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TIFO NÃO É FEBRE TIFOIDE Febre tifoide (entérica) Classificação TIFO EPIDÊMICO ou Exantemático Síndrome febril caracterizada por Rash cutâneo exantema Cefaleia Depressão e delirium estado confusional Bradipsiquismo e apatia Intestino de piolhos humanos → organismos intracelulares responsáveis pelo tifo epidêmico piolho humano do corpo (Pediculus humanus corporis) vetor da riquétsia Riquétsias → pequenas bactérias Gram-negativas pleomórficas (medindo 0,6 x 0,3 micrômetros) parasita intracelular obrigatório agente Rickettsia prowaseki tifo epidêmico exantemático Infecção → Epidemia histórica de tifo 2 grandes guerras ↑ campos de concentração da 2ª GM FEBRE TIFOIDE Manifestações Febre Dor abdominal Diarreia Rash cutâneo Cefaleia Delirium DIFERE DO TIFO Febre tifoide → início insidioso, rash cutâneo mais discreto ou ausente, manifestações gastrointestinais mais proeminentes Clássica lesão necroinflamatória nas placas de Peyer NÃO TEM NO TIFO FEBRE ENTÉRICA → ↑ Acometimento intestinal Agente etiológico Bactéria Gram - entérica Salmonella typhi Descoberta como responsável pela FT Salmonella paratyphi (sorotipos A, B ou C) pode causar um quadro clinicamente indistinguível da febre tifoide FEBRE PARATIFOIDE Gênero Salmonella → Bastonetes gram - Anaeróbios facultativos Não produzem esporos Flagelados superfície de sua parede celular → lipopolissacarídeo (endotoxina) → contém o antígeno O (DETERMINANTE ANTIGÊNICO) Antígeno H (nos flagelos) Determinam sorogrupo da Salmonela A B C D Antígeno Vi (capsular) presente apenas na S. typhi e na S. paratyphi C Classificação quanto ao QUADRO CLÍNICO Incriminadas na febre entérica tifoide e paratifoide S. typhi e S. paratyphi sorotipos A, B ou C causadora da febre tifoide ― uma doença multissistêmica Incriminadas nos quadros clássicos de gastroenterite bacteriana aguda S. enteritidis e S. typhimurium salmonelose não tifoide Epidemiologia e Transmissão Estreita relação com as más condições de saneamento básico e higiene Transmissão é FECAL-ORAL Humano → Único reservatório cerca de 3-4% dos indivíduos que contraíram febre tifoide se tornarão portadores crônicos assintomáticos por longa data FONTES DE INFECÇÃO Eliminam bacilo nas fezes e urina Contaminam água p/abast. doméstico ou alimentos ↑ casos - FONTES HÍDRICAS Predomínio em áreas de ↓ saneamento Alimentos de diversas naturezas podem ser contaminados pelas mãos de portadores assintomáticos de S. typhi EUA → uma cozinheira ganhou o apelido de Typhoid Mary após ser responsável por 50 casos de febre tifoide ALIMENTOS DE ↑ RISCO Legumes irrigados com água contaminada Leite não pasteurizado + derivados (sorvete, queijos...) Frutos do mar Ovos malconservados Carnes (↑ vaca e porco) Contágio interpessoal Mãos do paciente com bacilos → Alcançam mão/ boca do contato próximo → Deglutidos Via sexual Via Ocupacional entre profissionais da saúde expostos a pacientes infectados OU durante manipulação de amostras clínicas Predomínio em países subdesenvolvidos Endêmica em regiões da Ásia, OM, Leste europeu, América Central e do Sul Brasil queda na incidência da doença no país ↑ estados + pobres Sudeste apresenta uma incidência anual semelhante a de países desenvolvidos Norte e Nordeste - TF ocorre sob a forma endêmica, com superposição de epidemias Fisiopatologia Doença ocorre em várias fases → cada uma responde a uma etapa do quadro clínico Porta de entrada → Via digestiva → Limiar médio para a bactéria conseguir infectar Bacilos PRECISAM passar pelo estômago RESISTEM AO Ph ÁCIDO (em torno de 1,5-2) ↑ bact. morrem no estômago ALGUMAS QUE SOBREVIVEM Pessoas com hipo/acloridria ↑ propensos ÍLEO → Bactéria adere e PENETRA as células M (microfold cells) das Placas de Peyer Endocitose Mediada por Bactérias Alcançam Tecido linfoide local → Internalizadas por macrófagos + linfócitos locais Nos Fagócitos das Placas → Bacilo se prolifera SEM NENHUMA INTERFERÊNCIA DO SI ATINGE LINFONODOS MESENTÉRICOS SALÉTILES 2º ponto de multiplicação do bacilo Dentro de monócitos → CIRCULAÇÃO