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DIREITO INTERNACIONAL - Direito dos Tratados Internacionais

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DIREITO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS
Introdução: firmado na Convenção de Viena sobre direito dos tratados em 1969. É a norma das normas, a norma dos tratados, sendo os tratados o que regem o direito internacional. Os tratados soa acordos internacionais sobre estados/organizações internacionais regidas pela CVDT, qualquer que seja a denominação específica (protocolo, carta, convenção). Empresas, ONGs e pessoas não podem ser signatários de tratados, somente Estados e organizações internacionais. Então, a existência de um tratado depende dos: agentes, objetos, forma (sempre escrita) e uma manifestação de vontade soberana. 
 Manifestação de vontade soberana: Livre, consciente e de boa fé. 
 Regras Representação dos Estados/ Organizações: 
Representantes dos Estados: Chefe de Estado, chefe de governo ou Ministro de Relações Exteriores (chefe de chancelaria, que é quem coordena as relações exteriores, aqui no Brasil é o Itamaraty, logo, o ministro das relações exteriores é o chanceler. É um plenipotenciário por excelência, tem vários poderes para representar o Estado, logo, ele dispensa qualquer carta de apresentação, mas, o Estado pode escolher outra figura com competência para representar o país, mas ai, terá que ter uma carta de apresentação, onde o presidente dará esses poderes) 
O que limita a competência de um e de outro é o direito interno. Aqui no Brasil, as duas figuras estão reunidas na figura do presidente) 
OBS: Os embaixadores de cada país, poderá representar aquele Estado e poderá firmar acordos representando o país, é o chefe da missão diplomática, logo, também são um plenipotenciário nas relações entre aqueles Estados. 
Representante dos Órgãos Administrativos: Chefe do órgão administrativo (normalmente é chamado de secretário-geral). 
OBS: A OMC tem como chefe o diretor-geral pois o órgão administrativo se chama diretoria. 
Objeto: O objeto lícito de um tratado diz respeito a sua pertinência com o jus cogens, previsto no art 53 e 64 da Convenção. 
Artigo 53 
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito 
Internacional Geral (jus cogens) 
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza. 
Artigo 64 
Superveniência de uma Nova Norma Imperativa de 
Direito Internacional Geral (jus cogens) 
Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional geral, qualquer tratado existente que estiver em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se.
Forma: sempre escrita. 
 Nulidades: Art 46 e ss. 
1. No art 46, o Estado pode alegar que o sue direito internet que estabelece que pode assinar o tratado foi violado e todos os outros Estados presentes sabiam disso, então, quem compareceu para assinar o tratado não era legitimo para estar naquela posição, logo, o direito interno de competência para assinar os tratados, então, ele pode ser alegado e o Estado estará se retirando daquele tratado sem prejuízos. É uma exceção ao art 27 da convenção, que diz que o direito interno não pode ser alegado.
SEÇÃO 2 
Nulidade de Tratados 
Artigo 46 
Disposições do Direito Interno sobre Competência para Concluir Tratados 
1. Um Estado não pode invocar o fato de que seu consentimento em obrigar-se por um tratado foi expresso em violação de uma disposição de seu direito interno sobre competência para concluir tratados, a não ser que essa violação fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma de seu direito interno de importância fundamental.
2. Uma violação é manifesta se for objetivamente evidente para qualquer Estado que proceda, na matéria, de conformidade com a prática normal e de boa fé.
Artigo 47 
Restrições Específicas ao Poder de Manifestar o Consentimento de um Estado Se o poder conferido a um representante de manifestar o consentimento de um Estado em obrigar-se por um determinado tratado tiver sido objeto de restrição específica, o fato de o representante não respeitar a restrição não pode ser invocado como invalidando o consentimento expresso, a não ser que a restrição tenha sido notificada aos outros Estados negociadores antes da manifestação do consentimento. 
Artigo 48 
Erro
 Um Estado pode invocar erro no tratado como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado se o erro se referir a um fato ou situação que esse Estado supunha existir no momento em que o tratado foi concluído e que constituía uma base essencial de seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. 
