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Introdução: Reflexos condicionados ● Aprendizagem de novos reflexos foi descoberta pelo Pavlov, que estudava o reflexo salivar em cães após a apresentação de comida som da sineta: estímulo neutro som da sineta + comida: salivação som da sineta só: passou a estimular salivação Reflexo salivar: resposta condicionada Há o reflexo incondicionado (inato: sugar, fechar o olho) e o reflexo condicionado (aprendido) Exemplo: João gosta de comer camarão. Certo dia, ele como camarão estragado e vomita. Então, passa a sentir-se mal ao ver camarão (condicionamento pavloviano). Neuropsicologia das dependências químicas ● O comportamento humano engloba diversos aspectos (biológicos, história de vida, contexto social) ● Os comprometimentos cognitivos são os mais diretamente associados a dificuldades no exercício profissional, nos processos de aprendizagem e nas relações interpessoais, além de dificultar o tratamento e a reinserção social. ● Drogas: Modificações epigenéticas do ‘’mal’’ ● Pode existir uma vulnerabilidade biológica Substância psicoativa:O homem sempre esteve em contato com essas substâncias ao longo da história (práticas culturais, religiosas, socialização em um grupo, recreação). ● Aprendemos a ter prazer com diferentes estímulos ● Adição: ‘’Condenar’’, condenada a uma substância Dependência: ‘’Estado adaptativo que se manifesta por intensos distúrbios físicos quando temos a suspensão de uma droga’’. ● O perfil do usuário de cada droga é diferentes ● Padrão mal-adaptativo de uso de uma substância ● Os níveis de tolerância e abstinência também são diferentes entre cada indivíduo Abstinência: Reações antagônicas às da substância aditiva da qual o sujeito está privado (Ex.: Sinto ansiedade quando deixo de usar uma substância que causa relaxamento) ● Sinal do corpo por ter aprendido a se preparar para aquela droga (com o balanço da homeostase) ● Compensação constante sem a droga Tolerância: Diminuição da sensibilidade à droga decorrente do uso continuado dela. Assim, o usuário precisa de doses cada vez maiores para obter o efeito inicial. ● Aumento do limiar (quantidade necessária para desencadear o efeito) ● Tentativa do organismo de compensar uma condição anormal produzida pela intoxicação ● Passa a produzir efeitos opostos àqueles da droga, compensando o desajuste homeostático (Ex: Beber cerveja continuamente e por isso só ficar bêbado após beber mais). Homeostase: Capacidade inata do nosso organismo que tenta reequilibrar as condições, de manter as condições normais. O desequilíbrio estimula as reações compensatórias. ● Quando há o abuso de substâncias, o organismo aprende que vai vir o desequilíbrio e já tenta compensar isso. ● Responsável pela tolerância ● O corpo se prepara para o uso daquela droga. Ópio: chega no SNC e provoca analgesia, com consequente desequilíbrio homeostático. ● Situações ligadas ao uso já iniciam respostas como se fossem a própria substância (desequilíbrio homeostático). Dependência Química ● Doença crônica e multifatorial ● Compulsão pela procura, perda de controle do limite, emoções negativas associadas à privação, recaídas de uso ● Prejuízos psicológicos: Comprometimento cognitivos associados a dificuldades no exercício profissional, nos processos de aprendizagem e nas relações interpessoais. ● Avaliação Neuropsicológica pode ser utilizada para investigar a extensão desse comprometimento e auxiliar na intervenção ● Os danos causados por algumas drogas novas são significativos, podendo passar pelo desencadeamento do mecanismo de autodestruição (apoptose) neuronal em sistemas monoaminérgicos Dependência: Resultante de processos de aprendizagem. Aumento da estimulação dopaminérgica nesse circuito (principalmente no estriado ventral e núcleo accumbens), sobrecarregando esse sistema e causando desregulação química.. Sistema de recompensa do cérebro ( via mesolímbica: ativa quando estamos sentindo a experiência corporal de prazer). Porém esse processo ocorre de forma muito mais intensa com a substância psicoativa. Teorias Heyman: A Teoria Comportamental enfatiza componentes operantes e sustenta que o consumo repetido de drogas diminui o valor reforçador de atividades concorrentes. Berridge: A Teoria da Sensibilização enfatiza componentes respondentes, propondo a dependência como resultado da sensibilização da potência eliciadora de estímulos condicionados aos efeitos da droga Kalivas: A Teoria Neurobiológica integra as duas primeiras, descrevendo as mudanças no circuito do reforço que acontecem no processo de dependência. Feltenstein e See: A dependência ocorre devido à desregulação induzida pela droga do sistema de recompensa do cérebro, na via mesolímbica. Diferentes drogas ● Diferentes substâncias psicoativas agem por diferentes mecanismos bioquímicos ● Fatores para análise: Tipo de droga e consumo, frequência, quantidade ● Agudo: única dose, eventual: esporádico, subagudo: dias diferentes ou crônico: dependencia Alterações cognitivas ● Psicoestimulantes e álcool: impulsividade e flexibilidade cognitiva. ● Maconha e metanfetamina: memória prospectiva ● Maconha e ecstasy: velocidade de processamento e planejamento. Drogas e sinapses Agonistas: drogas que aumentam a eficiência na neurotransmissão. Excitatória do SNC. Estimulantes ● Cocaína e crack Usos eventuais: : atenção sustentada e alternada, memória espacial, controle inibitório e flexibilidade cognitiva (ajustar o comportamento rapidamente). Traços de impulsividade. Uso crônico: Memória de trabalho, atenção, controle inibitório, memória verbal, aprendizagem e memória, memória de curto prazo e função psicomotora. Capacidade de tomar decisões. Disfunção social - Bloqueia a recaptação da dopamina pelos botões terminais, aumentando a quantidade nas fendas sinápticas. - Vigilância ativa, reforço (efeito de prazer), leve euforia. - “A compulsão pela cocaína pode estar associada a um aumento no número de receptores de dopamina - Disfunção social nos testes de impulsividade e tomada de decisão ● Anfetamina - Liberam a dopamina dos neurônios dopaminérgicos. - Comprometimento de memória, que persiste por até 2 anos após a abstinência. - As anfetaminas bloqueiam a recaptação da dopamina proporcionando, como a cocaina, um aumento da concentração desses neurotransmissor na fenda sinática. - Altos índices de impulsividade, sintomas depressivos e ansiosos em ex-usuários. Antagonistas: drogas que diminuem a eficiência na neurotransmissão. Depressora do SNC. Inibidoras. ● Álcool - O álcool sensibiliza os receptores do aminoácido gama-amino-butírico (GABA). Assim, também atua na liberação de dopamina. - Ação ansiolítica - Não possui receptores específicos - Diminuição do ritmo dos pulsos elétricos chamados potenciais de ação, deprimindo o funcionamento do neurônio e causando, desde um efeito sedativo, até um estado de embriaguez, com redução do nível de consciência. - Diminuição da sensação de medo e punição ● Maconha - Usuários eventuais: alterações em processos atencionais
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