LINFÁTICA E SANG Início da bacteremia CHAVE DA PATOGÊNESE S. typhi PRIORIZA a proliferação no interior de fagócitos mononucleares Comporta-se como parasita intracelular OBG Resiste à ação microbicida do SI Este fenômeno ocorre em ↓ grau com a S. paratyphi e *não* acontece com as "salmonelas não tifoides" Disseminação da S. typhi por órgãos e sistemas 1ª fase BACTERÊMICA 1ª semana BACTEREMIA Assenta no Tecido Reticuloendotelial Fígado Baço Medula óssea Paciente queixa de FEBRE PROGRESSIVA + Sintomas TGI brancos (ex.: constipação intestinal) Hemocultura + em 80-90% casos Coprocultura - em ↑ casos 2ª semana INFLAMAÇÃO Bacilo → MULTIPLICA-SE em macrófagos do SRE Bacteremia persiste + leucócitos mononucleares (monócitos e linfócitos) são RECRUTADOS ao local ↑ resposta inflamatória PICO - 3ª semana ↑ em macrófagos 2ª fase HIPERREATIVA Predomínio de fenômenos imunoinflamatórios Manutenção da ↑ bacteriana no SRE Achados Hepatoesplenomegalia Hemocultura + em 50% casos SI já está tentando conter bacilo LESÃO TECIDUAL LOCAL Histopatologia Focos inflamatórios mononucleares NÓDULOS TÍFICOS Fígado, baço e medula óssea Linfonodos mesentéricos e placas de Peyer Podem sofrer HIPERPLASIA e necrose Determina dor abdominal ↑ pela palpação do quadrante inferior direito (Placas de Peyer [íleo terminal]) Inflamação da parede intestinal Diarreia ↑ sintoma da fase Casos extremos Necrose atinge mucosa Úlceras Enterorragia Atinge extensão da parede Perfuração intestinal REPERCUSSÃO SISTÊMICA Macrófagos infectados LIBERAM ↑ citocinas (TNF-a, IL-1) Piora da febre Pode causar quadro encefalopático Cefaleia Bradipsiquismo Delirium Torpor Coma FENÔMENO CRUCIAL DA PATOGÊNESE Recirculação do bacilo Desde a 1ª fase Bacilo atinge fígado Eliminado pelas vias biliares [Vesícula biliar] ↑ PROLIFERAÇÃO ↑ Nº bact. Chegam novamente ao íleo Reabsorvidas ↑ carga bacilar nas placas de Peyer ↑ AGRAVAMENTO DA NECROINFLAMAÇÃO LOCAL Mesmo após resolução da infecção 3-4% dos casos Bacilos se multiplicam na vesícula biliar meses - anos PORTADOR CRÔNICO ASSINTOMÁTICO ↑ transmissão mulheres lactentes pessoas com anormalidade biliar infecção concomitante da bexiga Quadro clínico Suspeitada sempre que Febre inexplicada há mais de 1-2 semanas História epidemiológica compatível ↓ saneamento básico Água não tratada Viagem recente a lugares endêmicos Esplenomegalia Diagnóstico diferencial de outras síndromes febris Malária Leptospirose Dengue Endocardite infecciosa Tuberculose miliar Mononucleose Sinais e sintomas Incubação de 5-21 dias Duração depende de Tamanho do inóculo estado de saúde e o perfil imunológico do paciente FASE 1 - 1ª semana Forma clássica/habitual Febre insidiosa Subaguda 3º dia Pode ser alta 39-40ºC ↑ progressivo da febre Tendência contínua ou irregular Pode retornar assim que passa o efeito do antitérmico 20% casos Sinal de Faget Dissociação pulso-temperatura Febre sem taquicardia Não é um sinal sensível p/diagnóstico Sintomas associados Cefaleia Astenia Hiporexia Náuseas Vômitos Mialgia Tosse seca Dor de garganta Constipação intestinal FASE 2 - 2-3ª semanas Febre alta → SUSTENTADA Estado de prostração intensa Alterações Estado de consciência bradipsiquismo, apatia (indiferença ao ambiente), desorientação, delirium, torpor ou até coma O mecanismo dos distúrbios neuropsiquiátricos na febre tifoide não é bem conhecido, mas provavelmente deve-se à intensa liberação de citocinas, numa espécie de encefalopatia séptica ESTADO TIFOSO Delírio murmurante SinaisDesidratação Pele Mucosa Olhos fundos e inexpressivos OLHAR TÍFICO SECAS Dor abdominal + diarreia Evacuações diárias 2-3x ↑ na fosse ilíaca direita Fezes em "sopa de ervilha" Exame físico Hepatomegalia 60% Esplenomegalia 55% Exantema 30% ↑ característico ROSÉOLAS TÍFICAS desaparecem à pressão e se localizam no tronco e no abdome lesões contêm o BACILO Cultura por biópsia de pele SURGE AO FIM DA 1ª SEMANA Desaparece espontaneamente após 2-6 dias Língua saburrosa 25% Halitose Raramente são descritas úlceras orais e na orofaringe (úlceras de Daguet) Leve a moderada