Buscar

3 Comportamento Organizacional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 167 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 167 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 167 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
 
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
Msc. Natércia Guimarães Gomide 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2
Módulo de: Comportamento Organizacional 
Autoria: Msc. Natércia Guimarães Gomide 
 
 
Primeira edição: 2008 
 
 
CITAÇÃO DE MARCAS NOTÓRIAS 
 
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes 
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando 
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos. 
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e 
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização 
e direitos autorais. 
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas 
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3
Apresentação 
Compreender o comportamento de uma organização é um desafio necessário nos dias 
atuais. Da mesma forma que cada ser humano tem uma personalidade que se forma ao 
longo de seu desenvolvimento e que se expressa através de seus comportamentos, as 
organizações também apresentam uma cultura que conduz os indivíduos que ali trabalham, a 
se manifestarem dentro de alguns padrões de condutas comportamentais, as quais 
demonstram em linhas gerais os princípios, as normas e os valores delineados pela alta 
administração. 
Através deste módulo iremos aprofundar este conteúdo, que é amplo e diversificado e que 
compõe o conhecimento sobre o comportamento organizacional, trazendo uma face 
organizacional ainda não muito explorada, contudo, necessária para a compreensão da 
realidade empresarial. 
O comportamento organizacional se constitui em uma vantagem competitiva aos gestores e 
administradores, lhes permitindo prever, explicar, e intervir no comportamento das pessoas e 
das equipes de trabalho no contexto das organizações. 
O desenvolvimento deste conteúdo ainda é recente nos meios acadêmicos e com certeza há 
muito a ser descoberto, pesquisado e explorado. Este módulo tem, assim, por propósito 
discutir uma gama de temas pertinentes à formação e compreensão do comportamento 
organizacional, fazendo com que o curso seja atrativo e dinâmico. 
Quaisquer dúvidas, acerca do conteúdo, devem ser encaminhadas ao tutor para que possam 
ser sanadas, através das ferramentas disponíveis no ambiente virtual. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
4
Objetivo 
Aprofundar o conhecimento sobre o comportamento organizacional e discutir uma gama de 
temas pertinentes à formação e compreensão do comportamento organizacional, para 
melhor compreensão da realidade empresarial. 
 
Ementa 
Comportamento organizacional: história, importância e dimensão; dinâmica organizacional; 
concepções sobre o trabalho; o individuo; percepção e tomada de decisão; motivação; 
grupos; "feedback"; comunicação; conflito; liderança; a organização; clima organizacional. 
 
