaliane Oliveira a reciclagem do ferro que é neutralizado e permanece no baço até que o corpo necessite dele, os anéis da hemoglobina são quebrados e formam as porfirinas que formam a bilirrubina que é enviada para o fígado e se torna a bile, essa destruição acontece diante da fagocitose das hemácias por macrófagos. Na ausência do baço, o fígado realiza a função do baço. Hemoglobina: A hemoglobina é composta por 4 anéis pirrólicos. Na hemoglobina tem a globulina que é a própria proteína (os filamentos de AA unidos) que tem 4 grupos prostéticos unidos e no núcleo da sua composição está o ferro que compõe o grupo heme. A hemoglobina é uma proteína presente nas hemácias que faz o transporte do dióxido de carbono e do dióxido de oxigênio. A hemoglobina é um pigmento, assim, a coloração vermelha da hemácia depende da quantidade de hemoglobina. A medição da hemoglobina mede a gravidade da anemia ou policitemia e monitora a resposta à terapia, essa medição pode ser feita através do cálculo da hemoglobina corpuscular média (HCM) e a concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM). Concentração baixa de Hb pode indicar: anemia, hemorragia recente ou retenção de líquido causando hemodiluição; Hb elevada sugere: hemoconcentração originária de policitemia ou desidratação (menos plasma). Hematócrito: indica o volume ocupado por eritrócitos contidos numa certa quantidade de sangue total. Mede a porcentagem por volume de hemácias contidas em uma amostra de sangue total. Ex.: 40% de Ht indica 40ml de hemácias contidas em uma amostra de 100ml. Biometria hemática (medida das células): VCM - volume corpuscular médio: ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia. No exame pode vir escrito: micricíticas (hemácias pequenas) ou macrocíticas (hemácias grandes); HCM – hemoglobina corpuscular média: é o peso da hemoglobina dentro das hemácias (mais pesada, tem mais AA, é mais completa). Também ajuda a decifrar casos diferentes de anemias; CHCM – concentração por hemoglobina corpuscular média: é a concentração de hemoglobina dentro de uma hemácia. Pode vir escrito: hipocrômica (pouca hemoglobina na hemácia), hipercrômica (quantidade de hemoglobina além do normal); RDW – índice da diferença de tamanho das hemácias (quanto mais diversificado, pior o prognóstico). Leucograma Valores de referência: Recém-nascidos: 14 a 20g/dl; 1 semana de idade: 15 a 23 g/dl; 6 meses de idade: 11 a 14 g/dl; Crianças de 6 meses a 18 anos: 12 a 125 g/dl; Homens: 14 a 18 g/dl; Mulheres: 12 a 16 g/dl. Valores de referência: Recém-nascidos: 42% a 60% de Ht; 1 semana de idade: 47% a 65% de Ht; 6 meses de idade: 33% a 39% de Ht; Crianças de 6 meses a 18 anos: 35 a 45% de Ht; Homens: 42% a 54% de Ht; Mulheres: 36% a 46% de Ht. Kaliane Oliveira Possibilita a visualização da série branca do sangue. Leucopenia: diminuição dos leucócitos – resposta de uma virulência; Leucocitose: aumento dos leucócitos – resposta de uma infecção bacteriana. Indica a quantidade de leucócitos em um microlitro (milímetro cúbico) do sangue total, determinando se o organismo passa por uma infecção (agentes virais) ou inflamação (agentes bacterianos); Determina a necessidade de testes adicionais, como, por exemplo, o diferencial de leucócitos ou a biópsia de medula óssea; Permite monitorar a resposta à quimioterapia, radioterapia ou outros tipos de terapia. A contagem de leucócitos varia de 4.000 a 10.000ml Serve para: Avaliar a capacidade para resistir e superar infecções; Determinar e identificar diversos tipos de leucemia; Determinar o estágio e gravidade de uma infecção; Detectar reações alérgicas; Avaliar a gravidade de reações alérgicas (contagem de eosinófilos); Detectar infecções parasíticas; Servir de suporte para o diagnóstico de outras doenças. Tipos de leucócitos: Basófilos: em um individuo normal, só é encontrado até 1%, além desse valor indica processos alérgicos; Eosinófilos: o quantitativo além do normal, indica casos de processos alérgicos ou parasitários; Neutrófilos: o aumento pode indicar infecção bacteriana, mas pode estar aumentado também em infecção viral (+ predominante em adultos); Linfócitos: é mais predominante em crianças, se estiver aumentado em adultos, pode ser indicativo de infecção viral ou, raramente, leucemia; Monócitos: valores aumentados indica infecções virais (valores são alterados após quimioterapia). Plaquetas: Promovem a coagulação, ou seja, a formação de um coágulo hemostático em locais de comprometimento vascular. A contagem de plaquetas constitui o mais importante teste de rastreamento da função plaquetária. A contagem de plaquetas: Avalia a produção ouutilização de plaquetas; Avalia os efeitos da quimioterapia ou radioterapia na produção de plaquetas; Diagnóstico ou monitoramento de trombocitose (contagem aumentada) ou trombocitopenia (contagem diminuída); Confirma uma estimativa visual da quantidade e morfologia da plaqueta a partir de um filme sanguíneo colorido. Valor de referências entre 130.000 a 370.000ml.