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Definição • Infecção crônica necrosante dos brônquios ou bronquíolos com dilatação anormal permanente dessas estrutu- ras • Pneumonia virótica e bacteriana pode produzir dilatação temporária • bronquiectasia verdadeira, dilatação permanente • se o paciente tem pneumonia, pode fazer uma bronquiectasia temporária, até por causa da quantidade de muco que fica ali acumulada. Associação • Obstrução crônica: criança broncoaspira tudo; a obstrução é localizada no segmento afetado, vai começar a produzir mais muco e o paciente pode fazer pneumonia também. • Condições hereditárias ou congênitas: vai ser um defeito de formação/desenvolvimento dos bronquios; a fibrose cística é muito comum, imunodeficiências e síndrome do cílio móvel (síndrome de Kartagener) • Pós-Infecciosa: Pneumonia necrosante causada por bactéria, vírus e fungo~ • Outras condições: artrite reumatoide, lúpus, doença inflamatória do intestino e pós transplante Etiologia e patogênese - Obstrução e infecção • a infecção vai enfraquecer a parede, vai ter muco, vai ter secreção • O processo inflamatório vai estar no septo ou na luz do alvéolo e tudo vai estar cheio de vírus/ bactéria se proliferando, o próprio sistema imune do paciente vai ser comprometido • O paciente que está em vigência de uma infecção não pode tomar suplemento vitamínico, porque tudo que ele tomar vai ir para o vírus/ bactéria. Bronquiectasia macro • Afeta lobos inferiores bilateralmente e distalmente • Geralmente passagens aéreas verticais (são maiores) • Unilateralmente em neoplasias e corpos estranhos • Dilatação = até 4 x. Formas sacular ou fusiforme. Vias aéreas visíveis até a pleura • Radiologia : brônquios dilatados e visíveis até a periferia Bronquiectasia micro • Processo inflamatório agudo e/ou crônico na parede dos brônquios/ bronquíolos • Há descamação de material necrótico e áreas de úlceras ( o paciente pode tossir e vir aquele cheiro fétido ) • A destruição pode resultar em abcesso • bronquiectasia verdadeira, por exemplo, fibrose cística é uma doença que o paciente nasce e o brônquio já vai ser defeituoso, fica tendo infecção de repetição - episódico. • Curso clinico: tosse produtiva purulenta persistente (muito odor, paroxística de manhã, hemoptise e febre. Dis- pneia e ortopneia, episódico – ocorre a cada infecção • Complicações: abscessos, cor pulmonale e amiloidose BRONQUIECTASIA Casos clínicos Caso clinico 1 • As características de um raio X de um paciente com DPOC são: hipertransparência (preto mais intenso), hipe- rinsuflado (aumento dos espaços intercostais), diafragma tende a ficar mais retificado • Características de um raio X de um paciente normal: mais escuro com uns risquinhos brancos que seria o septo interalveolar. • Na hiperessonância o som vai estar mais alto. • A FC normal de um adulto é de 16 a 20. • o caso é mais característico é pink puffer • Esse paciente é enfisematoso, sendo esse seu maior comprometimento porque ele se queixa muito de dispneia há 3 anos, devido a destruição dos alvéolos, e aos pequenos esforços (tomar banho, pentear cabelo). Ele tam- bém tem bronquite que é caracterizada por tosse. Tem asma relacionada a ausculta com sibilo. Porém, entre bronquite, asma e enfisema, o último é o que chama mais atenção, porque tem dispneia aos pequenos esfor- ços. • Para fechar o caso de enfisema, no exame físico é possível analisar que ele está acianótico (mais rosado), sendo que em casos de bronquite tende a ficar mais azul (cianótico). Além disso, tem diminuição da expansibilidade, estando taquipneico e frêmito diminuído justamente porque os sacos alveolares estão destruídos. • O som claro pulmonar varia entre o timpânico e o maciço com predomínio do timpânico, enquanto no paci- ente, na percussão houve hiperessonância com predomínio do timpânico, porque os sacos forma destruídos e o som fica mais oco. • O tratamento é basicamente o mesmo para asma, bronquite e enfisema, como oxigênio, inalação, tapotagem, corticoide, tirar da crise, antibiótico