Sobre o Autor 
Mestre em Administração; especialista em Filosofia e Administração e Desenvolvimento de 
Recursos Humanos; graduada em Psicologia. Professora de cursos superiores. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
5
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ........................................................................................................... 8 
Histórico e evolução do estudo de comportamento organizacional .................. 8 
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 10 
O que é comportamento organizacional .......................................................... 10 
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 13 
Importância do estudo do comportamento organizacional .............................. 13 
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 15 
Compreendendo a dinâmica organizacional ................................................... 15 
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 18 
Concepções sobre o trabalho. ......................................................................... 18 
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 22 
O indivíduo ....................................................................................................... 22 
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 25 
Concepção do Ser ........................................................................................... 25 
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 33 
Percepção ........................................................................................................ 33 
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 38 
Atribuição de causalidade ................................................................................ 38 
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 42 
Atribuição de causalidade (Hipótese do mundo justo e atribuição defensiva) 42 
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 47 
“Lócus” de controle .......................................................................................... 47 
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 53 
Tomada de decisão .......................................................................................... 53 
UNIDADE 13 ....................................................................................................... 60 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
6
Motivação ......................................................................................................... 60 
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 65 
Teorias de Motivação ....................................................................................... 65 
UNIDADE 15 ....................................................................................................... 72 
Os grupos ......................................................................................................... 72 
UNIDADE 16 ....................................................................................................... 78 
Formação, desenvolvimento e participação de grupos. .................................. 78 
UNIDADE 17 .......................................................................................................85 
Relações interpessoais .................................................................................... 85 
UNIDADE 18 ....................................................................................................... 89 
Feedback .......................................................................................................... 89 
UNIDADE 19 ....................................................................................................... 94 
Comunicação ................................................................................................... 94 
UNIDADE 20 ..................................................................................................... 100 
Conflito ........................................................................................................... 100 
UNIDADE 21 ..................................................................................................... 107 
Liderança ........................................................................................................ 107 
UNIDADE 22 ..................................................................................................... 116 
Poder .............................................................................................................. 116 
UNIDADE 23 ..................................................................................................... 121 
A organização ................................................................................................ 121 
UNIDADE 24 ..................................................................................................... 126 
Continuando sobre A organização................................................................. 126 
UNIDADE 25 ..................................................................................................... 131 
Arquitetura organizacional ............................................................................. 131 
UNIDADE 26 ..................................................................................................... 136 
Cultura organizacional ................................................................................... 136 
UNIDADE 27 ..................................................................................................... 139 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
7
Elementos da cultura ..................................................................................... 139 
UNIDADE 28 ..................................................................................................... 148 
Qualidade de vida no trabalho ....................................................................... 148 
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 154 
Clima organizacional ...................................................................................... 154 
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 158 
Reflexão Final ................................................................................................ 158 
GLOSSÁRIO ..................................................................................................... 165 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 166 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
8
UNIDADE 1 
Histórico e evolução do estudo de comportamento organizacional 
 “Somos o que repetidamente fazemos. Portanto, a excelência não é um feito, 
mas um hábito.” Aristóteles. 
Objetivo: Compreender as mudanças e transformações que impactaram nas relações de 
trabalho 
Desde a revolução industrial as sociedades reorganizaram seu modelo produtivo, 
abandonando gradualmente os princípios artesanais para os industriais. As empresas foram 
constituídas para a produção de bens ou serviços, e estas apresentavam os mais diversos 
tamanhos e arquitetura organizacional. A diversidade empresarial não é uma simples 
decorrência da estrutura ou dimensão organizacional, e muitos são os fatores que 
influenciam seu desempenho e produtividade. 
A evolução do mundo e do mercado promoveu várias transformações nas formas 
administrativas, na tentativa de adaptá-las aos novos tempos e demandas. A história e o 
tempo demonstraram que algumas empresas sobressaem às outras, e esta determinação 
ocorre por fenômenos internos e/ou externos, sendo muitos os fatores que conduzem uma 
organização ao crescimento, estagnação ou fracasso. 
Compreender o movimento e as mudanças que refletem no comportamento organizacional é 
vital para que se possa intervir de forma inteligente em suas ações. 
Uma empresa não se constrói apenas de números, produção, balanços e patrimônio, que 
são dados tangíveis, mais do que isso, uma organização se forma a partir dos líderes que a 
conduzem, das pessoas que lá trabalham, dos comportamentos explícitos e implícitos, das 
normas, políticas, missão, visão, valores e princípios organizacionais, que representam os 
fatores intangíveis. Entender essas dinâmicas requer percepção, visão e sagacidade. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
9
As organizações são formadas por pessoas, que por sua vez formam os grupos que 
compõem a empresa. Através desta leitura é possível traçar uma analogia entre o 
comportamento dos indivíduos e da organização, pois tal qual o Ser Humano, as 
Organizações apresentam um comportamento que lhe é peculiar, não existindo duas que 
apresentem as mesmas ações e reações, posto que o comportamento organizacional 
representa a expressão do homem dentro das fronteiras institucionais. 
Desta forma, o comportamento organizacional é um campo de estudos que investiga o 
impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das 
organizações, com o propósito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da 
eficácia organizacional. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
10
UNIDADE 2 
O que é comportamento organizacional 
Objetivo: Analisar o conceito e a dimensão do comportamento organizacional. 
A análise do comportamento organizacional foi concebida na década de 60 por 
pesquisadores britânicos como disciplina emergente e quase independente. As primeiras 
delimitações do campo de estudo do comportamento organizacional, tentavam compreender 
a estrutura e o funcionamento das empresas, bem como, o comportamento dos grupos e dos 
indivíduos dentro delas. 
Posteriormente percebeu-se que este estudo era apoiado em outras disciplinas, nascendo 
assim um campo de estudo, ou seja, uma área com um corpo comum de conhecimentos. 
Por ser de cunho interdisciplinar, se apoia em outras ciências já estabelecidas como: 
Psicologia, Antropologia, Sociologia, Ciências Políticas, dentre outras. 
A Psicologia do Trabalho contribuiu com suas proposições teóricas sobre variáveis como 
satisfação no trabalho e comprometimento organizacional; a Psicologia Social com os 
estudos sobre as atitudes, valores e relações de grupos; a Antropologia analisa a cultura 
organizacional e o ambiente organizacional; a Sociologia analisa o comportamento 
intergrupal, as relações de poder e a dinâmica de grupo; da Ciência Política foram 
