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EFETIVIDADE_E_UNIFICACAO_DOS_REGIMES_JUR (2)

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ISSN 1807-6017
Repositório autorizado/credenciado de jurisprudência
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (inscrição sob nº 036/05, em 20.10.2005).
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA nº 55 (Portaria nº 5, de 28.11.2013, da Exma. 
Sra. Ministra Diretora da Revista do STJ, publicada no Diário da Justiça eletrônico 
de 29.11.2013).
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO (Portaria COJUD nº 4, de 
08.08.2005, do Exmo. Sr. Des. Fed. Diretor da Revista do TRF da 1ª Região, 
publicada no Diário da Justiça de 12.08.2005, Seção 2, p. 2).
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO nº 34 (Portaria nº 1, de 
10.03.2008, do Exmo. Sr. Des. Fed. Diretor da Escola da Magistratura do TRF da 
4ª Região, publicada no Diário Eletrônico nº 64, de 25.03.2008).
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO nº 13 (Despacho do Exmo. Sr. 
Des. Fed. Diretor da Revista do TRF da 5ª Região, publicado no Diário da Justiça 
de 05.09.2005, Seção 2, p. 612).
Juris 
Plenum
Doutrina - Jurisprudência
Classificação Qualis Capes B1
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JPMiolo.indb 2 16/06/2017 14:37:12
Juris Plenum
Ano XIII - número 76 - Julho de 2017
Editor
Flávio Augustin
Conselho Editorial
Accácio Cambi
Ada Pellegrini Grinover
Álvaro Villaça Azevedo
Eduardo Arruda Alvim
Hugo de Brito Machado
Humberto Theodoro Júnior
Ives Gandra da Silva Martins
J. Cretella Júnior (in memoriam)
Jorge Miranda
José Augusto Delgado
José Carlos Barbosa Moreira
José Renato Nalini
Maria Berenice Dias
Romeu Felipe Bacellar Filho
Rui Stoco
Sacha Calmon Navarro Coêlho
Sérgio Augustin
Teori Albino Zavascki (in memoriam)
Teresa Arruda Alvim
Editora Plenum Ltda.
Av. Itália, 460 - 1º andar
CEP 95010-040 - Caxias do Sul/RS
plenum@plenum.com.br
www.plenum.com.br
JPMiolo.indb 3 16/06/2017 14:37:12
© JURIS PLENUM
EDITORA PLENUM LTDA
Caxias do Sul - RS - Brasil
Publicação bimestral de doutrina e jurisprudência. Todos os direitos reservados à Editora 
Plenum Ltda. É vedada a reprodução parcial ou total sem citação da fonte.
Os conceitos emitidos nos trabalhos assinados são de responsabilidade dos autores.
E-mail para remessa de artigos: plenum@plenum.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Índice para o catálogo sistemático:
1. Direito 340
2. Ciências jurídicas 340
3. Direito Civil 347
Catalogação na fonte elaborada pelo Bibliotecário 
Marcos Leandro Freitas Hübner – CRB 10/1253
Editoração eletrônica: Editora Plenum Ltda.
Tiragem: 5.000 exemplares
Distribuída em todo território nacional
Os acórdãos selecionados correspondem, na íntegra, às cópias obtidas nas secretarias 
dos tribunais
Serviço de atendimento ao cliente: 54-3733-7447
J95 Juris Plenum / Editora Plenum . Ano XIII, n. 76 (jul./ago. 2017). - 
Caxias do Sul, RS: Editora Plenum, 2017.
192p. ; 23cm.
Bimestral
ISSN 1807-6017
1. Direito. 2. Ciências jurídicas. 3. Direito Civil.
 I. Editora Plenum.
CDU: 340
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SUMÁRIO
DESTAQUE: AS ASTREINTES E A INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR PARA 
CUMPRIR OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER
Editorial ..............................................................................................................................7
Doutrina
Efetividade e unificação dos regimes jurídicos executivos pelo CPC/2015 como funda-
mento para superação (overruling) da Súmula 410 do STJ: o fim da jurisprudência 
lotérica e a consagração da instabilidade, integridade e coerência dos julgados
RAFAEL CASELLI PEREIRA .......................................................................................9
ASSUNTOS DIVERSOS
DOUTRINA
O impacto das decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos no direito 
interno e o desenvolvimento da proteção dos direitos humanos dos migrantes, 
apátridas e refugiados no Brasil
ANA PAULA MARTINS AMARAL, JOÃO PAULO CALVES .......................................35
A (in)aplicabilidade da indenização por danos morais pelo atraso na entrega do imóvel
BRUNA LYRA DUQUE, PRISCILLA YLRE PEREIRA DA SILVA ...............................51
Compreensão crítica da mediação no processo judicial
EDUARDO CAMBI, ANA PAULA MEDA ....................................................................61
O detetive particular e a investigação criminal: algumas questões pontuais
EDUARDO LUIZ SANTOS CABETTE .......................................................................75
As disposições dos crimes contra as relações de consumo no Código de Defesa do 
Consumidor
EMERSON PENHA MALHEIRO ................................................................................87
A justificação prévia nas tutelas de urgência: em busca do sentido do art. 300, § 2º, 
do novo CPC
FELIPPE BORRING ROCHA, LUÍSA TOSTES ESCOCARD DE OLIVEIRA ..........103
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Responsabilidade civil dos provedores de internet e a proteção da imagem
LEONARDO ESTEVAM DE ASSIS ZANINI ............................................................. 117
O Mandado de Segurança contra decisões jurisdicionais: evolução e o novo Código 
de Processo Civil brasileiro
MARCELLUS POLASTRI LIMA, MARIAH OLIVEIRA SANTOS DE QUEIRÓZ ......139
OPINIÃO LEGAL
Emenda a projeto de lei no Senado que cria reserva de mercado e fere o princípio da 
livre concorrência esculpido no artigo 170, inciso IV, da Lei Suprema
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS .......................................................................159
ACÓRDÃOS
STF - Ag. Reg. no Recurso Extraordinário nº 908.337/SC ............................................167
STJ - Recurso Especial nº 1.635.771/DF ......................................................................171
TRF1 - Apelação/Reexame Necessário nº 0018397-48.2014.4.01.3300/BA ................176
TRF4 - Apelação Cível nº 5000622-16.2013.4.04.7008/PR ..........................................179
TRF5 - Apelação nº 0804444-62.2015.4.05.8400 .........................................................186
NORMAS PARA ENVIO DE ARTIGOS DOUTRINÁRIOS ...........................................191
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DESTAQUE
AS ASTREINTES E A INTIMAÇÃO PESSOAL DO 
DEVEDOR PARA CUMPRIR OBRIGAÇÃO DE 
FAZER OU NÃO FAZER
Um aspecto em relação às astreintes está em discussão no STJ: se existe a 
necessidade de intimar pessoalmente a parte ou o seu procurador para cumprimento da 
obrigação de fazer ou de não fazer.
