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PAPM III João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ AUSCULTA CARDÍACA Sequência • Bulhas normais: Foco mitral (B1/M1) → Foco tricúspide (B1/T1) → Foco aórtico acessório (B2/A2) → Foco aórtico convencional (B2/A2) → Foco pulmonar (B2/P2) DIAFRAGMA • Bulhas acessórias: Foco mitral (B3 e B4 de VE) → Foco tricúspide (B3 e B4 de VD) CAMPÂNULA • Sopros: Retornar aos focos das bulhas normais, buscando por sopros. ▪ Paciente em decúbito dorsal (cabeceira a 30°), sentado ou em decúbito lateral esquerdo. ▪ Regiões importantes o Carótidas: +60 anos podem apresentar sopro, por ateroma o Região axilar: pode haver sopro de insuficiência mitral o Fúrcula esternal: pode haver sopro aórtico o Clavículas: em crianças pode haver sopros de subclávia ou venosos BULHAS NORMAIS Foco mitral → Foco tricúspide → Foco aórtico acessório → Foco aórtico convencional → Foco pulmonar A ausculta deve sempre começar com a palpação do pulso carotídeo (em +60 anos, ausculta-se primeiro, para verificar existência de sopros. ▪ Pulso carotídeo distende simultaneamente a B1 (melhor auscultada nos focos mitral e tricúspide) B1 é composta de M1 e T1 e bate junto com pulso carotídeo. M1 vem antes de T1 (no foco mitral não se ouve a diferença, só no tricúspide) B2 é composta de A2 e P2, sendo que P2 é o atrasado, e A2 é mais forte ▪ Desdobramento fisiológico: No pico da inspiração, a pressão negativa no tórax aumenta o volume que chega ao coração direito, gerando atraso no fechamento pulmonar e na P2. Geralmente em alterações congênitas isso não ocorre. PAPM III João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ BULHAS ACESSÓRIAS Fisiologicamente, só B1 e B2 são audíveis. Focos mitral e tricúspide são onde se auscultam as bulhas acessórias. B3 é formada pela vibração das cordoalhas tendinosas, folhetos valvares e parede do ventrículo, por hipervolume que entra no ventrículo ou por choque do volume que entra com o que se acumulou. ▪ FASE DE ENCHIMENTO RÁPIDO DA DIÁSTOLE ▪ Som de ↓Frequência, audível com campânula, no foco mitral ou tricúspide (muito localizado, não se ausculta em outro) ▪ Conexão desdobra B2 ▪ Fisiológico: Jovens têm hipervolume circulante (até os 30 anos), tende a desaparecer em pé (volume que chega ao átrio é menor), não há história clínica. ▪ Patológico: Ventrículo dilatado/sobrecarga volumétrica, por hiperdinamismo (febre, anemia, gravidez, beri-beri), excesso de volume no ventrículo (insuficiência aórtica/pulmonar/mitral/tricúspide, CIA, CIV) ou disfunção do miocárdio (pós-infarto, HAS, Chagas, miocardites) B4 apresenta o componente 1, em que o sangue da contração atrial faz vibrar as cúspides, parede ventricular e cordoalhas, e o componente 2, formado pela contração atrial em si, a parede do átrio contraindo. Se apenas um dos componentes existir, não há B4. ▪ FASE DE CONTRAÇÃO ATRIAL, ÚLTIMA FASE DA DIÁSTOLE ▪ Som de ↓Frequência, audível com campânula, no foco mitral ou tricúspide ▪ Som que desdobra B2 ▪ Sempre patológico: Ventrículo hipertrofiado/sobrecarga pressórica, por hipertrofia do ventrículo (hipertensão aorta/pulmonar, estenose aórtica/pulmonar, miocardiopatia hipertrófica) ou menor relaxamento ventricular (HAS, doença coronariana, envelhecimento cardíaco, endomiocardiofribrose ▪ Não existe B4 se houver fibrilação atrial (átrio não contrai), estenose mitral/tricúspide (sangue não vai para o ventrículo). SOPROS Fluxo sanguíneo laminar se torna turbilhonar, ↑Choque entre as partículas ▪ Estenoses valvares/vasculares, comunicação entre câmaras de baixa e alta pressão (fístula arteriovenosa, CIA, CIV), regurgitação valvar (insuficiência), dilatação súbita pelo trajeto (aneurisma), aumento da velocidade de fluxo dentro do vaso/coração (gravidez em jovem com sopro, febre, anemia, infecção) ▪ Epicentro: origem, foco da ausculta ▪ Sistólico ou diastólico? ▪ Originado em qual cavidade? Manobra de Rivero-Carvalo: paciente inspira, se é de cavidade direita, o som fica mais alto, pois entra mais volume; se é de cavidade esquerda diminui na inspiração, pois sangue fica no pulmão, e aumenta na expiração. ▪ Irradiação: estenose aórtica irradia para fúrcula, insuficiência mitral irradia para axila e dorso, persistência do canal arterial irradia para clavícula esquerda. ▪ Comportamento com manobras: Sentado e em pé: ↑Resistência periférica e ↓Retorno venoso; Hand grip test: ↑Resistência periférica e ↓Retorno venoso (estenose aórtica diminui, insuficiência mitral aumenta); Cócoras: ↑Retorno venoso. PAPM III João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ ▪ Intensidade o +/6+: audível somente com muita atenção o 2+/6+: discreto, porém audível o 3+/6+: moderado, porém sem frêmito o 4+/6+: só é audível com esteto totalmente acoplado à pele COM FRÊMITO o 5+/6+: audível com contato parcial do esteto COM FRÊMITO o 6+/6+: audível sem que o esteto tenha contato, próximo à parede COM FRÊMITO Sopros inocentes/fisiológicos: sem história clínica, em crianças geralmente ▪ Sistólico na maioria das vezes ▪ Audível no foco aórtico acessório ▪ ↑Volume e ↑Velocidade do sangue na válvula aórtica ▪ Diminui/desaparece com a posição em pé.