incorporados os conhecimentos sobre as políticas organizacionais e as questões relativas ao 
conflito. 
Esta divisão é mais didática considerando que estas ciências se mesclam na análise destes 
temas, contudo é certo, que todas estas ciências humanas contribuíram para ampliar este 
horizonte teórico, tornando-se um segmento que suscita pesquisas, dado o volume dequestionamentos a serem analisados e resolvidos. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
11
Assim sendo, constitui-se em uma área de teorização e pesquisa em que as atividades 
organizacionais são o objeto de estudo e não um contexto para onde conhecimentos são 
simplesmente transferidos e aplicados. 
O comportamento organizacional é um campo de estudo sobre os indivíduos e os grupos, e 
sua interação dentro da estrutura e contexto organizacional, e tem por objetivo promover a 
melhoria e eficácia do negócio. 
A preocupação básica é como esses comportamentos afetam o desempenho da empresa, 
impactando em fatores como: absenteísmo, “turn over”, produtividade, qualidade dentre 
outros fatores essenciais para a determinação do sucesso ou fracasso da empresa. 
Ao se investigar o impacto do comportamento dos indivíduos, grupos e estrutura cria-se a 
possibilidade de prever, explicar, compreender e intervir na dinâmica organizacional, 
promovendo a melhoria e eficácia organizacional, aumentando sua produtividade e o 
desempenho de seus colaboradores, dentro de uma perspectiva de qualidade de vida (no 
trabalho) e satisfação do indivíduo no trabalho. 
Podemos dizer que os determinantes do comportamento nas organizações são os 
indivíduos, os grupos e a estrutura, que se influenciam mútua e reciprocamente. 
Para retratar esta realidade é importante observar os comportamentos individuais e grupais, 
bem como, as normas e regras que regem as condutas; as políticas e práticas adotadas; as 
linhas de autoridade e as responsabilidades instituídas. 
Também é importante analisar o ciclo de vida em que a organização se encontra e sua 
arquitetura organizacional, a tecnologia adotada, enfim, todos os elementos que influenciam 
a dinâmica da empresa. 
Todas essas percepções permitem visualizar o comportamento organizacional com seus 
pontos fortes e fracos, possibilitando intervenções que venham a favorecer o 
desenvolvimento da empresa e o aumento do desempenho dos colaboradores. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
12
O estudo do comportamento organizacional tem sofrido modificações significativas, nas 
últimas décadas, não apenas pequenas evoluções, mais do que isso, rupturas 
paradigmáticas em relação às variáveis envolvidas como: estilo de lideranças, processos 
decisórios, cultura organizacional, e outras variáveis dependentes e independentes que 
passam a ser visualizadas e tratadas de forma diferente. 
Um dos fatores que merece maior destaque refere-se às mudanças sobre a percepção do 
homem no contexto organizacional, quando o mesmo deixa de ser um simples recurso para 
ser considerado como um capital intelectual dotado de competências e potencial criativo. 
Isto rompe com a inércia das empresas que abandonam os princípios de controle e 
coordenação para adotarem modelos de delegação, acreditando e apostando no potencial de 
seus colaboradores, a partir da compreensão de que o Ser Humano na organização se 
constitui em um grande diferencial competitivo para o sucesso. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
13
UNIDADE 3 
Importância do estudo do comportamento organizacional 
Objetivo: Compreender a importância do estudo do comportamento organizacional e o 
quanto este pode contribuir para o desenvolvimento organizacional. 
As drásticas mudanças no mundo corporativo desenvolveram acentuada preocupação com 
aspectos relativos ao serviço de atendimento ao cliente, redução de custos, melhoria dos 
desempenhos individuais e grupais na busca incessante pela excelência. 
Compreender este ambiente é fundamental para a sobrevivência, crescimento e perpetuação 
empresarial, sendo necessária uma gestão atenta aos dados e informações objetivas, 
tangíveis e observáveis, mas que também se interesse pela compreensão dos aspectos 
subjetivos e intangíveis, considerando que apesar de sua difícil observação não podem ser 
negados ou classificados como inexistentes, pelo contrário, são influenciadores vitais do 
comportamento das organizações. 
Dentre os aspectos visíveis podemos considerar os objetivos e as estratégias empresariais; 
as práticas, as políticas e os procedimentos aplicados; a arquitetura organizacional que 
delineiam a estrutura da organização; as relações de autoridade e responsabilidade, assim 
como, as tecnologias empregadas. 
Por outro lado, os aspectos invisíveis, são configurados a partir das relações de poder; dos 
valores e atitudes das pessoas; a formação e a dinâmica dos grupos; a estrutura de 
comunicação estabelecida; as relações interpessoais; e conflitos gerados a partir das 
interações. Estes e outros fatores determinam o comportamento organizacional. 
Desta forma, o comportamento organizacional é composto pelo estudo dos indivíduos e 
grupos da organização, por isso, compreender os seus fundamentos possibilita intervir na 
produtividade da empresa, através da potencialização das competências de cada 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
14
colaborador, considerando sua personalidade, emoções e motivações, sendo extremamente 
significativo nesta relação o papel dos líderes e a cultura organizacional. 
Reconhecer e considerar o comportamento organizacional como um fenômeno real, é o 
primeiro passo para compreender a dinâmica da empresa, estabelecendo um diagnóstico 
para a ação. 
O comportamento organizacional pode ser analisado de forma qualitativa e 
quantitativamente, através de indicadores de absenteísmo, “turn over”, índices de acidentes 
de trabalho, além dos indicadores contábeis, representados pelo desempenho econômico-
financeiro. 
Outros aspectos, também relevantes, são os atributos psicossociais dos indivíduos, os 
movimentos dos grupos sociais dentro das empresas, que se manifestam através do 
comprometimento organizacional, clima e satisfação no trabalho. 
O diagnóstico obtido a partir das informações quantitativas e qualitativas possibilita o 
redirecionamento organizacional, através do estabelecimento de estratégias, correções de 
políticas e práticas, reorganização dos grupos de trabalho, formação de equipes de alto 
desempenho, dentre outras ações que viabilizarão as vantagens competitivas da empresa. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
15
UNIDADE 4 
Compreendendo a dinâmica organizacional 
Objetivo: Compreender que cada organização apresenta uma dinâmica diferenciada, a partir 
dos três níveis de comportamento que determinam o seu movimento organizacional. 
A dinâmica organizacional deve ser analisada sob três aspectos: o indivíduo, o grupo e a 
organização. Estes aspectos podem ser considerados como sendo os níveis de interação 
entre os elementos influenciadores do comportamento organizacional. 
O indivíduo é o nível de estudo micro-organizacional que focaliza os aspectos psicossociais 
do indivíduo e suas dimensões de atuação no contexto organizacional. Sua investigação 
preocupa-se principalmente com o comportamento do indivíduo no trabalho. 
Três áreas da psicologia são as principais vertentes do comportamento micro-organizacional 
para este estudo: a Psicologia Experimental, com suas teorias sobre aprendizagem, 
motivação, percepção e “stress” no trabalho; a Psicologia Clínica, com seus modelos de 
personalidade e desenvolvimento humano; e a Psicologia Industrial, com suas teorias sobre 
seleção de empregados, atitudes no local de trabalho e avaliação de desempenho. 
A investigação se inicia no estudo da concepção do Ser desde a formação da personalidade 
até a consolidação das diferenças individuais; a percepção de si e do mundo que configuram 
a construção darealidade e determinam as tomadas de decisão; os aspectos motivacionais, 
que direcionam e impulsiona o indivíduo rumo à determinada direção; e, as atitudes e os 
valores que norteiam o comportamento como expressão do indivíduo. 
O grupo constitui o nível de estudo meso-organizacional, que está voltado para questões 
relativas aos processos de grupos e equipes de trabalho, fazendo uma ponte entre outras 
duas áreas do comportamento organizacional. Desenvolveu-se a partir de pesquisas nos 
campos da Comunicação, da Psicologia Social e da Sociologia Interacionista. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
16
A preocupação é com a formação e dinâmica dos grupos; as relações interpessoais 
estabelecidas; os modelos de comunicação e os problemas advindos dos ruídos de 
comunicação; a liderança como o fundamento para o desenvolvimento dos grupos e das 
organizações; as bases do poder e o efeito exercido sobre os grupos; relações interpessoais 
podendo ser um gerador de conflitos; a administração de conflitos; aspectos relativos às 
negociações necessárias à sobrevivência e manutenção dos grupos. 
A organização se constitui no nível de estudo macro-organizacional. Para este estudo quatro 
disciplinas são fundamentais: a Sociologia, com suas teorias sobre estrutura, status social e 
relações institucionais; a Ciência Política, com suas teorias sobre políticas organizacionais; a 
Antropologia, com suas teorias sobre simbolismo, influência cultural e análise comparativa; e 
a Economia, com suas teorias sobre competição e eficiência. 
Pressupõe ainda a compreensão da arquitetura organizacional e o seu impacto nos 
indivíduos e grupos; a cultura organizacional instituída e sua influência tanto no clima quanto 
na satisfação no trabalho; a qualidade de vida no trabalho como resultante de todas estas 
variáveis; e por consequência, o desenvolvimento organizacional. 
 Desta forma estes três níveis micro, meso e macro-organizacional, determinarão o 
comportamento das pessoas e da empresa, ao mesmo tempo em que se influenciam 
mutuamente. 
Os resultados desta relação podem ser visualizados e explicados e utilizados como base 
para intervenções que provoquem mudanças no contexto vivencial da empresa, bem como 
nos rumos organizacionais. 
A interação dos indivíduos em grupos formais e/ou informais constitui o todo organizacional e 
tem resultantes comportamentais expressas na cultura e clima da empresa. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
17
 