Trata-se dos Embargos de Divergência em Recurso Especial nºs 1.360.577 e 
1.371.209. 
No caso concreto destes embargos de divergência, a discussão centra-se na 
necessidade, ou não, de intimação pessoal da parte para disparar a incidência da multa.
O relator dos EREsp 1.360.577, ministro Humberto Martins, deu provimento aos 
embargos de divergência sob o fundamento que o AREsp citado como paradigma é no 
sentido da desnecessidade da intimação pessoal para cobrança de multa por inadimple-
mento de obrigação de fazer. 
A orientação da 2ª Seção é no sentido da imprescindibilidade da intimação prévia 
da parte devedora de obrigação de fazer para que possa haver cobrança de multa diária, 
levando em conta que o enunciado 410 da Súmula do STJ não foi cancelado ou revisto, 
estando firme a orientação nele contida: 
“A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a co-
brança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.”
O ministro Luis Felipe Salomão em seu voto-vista divergiu do relator, ministro 
Humberto Martins, consignando que as multas resultam em condenações de valores as-
tronômicos, visto que o devedor desconhece sobre o cumprimento da obrigação de fazer. 
“A orientação proposta pelo ministro Humberto choca frontalmente com a orientação 
da 2ª Seção. É hora de se colocar a questão em seu devido lugar.”
O tema em destaque desta edição da Revista Juris Plenum debate esta questão, 
trazendo artigo do Dr. Rafael Caselli Pereira que aborda, minuciosamente, esta temática.
Boa leitura a todos.
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EFETIVIDADE E UNIFICAÇÃO DOSREGIMES 
JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015 COMO 
FUNDAMENTO PARA SUPERAÇÃO (OVERRULING) 
DA SÚMULA 410 DO STJ: O FIM DA JURISPRUDÊNCIA 
LOTÉRICA E A CONSAGRAÇÃO DA INSTABILIDADE, 
INTEGRIDADE E COERÊNCIA DOS JULGADOS*
EFFECTIVENESS AND UNIFICATION OF THE LEGAL 
SYSTEMS BY 2015 CIVIL PROCEDURE CODE AS THE 
FOUNDATION FOR OVERRULING OF PRECEDENT 
410 FROM SUPERIOR COURT OF JUSTICE: THE 
CONSECRATION OF THE INSTABILITY, INTEGRITY 
AND CONSISTENCY OF THE JUDGEMENTS
RAFAEL CASELLI PEREIRA
Advogado/RS. Mestre pela Pontifícia Universidade Católica do Rio 
Grande do Sul - PUC/RS. Membro da ABDPro - Associação Brasileira 
de Direito Processual. Membro do IBDP - Instituto Brasileiro de Direito 
Processual Civil. Membro do CEAPRO - Centro de Estudos Avançados 
de Processo. Pós-Graduado e Membro Honorário da ABDPC - Academia 
Brasileira de Direito Processual Civil. E-mail: rafaeladv2011@gmail.com.
SUMÁRIO: Introdução - 1. A necessidade de intimação pessoal da parte na vigência 
do CPC/73 e a construção jurisprudencial que resultou na edição da Súmula 410-STJ - 
2. Uma análise sistematizada dos fundamentos do CPC/2015 para superação da Súmula
410-STJ: a possibilidade de intimação do advogado e o fim do caos jurisprudencial - 
Considerações finais - Referências.
* Artigo de autor convidado.
Data de recebimento do artigo: 12.06.2017.
Data de aprovação pelo Conselho Editorial: 16.06.2017.
DESTAQUE: AS ASTREINTES E A INTIMAÇÃO PESSOAL DO DEVEDOR PARA CUMPRIR 
OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER - DOUTRINA
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10 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
RESUMO: Na vigência do CPC/73, consolidou-se o entendimento de que a prévia 
intimação pessoal do devedor constitui conditio sine qua non para cobrança da multa judicial 
(astreinte) pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer (Súmula 410-STJ). 
Com a unificação dos regimes jurídicos executivos, ilustrada pelo art. 513, § 2º, inciso I, 
do CPC/2015, aparentemente, superou-se tal enunciado. A Corte Especial do STJ está 
próxima de acabar com a jurisprudência lotérica, ratificando ou admitindo a superação 
(overruling) do entendimento firmado com a Súmula 410, por meio dos julgamentos dos 
recursos EREsp 1.360.577 e EResp 1.371.209. O presente artigo busca analisar os fun-
damentos do código revogado que resultaram na elaboração do enunciado, bem como 
refletir sobre o espírito traçado pelo legislador do novo código, ao permitir a intimação do 
advogado para executividade da multa judicial (astreinte).
PALAVRAS-CHAVE: astreinte; intimação; superação; súmula; novo Código de 
Processo Civil.
ABSTRACT: During the 1973 Civil Procedure Code, it was consolidated the 
understanding that the debtor must be personally notified. It was conditio sine qua non for 
recovery of the penalty (astreinte) for breach of obligation to do or not do (Precedent 410 of 
Superior Court). With the unification of legal systems, illustrated by article 513, 2nd paragraph, 
item I, of 2015 Civil Procedure Code, apparently overruled such statement. The Superior 
Court of Justice will judge, ratifying or admitting the overruling of understanding signed with 
the precedent 410, through the trials of the EREsp 1.360.577 and EResp 1.371.209. This 
paper seeks to analyze the fundamentals of the previous code which result in the drafting 
of the Precedent, as well as reflects on the new code, which allows the notice of attorney 
to enforcement the astreinte.