FASE 3 - 4ª semana ↓ febre progressiva em lise (nunca em crise) Melhora paulatina dos sintomas CONVALESCÊNCIA PODE SER LONGA Sinais de desnutrição Atrofia muscular Querda de cabelos Imobilização prolongada no leito Diagnóstico Exames laboratoriais Anormalidades inespecíficas leucometria entre 2.000-8.000/mm3 < 5.000/mm3 havendo leucopenia real em 20% dos casos Leve desvio para esquerda Linfomonocitose relativa Leucocitose nos primeiros 10 dias ↑ crianças Leve anemia Normocíticas normocrômica Queda abrupta do hematócrito ↑ complicações enterorragia Plaquetopenia de pequena monta em uma ↓ pacientes Alargamento dos tempos de coagulação CIVD incipiente e transitória VHS em geral é normal/pouco alterado Discreto ↑ CPK Aminotransferases Podem estar ↑ Faixa entre 300-500 UI REFLETE HEPATITE DISCRETA INFILTRADO MONONUCLEAR NO ESPAÇO PORTA Hiperplasia de células Kuppfer Necrose focal de hepatócitos EAS Elementos Anormais do Sedimento Exame de urina tipo 1 Discreta proteinúria Piúria Cilindros granulosos e hialinos glomerulopatia relacionada à febre tifoide já foi descrita, pela deposição de imunocomplexos, contudo o clearance de creatinina é quase sempre normal Tratamento Profilaxia Definitivo Isolamento da Salmonella Sangue Medula óssea Roséolas Secreções intestinais Fezes ↑ Hemocultura Em meios seletivos 1ª semana ↑ sensib. entre 75-90% Bacteremia ↓ + com passar do tempo 40-50% Fim da 3ª semana ↓ positividade das hemoculturas presença de pequenas quantidades de S. typhi no sangue (< 15 micro-organismos/ml) ↑ taxas de tratamento antimicrobiano em áreas endêmicas Mielocultura ↑ sensível + em 90% casos Mantém + após 1ª semana Mesmo com uso prévio de antibióticos febre tifoide é a única infecção bacteriana de humanos na qual o exame da medula óssea é recomendado rotineiramente Coprocultura 1ª semana NEGATIVA em 60-70% + MÁXIMA na 3-4ª sem 40-60% Crianças (60% +) X Adultos (27%) PARÂMETRO PARA CONTROLE DE CURA Detecta o portador crônico assintomático ↑ epidemiológico Cultura de biópsia de lesões de roséola tífica + 60% Cultura de secreções intest. Sensib. 60% PODE + QUANDO MIELOCULTURA - Urinocultura VALOR DIAGNÓSTICO LIMITADO + Máxima 3ª semana Sorologias ↓ acurácia 2º no diagn. REAÇÃO DE WIDAL Soroaglutinação dosa as *aglutininas anti-O* → aparecem a partir do 10º dia e desaparecem no 30º Aglutininas anti-H Surgem a partir do 15º → Pico no 30º → declinam lentamente (pode persistir por meses) falso-negativos está entre 5-30% resultados falso-positivos são ↑ frequentes → reação cruzada com outras salmonelas OU presença da positividade anti-H permanente em vacinados ou indivíduos que tiveram infecção pela S. typhi no passado (↑ subclínica) ELISA Acurácia < 95% MONOTERAPIA ANTIBIÓTICA AMINOPENICILINAS Ampicilina e Amoxicilina Brasil ↓ prevalência de S. typhi resistente CLORANFENICOL controla a infecção, tornando o paciente APIRÉTICO em 3-5 dias ↓ CUSTO contras toxicidade medular forma idiossincrásica fatal presença de cepas de salmonela resistentes ao cloranfenicol – um problema crescente (AINDA não no Brasil) ↑ taxas de recaída e de portadores crônicos em relação a outros antibióticos SULFAMETOXAROL-TRIMETOPRIM (SMZ-TMP) ↓ toxicidade que a cloranfenicol A apirexia é atingida em 6-8 dias com esses medicamentos ↑ [vias biliares] ↓ percentual de recaídas e de portadores crônicos assintomáticos Vale ressaltar que o antibiograma da S. typhi é fundamental, pois pode revelar uma cepa resistente ao cloranfenicol e sensível às aminopenicilinas, ou ainda resistente ao cloranfenicol e aminopenicilinas, mas sensível ao sulfametoxazol-trimetoprim CEPAS MULTIRRESISTENTES Fluoroquinolonas Cefalosporinas de 3ª G melhores drogas para os portadores de HIV ceftriaxone, cefotaxime, cefixime e cefoperazona ciprofloxacina e ofloxacina o período de tratamento deve ser contado a partir da defervescência, especialmente no uso do cloranfenicol SEMPRE QUE POSSÍVEL PEDIR ANTIBIOGRAMA Nos EUA, a azitromicina e as cefalosporinas de 3ª geração são consideradas antibióticos de escolha para terapia empírica CORTICOIDES Assoc. ao