Atividade Dissertativa 
A missão, a visão e os valores organizacional demonstram parte da cultura e do propósito 
organizacional. Pesquisar estes elementos elencando-os, para que possa fazer uma análise 
da empresa. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
18
UNIDADE 5 
Concepções sobre o trabalho. 
Objetivo: Realizar uma retrospectiva histórica sobre as concepções de trabalho e seu 
impacto nas relações entre empresas e empregados. 
O trabalho existe desde que existe o homem. Trabalho não é mercadoria, forma universal 
assumida com o capitalismo, é potencial de troca. Nunca foi exclusivamente emprego e cada 
vez menos o será. 
O trabalho é uma relação que se estabelece entre o homem e uma organização, quando em 
negociação se institui a troca de um conhecimento ou habilidade, por um valor estabelecido a 
partir do poder de entrega e valor agregado. 
 
Na sociedade do conhecimento, quanto maior o capital intelectual, tanto maior será o poder 
de barganha, no que se refere ao valor apropriado e devido como remuneração pela 
contribuição e agregação de valor aos resultados do negócio. 
A concepção sobre o trabalho varia de acordo com o caminhar da humanidade e as formas 
de organização social do homem. 
O trabalho recebeu de economistas e filósofos algumas das definições abaixo: 
 C. Colson: “O trabalho é o emprego, que faz o homem dar suas forças físicas e 
morais, para a produção de riquezas ou serviços.”. 
 Eric Fromm: “No processo de moldar a natureza exterior a ele, o homem molda e 
modifica a si mesmo.” 
 Francis Bacon: “O homem se acrescentando à natureza.”. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
19
 Henri Bergson: “O trabalho humano consiste em criar utilidade.”. 
 Jean Paul Sartre: “Por meio do trabalho dominamos o meio. Há dispêndio de energia, 
ação sobre a natureza, produção, destruição e, portanto, trabalho.” 
 Karl Marx: “Trabalho antes de tudo, é um ato que se passa entre o homem e a 
natureza... Ao mesmo tempo em que age, por esse movimento, pela natureza exterior, 
modifica a sua própria natureza e desenvolve faculdades que nela dormitavam.” 
O trabalho pode ser considerado então, o processo entre a natureza e o homem, através do 
qual este realiza, regula e controla, mediante sua própria ação, o intercâmbio de matérias 
com a natureza. 
Desta forma “trabalho é uma relação de dupla transformação entre o homem e a natureza, 
geradora de significado”. De forma mais sintética “trabalho é o ato de transmitir significado à 
natureza”. 
O homem é produto e produtor da sociedade na qual se insere, produzindo-a e 
transformando-a. 
 
Vejamos como as ciências veem e analisam esta situação: 
 Antropologia – o trabalho se dá a partir da interação do fator humano e suas relações, 
em um processo que contribui para a construção das identidades individuais e dos 
grupos, lidando com as diferenças socioculturais e com as reações dos indivíduos. 
 Economia – o trabalho está vinculado a uma série de fenômenos econômicos que 
afetam os trabalhadores, tais como, a renda salarial, as condições de emprego, a 
distribuição socioprofissional da população ativa, o comportamento de grupos e as 
intervenções dos poderes públicos e as reações monetárias. 
 Psicologia – o trabalho provoca diferentes graus de motivação e de satisfação no 
trabalhador, principalmente quanto à forma e ao meio no qual desempenha sua tarefa. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
20
As diversas abordagens sobre a motivação humana destacam o conceito de expectativa. 
Não basta considerar as necessidades como determinantes do comportamento do 
trabalhador, é preciso considerar também em que grau o mesmo percebe as condições 
existentes no ambiente organizacional, como facilitadoras ou não, para o alcance de seus 
objetivos e de suas necessidades. 
Sociologia – o trabalho é o elemento chave na formação de coletividades humanas muito 
diversas por seu tamanho e suas funções. As atividades de trabalho modificadas pelo 
progresso técnico têm implicado mudanças significativas nas condutas e reações dos grupos 
e dos indivíduos que os compõem. O trabalho é fator fundamental na estratificação social e 
mobilidade social. 
A responsabilidade do homem no trabalho corresponde ao conjunto de valores introjetados 
pelo indivíduo e disseminados a partir de condutas compromissadas com o processo de 
trabalho. 
Há uma relação entre autonomia concedida e dominação exercida, sendo estes mecanismos 
reguladores de comportamento individual e grupal. 
O indivíduo é responsável por seus atos, tendo a capacidade de discriminar entre as 
condições prescritas pela organização e o compromisso assumido, tendo a possibilidade de 
intervir e posicionar-se como ator e autor do processo de trabalho, representando os 
respectivos papéis profissionais. 
O trabalho permite que o homem modifique o seu meio e a si mesmo, à medida que pode 
exercer sua capacidade criativa de atuar como partícipe do processo de construção das 
relações de trabalho e da comunidade na qual se insere. 
 A interdependência entreo homem e seu trabalho é intermediada por vetores 
administrativos, tecnológicos, sociais, políticos, ideológicos, comportamentais, etc. 
O processo de transformação da sociedade a partir das ações dos indivíduos e grupos 
requer um movimento constante entre ação e a reação dos envolvidos, o que equivale a 
dizer que todo o movimento humano se propaga em ondas simétricas e não simétricas. O 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
21
constante dinamismo das interações sociais denota as respectivas mudanças que dirigem o 
comportamento humano para contextos específicos. 
O conceito e a forma para a realização do trabalho têm sofrido modificações frequentes e 
contínuas, dadas às transformações na estrutura e organização do trabalho, como as novas 
exigências de mercado relativas às habilidades e competências do trabalhador; as mudanças 
nas relações de trabalho, como a terceirização; a formação de grupos de trabalho, 
associações e cooperativas para o desenvolvimento de projetos; o trabalho desenvolvido fora 
do local de trabalho devido às grandes facilidades geradas pelas novas tecnologias; a 
diversidade e enriquecimento dos cargos, dentre muitas outras alterações que podem ser 
sentidas ao longo do tempo. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
22
UNIDADE 6 
O indivíduo 
 “Não existem pessoas perfeitas. Todas as pessoas possuem qualidades, mas 
também defeitos. A perfeição humana é uma busca, não um encontro.” Barros. 
Objetivo: Entender que a dimensão humana na organização pode ser determinante do 
sucesso ou fracasso da mesma. 
O indivíduo é um ser ao mesmo tempo genérico e singular, pois acima da diversidade das 
ciências que o estuda, ele é uno, é único enquanto espécie, e o é igualmente enquanto 
indivíduo. 
Só uma concepção unitária pode fazê-lo, mesmo sabendo que esta representação 
permanecerá sempre uma construção imperfeita e inacabada; só uma concepção que 
procura apreender o ser humano na sua totalidade pode dele se aproximar sem, contudo, 
jamais o esgotar completamente. 
O ser humano como acabamos de ver, é um ser genérico, isto é, uma pessoa que se define 
por pertencer à espécie humana, pelas características que são sua consequência – bípede, 
tem pensamento, linguagem, liberação das mãos, etc. – e pelo fato de que cada indivíduo 
carrega consigo o formato inteiro da humanidade. Toda pessoa tem, assim, ao mesmo 
tempo, o genérico e o específico. 
Um dos traços característicos de espécie, e de todo o ser humano, é pensar e agir, sendo 
um ser ativo e reflexivo, e a reflexão e a ação são duas das dimensões fundamentais da 
humanidade concreta. 
Negar a reflexibilidade do ser humano é jogar o homem no mundo onde os reflexos 
condicionados exercerão a tarefa de socialização. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
23
O aprendizado mobiliza nos humanos um segundo sistema de sinalização: a linguagem e o 
pensamento consciente. 
 Este sistema muito mais complexo que o primeiro, estabelece nossa singularidade enquanto 
espécie e enquanto indivíduo que através de seus atos constrói a própria realidade social 
partindo de uma trama já existente. Porém, não se trata jamais de uma reconstrução 
completa e total, mas sempre de uma transformação parcial da realidade. 
Em todo sistema social, o ser humano dispõe de uma autonomia relativa. Marcado pelos 
seus desejos, suas aspirações e suas possibilidades, ele dispõe de um grau de liberdade, 
sabe o que pode atingir e que preço estará disposto a pagar para consegui-lo no plano 
social. 
O universo organizacional é um dos campos em que se pode observar ao mesmo tempo esta 
subjetividade em ação e esta atividade da reflexão que sustenta o mundo vivenciado da 
humanidade concreta. 
Na atual conjuntura faz-se necessário compreender o ser humano, desde a sua formação até 
as suas ações, visto que o homem se constitui na pedra fundamental de toda organização. 
As empresas são compostas por pessoas que através do desempenho de seus papéis 
permitem que estas cresçam e se desenvolvam, ou entrem em estado de estagnação, 
deterioração e morte organizacional. 
O Ser Humano é, em essência, o determinante do sucesso ou fracasso organizacional, pois 
é através de sua competência e suas atitudes que as empresas criam diferenciais que lhes 
concede vantagem competitiva. 
É o homem que com seu talento e potencial, sua diversidade e sua motivação que faz com 
que as empresas desenvolvam seus planejamentos, implementem suas estratégias e 
consigam atingir seus objetivos rumo ao êxito. 
Nas empresas, os indivíduos não se comportam apenas como eles mesmos, mas também 
como membros do grupo no qual estão inseridos, desta forma, compreender o trabalhador e 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
24
suas ações é uma necessidade para qualquer gestor, pois é através deste que se consegue 
compreender o movimento dos grupos e a dinâmica organizacional. 
O comportamento micro-organizacional tem uma orientação claramente psicológica, posto 
que estuda a concepção do ser, a formação de sua personalidade, o que determina as 
diferenças individuais, sendo importante ressaltar que essa diversidade é uma decorrência 
da percepção de cada uma das pessoas. 
Outro aspecto relevante se deve ao fato das tomadas de decisão ser orientadas por toda 
esta diversidade e pelas motivações do indivíduo. 
 