KEYWORDS: astreinte; notice; overrule; precedent; new Civil Procedure Code.
INTRODUÇÃO
Na época em que foi aprovada, a Súmula 410 do STJ levou em consideração a 
reiterada jurisprudência, ao longo dos anos de vigência do CPC/73, sobretudo, por influência 
do art. 632, o qual estabelecia que: “Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, 
o devedor será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe assinar, se outro não estiver 
determinado no título executivo”.
Se formos localizar o referido artigo no CPC/73, verifica-se que estava localizado 
no livro II, que trata do processo de execução, e não no cumprimento de sentença de 
obrigação de fazer ou não fazer; ou seja, referia-se às condições para executividade dos 
títulos extrajudiciais.
A partir das reformas executivas iniciadas com a Lei nº 8.952/94 (inserção do ins-
tituto da antecipação de tutela - art. 273 do CPC/73; ampliação das medidas executivas 
- dentre elas, a imposição de multa judicial -, no sentido de garantir a tutela específica ou 
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11EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
admitir a conversão no resultado prático equivalente - art. 461 do CPC/73, por exemplo), 
o Processo Civil vem avançando na busca de oferecer ao seu consumidor (cidadão) um 
processo qualificado, pela entrega da tutela jurisdicional adequada, tempestiva e, espe-
cialmente, efetiva. 
Posteriormente, com a vigência da Lei nº 10.444/2002, incorporou-se o § 6º ao art. 
461, admitindo-se a revisão do quantum alcançado pela multa, independente da forma 
como se daria a intimação da parte, seja ela pessoal, seja na figura do advogado. Além 
disso, alterou-se o art. 644 do CPC/73, no sentido de que a sentença relativa à obrigação 
de fazer ou não fazer seria cumprida, de acordo com o art. 461 do CPC/73.
A Lei nº 11.232/2005, completando as inúmeras alterações anteriores, unificou o 
processo de conhecimento com o de execução, reforçando a ideia de não mais existirem 
dois processos autônomos, mas sim instaurando uma nova fase do procedimento comum, 
denominada cumprimento da sentença, a qual permaneceu separada da execução dos 
títulos extrajudiciais.
A modificação pretendida pelo legislador, em 2005, foi a de fielmente observar os 
princípios da celeridade e da efetividade, sendo despicienda, a partir daquela nova fase 
processual, uma nova citação ou intimação “pessoal” do executado, haja vista que haveria 
tão somente uma continuidade da relação processual anterior (cognitiva).
Se analisarmos a eficácia de toda ordem que determina um facere ou não facere, 
evidencia-se seu aspecto preponderantemente mandamental, seja a medida concedida 
em cognição sumária, seja em cognição definitiva ou exauriente.
A preocupação com o direito fundamental à duração razoável do processo, 
leia-se efetividade do processo (art. 5º, inciso LXXVIII, da CF/88 vigente pela Emenda 
Constitucional 45/2004), foi supervalorizada pela inserção do art. 4º do CPC/2015, o qual 
estabelece que as partes têm o direito de obter, em prazo razoável, a solução integral do 
mérito, incluída a atividade satisfativa. 
Com a unificação dos regimes jurídicos executivos, ilustrada pelo art. 513, § 2º, 
inciso I, do CPC/2015, aparentemente, superou-se o enunciado da Súmula 410 do STJ, 
ao dispor que “o devedor será intimado para cumprir a sentença: (i) pelo Diário da Justiça, 
na pessoa de seu advogado constituído nos autos [...]”.
Antes mesmo da vigência do CPC/2015, inclusive, logo após a aprovação da Súmula 
410, a jurisprudência do próprio STJ já era, e permanece, dividida. Enquanto as 1ª e 2ª 
Turmas entendem pela desnecessidade de intimação pessoal da parte, sob o fundamento 
de garantir a efetividade do processo, além de primar pela isonomia e uniformização dos 
procedimentos executivos, as 3ª e 4ª Turmas entendem pela necessidade de manter hígido 
o enunciado, sob o argumento de que o valor da multa judicial, frequentemente, alcança 
valores astronômicos, muitas vezes, sem que o próprio devedor da obrigação esteja ciente 
da decisão a ser cumprida.
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12 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
De qualquer sorte, a Corte Especial do STJ está próxima de acabar com a juris-
prudência lotérica, ratificando ou admitindo a superação (overruling) do entendimento 
firmado com a referida súmula, por meio dos julgamentos dos recursos EREsp 1.360.577 
e EResp 1.371.209. 
Diante da possível alteração, questiona-se: seráprivilegiado o direito da parte em 
obter, em um prazo razoável, a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa, 
leia-se a efetividade da tutela jurisdicional, prevista no art. 4º do CPC/2015, aceitando a 
intimação da parte na figura de seu advogado constituído, hipótese esta admitida pelo 
inciso I do § 2º do art. 513 do CPC/2015, pela superação (overruling) da Súmula 410, ou 
o STJ vai manter a orientação sumulada à época do CPC/73, ratificando a necessidade
de prévia intimação pessoal do devedor, como condição necessária para a cobrança de 
multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer?
Por meio do presente artigo, portanto, propomos uma reflexão acerca das razões 
fundamentais que levaram à aprovação da Súmula 410 pelo STJ, no ano de 2009, e tam-
bém sobre o espírito traçado pelo legislador, desde o início das reformas do CPC/73 até 
a vigência do CPC/2015, a fim de concluir pela manutenção ou superação do enunciado, 
visando à extinção da jurisprudência lotérica e à consagração da segurança jurídica, 
mediante a manutenção da jurisprudência estável, íntegra e coerente.
