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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS CURSO DE ENFERMAGEM PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA ALTA COMPLEXIDADE Técnica de Curativo em Acesso Central Orientador: Fellipe de Freitas Pereira. Acadêmicas: Ana Cristina Gonçalves- 18266121 Ana Júlia Américo -18266114 Brenda Araújo - 18266084 Gissele Rodrigues - 18266089 Samara Andrade -18266093 INTRODUÇÃO O presente trabalho traz abordagens associadas às técnicas de curativos, especificamente tratando-se do acesso venoso central – procedimento frequente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), obtido pela inserção de cateter intravascular em veias profundas (jugular, subclávia e femoral). O uso dos cateteres venosos centrais tem grande importância terapêutica na assistência aos pacientes, por possibilitar diversas finalidades. Como um procedimento de responsabilidade do enfermeiro, o curativo de cateter venoso central (CVC) é definido como um conjunto de práticas que monitora medidas de assepsia e avaliação clínica como, higienização das mãos, técnica, antisséptico utilizado, cobertura do CVC e registro de enfermagem. Sendo assim, a seguir serão levantados os tipos de curativos que podem ser realizados no acesso central, as suas respectivas trocas e, cuidados de enfermagem na prevenção de infecções para melhor compreensão da temática apresentada. Tipos de curativo Os curativos realizado em cateteres centrais são do tipo oclusivo estéril, porém com diferentes tecnologias, sendo eles: Curativo com gaze e fita. Tipos de curativo Curativo de filme transparente de poliuretano Tipos de curativo Curativo Antimicrobiano de Clorexidina TÉCNICA DE CURATIVO Realizar higiene das mãos; Fazer a assepsia da bandeja; Preparar o material necessário verificando a integridade e prazo de validade e levar para a unidade do paciente; Orientar o paciente sobre o procedimento; Promover a privacidade do paciente, colocando biombo e/ ou fechar a porta da enfermaria; Posicionar o paciente de acordo com o local de inserção do cateter; Fazer desinfecção da mesa auxiliar com álcool 70%. Abrir o pacote, entre outros materiais necessários com técnica asséptica e colocar no campo do curativo; Calçar as luvas não estéreis e a máscara cirúrgica; Retirar o curativo anterior, deslocando parte do adesivo com uma pinça ou auxilio de mão enluvada e descartar no saco de lixo; Calçar luvas estéreis; Inspecionar o sítio de inserção, verificando a presença ou não de sinais flogísticos; Realizar a palpação com gazes seca estéril para detectar pontos de flutuação e/ ou secreção; Realizar antissepsia da pele, com clorexidina alcoólica, do óstio para a periferia, em uma área aproximadamente de 05 cm de diâmetro e extensão do cateter; Limpar a parte do cateter que se encontra do lado de fora da pele; TÉCNICA DE CURATIVO Aguardar o antisséptico secar por cerca de 30 segundos e após, fixar o curativo com filme transparente de poliuretano diretamente sobre o cateter, de preferência; na ausência deste, cobrir o cateter com gaze dobrada e fixar o adesivo hipoalergênico (micropore); Anotar no adesivo a data de realização do curativo e assinar; Deixar o paciente em posição confortável; Retirar o material utilizado com o campo, levar para o expurgo; Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e passar algodão embebido em álcool a 70%; Retirar as luvas e higienizar as mãos; Anotar no prontuário o procedimento realizado. Trocas de curativos Quanto ao curativo para determinado dispositivo, não há um consenso sobre o qual oferece o maior benefícios, desta forma os cuidados de enfermagem são essenciais quanto à manipulação, observação e troca de curativos, que devem ser realizados de maneira criteriosa para a prevenção da contaminação do CVC. O curativo com gaze estéril necessita de troca em um período de 24 a 48 horas. Enquanto o curativo com cobertura de Filme de Poliuretano e Antimicrobiano de Clorexidina deve ser trocado entre três e sete dias. Trocas de curativos Video: https://www.youtube.com/watch?v=tZGEhbp7iFk 9 Cuidados de enfermagem na prevenção de infecções Lei 7.498 do Exercício Profissional de Enfermagem, em seu parágrafo único, inciso I do art. 11, “o enfermeiro é responsável pela prevenção e pelo controle das IRAS (Infecções relacionadas à assistência à saúde)". Higienização das Mãos Escolha do Sítio da inserção Educar a equipe de enfermagem Uso de EPI’s Protocolo Hospitalar Cuidados de enfermagem na prevenção de infecções Outros Cuidados: Checar se o Kit para inserir o cateter está completo, antes da inserção. Em casos de pelos retirar com um tricotomizador elétrico ou tesouras. Os cateteres e conexões devem protegidos para que não molhe durante o banho. O procedimento deve ser realizado em ambientes controlados como centro cirúrgico e sala de hemodinâmica. #FICADICA 11 Avaliação diária Realizar o Curativo conclusão Em virtude do que foi apresentado, pode-se observar que o acesso central é muito frequente no ambiente hospitalar, principalmente nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), tratando-se de uma via de acesso ao sistema circulatório. Entretanto, tal dispositivo expõe o paciente a complicações, sendo dessa forma, de suma importância o conhecimento tanto dos profissionais quanto dos estudantes de enfermagem a respeito do manejo correto do dispositivo, para que seja proporcionada a qualificação do cuidado e promoção da segurança dos pacientes, cuja atuação direcione para o término de um tratamento que possa suprir as necessidades do cliente, diminuindo os riscos à sua saúde, favorecendo melhora na qualidade de vida, remoção do acesso e consequentemente, alta hospitalar. Referências bibliográficas ANDRADE, Angélica Mônica; Borges, Kelli dos Santos; Lima, Helidea de Oliveira. Avaliação das coberturas para sítio de inserção do cateter venoso central no TmO: análise de custos. remE – Rev. Min. Enferm.;15(2): 233-241, abr./jun., 2011. Disponível em: < https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/v15n2a11.pdf>. Acesso em 10 jun. 2021. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 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