Leitura recomendada: CHANLAT, J. F. Por uma antropologia das condições humanas nas 
organizações, In: O indivíduo na organização – dimensões esquecidas I, São Paulo: Atlas, 
1996. 
Este trecho acima são alguns dos pensamentos de Chanlat, que com brilhantismo mostra 
algumas características do Ser Humano na organização, a partir de uma visão 
antropológica. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
25
UNIDADE 7 
Concepção do Ser 
Objetivo: Analisar as variáveis que interferem na concepção do Ser. 
Para compreender o Ser, primeiro é necessário compreender a formação da personalidade e 
as diferenças inerentes a cada indivíduo. 
A personalidade do indivíduo é o resultante de sua formação e história, e isto nos permite 
concluir que não existem duas pessoas iguais, pois não existem duas trajetória idênticas; por 
isso, cada qual é único, indivisível e singular, desde sua concepção. 
Não nos é possível visualizar a personalidade de uma pessoa a não ser pela sua expressão 
e manifestação, que é uma decorrência do comportamento manifesto. 
A personalidade é a resultante psicofísica da interação da hereditariedade com o meio, ou 
seja, geneticamente o indivíduo herda algumas características que são determinadas pelos 
genes dos pais, que fazem a composição do temperamento, e o caráter que se configura a 
partir das experiências humanas advindas da relação do indivíduo com o meio no qual ele 
está inserido. 
A interação e dinâmica entre estes dois fatores determinam a constituição da personalidade. 
Como dito anteriormente, a personalidade é uma abstração que pode ser visualizada através 
da manifestação do comportamento que é a expressão do indivíduo. É a resposta observável 
de um estímulo. 
A personalidade responde ao meio no qual procura adaptar-se e, por pertencer a um ser 
vivo, sofre um processo de desenvolvimento e ajuste, por isso podemos dizer que as 
pessoas se modificam ao longo do tempo, se reestruturam e se reconstroem continuamente. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
26
Cada indivíduo tem sua história pessoal que se baseia tanto nos dados biológicos e 
psicológicos herdados; quanto no meio em que o indivíduo vivee se desenvolve, ou seja, 
recebe influência das condições ambientais, sociais e culturais. 
O temperamento se refere à maneira de ser e de reagir, e o caráter é essencialmente 
formado pelas experiências das pessoas, pelos “insights” e experiências vividas. 
A personalidade define os padrões de comportamento característico do SER, considerando 
que o comportamento é definido como o conjunto de reações de um sistema dinâmico em 
face às interações e realimentações propiciadas pelo meio onde está inserido. Isto delineia a 
individualidade, que pode ser definida como o conjunto de reações e atitudes do indivíduo ou 
grupo face ao meio social. 
O temperamento é a combinação de características congênitas que subconscientemente 
afetam o procedimento da pessoa e que envolve os genes recebidos dos avós e pais, ou 
seja, é a natureza original do homem, que é formada por fatores hereditários, que se 
encontram profundamente enraizados na pessoa. 
Temperamento é aquilo que chamamos de meu jeito de ser. E este jeito muitas vezes traz 
deficiências, como: reagir de modo diferente do desejado, dificuldade de entender as 
pessoas e a si próprio. 
Daí, é importante entender o que é temperamento, para ser melhor pra si mesmo e para os 
outros. 
 