1. A NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE NA VIGÊNCIA DO
CPC/73 E A CONSTRUÇÃO JURISPRUDENCIAL QUE RESULTOU NA EDIÇÃO DA 
SÚMULA 410-STJ
A questão da validade ou não da intimação pessoal da parte ou na figura de seu 
advogado para cumprimento de preceito de obrigação de fazer ou de não fazer, sob pena 
de multa judicial (astreinte), consiste numa tormentosa e controversa questão, não paci-
ficada pela doutrina e tampouco pela jurisprudência de nossos tribunais, inclusive, após 
a chegada do CPC/2015.
Na vigência do CPC/73, firmou-se o entendimento - então vigente - segundo o 
qual a execução ensejava uma relação processual autônoma e distinta daquela efetivada 
na ação de conhecimento; i.e., a execução não poderia ser entendida como “mera fase 
processual subsequente à cognição”,1 adverte Dinamarco.
Imperava na época a autonomia dos processos (conhecimento e execução), 
fazendo-se necessária nova2 citação do devedor para satisfazer a obrigação de fazer ou 
de não fazer (especialmente, se fosse fixada multa, em caso de descumprimento), dentro 
do prazo fixado pelo juiz (art. 632 do CPC/73). Tal dispositivo estava localizado no livro II, 
que trata do processo de execução, ou seja, referia-se às condições para executividade 
dos títulos extrajudiciais.
1 DINAMARCO, Cândido Rangel. Execução civil. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 1997. p. 365.
2 LIEBMAN, Enrico Tullio. Processo de execução. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1986. p. 05.
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13EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
A partir das reformas iniciadas com a Lei nº 8.952/94 (efetivação das tutelas de 
urgência - arts. 273 e 461), o Processo Civil seguiu sofrendo alterações substanciais, tais 
como a alteração dos artigos 642 e 643 do CPC/73, determinando que, no caso de execução 
da sentença que condena em obrigação de fazer, se procederia da mesma forma que o 
art. 461 do CPC/73 (Lei nº 10.444/2002), além de avançar para concretização do direito 
fundamental à duração razoável do processo que, certamente, influenciou na aprovação 
da Lei nº 11.232/2005, cuja característica precípua foi a de integrar processo de cognição 
e de execução num só.
A modificação pretendida pelo legislador, em 2005, foi a de fielmente observar os 
princípios da celeridade e da efetividade, abolindo a necessidade de instaurar-se novo pro-
cesso formalmente diferenciado, após o julgamento da causa,3 sendo despicienda, a partir 
daquela nova fase processual, uma nova citação ou intimação “pessoal” do executado, haja 
vista que haveria tão somente uma continuidade da relação processual anterior (cognitiva).
É evidente essa preocupação do legislador com a dificuldade prática operacional 
que envolvia o sistema adotado pelo CPC/1973, porque a sentença condenatória não se 
revestia preponderantemente da “eficácia executiva”, obrigando que o autor, desejando 
receber o bem da vida que lhe fora reconhecido, iniciasse um segundo processo: “era 
instaurada, pois, uma outra e sucessiva relação jurídica processual, decorrente de nova 
citação”,4 destaca Athos Gusmão Carneiro, um dos principais mentores do projeto que 
resultou na Lei nº 11.232/2005.
Após muito debate doutrinário e jurisprudencial, pacificou-se5 a controvérsia acerca 
3 MOREIRA, José Carlos Barbosa. Cumprimento e execução de sentença: necessidade de esclarecimentos 
conceituais. Revista Jurídica, n. 346, ano 54, p. 11-25, ago. 2006. p. 11.
4 CARNEIRO, Athos Gusmão. Cumprimento da sentença civil. Rio de Janeiro: Forense, 2007. p. 08.
5 Informativo nº 0429 do STJ. Tratou-se de REsp remetido pela Terceira Turma à Corte Especial, com a 
finalidade de obter interpretação definitiva a respeito do art. 475-J do CPC, na redação que lhe deu a Lei 
nº 11.232/2005, quanto à necessidade de intimação pessoal do devedor para o cumprimento de sentença 
referente à condenação certa ou já fixada em liquidação. Diante disso, a Corte Especial entendeu, por 
maioria, entre outras questões, que a referida intimação deve ser feita na pessoa do advogado, após o 
trânsito em julgado, eventual baixa dos autos ao juízo de origem, e a aposição do “cumpra-se”; pois só após 
se iniciaria o prazo de quinze dias para a imposição da multa em caso de não pagamento espontâneo, tal 
como previsto no referido dispositivo de lei. Como destacou o Min. João Otávio de Noronha em seu voto 
vista, a intimação do devedor mediante seu advogado é a solução que melhor atende ao objetivo da refor-
ma processual, visto que não comporta falar em intimação pessoal do devedor, o que implicaria reeditar a 
citação do processo executivo anterior, justamente o que se tenta evitar com a modificação preconizada 
pela reforma. Aduziu que a dificuldade de localizar o devedor para aquela segunda citação após o término 
do processo de conhecimento era um dos grandes entraves do sistema anterior, por isso ela foi eliminada, 
conforme consta, inclusive, da exposição de motivos da reforma. Por sua vez, o Min. Fernando Gonçalves, 
ao acompanhar esse entendimento, anotou que, apesar de impor-se ônus ao advogado, ele pode res-
guardar-se de eventuais acusações de responsabilidade pela incidência da multa ao utilizar o expediente 
da notificação do cliente acerca da necessidade de efetivar o pagamento, tal qual já se faz em casos de 
recolhimento de preparo. A hipótese era de execução de sentença proferida em ação civil pública na qual 
a ré foi condenada ao cumprimento de obrigação de fazer, ao final convertida em perdas e danos (art. 461, 
§ 1º, do CPC), ingressando a ora recorrida com execução individual ao requerer o pagamento de quantia
JPMiolo.indb 13 16/06/2017 14:37:13
14 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
da necessidade de intimação do devedor, na pessoa de seu advogado, para as execuções 
envolvendo o pagamento de quantia certa (art. 475-J, § 1º, do CPC/73).