O parágrafo 1 não se aplica se o referido Estado contribui para tal erro pela sua conduta ou se as circunstâncias foram tais que o Estado devia ter-se apercebido da possibilidade de erro. 
Um erro relativo à redação do texto de um tratado não prejudicará sua validade; neste caso, aplicar-se-á o artigo 79. 
Artigo 49 
Dolo 
Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estado negociador, o Estado pode invocar a fraude como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. 
Artigo 50 
Corrupção de Representante de um Estado Se a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado foi obtida por meio da corrupção de seu representante, pela ação direta ou indireta de outro Estado negociador, o Estado pode alegar tal corrupção como tendo invalidado o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. 
Artigo 51 
Coação de Representante de um Estado 
Não produzirá qualquer efeito jurídico a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coação de seu representante, por meio de atos ou ameaças dirigidas contra ele. 
Artigo 52 
Coação de um Estado pela Ameaça ou Emprego da Força 
É nulo um tratado cuja conclusão foi obtida pela ameaça ou o emprego da força em violação dos princípios de Direito Internacional incorporados na Carta das Nações Unidas. 
 Princípios 
Irretroatividade dos efeitos dos tratados: Só produz efeito depois de entrar em vigor 
Presume-se que os tratados produz efeito em todo o Estado, mas é possível que seja so sobre parte (Exemplo: tratado da Bacia Amazônica) 
Pacta sent servanda: obrigatoriedade dos acordos. 
Reserva: Art 19 e ss . O pais não assume determinada obrigação, a reserva a principio é aceita mas: (I) O tratado pode proibir/permitir a reserva ou (II) se o tratado nada diz sobre reservas aplica-se o regime da alínea C = compatibilidade da reserva com o objetivo e finalidade do tratado. Os Estados podem apresentar uma objeção a reserva, em ate 12 meses, e instaurar um conflito normativo internacional, sendo que, outros Estados pode aderir a essa objeção. 
Artigo 19 
Formulação de Reservas 
Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir, formular uma reserva, a não ser que: 
a) a reserva seja proibida pelo tratado; 
b) o tratado disponha que só possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quais não figure a reserva em questão; ou 
c)nos casos não previstos nas alíneas a e b, a reserva seja incompatível com o objeto e a finalidade do tratado. 
SOLUÇÃO DA OBJEÇÃO: (I) Autentica, onde há uma votação entre os Estados que deliberam ou (II) Jurisdicional que sera levado ao tribunal arbitral ou permanente. Se a reserva for considerada compatível, todos tem que aceitar, se for considerado incompatível o Estado pode: (I) ou ficar no acordo sem a reserva ou (II) sair do acordo. 
O congresso pode propor uma reserva? Ou tirar uma reserva do PR? O PR pode vetar uma reserva do CN? 
SEÇÃO 2 
Reservas 
Artigo 20 
Aceitação de Reservas e Objeções às Reservas 
Uma reserva expressamente autorizada por um tratado não requer qualquer aceitação posterior pelos outros Estados contratantes, a não ser que o tratado assim disponha. 
Quandose infere do número limitado dos Estados negociadores, assim como do objeto e da finalidade do tratado, que a aplicação do tratado na íntegra entre todas as partes é condição essencial para o consentimento de cada uma delas em obrigar-se pelo tratado, uma reserva requer a aceitação de todas as partes. Quando o tratado é um ato constitutivo de uma organização internacional, a reserva exige a aceitação do órgão competente da organização, a não ser que o tratado disponha diversamente. 
Nos casos não previstos nos parágrafos precedentes e a menos que o tratado disponha de outra forma: 
a) a aceitação de uma reserva por outro Estado contratante torna o Estado autor da reserva parte no tratado em relação àquele outro Estado, se o tratado está em vigor ou quando entrar em vigor para esses Estados; 
b)a objeção feita a uma reserva por outro Estado contratante não impede que o tratado entre em vigor entre o Estado que formulou a objeção e o Estado autor da reserva, a não ser que uma intenção contrária tenha sido expressamente manifestada pelo Estado que formulou a objeção; 
c)um ato que manifestar o consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado e que contiver uma reserva produzirá efeito logo que pelo menos outro Estado contratante aceitar a reserva. 