Sugestão de pesquisa na internet: Os tipos psicológicos definidos originalmente por Jung 
foram estudados por Myers-Briggs e David Keirsey que aprofundaram o tema e o 
adaptaram para o estudo do temperamento, com foco na organização. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
27
O caráter por sua vez, é o aspecto da personalidade responsável pela forma habitual e 
constante de agir que é peculiar a cada indivíduo. 
É uma qualidade inerente somente à pessoa, pois é um conjunto dos traços particulares que 
sofre a influência do meio no qual é submetido. 
O caráter não tem apenas a função de permitir ao indivíduo agir coerentemente e 
razoavelmente sendo também a sua base de ajustamento à sociedade. 
A formação do caráter individual é determinada pelo impacto das experiências vitais 
individuais, oriundas da cultura sobre o temperamento e a constituição física. 
O ambiente nunca é exatamente o mesmo para duas pessoas, pois suas diferenças de 
constituição fazem-na sentir de maneira mais ou menos distinta a influência desse ambiente. 
Podemos ainda considerar o caráter social, que representa a essência de uma estrutura 
comum à maior parte das pessoas de uma dada cultura. O SER adquire o caráter que o fará 
querer fazer aquilo que tem que fazer, e cuja essência é por ele compartilhado com a maior 
parte dos membros da mesma classe social ou da mesma cultura. 
O comportamento é direcionado pela capacidade do homem de usar suas forças para 
realizar as potencialidades a ele inerentes. 
Ao se dizer que ele tem de usar suas forças, subentende-se que o mesmo é livre e não 
depende de outro que controle essas forças. Compreende-se ainda, que é guiado por sua 
razão, e só utilizará suas forças se as conhecer e souber como e para que usá-las. 
A corrente fenomenológica diz que o indivíduo é essencialmente livre para fazer suas 
escolhas, e estas serão resultantes de sua relação consigo mesmo e com o mundo. 
 É importante que o homem aceite a responsabilidade por si próprio e também o fato de que 
só empregando sua energia vital é que dará um significado à sua vida, e isso só se ocorrerá 
através da expansão de sua força produtiva. Pode-se dizer que o Ser é o resultado de si 
mesmo e de sua trajetória, ou seja, somos frutos de nossas próprias escolhas. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
28
Sendo resultante de si mesmo, o Ser deve ter ciência de que apenas de si depende sua 
trajetória. Sendo sua tarefa a de impedir que sua “existência” seja um “acidente irrefletido”. 
Desta forma o Ser é uma generalização de sua concepção de vida, de seu arbítrio, suas 
vontades e desejos que o conduzem à ação e transformação de seu meio. 
As características e condições de funcionamento do indivíduo nessa interação possibilitam 
previsões a respeito do seu comportamento em situações futuras, não sendo possível 
determinar o comportamento humano apenas prevê-lo. 
As diferenças individuais que precisam ser respeitadas, não desejando que as pessoas 
tenham comportamentos iguais. Mesmo que o caráter social determine possibilidades 
comportamentais ainda assim, não se pode ter certeza ou precisão quanto ao 
comportamento futuro. 
Não existe desígnio eterno, o homem é aquilo que determina e decide ser, é uma 
autodeterminação, uma busca contínua para a definição de si mesmo, que é uma 
decorrência de suas escolhas e ações, ele é aquilo que se torna, ou seja, um projeto de si 
mesmo, transcendendo o poder ser. O homem deve ser, pois é um constante florescimento. 
A história pessoal é uma consequência das opções que são feitas, e que tem origem na 
constituição biogenética e na interação com o ambiente, formando a personalidade e suas 
manifestações através dos comportamentos expressos, e criando a história pessoal. 
Ao construir a si mesmo, o Ser toma consciência de si, de sua identidade social, na medida 
em que define e é definido pelos grupos que participa, os quais muitos deles são também 
escolhas. 
Nestes grupos os papéis são questionados quanto à sua determinação e definição de papéis, 
que o homem vai assumindo no decorrer de sua trajetória. Quanto mais compreende a si, 
mais terá possibilidade de compreender o mundo que o rodeia. 
O autoconceito é advindo da ideia que se forma a respeito de si mesmo, através da 
autopercepção e do seu contexto dentro dos grupos que frequenta. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
29
O ser humano tende a categorizar o seu ambiente, classificando-o e rotulando-o segundo os 
seus valores e princípios aprendidos em sua estrada, comparando umas pessoas às outras e 
a si mesmo com os demais. 
 Assim, se forma uma imagem pessoal, da mesma maneira que são formadas as imagens 
dos outros para si. 
Cada dia no contato com outras pessoas, impressões e atitudes são geradas nas relações 
estabelecidas, através de um incessante intercâmbio de estímulos sociais, onde informações 
são coletadas, processadas e transformadas em julgamentos. 
Essas impressões formam as atitudes, que emergem do processo de socialização, e de 
forma simplista podem ser traduzidas como sentimentos favoráveis ou desfavoráveis sobre 
pessoas e coisas, predispondo ações coerentes com as cognições e afetos relativos a 
pessoas ou objetos. 
Atitudes se formam durante o processo de socialização e são sentimentos pró ou contra 
pessoas e coisas com as quais entramos em contato. 
A estima que um indivíduo sente por si mesmo é extremamente importante para seu 
desenvolvimento e crescimento biopsicossocial. 
O conceito sobre sua própria pessoa tem uma influência decisiva em como percebe os 
acontecimentos, os objetos e as outras pessoas em seu meio ambiente. O autoconceito 
exerce influência no comportamento dos indivíduos e na sua relação com os outros ou a 
mera expectativa provocada por essa relação. 
A autoestima é a atitude valorativa emocional que uma pessoa tem de si mesma, ou seja, a 
percepção do próprio valor pessoal, proveniente da experiência do meio ambiente e do 
contato com os outros. 
É uma avaliação subjetiva que a pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente 
positiva ou negativa em algum grau. Envolve crenças auto-significantes do tipo “Eu sou 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
30
competente/incompetente”, e também emoções autosignificantes, como por exemplo, 
“orgulho/vergonha”. 
A autoestima podeser construída como uma característica permanente da personalidade 
(traço de autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima). 
Finalmente, a autoestima pode ser específica de uma dimensão particular, como por 
exemplo, “estou orgulhoso disso” ou de uma extensão global “acredito que sou uma boa 
pessoa”. A partir de muitas pesquisas foi deduzida a importância da autoestima para um 
comportamento social, afetivo e intelectual adequado. 
Uma pessoa com baixa autoestima tende a não se mostrar como é frente aos outros, e sim 
representa para eles os papéis que considera oportunos em cada momento; a falta de auto-
estima influi de forma notável no bem estar espiritual, no próprio nível de satisfação e, acima 
de tudo, na própria saúde e capacidade psíquica. 
Por outro lado existe também o autoconceito, que por sua vez, é a atitude valorativa que um 
indivíduo tem sobre si mesmo, sobre sua própria pessoa. Trata-se da estima, dos 
sentimentos, experiências ou atitudes que o indivíduo desenvolve sobre seu próprio eu. 
O autoconceito desempenha um papel central no psiquismo do indivíduo. É de grande 
importância para sua experiência vital, sua saúde psíquica, sua atitude para consigo mesmo 
e para com os demais, por fim, para com o desenvolvimento construtivo de sua 
personalidade. 
É necessário ter um autoconceito positivo para que o indivíduo consiga uma adaptação 
adequada, para a felicidade pessoal e para um desenvolvimento eficaz. 
É formado com base em elementos de vários campos de existência como: a imagem 
corporal, a sensibilidade sinestésica e tátil, a cultura, e religião, dentre outros. 
É composto por imagens acerca do que nós próprios pensamos que somos o que pensamos 
que conseguimos realizar e que pensamos que os outros pensam de nós e também como 
gostaríamos de ser. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
31
O autoconceito consiste em todas as maneiras como uma pessoa pensa que é nos seus 
julgamentos, nas avaliações e tendências do comportamento, ou seja, é um conjunto de 
várias atitudes de ‘eu’ e únicas de cada pessoa. 
Observou-se ainda que, quando não se possui um autoconceito adequado, uma pessoa 
pode não estar aberta às suas próprias experiências afetivas, e principalmente aos aspectos 
desfavoráveis de seu caráter. O autoconceito não estruturado, ou mal desenvolvido pode 
afetar negativamente aspectos como a autodeterminação ou a independência afetiva. 
 Três idéias estão embutidas no autoconceito: Cognitivo: o que o indivíduo vê ao se olhar, 
como se descreve; Afetivo: são os afetos, emoções e sentimentos que cultivo por mim 
mesmo; Comportamental: o comportamento do indivíduo está intimamente relacionado com 
as qualidades, valores e crenças que tem de si mesmo. 
 O autoconceito exerce efeito não só sobre o indivíduo, mas também na sua relação com as 
outras pessoas e na forma como capta e interpreta os estímulos do meio ambiente. Uma 
atenção especial deve ser dada à percepção seletiva e à distorção da mesma, além dos 
preconceitos e estereótipos individuais. 
O autoconceito não é inato, ele se desenvolve e evolui a partir das experiências e vivências 
de sucesso ou de fracasso de cada indivíduo, bem como da cultural social na qual ele está 
inserido. As pessoas significativas, do ambiente familiar, escolar, social e de trabalho, têm 
grande influência no desenvolvimento do autoconceito. 
 O autoconceito pode ser desenvolvido pelo indivíduo a partir de uma imagem que os outros 
oferecem de si mesmo, ou seja, o indivíduo acaba sendo como os outros pensam que ele é. 
Ou então, a partir do processo de imitação, onde o indivíduo incorpora em seus próprios 
esquemas as condutas e as atitudes das pessoas que são importantes para ele. Os dois 
processos podem estar presentes, é de sua importância que os outros percebam o quanto 
são significativos na vida de uma pessoa. 
São os outros que nos dizem quem somos. Endossamos a definição que 
fazem de nós, ou tentamos nos desvencilhar dela. É difícil não aceitar a 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
32
versão dos outros. Podemos nos esforçar para não sermos aquilo que, no 
fundo de nós mesmos, “sabemos” que somos. Nós aprendemos a ser aquilo 
que nos disseram que somos. 
Ronald Laing 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
33
UNIDADE 8 
Percepção 
 “A percepção define-se como processo de organizar e interpretar dados 
sensoriais recebidos para desenvolver a consciência do ambiente que nos 
cerca e de nós mesmos.” Linda L. Davidoff 
Objetivo: Identificar o processo perceptivo como uma decodificação individual pertencente a 
cada percebedor, e que a percepção é influenciada por vários fatores. 
A concepção do Ser pode ser traduzida a partir da percepção que o indivíduo tem de si 
mesmo e do seu meio ambiente. 
 Para que se possa entender este fato, é necessário compreender alguns conceitos sobre 
sensação e percepção, e como esses fatores influenciam na interpretação e construção da 
realidade. Também é necessário compreender o quanto essas relações são subjetivas, e 
pessoais. 
Há que se distinguir a priori sensação e percepção, posto que as informações e estímulos 
relativos aos fenômenos do ambiente externo e, inerentes ao estado do organismo, são 
processadas em ambos os níveis. 
As impressões sensoriais conduzem ao cérebro informações relativas a fenômenos externos 
ou estados do organismo, sem a qual nenhuma atividade (mental ou física) seria possível. A 
sensação principia através dos órgãos dos sentidos, o que permite ao homem se relacionar 
com o ambiente externo, assimilar a si mesmo e se posicionar em relação ao meio. 
A percepção por sua vez, é o processo de decodificação das sensações, através de um 
processo de transferência dos estímulos em informações psicológicas, ou seja, através da 
percepção o indivíduo pode interpretar e organizar suas impressões sensoriais, dando 
significado ao seu ambiente. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
34
O ser humano interage com o seu ambiente através de sua percepção, isto é, a partir desta 
que percebe o mundo ao seu redor, para isso, conta com 5(cinco) canais de entrada, que 
são os órgão dos sentidos (tato, olfato paladar, visão e audição) os quais permitem ao 
homem saber que está aqui e agora. 
A partir da percepção são captadas as informações do ambiente externo, processando-as e 
internalizando-as. De forma objetiva e simples, pode-se dizer que a percepção pode ser 
definida como: o processo pelo qual os indivíduos interpretam e organizam suas impressões 
sensoriais, com a finalidade de dar sentido ao seu meio. 
O que você vê nesta figura? 
 Uma jovem ou uma senhora idosa? Ambas as imagens podem ser visualizadas, depende 
apenas da forma como a imagem é enviada até o cérebro e como você a percebe. 
 