Ante a farta divergência doutrinária e jurisprudencial existente sobre a possibilidade 
de intimação do advogado ou necessidade de intimação pessoal da parte para condição 
de executividade da astreinte, foi aprovada a Súmula 410 pela Segunda Seção do STJ, em 
25.11.2009. Naquela oportunidade, definiu-se que o termo inicial, para fins de executividade 
da multa, é a intimação pessoal do devedor para cumprir a ordem, ex vi da Súmula 410/
STJ: “A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança 
de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”.
É interessante referir os cinco recursos utilizados como base para edição da Sú-
mula 410. No AgRg no Ag 1.046.050/RS,6 da 4ª Turma, de relatoria do Ministro Fernando 
Gonçalves, destacou-se que: “É necessária a intimação pessoal, relativamente à decisão 
cominatória, da parte a quem se destina a ordem de fazer ou não fazer, mormente quan-
do há fixação de astreintes”. A 3ª Turma manifestou-se por meio dequatro julgados. No 
segundo deles, o Ministro Sidnei Beneti, ao julgar o AgRg nos EDcl no REsp 1.067.903/
RS,7 concluiu que: “É necessária a intimação pessoal do devedor, quando aplicada multa 
diária pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”; no terceiro, a Ministra 
Nancy Andrighi, ao julgar o AgRg no REsp 993.209/SE,8 lecionou que: “A parte a quem 
se destina a ordem de fazer ou não fazer deve ser pessoalmente intimada da decisão 
certa, razão pela qual o juízo determinou a intimação do advogado da executada para o pagamento do 
valor apresentado em planilha, sob pena de incidência da multa do art. 475-J do CPC. Precedentes citados: 
REsp 954.859-RS, DJ 27.08.2007; REsp 1.039.232-RS, DJe 22.04.2008; Ag 965.762-RJ, DJe 01.04.2008; 
Ag 993.387-DF, DJe 18.03.2008, e Ag 953.570-RJ, DJ 27.11.2007. REsp 940.274-MS, Rel. originário Min. 
Humberto Gomes de Barros, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 07.04.2010.
6 AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASTREINTES. INTIMAçÃO PESSOAL. NECES-
SIDADE. 1. É necessária a intimação pessoal, relativamente à decisão cominatória, da parte a quem se 
destina a ordem de fazer ou não fazer, mormente quando há fixação de astreintes. Precedentes. 2. Agravo 
regimental desprovido. (AgRg no Ag 1.046.050/RS, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, Quarta Turma, 
julgado em 06.11.2008, DJe 24.11.2008).
7 AGRAVO INTERNO. RECURSO ESPECIAL. EXECUçÃO DE ASTREINTES. INTIMAçÃO PESSOAL. 
NECESSIDADE. INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO. CUMPRIMENTO DA OBRIGAçÃO. ANTERIOR À IN-
TIMAçÃO. DESCABIMENTO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. 
IMPROVIMENTO. I. É necessária a intimação pessoal do devedor quando aplicada multa diária pelo 
descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. II. Cumprida a obrigação de fazer antes mesmo da 
intimação ser efetuada - é o que se extrai do acórdão recorrido (fl. 87) - não há como incidir honorários 
advocatícios. III. Os agravantes não trouxeram nenhum argumento capaz de modificar a conclusão do 
julgado, a qual se mantém por seus próprios fundamentos. IV. Agravo improvido. (AgRg nos EDcl no REsp 
1.067.903/RS, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 21.10.2008, DJe 18.11.2008).
8 PROCESSO CIVIL. AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUçÃO DE ASTREINTES. INSCRIçÃO DO 
NOME DO DEVEDOR EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. MULTA DIÁRIA. OBRIGAçÃO DE FAZER. 
INTIMAçÃO PESSOAL. NECESSIDADE. - A parte a quem se destina a ordem de fazer ou não fazer deve 
ser pessoalmente intimada da decisão cominatória, especialmente quando há fixação de astreintes. Prece-
dentes. Agravo no recurso especial improvido. (AgRg no REsp 993.209/SE, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 
Terceira Turma, julgado em 18.03.2008, REPDJe 12.05.2008, DJe 04.04.2008).
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15EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
cominatória, especialmente quando há fixação de astreintes”; o Ministro Ari Pargendler, 
da 3ª Turma, ao julgar o REsp 629.346,9 concluiu que: “A intimação da parte obrigada por 
sentença judicial a fazer ou a não fazer deve ser pessoal, só sendo exigíveis as astreintes 
após o descumprimento da ordem”; e, por fim, o Ministro Humberto Gomes Barros também 
decidiu pela necessidade da intimação pessoal da parte a quem se destina a ordem de 
fazer ou não fazer, ao julgar o AgRg no Ag 774.196/RJ.10
A súmula já possuía defensores do quilate de Guilherme Rizzo Amaral, reforçado 
pelos pensamentos de Ronaldo Brêtas Carvalho Dias, Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz 
Arenhart e Luiz Fux que, em razão da gravidade das consequências decorrentes de deter-
minadas decisões mandamentais, a intimação para dar início à contagem do prazo para 
cumprimento da decisão ou sentença, na qual se comina multa diária, deve ser na pessoa do 
destinatário da ordem judicial.11 “Em geral, para a prática de atos personalíssimos da parte, 
esta é a via adequada, dirigida, então, diretamente à parte, e não a seu advogado”,12 des-
tacavam, antes da vigência do CPC/2015, Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart. 
Sobre a controvérsia, Guilherme Rizzo Amaral entendia (antes da chegada do 
CPC/2015) que “a intimação, para dar início à contagem do prazo para cumprimento da 
decisão ou sentença, na qual se comina multa diária, deve ser na pessoa do destinatário 
da ordem judicial”. E, sobre as informações que devem constar no mandado, refere que é 
“inadmissível a intimação para o cumprimento, ‘sob pena de multa’, sem que conste o valor 
unitário da astreinte. Em hipóteses como essa, a multa não incidirá, sendo que a fixação a 
posteriori do valor unitário da multa, não retroagirá à data de descumprimento da intimação 
original. Também não incidirá a multa caso não conste do mandado de intimação o prazo 
concebido para o cumprimento da determinação judicial, salvo, é claro, nas hipóteses em 
que o cumprimento deva se dar instantaneamente”.13
9 PROCESSO CIVIL. ASTREINTES. NECESSIDADE DE INTIMAçÃO PESSOAL. A intimação da parte 
obrigada por sentença judicial a fazer ou a não fazer deve ser pessoal, só sendo exigíveis as astreintes 
após o descumprimento da ordem. Recurso especial não conhecido. (REsp 629.346/DF, Rel. Ministro Ari 
Pargendler, Terceira Turma, julgado em 28.11.2006, DJ 19.03.2007, p. 319).