Para os fins dos parágrafos 2 e 4, e a não ser que o tratado disponha diversamente, uma reserva é tida como aceita por um Estado se este não formulou objeção à reserva quer no decurso do prazo de doze meses que se seguir à data em que recebeu a notificação, quer na data em que manifestou o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado, se esta for posterior. 
Artigo 21 
Efeitos Jurídicos das Reservas e das Objeções às Reservas 
Uma reserva estabelecida em relação a outra parte, de conformidade com os artigos 19, 20 e 23: 
a)modifica para o autor da reserva, em suas relações com a outra parte, as disposições do tratado sobre as quais incide a reserva, na medida prevista por esta; e 
b)modifica essas disposições, na mesma medida, quanto a essa outra parte, em suas relações com o Estado autor da reserva. 
A reserva não modifica as disposições do tratado quanto às demais partes no tratado em suas relações inter se. 
Quando um Estado que formulou objeção a uma reserva não se opôs à entrada em vigor do tratado entre ele próprio e o Estado autor da reserva, as disposições a que se refere a reserva não se aplicam entre os dois Estados, na medida prevista pela reserva. 
Artigo 22 
Retirada de Reservas e de Objeções às Reservas 
A não ser que o tratado disponha de outra forma, uma reserva pode ser retirada a qualquer momento, sem que o consentimento do Estado que a aceitou seja necessário para sua retirada. A não ser que o tratado disponha de outra forma, uma objeção a uma reserva pode ser retirada a qualquer momento. 
A não ser que o tratado disponha ou fique acordado de outra forma: 
a)a retirada de uma reserva só produzirá efeito em relação a outro Estado contratante quando este Estado receber a correspondente notificação; 
b)a retirada de uma objeção a uma reserva só produzirá efeito quando o Estado que formulou a reserva receber notificação dessa retirada. 
Artigo 23 
Processo Relativo às Reservas 
A reserva, a aceitação expressa de uma reserva e a objeção a uma reserva devem ser formuladas por escrito e comunicadas aos Estados contratantes e aos outros Estados que tenham o direito de se tornar partes no tratado. 
Uma reserva formulada quando da assinatura do tratado sob reserva de ratificação, aceitação ou aprovação, deve ser formalmente confirmada pelo Estado que a formulou no momento em que manifestar o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. Nesse caso, a reserva considerar-se-á feita na data de sua confirmação. 
Uma aceitação expressa de uma reserva, ou objeção a uma reserva, feita antes da confirmação da reserva não requer confirmação. A retirada de uma reserva ou de uma objeção a uma reserva deve ser formulada por escrito. 
 Interpretação dos tratados: art 31, 32 e 33. 
O artigo 31: Regra geral de interpretação = Interpretar o contrato de boa fé objetiva + levar em conta o sentido comum dos textos (para evitar confusões entre as línguas) e se for usar em sentido diferente deve estar especificado no tratado + a luz do objetivo e finalidades, sentido teleológicos colocados no preâmbulo. Não são estabelecidos regras de interpretação e sim o que será o objeto da interpretação: pré ambulo, anexos, costumes posterior surgido entre as partes relacionado ao tema, instrumentos em conexão com o tratado das partes após a firmação do tratado, e outras quaisquer regras aplicáveis nas relações entre as partes. Exemplo: num litígio entre BR e ARG sobre a extradição, vai ser analisado que ambos são do Mercosul, são da ONU. Mas se o litígio fosse entre BR e Blangadesh essa análise seria bem mais restrita, pois, há poucas relações entre eles. Não se leva em consideração apenas o texto, o tratado deve ser visto o contexto em que esta inserido. 
Artigo 31 
Regra Geral de Interpretação 
Um tratado deve ser interpretado de boa fé segundo o sentido comum atribuível aos termos do tratado em seu contexto e à luz de seu objetivo e finalidade. 
