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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 0 Relatório 7 – Lei de Ohm Introdução A Lei de Ohm é uma das principais leis para se estudar fenômenos elétricos. A partir dela podemos relacionar corrente com tensão através de uma proporção denominada resistência ou para o caso mais geral, impedância. A Lei de ohm foi postulada pelo Físico inglês Georg Simon Ohm e os princípios dessa lei são amplamente utilizados nos estudos de eletrônica analógica e circuitos elétricos. Essa prática possui duas partes nas quais o objetivo da primeira parte será determinar o valor de um resistor e a incerteza que obedece às leis de Ohm e o objetivo da segunda parte será calcular valor e a incerteza de um resistor que não obedece as leis de Ohm. Objetivo 1 A Lei de Ohm é definida pela seguinte expressão: 𝑉 = 𝐼 × 𝑅 Em que: − 𝑉 → Diferença de Potencial Elétrico (Tensão) − 𝐼 → Corrente Elétrica − 𝑅 → Resistência Elétrica Dessa forma, relaciona-se corrente e tensão em uma equação de proporcionalidade R. Por outro, lado essa relação implica que a resistência de algum meio seja constante, o que é chamado de resistência ôhmica. Dados de tensão e corrente para um resistor ôhmico foram coletados pelo professor e fornecidos na tabela abaixo para que o estudo fosse realizado. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 1 Processamento de dados resistor ôhmico Incluindo no software SciDavis os dados de entrada de corrente e tensão medidos e indicados pelo professor durante a prática é possível observar, através da análise gráfica, o comportamento linear do resistor, no qual a Lei de Ohm, 𝑉 = 𝑅 × 𝐼, pode ser verificada. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 2 Figura 1: Processamento de dados - Resistor Ôhmico - Fonte: SciDavis Plotando o gráfico, conseguimos obter a expressão que descreve a relação linear entre a corrente e a tensão para esse resistor e dessa forma podemos obter a resistência analisando a equação 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 a = 2.002,460456942 ± 52,8338374537216 𝑏 = −0,068189066783839 ± 0,136565505626243 Em que o valor do resistor será a constante “𝑎” e a constante “𝑏” provem de um erro de imprecisão das medições realizadas. Logo o valor do resistor será devidamente escrito como: 𝑅 = (2,00 ± 0,05 ) KΩ Objetivo 2 Como veremos agora, também existem meios em que a resistência não estabelece uma relação linear entre tensão e corrente. Nesses casos, há resistência do meio é não-ôhmica. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 3 Em casos de resistência não-ôhmica o valor da resistência depende do valor da corrente e da tensão no circuito, um exemplo de resistor não-ôhmico são as lâmpadas incandescentes. No caso de um resistor não-ôhmico a Lei de Ohm é expressa de forma diferente: 𝑉 = 𝐼𝑐 × 𝑅 Em que: − 𝑉 → Diferença de Potencial Elétrico (Tensão) − 𝐼 → Corrente Elétrica − 𝑅 → Resistência Elétrica − 𝑐 → Constante Dados de tensão e corrente para um resistor não-ôhmico foram coletados pelo professor e fornecidos na tabela abaixo para que o estudo fosse realizado. Processamento de dados resistor não-ôhmico Ao entrar com os valores medidos pelo professor durante a aula no SciDavis, obtemos a análise gráfica ilustrada na imagem abaixo. A partir disso CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 4 percebe-se graficamente que não há uma relação linear entre as duas grandezas medidas e sim uma relação não linear, dada pela fórmula 𝑉 = 𝐼𝐶 × 𝑅 Figura 2: Processamento de dados - Resistor não-ôhmico - Fonte: SciDavis Portanto, a fim de facilitar a interpretação do experimento e dos dados gerados, realizamos a linearização dos mesmos para tornar o gráfico em curva que obtemos em uma reta. O procedimento consiste em encontrar a relação entre duas variáveis que satisfaçam a equação y’ = ax’+b. Para linearizar o gráfico, aplicamos o logaritmo e utilizamos suas propriedades, como descrevemos abaixo: 𝑉 = 𝐼𝐶 × 𝑅 ln (𝑉) = ln (𝐼𝐶 × 𝑅) ln(𝑉) = ln(𝐼𝐶) + ln (𝑅) 𝐥𝐧(𝑽) = 𝑪 𝐥𝐧(𝑰) + 𝐥𝐧 (𝑹) Onde, A = C e B = ln(𝑅) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 5 Figura 3: Comparação do processamento de dados medidos e dos dados linearizados - Fonte: SciDavis Figura 4: Resultados do processamento de dados do resistor não-ôhmico linearizados - Fonte: SciDavis A partir do processamento de dados, podemos dizer que: A = C = 1,86110869574353 +/- 0,0266220333835136 C = (2,00+/-0,03) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 6 B= 6,77928277603077 +/- 0,0780685034821138 ln(𝑅) = 𝐵 𝑒ln(𝑅) = 𝑒𝐵 R = 𝑒𝐵 R = 𝑒6,779 𝑅 = 879,442127401 Ω Para determinar a incerteza da resistência faremos as derivadas parciais de 𝑅 = 𝑒𝐵 ∆𝑅 = | 𝜕𝑅 𝜕𝐵 | ∆𝐵 ∆𝑅 = | 𝑒𝐵 𝜕𝐵 | ∗ 0,0266 ∆𝑅 = 𝑒𝐵 ∗ 0,0781 ∆𝑅 = 68,656388582Ω Então podemos escrever o valor do resistor como: 𝑅 = (0,88 ± 0,07) 𝐾Ω CONCLUSÃO Diante dos resultados obtidos na prática pudemos observar que a Lei de Ohm em sua forma simples é válida apenas para resistores ôhmicos, ou seja, aqueles que possuem uma relação linear entre a corrente e a tensão. Com tudo, também foi observado que através de uma adaptação da lei de ohm original podemos estabelecer uma relação entre tensão e corrente. Ademais, vale-se ressaltar que em caso gerais, todos os resistores reais são resistores do tipo não ôhmico. Entretanto, a depender do nível de tensão, corrente, esses resistores possuem faixas lineares onde se comportam como resistores ôhmicos. CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DE MINAS GERAIS 7 REFERÊNCIAS W NILSON, James; A. RIDEL, Susan. Circuitos Elétricos, 10ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. SADIKU, Matthew N. O.; ALEXANDER, Charles K. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5. ed. São Paulo: AMGH, 2013. 896 p. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo. 9. ed. São Paulo: LTC, 2012. 388 p. v. 3.
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