10 PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREQUESTIONAMENTO. 
AUSÊNCIA. DECISÃO COMINATÓRIA. OBRIGAçÃO DE FAZER. ASTREINTES. INTIMAçÃO PESSOAL. 
NECESSIDADE. FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. FALTA DE ATAQUE. SÚMULA 182. - Falta 
prequestionamento quando o dispositivo legal supostamente violado não foi discutido na formação do acórdão 
recorrido. - A parte a quem se destina a ordem de fazer ou não fazer deve ser pessoalmente intimada da 
decisão cominatória, especialmente quando há fixação de astreintes. - É inviável o agravo do Art. 545 do 
CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada. (AgRg no Ag 774.196/RJ, 
Rel. Ministro Humberto Gomes de Barros, Terceira Turma, julgado em 19.09.2006, DJ 09.10.2006, p. 294).
11 VILANOVA, André Bragança Brant. As astreintes: uma análise democrática de sua aplicação no processo 
civil brasileiro. Belo Horizonte: Arraes, 2012. p. 117.
12 MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Manual do processo de conhecimento. 2. ed. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. p. 132.
13 AMARAL, Guilherme Rizzo. As astreintes e o processo civil brasileiro: multa do art. 461 do CPC e outras. 
2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010. p. 145.
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Antes mesmo da edição da Súmula 410, a jurisprudência do Superior Tribunal de 
Justiça14 já vinha decidindo pela imprescindibilidade da intimação pessoal da parte dos 
termos da decisão mandamental, sobretudo, no caso em que são cominadas astreintes 
para o caso de descumprimento. O fundamento utilizado pelo Ministro Luis Fux, relator do 
REsp 692.386/PB,15 para exigência da intimação pessoal seriam as consequências cíveis 
e penais do descumprimento das decisões mandamentais.
14 PROCESSO CIVIL. ASTREINTES. NECESSIDADE DE INTIMAçÃO PESSOAL. A intimação da parte 
obrigada por sentença judicial a fazer ou a não fazer deve ser pessoal, só sendo exigíveis as astreintes 
após o descumprimento da ordem. Recurso especial não conhecido. (REsp 629.346/DF, Rel. Ministro Ari 
Pargendler, Terceira Turma, DJ 19.03.2007). PROCESSUAL E CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUçÃO. 
MULTA COMINATÓRIA. ASTREINTES. INTIMAçÃO PESSOAL. NECESSIDADE. IMPROVIMENTO. I. As 
astreintes somente têm lugar se a parte faltosa, após a sua intimação pessoal, deixa de observar a decisão 
judicial. II. Agravo improvido. Astreintes excluídas. (STJ, AgRg no Recurso Especial nº 1.035.766 - MS, Min. 
Rel. Aldir Passarinho, em 27.10.2009).
15 PROCESSUAL CIVIL. FGTS. EXECUçÃO DE SENTENçA POR OBRIGAçÃO DE FAZER. FGTS. ART. 461 
DO CPC. DESNECESSIDADE DE CITAçÃO DO DEVEDOR. SENTENçA DE CARÁTER MANDAMENTAL.1. Os artigos 461 e 632 do CPC trouxeram à lume no ordenamento processual, de forma expressa, as 
sentenças autoexecutáveis e mandamentais nas condenações de fazer e não fazer, de sorte que não há 
necessidade de citação do executado na exigibilidade judicial dessas pretensões.
2. Isto por que é cediço na doutrina que:
“[...] com o advento do art. 461 do CPC tornou-se inútil o procedimento traçado para essas obrigações (de fazer e 
de não fazer), uma vez que a condenação nessas prestações passou a ser considerada autoexecutável, quando 
oriundas de sentença, isto é, realizável na própria relação de cognição donde proveio o comando condenatório.
Em consequência, de nenhuma valia o recurso ao processo executivo desconcentrado nas hipóteses em 
que a parte pode promover simpliciter et de plano a satisfação do julgado. Nesse sentido é que a reforma 
de 2002 fez inserir uma nova redação ao art. 644 ao dispor: ‘a sentença relativa a obrigação de fazer ou não 
fazer cumpre-se de acordo com o art. 461, observando-se, subsidiariamente, o disposto neste Capítulo’. (NR)
Ressalta evidente que o procedimento nestas espécies de obrigações varia conforme o fazer comporte 
prestação fungível, isto é, realizável por terceiro que não o devedor, ou infungível, em que somente o 
executado pode cumpri-las, inadmitindo meios de sub-rogação. (Luiz Fux. In: Curso de direito processual 
civil. 2. ed. Editora Forense, p. 1373-1374. Grifos nossos).
[...] Com o art. 461, não se exige mais a citação do executado na execução de sentença civil condenatória 
que imponha o cumprimento de obrigação de fazer e não fazer. Tal circunstância afasta a aplicação do art. 
632, que faz referência expressa à citação, já que a execução se processa sem intervalo (fase executiva, 
sem a citação do executado e sem a possibilidade de oposição de embargos do executado).
Não havendo nova citação, nesses casos, não se forma um processo de execução de título judicial fundado 
em sentença civil condenatória de obrigação de fazer e não fazer.” (Paulo Henrique dos Santos Lucon. In: 
Código de Processo Civil interpretado. 1. ed. Editora Atlas, p. 1870-1871. Grifos nossos).
3. In casu, a execução lato sensu se realiza sem intervalo, tendo em vista a força mandamental da sentença que 
condenou a CEF à obrigação de atualizar as contas vinculadas ao FGTS com os índices de correção monetária.