Pesquisa Internet: Pesquise sites que apresentam imagens sobre ilusão de ótica, pois são 
muito interessantes e nos permite perceber com mais clareza, como é peculiar a nossa 
percepção. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
35
Qual seria então a importância da percepção para o mundo administrativo? 
Se por percepção compreendemos o processo pelo qual os indivíduos selecionam, 
organizam, armazenam e recuperam informações, estas servem de base para as tomadas 
de decisão, posto que, decisão é o processo pelo qual as informações percebidas são 
usadas para avaliar e escolher entre as várias alternativas geradas aquela mais adequada 
para a situação vivenciada. Nas empresas as tomadas de decisão são uma constante. 
Um fator relevantese deve ao fato de aceitar e entender que as pessoas não veem as 
coisas ou fatos de forma similar, daí as grandes divergências e discordância entre as 
mesmas. A aceitação das diferenças já constitui o primeiro passo para a compreensão do 
outro. 
Primeiramente precisamos entender que existem alguns fatores que influenciam a 
percepção, sendo eles: o observador, o alvo e a situação. 
Quando várias pessoas observam o mesmo objeto ou fato, cada uma delas terá uma 
percepção diferenciada do ocorrido, visto que cada observador recebe estímulos diferentes, 
que geram sensações diferenciadas e, além disso, ao decodificar fazem uso de suas 
histórias pessoais que sem dúvida, não são iguais. 
As pessoas veem as coisas de formas diferentes, o mesmo fato pode se percebido e 
analisado de forma muito diversificada, de acordo com as pessoas que os veem. 
O percebido pode ser substancialmente diferente da realidade objetiva. Os fatos fazem 
referência às nossas necessidades, que por sua vez, determinam a nossa concepção 
pessoal do mundo. 
As coisas que parecem ajudar-nos a satisfazer nossas necessidades logo são vistas, 
contudo, as que parecem obstáculos ou são negadas pelo observador, por serem 
ameaçadoras, podem ser visualizadas de imediato, como podem ser negadas em sua 
essência. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
36
Ignorar as diferenças de percepção é ignorar um determinante do comportamento. Nem 
sempre é fácil aceitar que nem todas as pessoas encaram o mundo pelo mesmo prisma, 
contudo, o tempo gasto na tentativa de chegar a uma concepção comum não é perdido, é 
necessário tentar decodificar e aceitar o que o outro vê. 
O indivíduo como um processador de informações recebe a influência dos fatores externos 
ou ambientais, fatores diretivos internos e ainda, dos fatores dinâmicos internos. 
Os fatores externos são forças que envolvem o indivíduo influenciando-o e por ele sendo 
influenciado. 
 Os fatores diretivos internos fazem alusão às características da personalidade, que 
canalizam as informações de acordo com suas experiências pregressas, e também das 
relações que este tem com o ambiente exterior. 
Os fatores dinâmicos internos são referentes às forças motivadoras que iniciam e mantêm a 
absorção e registro das informações. 
Alguns aspectos são relevantes e devem ser destacados na percepção do observador. 
Quando um indivíduo olha um alvo e tenta interpretar o que ele vê, a interpretação é 
fortemente influenciada pelas características pessoais do indivíduo que a percebe. 
Entre as características pessoais mais relevantes que afetam a percepção estão às atitudes, 
as motivações, os interesses, as experiências passadas e as expectativas. Primeiramente 
podemos destacar a atenção que o observador concede a um determinado objeto ou fato e 
se este o colocará ou não em foco. 
Embora sejamos bombardeados por informações o tempo inteiro, algumas destas chamam 
mais a nossa atenção, isso está diretamente ligado ao interesse que o indivíduo o concede 
ao fato, devendo ser analisado os valores internalizados pelo indivíduo. 
Outro aspecto a se analisar, se deve ao fato de existir ou não motivação relativa ao 
acontecido, quais são as expectativas desenvolvidas, e ainda uma associação com as 
experiências passadas. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
37
Além dos fatores ligados ao observador, também podemos destacar os fatores referentes ao 
objeto observado, ou seja, as características do alvo que está sendo observado podem afetar 
o que é percebido. 
Como os alvos não são vistos isoladamente, a relação de um alvo com seu pano de fundo 
influencia a percepção, assim como o faz nossa tendência de agrupar coisas próximas ou 
parecidas. 
O que vemos depende de como separamos a figura de seu pano de fundo. A forma como o 
percebedor julga um objeto ou fato, depende de como ele processa as informações por ele 
recebidas. O alvo influencia o observador, também, através de sua intensidade, tamanho, 
contrastes, movimento, proximidade, dentre outros fatores. 
A situação também é um fator interveniente, isto é, o contexto no qual vemos os objetos ou 
eventos é importante. Os elementos no ambiente em volta influenciam a nossa percepção. 
 O ambiente é um forte influenciador da percepção, por exemplo, ver uma pessoa no 
ambiente de trabalho é diferente de percebê-la em um ambiente social. 
Outro destaque se deve ao fato de que perceber pessoas, é diferente de perceber objetos 
inanimados. Quando observamos as pessoas, tentamos desenvolver explicações de por que 
elas se comportam de certa maneira, sendo que, nossa percepção e julgamento das ações 
de uma determinada pessoa serão significativamente influenciados pelas suposições que 
fazemos sobre o estado interno da pessoa. 
A percepção muitas vezes nos é enganadora, muitas vezes vemos o que desejamos e 
queremos ver, e não como a realidade se mostra. 
As distorções da percepção podem muitas vezes ser fundamentalmente diferente da 
realidade objetiva, sendo que o comportamento das pessoas se baseia na sua percepção da 
realidade, e não na realidade em si, embora devamos considerar que não existam verdades 
absolutas, é sempre importante lembrar que o que representa a realidade é uma série de 
estabelecimentos criados pelo próprio homem. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
38
UNIDADE 9 
Atribuição de causalidade 
Objetivo: Esclarecer que existem fatores que influenciam a percepção e que induzem a 
atribuição de causalidade, na tentativa de estabelecer o relacionamento entre causa e efeito. 
A percepção social se apresenta como uma espécie de pré-condição do processo de 
interação social, exatamente porque ela permite uma análise recíproca e inicial dos sujeitos. 
A percepção social começa no instante que a estimulação sensorial chega ao percebedor e 
tem seu fim em uma tomada de consciência. 
O processo psicológico tem papel preponderante no juízo que as pessoas fazem sobre suas 
percepções, e que por sua vez, podem gerar atribuições de causalidade. 
 A causalidade pessoal tem por características a causalidade local, que se refere à 
percepção do observador frente a uma ação, tentando compreender a intencionalidade e a 
equifinalidade, isto é, a ação foi realizada porque tinha em mente determinado fim. 
As pesquisas sobre atribuição de causalidade têm envolvido os mais variados temas 
tradicionalmente estudados pela Psicologia Social. 
 A teoria de atribuição da causalidade se apresenta como uma espécie de pré-condição do 
processo de interação social, e sugere que o ser humano envia todos os esforços 
necessários para explicar os acontecimentos aos quais presencia e para tal estabelece uma 
diferenciação entre as causas que podem ser atribuídas à pessoa, as chamadas causas 
disposicionais, como por exemplo, os fatores de personalidade, a motivação para realizar 
alguma coisa, e aquelas que podem ser imputadas à situação. 
A teoria da atribuição da causalidade sustenta-se no entendimento de que as pessoas usam 
os objetos e eventos presentes no seu universo psicológico para construírem modelos 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
39
causais, indutivos ou dedutivos, nos quais são estabelecidos relacionamentos entre causa e 
efeito. 
A percepção social começa no instante em que a estimulação sensorial chega ao percebedor 
e tem seu fim em uma tomada de consciência, apresentando uma série de variáveis e 
interferências cognitivas que vão influenciar a finalização do processo. 
O ser humano busca sempre definir as origens dos eventos que lhes ocorrem ou que 
observa, na medida emque deseja conhecer as fontes de suas experiências, saber de onde 
vem, saber como surgem, não apenas por curiosidade intelectual, mas também porque essa 
atribuição lhe permite compreender o seu mundo e predizer e controlar acontecimentos 
referentes a ele e aos outros. 
Neste sentido as pessoas buscam encontrar as invariâncias entre causas e efeitos, operando 
quase como cientistas, considerando a tarefa principal o estabelecimento de elos entre 
eventos causais e seus efeitos. 
 É importante ressaltar que na ausência de definição desses elos entre as causas e os 
efeitos, tornaria impossível entender o comportamento das pessoas, predizê-los, modificá-los 
e de certa forma controlá-los. 
Assim, a atribuição de causalidade é a busca de explicações acerca do por que das 
ocorrências, sendo um elemento poderoso ao ser humano para que possa compreender e 
controlar o seu comportamento, o comportamento de seu semelhante e o seu próprio mundo. 
 Neste sentido, definem-se dois fatores básicos aos quais as pessoas dirigiriam a atribuição 
de causalidade dos fenômenos que observassem: as forças do ambiente (atribuição externa 
ao sujeito envolvido na ação, causas impessoais) e às características das pessoas 
(atribuição interna ao sujeito envolvido na ação, causas pessoais). 
Pode-se dizer que os níveis de atribuição são: a associação, a causalidade, a previsibilidade, 
a justificabilidade e a intencionalidade. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
40
Na associação a pessoa é considerada responsável por qualquer efeito que esteja de 
qualquer forma ligado a ela, ou pareça de alguma forma ter esta relação. Por exemplo, 
quando um time ganha e o torcedor é parabenizado pelo feito, quando na verdade qual foi a 
contribuição efetiva do torcedor no fato do time ganhar o campeonato? 
Na causalidade o indivíduo é responsável por tudo que tenha feito. Sendo a pessoa a 
condição necessária ao acontecimento do evento, isto já basta para lhe ser atribuída a 
origem da ocorrência, sendo julgada não por suas intenções, mas pelos efeitos que causou. 
Isto pode ser ilustrado quando alguém pede uma carona e no trajeto o motorista e dono do 
carro á envolvido em um acidente, e atribui ao carona o fato de ter batido o carro, 
simplesmente pelo fato de ter dado carona ao colega. Se for o motorista quem conduzia o 
carro qual a influência do carona no acidente? 
Na previsibilidade o sujeito é considerado responsável pela ocorrência do evento no qual 
está diretamente engajado, na medida em que a consequência deste ato poderia ser 
prevista, e lhe faltou capacidade ou esforço para exercer o controle e evitar a ocorrência do 
fato. 
 Mesmo não sendo seu objetivo, e deste modo não havendo intenção, o que descaracteriza a 
causalidade pessoal, o sujeito é responsabilizado pelo evento porque no decorrer da ação 
poderia ter previsto o efeito e tentado controlá-lo. 
Por exemplo, um indivíduo atira um toco de cigarro pela janela de um apartamento e atinge 
alguém queimando-o . Mesmo não tendo a intenção de queimar o outro, existia alta 
probabilidade de acertar alguém. A pessoa é responsabilizada pela ocorrência porque 
deveria ter previsto que isto poderia acontecer. 
Na justificabilidade, as atribuições de responsabilidade efetuadas a este nível, consideram 
que os motivos que levaram o sujeito a executar o ato não são inteiramente seus, mas 
podem ser entendidos como decorrente da ação do meio exterior sobre ele. 