se tiver febre. Caso clínico 2 VLM, sexo masculino, 69 ceramista, negro, tabagista há 38 anos (2 maços/dia), relata história de tosse crônica, geral- menteprodutiva. Comparece a consulta com dispneia aos grandes esforços que começou há 8 meses. Relata piora há 3 semanas com tosse intensa e grande quantidade de secreção purulenta pela manhã. Além do tabagismo, relata etilismo social, sedentarismo e apresenta alimentação rica em carboidratos e gorduras. Durante a ectoscopia e exame físico apresentou fácies edemaciada, em posição ortostática, cianótico, anictérico e desidratado. Paciente com expiração prolongada, utilizando musculatura acessória. Palpação com diminuição da ex- pansibilidade, e frêmito aumentado. Na percussão houve hiporessonância. Ausculta com MV aumentado e roncos e estertores e crepitantes. O paciente do caso é bronquite crônica, porque também tem dispneia, frêmito aumentado (secreção) e hiporessonân- cia (percussão maiciça) e ausculta com roncos estertores e crepitantes (canudo no copo com água), o que também indica secreção/muco. O que é comum para todas as DPOCs é a dispneia, mas a partir do exame físico é possível diferenciar uma da outra. São comuns entre elas: posição ortostática, uso da musculatura acessória (batimento de asa do nariz, retração de fúr- cula e tiragem), diminuição da expansibilidade e, consequentemente, cansaço. No raio X de bronquite, o preto é tomado em grande parte pelo branco por conta da secreção. No meio, a presença de um muco volumoso no brônquio, e na última mais porções de secreção. A secreção está grudada na árvore tra- queobrônquica, aderida na parede e de difícil remoção, e é por isso que o paciente tem penumonias. Caso clínico 3 PCP, 4 anos, masculino, branco, natural e procedente de Brasília-DF. Queixa Principal: Tosse há 2 meses. Mãe refere que, há dois meses, criança vem apresentando dispneia leve e tosse curta de predomínio noturno, produtiva, que se exa- cerba com a atividade física e que, algumas vezes, evolui com vômitos de secreção clara ou restos alimentares. Ante- cedendo o aparecimento da tosse, criança apresentou obstrução nasal e coriza de aspecto hialino. Mãe negou adi- namia, febre e hiporexia. Mãe refere crises frequentes de “asma”, aproximadamente de 3 em 3 meses, desde os 2 anos. Durante as crises, faz uso de β2 agonista inalatório (Salbutamol) e prednisolona com melhora do quadro. Durante a ectoscopia e exame físico apresentou fácies de agonia, em posição ortostática, taquipneico, anictérico e desidratado. Paciente utilizando musculatura acessória para respirar com importante retração de fúrcula. Palpação com diminuição da expansibilidade. Ausculta com sibilos difusos. Mãe refere que o irmão tem dermatite atópica e o pai tem rinite. Obs.: quando o paciente tem vômito, sempre perguntar se tem tosse acompanhado. Porque existe vômito do TGI ou de excesso de tosse. Nesse paciente, o que é mais importante é que a mãe já sabe o diagnóstico de asma e o remédio que a criança usa. Além disso, tem muitas crises durante o ano, o que significa que o tratamento não está adequado, até porque só está fazendo o uso do corticoide sistêmico (não o de bombinha), medicamento para tirar ele da crise. O que também chama atenção é que o irmão também tem dermatite e o pai, rinite, o que já classificaria a criança como atópica. O paciente do caso é o menino (acima da imagem dos narizes e da bocas), que apresenta retração de fúrcula, uso da musculatura acessória na respiração, visível a tiragem intercostal e o batimento de asa de nariz. O pulmão estaria hiperdistendido, com a musculatura toda contraída, sem sucesso de expansão, e vai começar a pro- duzir a secreção (tosse produtiva) que aumenta com a atividade física. Se esse tratamento continuar inadequado,vai chegar um momento m que o pulmão não vai mais resistir levar à morte, porque a inflamação só vai diminuir com corticoide inalatório, e não só usar os remédios de crise, porque não funcionam a longo prazo.
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