4. Nada obstante, o cumprimento da sentença pressupõe ordem para fazer, o que arrasta a necessidade 
de comunicação in faciem, insubstituível pela publicação no diário oficial. É que na forma dos artigos 234 e 
238 do CPC, as intimações são pessoais quanto ao destinatário, podendo, à semelhança do art. 11 da lei 
do writ, operar-se pelo correio; tanto mais pela própria citação que consubstancia o contraditório, admite 
esta modalidade que a receptiva de vontade.
5. Deveras, as consequências cíveis e penais do descumprimento das decisões mandamentais exigem 
segurança na comunicação da mesma, tornando imperiosa a necessidade de intimação pessoal.
6. Recurso especial parcialmente provido para determinar a intimação pessoal da Caixa na forma análoga 
do art. 11 da Lei 1.533. (REsp 692.386/PB, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 11.10.2005, 
DJ 24.10.2005, p. 193)
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17EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
A denominada “reforma executiva”, trazida pelas Leis nº 11.232/05 e nº 11.382/06, 
deu continuidade ao espírito norteador das primeiras grandes reformas processuais 
(primeira etapa - Leis nº 8.952/94 e nº 9.079/95; segunda etapa - Leis nº 10.352/01 e nº 
10.358/01), no sentido de garantir, de forma mais breve e sem obstáculos processuais, 
o sincretismo16 prático e teórico do processo, sobrepondo-se ao princípio da autonomia
e removendo situações que dificultavam a efetividade da justiça, por meio da entrega da 
tutela jurisdicional adequada, tempestiva e efetiva.
Com o advento da Lei nº 8.952/94, resultou alterado, de forma substancial, o pro-
cedimento executivo. Com a nova redação dada ao art. 461 do CPC, importada de modo 
quase literal do art. 84 do CDC, a sentença que, no processo de conhecimento impõe o 
cumprimento de dever de fazer ou não fazer, deixou de ter força meramente condenatória, 
passando a ser efetivada no próprio processo em que foi proferida.
As mudanças trazidas pela Lei nº 11.232/05 tiveram como finalidade precípua unificar 
os processos de conhecimento e execução, tornando este último um mero desdobramento 
ou continuação do processo de cognição. Com a mudança imprecisa trazida pela reforma, 
dúvidas surgiram em relação ao prazo inicial para cumprimento da obrigação prevista no 
artigo 475-J do CPC. De forma concomitante, surgiu outro interessante debate, desta vez, 
quanto ao dies a quo para executividade das astreintes. A primeira corrente doutrinária e 
jurisprudencial capitaneada pela 3ª17 e 4ª18 Turmas do STJ defende, até os dias atuais, a 
validade da Súmula 410, editada no ano de 2009, pela necessidade de intimação pessoal 
da parte, não sendo válida a intimação na figura do advogado constituído, uma vez que 
tal intimação somente era prevista para atos de postulação, privativos de advogado e que 
independem da atuação pessoal e/ou específica da parte.
Com a reforma advinda da Lei nº 11.232/05, buscou-se a efetividade da prestação 
jurisdicional, prevista no art. 5º, LXXVIII, da CF, ilustrada na realização do direito material, 
por meio da presunção de comunicação dos atos ocorridos no processo, inerente à relação 
advogado-cliente. Ora, se a jurisprudência consolidada admite a possibilidade do advogado 
16 WAMBIER, Luiz Rodrigues. Sentença civil: liquidação e cumprimento. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
2006. p. 419.
17 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ASTREINTES. NECESSIDADE DE INTIMAçÃO 
PESSOAL PARA A COBRANçA DE ASTREINTES. OCORRÊNCIA, NO CASO. SÚMULA 410/STJ. IMPOS-
SIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg 
no REsp 1.403.309/RS, Rel. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Terceira Turma, julgado em 03.03.2016, 
DJe 10.03.2016).
18 PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONSONÂNCIA 
DO ACÓRDÃO RECORRIDO COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE. SÚMULA 83/STJ, NECESSIDADE 
DE INTIMAçÃO PESSOAL DO DEVEDOR PARA A COBRANçA DE ASTREINTES. SÚMULA 410/STJ. 
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA PROBATÓRIA. SÚMULA 7/STJ. RECURSO NÃO PRO-
VIDO. 1. “A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa 
pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”. Súmula 410/STJ. 2. A análise da pretensão 
recursal sobre a alegada inexistência de cumprimento espontâneo da obrigação de fazer pela agravada, 
demandaria a alteração das premissas fático probatórias do acórdão. Incidência da Súmula 7/STJ. 3. Agravo 
regimental não provido. (AgRg no AREsp 414.127/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA 
TURMA, julgado em 23.02.2016, DJe 01.03.2016).
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18 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
ser intimado, em nome da parte, para pagamento da condenação (art. 475-J do CPC), 
inexistem razões para não ser admitido que o advogado seja intimado, em nome da parte, 
para atendimento da obrigação de fazer e não fazer.
Na vigência do CPC/73, Cândido Rangel Dinamarco ressaltava que “diante do total 
silêncio da lei, é imperioso que a intimação seja feita pessoalmente ao obrigado, não ao seu 
patrono, pois se trata de intimar a praticar atos que dependem da atuação pessoal da parte”.19 
Athos Gusmão Carneiro, sabiamente demonstrava que o sistema processual antigo 
obrigava ao credor “bater duas vezes às portas da Justiça para cobrar um só e mesmo crédito”.20
Sobre o desejo do legislador em uniformizar as execuções judiciais, o processualista 
Fredie Didier Júnior ilustra que “tal como numa escalada, a positiva experiência inicial com o 
art. 84 do CDC [...], posteriormente expandidapara o art. 461 do CPC serviu de estímulo para o 
legislador processual adotar as execuções imediatas, em processos sincréticos para as obri-
gações de entrega de coisa, daí derivando, em 2002, o art. 461-A. Por conta deste sucesso e 
visando uniformizar as execuções judiciais, estendendo o modelo sincrético também para o 
procedimento executivo para pagamento de quantia, o legislador criou a Lei nº 11.232/2005”.21
A necessidade de intimação pessoal da parte, e não de seu advogado (Súmula 
410), predominava na jurisprudência no STJ até o julgamento dos embargos de divergência 
857.758/RS, cuja finalidade, como se sabe, é uniformizar a jurisprudência do STF e STJ.