O sujeito realmente agiu deste modo, mas ele não é assim tão responsável por este fato, na 
medida em que havia motivos para agir assim, ele foi provocado, foi obrigado, foi compelido, 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
41
foi mandado agir desta maneira, e assim a sua responsabilidade não é total, mas sim dividida 
com o mandante, com o provocador, com o elemento que o obriga a agir, ou seja, o meio 
ambiente. Por exemplo, um indivíduo esbarra acidentalmente em outro, o qual por sua vez se 
volta e o agride verbalmente, iniciando assim uma discussão. Não houve intenção inicial, 
mas um ato conduziu a outro. 
A intencionalidade se caracteriza totalmente a causalidade pessoal, onde o sujeito tem a 
intenção de provocar o efeito e pode mesmo persegui-lo, sendo atribuído este nível somente 
nos casos onde claramente se detecta a intenção de que o sujeito pretendeu realizar o ato. 
Por exemplo, o sujeito que é responsabilizado porque deliberadamente decidiu e executou a 
derrubada de uma árvore no quintal de sua casa, uma vez que este era o seu desejo. 
Os indivíduos efetuam atribuições de causalidade como uma forma subjetiva, entre outras, 
de percepção do exercício de controle sobre os eventos com os quais está envolvido em sua 
vida diária. Essas atribuições de causalidade como forma certa de promover o controle dos 
fenômenos acontece mesmo nos casos onde estão envolvidos fatos de ocorrência 
completamente ocasional, acidental, para os quais nenhuma forma de controle real é 
exercida ou mesmo possível. 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
42
UNIDADE 10 
Atribuição de causalidade (Hipótese do mundo justo e atribuição defensiva) 
Objetivo: Descrever as maneiras nas quais os indivíduos atribuem responsabilidades pelos 
eventos que ocorrem em suas vidas. 
É notório que os julgamentos das pessoas sobre o que acontece a si mesmas e aos outros, 
bem como sobre as circunstâncias e condutas que o provocam, assumem um papel de 
especial relevância em suas relações com a vida e com as demais pessoas que as cercam. 
Tais julgamentos costumam ser desferidos principalmente diante de eventos inesperados e 
negativos, na tentativa de entender o porquê de sua ocorrência. Talvez a primeira pergunta 
que nos ocorra seja: ‘quem é o responsável?’. 
As pessoas quando postas à frente de fenômenos dessa natureza tendem a encontrar 
alguma explicação pessoal para os fatos e não raro diante de um cenário de acidente 
perguntam: ‘Quem é o culpado?’, ‘Quem foi o responsável por isto?’. Essa é uma explicação 
calcada na busca de controle. 
Questões sobre as causas dos eventos e a responsabilidade por sua ocorrência constituem o 
foco de interesse da teoria psicossocial de atribuição de causalidade cujos pressupostos 
básicos dizem respeito à necessidade que as pessoas têm de compreender as origens de 
suas experiências e de buscar explicações para os eventos que lhes ocorrem ou que 
observam em seu dia-a-dia. Esta tendência natural de conhecer as causas dos 
acontecimentos é uma tentativa do homem de exercer um controle ilusório sobre o mundo 
que o cerca, tornando-o mais estável e previsível. 
Nos fatos acidentais com consequências leves as pessoas tendem a creditar essas 
ocorrências ao acaso, a qualquer causa, demonstrando mesmo às vezes certa simpatia para 
com o sujeito envolvido, em afirmações do tipo: ‘isto acontece com todo mundo’, ‘não liga 
não, são coisas da vida, e todos sofrem uma coisinha um dia ou outro’. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
43
A causalidade pessoal (interna) e causalidade impessoal (externa) constituem as duas 
formas básicas de atribuição causal aos eventos. A primeira reside nas próprias intenções da 
pessoa e estão sob seu controle; a segunda decorre de forças externas à pessoa, de forças 
do ambiente, e, portanto, fora de seu controle. 
Nos casos de eventos acidentais com consequências graves é muito desconfortável saber e 
admitir que esses fatos foram causados por variáveis que nós não podemos controlar e muito 
menos conhecê-las. Por esse motivo, na medida em que as consequências dos eventos se 
tornam mais graves verifica-se um crescimento na tendênciade encontrar responsáveis pela 
ocorrência desses fatos. 
 Se um acidente grave é visto como consequência de um conjunto de circunstâncias 
imprevisíveis, a pessoa é forçada a conceber que a catástrofe pode acontecer com ela. 
 Se, entretanto, ela acredita que o evento é previsível, controlável, e se decide que alguém 
foi responsável por esse evento infeliz, ela pode sentir-se como alguém capaz de evitar esse 
desastre. Ela pode proteger-se colocando outra pessoa como responsável pelo fato. Nós 
então simplesmente temos que assegurar que somos um tipo diferente de pessoa daquela 
vítima (do acidente), ou que podemos nos comportar diferentemente em circunstâncias 
similares, e nos sentirmos protegidos da catástrofe. 
Quanto mais grave a consequência de um evento imprevisível maior a tendência 
manifestada pelas pessoas em atribuir responsabilidade à pessoa potencialmente causadora 
desse evento. 
Outra abordagem importante na atribuição a eventos acidentais é a hipótese do mundo justo, 
segundo a qual as pessoas desenvolvem a crença de que todos têm o que merecem ou 
merecem o que têm. Como sabemos, há condições situacionais (do ambiente) e 
disposicionais (da pessoa) influenciando, significativamente, o processo atributivo. 
Quando os fenômenos são causados por fatores aparentemente acidentais, torna-se muito 
confuso para o observador atribuir-lhes uma causa. A própria ideia de acidente conota a 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
44
ocorrência de fatos imprevistos e incontroláveis, o que confronta o homem com o sentimento 
de impotência e a falta de controle, deixando-o à mercê das forças do imponderável. 
Para justificar a ocorrência de fatos dessa natureza, é que o homem desenvolve a crença de 
que bons eventos acontecem a pessoas boas (os cumpridores das normas sociais, por 
exemplo) e maus eventos, a pessoas ruins (todos os que infringem as normas sociais). 
Assim, acreditar no mundo justo é tirar das ocorrências imprevistas seu caráter de 
aleatoriedade. É uma função adaptativa da crença no mundo justo na medida em que, 
também atende ao desejo do ser humano de tornar o mundo a sua volta estável e previsível. 
Na hipótese do mundo justo para o processo de atribuição de responsabilidade aos eventos 
acidentais, as pessoas são motivadas a crer que vivem em um mundo justo, onde as outras 
pessoas têm o que merecem, e merecem o que têm. 
Justamente por ser muito desconfortável crer que se vive em um mundo onde os reforços e 
punições são distribuídos ao caso, sem nenhuma regra ou princípio, e, por conseguinte, sem 
possibilidade de controlar os reforços e punições de seus atos, é que as pessoas tendem a 
acreditar que vivem em um mundo onde deveria haver relações de união entre o que as 
pessoas fazem e o que conseguem com seus atos. Deste modo, se a premissa básica é 
verdadeira, e deve ser verdadeira para que a situação de vida seja cognitivamente 
agradável, a consequência natural da análise causal de uma ocorrência é a atribuição a 
algum comportamento que a pessoa emitiu, e, ao fato de ela possuir características que 
fazem com que mereça tal consequência. 
Cognitivamente não se pode admitir que uma pessoa tenha um final negativo ao acaso, pois 
assim a mesma ocorrência poderá advir para todas as pessoas e é por isto que se tende a 
encontrar correlato a um final negativo no comportamento ou nas disposições das pessoas, 
mesmo não as conhecendo. 
Assim, no caso de vítima de uma situação acidental, onde pareça suficientemente claro que 
o evento não ocorreu por outras causas objetivamente observáveis e determináveis, as 
pessoas tendem, quando expostas à desgraça alheia, a culpar as vítimas ou a desmerecer 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
45
suas qualidades e ainda, a encontrar defeitos entre suas características mais estáveis, para 
explicar o ocorrido. 
Condicionantes culturais também reforçam a premiação quando se pratica o bem e a punição 
quando se abraça o caminho do mal, por exemplo: histórias infantis, religião, etc. 
Outra explicação para essa tendência em atribuir causas ao evento acidental seria uma 
reação defensiva. As pessoas fariam atribuições defensivas fazendo atribuições causais 
externas. A atribuição defensiva é a atribuição de responsabilidade e da vitimação. 
 Um observador de um acidente, para controlar a possibilidade de que ele possa causar tal 
desgraça, atribuirá a responsabilidade desta ocorrência à pessoa potencialmente 
responsável, e tentará se diferenciar desta pessoa: ademais esta tendência aumentará com 
a probabilidade de ocorrência e a gravidade das consequências do acidente. 
O aumento da similaridade dos personagens com seus sujeitos fazem com que se diminuam 
os níveis da responsabilidade atribuída aos atores das ocorrências, sendo os julgamentos 
mais tolerantes e brandos com sujeitos similares do que com sujeitos muito diferentes dos 
observadores. 
 As pessoas evitam que um evento venha a ocorrer consigo algum dia, culpando um sujeito 
muito diferente de si próprio pela ocorrência, e depois fazem valer a diferenciação com este 
culpado. 
 Este aumento da possibilidade de que o sujeito venha a estar nesta situação de vítima ou de 
causador, enfim, de envolvido em um acidente, determina a tendência de diminuição da 
responsabilidade atribuída aos personagens, numa forma clara de se proteger da ocorrência 
de eventos negativos. 
Os sujeitos tendem a atribuir mais ao acaso a ocorrência dos eventos quanto mais acredita 
que um dia possa estar no lugar do causador ou da vítima deste evento. Estes dados dão a 
clara impressão que parece ser mais importante às pessoas evitar a culpa pelo envolvimento 
em um ato, caso venha a acontecer consigo, do que a própria prevenção da ocorrência deste 
ato. 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
46
A atribuição defensiva, explica a reação das pessoas frente a uma situação de infortúnio, 
quando estas tendem a efetuar atribuição de causalidade e responsabilidade aos elementos 
destas situações de maneira a manter ou a elevar os seus níveis pessoais de autoestima, e 
de evitar o seu envolvimento futuro nestas situações, bem como a culpa pelas suas 
ocorrências. 
Os indivíduos sentem-se mais seguros, com as coisas sob controle, quando faz atribuições a 
causas externas e a eventos que ele próprio causou, ou atribui ao personagem os eventos 
causados por outros. As pessoas acreditam que agindo desta forma estariam evitando que 
os fatos negativos ocorressem, e, portanto, estariam exercendo controle, ainda que indireto e 
psicológico sobre os mesmos. 
 
 
Antes de dar continuidades aos seus estudos é fundamental que você acesse sua 
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES. 
 
 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
47
UNIDADE 11 
“Lócus” de controle 
Objetivo: Discutir a forma como o processo de atribuição se diferencia de acordo com o lócus 
de controle. 
No processo de atribuição de causalidade são observadas diferenças significativas entre os 
sujeitos com lócus de controle predominantemente interno daqueles que apresentam maior 
externalidade. 
O “lócus” de controle descreve as maneiras nas quais os indivíduos atribuem 
responsabilidade pelos eventos que ocorrem em suas vidas. 
O “lócus” de controle é um construto que pretende explicar a percepção das pessoas a 
respeito da fonte de controle dos eventos, se própria do sujeito – interno – ou pertencente a 
algum elemento fora de si próprio – externo. 
O “lócus” interno de controle se refere àqueles que acreditam que podem moldar seus 
destinos através de suas próprias capacidades

Outros materiais