ATB em casos GRAVES Choque Alt. do nível de consciência dexametazona 3 mg/kg (ataque) + 1 mg/kg 6/6h durante 48h ↓ importantemente a mortalidade (de 55% para 10%) Recaídas/Portadores assintomáticos Ampicilina OU Amoxicilina Sete dias após o término do tratamento, devemos iniciar a coleta de três coproculturas, com intervalo de trinta dias entre cada uma SE PESSOA TRABALHAR COM ALIMENTOS INTERVALO DE 1 SEMANA Caso alguma coprocultura resulte positiva, essa série pode ser suspensa e o indivíduo deve ser novamente tratado, de preferência, com uma quinolona (ciprofloxacina 500 mg, via oral, de 12/12 horas, durante quatro semanas) e esclarecido quanto ao risco que ele representa para os seus comunicantes íntimos e para a comunidade em geral Pacientes com litíase biliar ou anomalias biliares, que não respondem ao tratamento com antimicrobianos → colecistectomia Medidas preventivas gerais e pessoais Vacinação de grupos de ↑ risco Medicas em caso de epidemias controle e tratamento das fontes de água ferver, filtrar, clorar a água, ou ainda adicionar substâncias esterilizantes como hipossulfito de sódio, aumentam a segurança de que a água ingerida está isenta de bactérias infectantes controle das moscas e a eliminação de lixo Em relação aos alimentos, recomenda-se: ferver ou pasteurizar o leite, fiscalização sanitária na elaboração, preparação e manipulação dos alimentos nos estabelecimentos comerciais ↑ VIGILÂNCIA SANITÁRIA Não tem ↑ poder imunológico Imunidade de curta duração Tipos Bact. viva atenuada Ty21a unidose contendo três cápsulas → cada cápsula é administrada via oral em dias alternados – no 1-3-5º dias só pode ser dada a partir de cinco anos de idade, e a cada cinco anos é feita uma dose de reforço polissacarídica (Vi CPS) dose de 0,5 ml, subcutânea, a partir dos dois anos de idade se exposição contínua, revacinar a cada dois anos buscar cuidadosamente o caso-índice da epidemia evitar o consumo de todo alimento suspeito ferver ou pasteurizar o leite, proibir o consumo do mesmo ou de outros alimentos suspeitos clorar, com supervisão competente, ou proibir o consumo de água de abastecimentos suspeitos Não se recomenda o emprego da vacina em epidemias, porque dificulta o diagnóstico sorológico dos casos suspeitos, sem haver um benefício maior!!! Complicações Queda da mortalidade após antibióticos Complicassões clássicas Enterorragia Queda súbita da PA Taquicardia Palidez intensa ↓ abrupta do hematócrito Sangramento subclínico Pesquisa de sangue oculto nas fezes Perfuração intestinal ↑ grave Súbita dor intensa na fossa ilíaca direita Depois generaliza por todo o abdome Taquicardia Hipotermia Hipotensão arterial Sinais de irritação peritoneal ↑ leucocitose com desvio à esquerda LEVA À PERITONITE FECAL → Cirurgia de emergência + raras pneumonia, miocardite, pericardite, abscesso hepático e/ou esplênico, pancreatite, colecistite acalculosa, pielonefrite,artrite, osteomielite, parotidite, meningite entre outros. Recaídas Ressurgimento de febre + manifest. clínicas Em período de convalescência A partir da 4ª semana em 3-20% dos pacientes e ocorre geralmente duas semanas depois de terminada a febre hemoculturas são novamente positivas Permanência de focos replicativos de salmonela Vesícula Biliar Centro de linfonodos mesentéricos ↑ f quando o tratamento antibioticoterápico dura apenas 7-10 dias, em vez de 14 dias especialmente se o antibiótico utilizado for o cloranfenicol (com esta droga, as taxas de recaída podem alcançar 25%) Febre Tifoide e HIV Bacteremia recorrente por Salmonella é definidora de Aids Hemoculturas para salmonela sempre fazem parte da avaliação de todo paciente HIV+ com febre inexplicada febre tifoide particularmente grave e com tendência a recaídas SI com infócitos T CD4+ é o principal sistema de defesa contra o agente da febre tifoide Apenas os macrófagos ativados pelos linfócitos T CD4+ são capazes de neutralizar ou eliminar a S. typhi resultam da hiperplasia, ulceração e necrose das placas de Peyer ileocecais
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