Para os fins de interpretação de um tratado, o contexto compreenderá, além do texto, seu preâmbulo e anexos: 
a)qualquer acordo relativo ao tratado e feito entre todas as partes em conexão com a conclusão do tratado; 
b)qualquer instrumento estabelecido por uma ou várias partes em conexão com a conclusão do tratado e aceito pelas outras partes como instrumento relativo ao tratado. Serão levados em consideração, juntamente com o contexto: 
a)qualquer acordo posterior entre as partes relativo à interpretação do tratado ou à aplicação de suas disposições; 
b)qualquer prática seguida posteriormente na aplicação do tratado, pela qual se estabeleça o acordo das partes relativo à sua interpretação; 
c)quaisquer regras pertinentes de Direito Internacional aplicáveis às relações entre as partes. Um termo será entendido em sentido especial se estiver estabelecido que essa era a intenção das partes. 
Regra Geral de Interpretação: Esse artigo é muito abrangente. // interpretar um tratado de boa-fé significa que as partes se comportaram, no momento de firmar o tratado, levando em conta os interesses do outro. // sentido comum dos termos = sentido usual; isso é muito importante, pois um tratado internacional pode estar firmado em várias línguas, tem que se levar em consideração que as palavras estão em seu sentido comum, e não no sentido figurado ou metafórico (Ex,: a palavra “embarcação”, comumente, não pode ser usada para se referir a um avião). Se tiver palavras com sentidos específicos, tem que haver uma especificação ao longo do texto do tratado. // os tratados têm no seu preâmbulo os objetivos e finalidades, e eles devem orientar a interpretação do texto. // os parágrafos primeiro e segundo desse artigo não estabelecem regras de interpretação, mas definem na verdade a amplitude do campo de interpretação, ou seja, diz o que é que é objeto da interpretação. Deve-se levar em consideração o preâmbulo, o anexo, etc. 
O artigo 32: Meios suplementares que se agregam a regra geral 
Circunstancia de conclusão: levar em conta o momento histórico das partes no momento que elas assinaram os tratados. 
Trabalhos preparatórios: Documentos trocados antes da assinatura dos tratados. Exemplo: memorando, relatórios... que podem ser indicativos da finalidade. 
Analogia: Não esta expresso no art mas foi reconhecido pelo CIJ, que as partes podem usar tratados semelhantes que tratem sobre o assunto. 
Artigo 32 
Meios Suplementares de Interpretação 
Pode-se recorrer a meios suplementares de interpretação, inclusive aos trabalhos preparatórios do tratado e às circunstâncias de sua conclusão, a fim de confirmar o sentido resultante da aplicação do artigo 31 ou de determinar o sentido quando a interpretação, de conformidade com o artigo 31: 
a)deixa o sentido ambíguo ou obscuro; ou 
b)conduz a um resultado que é manifestamente absurdo ou desarrazoado.1. O artigo 33: Tratados firmados em mais de uma língua, as línguas que foram colocados como oficiais e somente nessas línguas serão consideradas como oficiais. Caso seja emitido em outra língua, as partes devem acordar expressamente isso. OBS: É comum entre línguas distantes, que se utilize uma versão oficial em inglês para prevalecer nas dúvidas de interpretação.
De acordo com o art. 86 desta Convenção, as línguas oficiais da Convenção de Viena são: Chinês, Espanhol, Frances, Inglês e Russo. Ou seja, qualquer litígio que em envolva essa convenção, só pode ser alegado em uma dessas línguas; // a Convenção só faz fé nos tratados nessas línguas (Ex.: a versão da Convenção em português não tem validade internacionalmente), a não ser que as partes tenham acordado expressamente que naquele litígio valeria em outro idioma. 
Artigo 33 
Interpretação de Tratados Autenticados em Duas ou Mais Línguas 
Quando um tratado foi autenticado em duas ou mais línguas, seu texto faz igualmente fé em cada uma delas, a não ser que o tratado disponha ou as partes concordem que, em caso de divergência, prevaleça um texto determinado. 
Uma versão do tratado em língua diversa daquelas em que o texto foi autenticado só será considerada texto autêntico se o tratado o previr ou as partes nisso concordarem. 
Presume-se que os termos do tratado têm o mesmo sentido nos diversos textos autênticos. 
Salvo o caso em que um determinado texto prevalece nos termos do parágrafo 1, quando a comparação dos textos autênticos revela uma diferença de sentido que a aplicação dos artigos 31 e 32 não elimina, adotar-se-á o sentido que, tendo em conta o objeto e a finalidade do tratado, melhor conciliar os textos. 
 Reservas do BR a CVDT: Art 25 e 66 
Art 25: aplicação provisória do tratado antes da entrada em vigor, mas o BR não pode produzir obrigações internacionais antes de ouvir o congresso, o país fez essa reserva. 
Artigo 25 
Aplicação Provisória 
Um tratado ou uma parte do tratado aplica-se provisoriamente enquanto não entra em vigor, se: 
a)o próprio tratado assim dispuser; ou 
b)os Estados negociadores assim acordarem por outra forma. 
A não ser que o tratado disponha ou os Estados negociadores acordem de outra forma, a aplicação provisória de um tratado ou parte de um tratado, em relação a um Estado, termina se esse Estado notificar aos outros Estados, entre os quais o tratado é aplicado provisoriamente, sua intenção de não se tornar parte no tratado. 
Art 66: Em caso dos Estados discordarem sobre a jus cogens de um tratado e não cheguem a um acordo, poderia ser lavado ao CIJ. Mas, o BR não reconhece a jurisdição obrigatória do CIJ, então para evitar se submeter a corte, fez essa ressalva. 
Artigo 66 
Processo de Solução Judicial, de Arbitragem e de Conciliação 
Se, nos termos do parágrafo 3 do artigo 65, nenhuma solução foi alcançada, nos 12 meses seguintes à data na qual a objeção foi formulada, o seguinte processo será adotado: 
a) qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a interpretação dos artigos 53 ou 64 poderá, mediante pedido escrito, submetê-la à decisão da Corte Internacional de Justiça, salvo se as partes decidirem, de comum acordo, submeter a controvérsia a arbitragem; 
b) qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a interpretação de qualquer um dos outros artigos da Parte V da presente Convenção poderá iniciar o processo previsto no Anexo à Convenção, mediante pedido nesse sentido ao Secretário-Geral das Nações Unidas. 
 Extinção dos tratados 
As partes podem: 
Simplesmente desistir do tratado em conjunto: DESTRATO.
Em um tratado posterior sobre o mesmo assunto, revogar o tratado anterior.
Superveniência de Jus Cogens 
Quando um costume contrário posterior supera o acordado, gerando um novo costume internacional 
Em razão de uma denúncia unilateral de uma das partes: Os tratados bilaterais são sempre extintos por denúncia, mas os multilaterais não, nesse caso se extingue apenas o denunciante (Exemplo: BREXIT) 
Produz efeito em 12 meses, sendo que nesse prazo a denunciante pode se retratar e não querer mais sair. 
Violação substancial por uma das partes, qualquer das partes prejudicadas pode alegar sua suspensão ou extinção. Mas num tratado multilateral, as outras partes podem definir por unanimidade da expulsão da parte que descumpriu. 
Impossibilidade superveniente do objeto do Tratado. Se aplica muito em tratados para proteger espécies em extinção. A parte não pode se favorecer se ele deu causa a essa impossibilidade. 
Rebus Sic Stantibus: Mudança fundamental de circunstancias e essa mudança era imprevisível para se desligar do tratado. É aquela que impacta sobre a realidade negocial. Logo, não admite situações como alegar que por exemplo o dólar subiu muito em alguns meses, pois a sociedade está num regime de câmbio flutuante. Mas, o STJ colocou que em situações como o 11 de setembro que quase triplicou o valor do dólar, poderia ser alegado com mudança fundamental. 
Em caso de guerra ou de corte de relações diplomáticos: Art 63. Não são extintos, são suspensos 
OBS: No Brasil, é preciso ouvir o CN para se denunciar um tratado. FHC denunciou a Convenção 158 da OIT (fala sobre direitos trabalhistas com justa causa) de em 94 sem ouvir o CN, e ate hoje não foi julgado não foi julgado.

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