No julgamento do EAg 857.758/RS,22 a Segunda Seção do STJ decidiu que, a partir 
19 DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de direito processual civil: execução forçada. 2. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2005. p. 525.
20 CARNEIRO, Athos Gusmão. Cumprimento da sentença civil. Rio de Janeiro, Forense, 2007. p. 21.
21 DIDIER JÚNIOR, Fredie. A terceira etapa da reforma processual civil. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 106.
22 PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACÓRDÃO QUE 
APRECIA O MÉRITO DO RECURSO ESPECIAL. SÚMULA 315/STJ. NÃO INCIDÊNCIA. OBRIGAçÃO DE 
FAZER OU DE NÃO FAZER. ASTREINTES. EXECUçÃO. INTIMAçÃO DO DEVEDOR. NECESSIDADE. 
INTIMAçÃO POR INTERMÉDIO DO ADVOGADO. POSSIBILIDADE. 1. Os embargos de divergência em 
agravo de instrumento, apresentados contra acórdão que ingressa na apreciação do mérito do recurso 
especial, não encontram óbice na Súmula 315/STJ. Precedentes. 2. A intimação do devedor acerca da 
imposição da multa do art. 461, § 4º, do CPC, para o caso de descumprimento de obrigação de fazer 
ou não fazer, pode ser feita via advogado por que: (i) guarda consonância com o espírito condutor das 
reformas que vêm sendo impressas ao CPC, em especial a busca por uma prestação jurisdicional mais 
célere e menos burocrática, bem como a antecipação da satisfação do direito reconhecido judicialmente; 
(ii) em que pese o fato de receberem tratamento legal diferenciado, não há distinção ontológica entre o 
ato de fazer ou de pagar, sendo certo que, para este último, consoante entendimento da Corte Especial 
no julgamento do REsp 940.274/MS, admite-se a intimação, via advogado, acerca da multa do art. 475-J 
do CPC; (iii) eventual resistência ou impossibilidade do réu dar cumprimento específico à obrigação terá, 
como consequência final, a transformação da obrigação numa dívida pecuniária, sujeita, pois, à multa do 
art. 475-J do CPC que, como visto, pode ser comunicada ao devedor por intermédio de seu patrono; (iv) a 
exigência de intimação pessoal privilegia a execução inespecífica das obrigações, tratada como exceção 
pelo próprio art. 461 do CPC; (v) uniformiza os procedimentos, simplificando a ação e evitando o surgimento 
de verdadeiras “arapucas” processuais que confundem e dificultam a atuação em juízo, transformando-a em 
terreno incerto. 3. Assim, após a baixa dos autos à Comarca de origem e a aposição do “cumpra-se” pelo 
Juiz, o devedor poderá ser intimado na pessoa do seu advogado, por publicação na imprensa oficial, acerca 
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19EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
da vigência da Lei nº 11.232/2005, é desnecessária a intimação pessoal do executado 
para que se inicie o prazo para o cumprimento da obrigação de fazer. Portanto, assim 
como as obrigações de pagar quantia certa, também as obrigações de fazer seriam au-
tomaticamente eficazes, contando-se o prazo de que a parte dispõe para cumpri-las, a 
partir do trânsito em julgado da sentença em primeiro grau, ou da publicação do despacho 
de “cumpra-se”, na hipótese em que a sentença tenha sido impugnada mediante recurso. 
Na oportunidade do julgamento, a Ministra Nancy Andrighi elencou as razões para a 
mudança de entendimento, quais sejam: (i) guarda consonância com o espírito condutor 
das reformas que vêm sendo impressas ao CPC, em especial, a busca por uma prestação 
jurisdicional mais célere e menos burocrática, bem como a antecipação da satisfação do 
direito reconhecido judicialmente; (ii) em que pese o fato de receberem tratamento legal 
diferenciado, não há distinção ontológica entre o ato de fazer ou de pagar, sendo certo 
que, para este último, consoante entendimento da Corte Especial no julgamento do REsp 
940.274/MS, admite-se a intimação, via advogado, acerca da multa do art. 475-J do CPC; 
(iii) eventual resistência ou impossibilidade do réu dar cumprimento específico à obrigação 
terá, como consequência final, a transformação da obrigação numa dívida pecuniária, 
sujeita, pois, à multa do art. 475-J do CPC que, como visto, pode ser comunicada ao 
devedor por intermédio de seu patrono; (iv) a exigência de intimação pessoal privilegia 
a execução inespecífica das obrigações, tratada como exceção pelo próprio art. 461 do 
CPC; (v) uniformiza os procedimentos, simplificando a ação e evitando o surgimento de 
verdadeiras “arapucas” processuais que confundem e dificultam a atuação em juízo, 
transformando-a em terreno incerto”. 
Os Ministros da 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos 
e das notas taquigráficas constantes daqueles autos, prosseguindo o julgamento, após o 
voto-vista antecipado do Sr. Ministro Luis Felipe Salomão, acompanhando o voto da Srª 
Ministra Relatora e dando provimento aos embargos de divergência, por unanimidade, dar 
provimento aos embargos de divergência nos termos do voto da Srª Ministra Relatora. Os 
Srs. Ministros Sidnei Beneti, Luis Felipe Salomão (4ª Turma), Raul Araújo (4ª Turma), Paulo 
de Tarso Sanseverino (3ª Turma), Maria Isabel Gallotti (4ª Turma), Vasco Della Giustina e 
Aldir Passarinho Júnior votaram com a Srª Ministra Relatora. Ausente, ocasionalmente, o 
Sr. Ministro João Otávio de Noronha.
Ao proferir o voto-vista, o Ministro Luis Felipe Salomão, entendendo pela manuten-
ção da Súmula 410 - STJ, referiu que: “Não vejo motivo, destarte, para qualquer modificação 
do dever de cumprir a obrigação, sob pena de multa. Não tendo o devedor recorrido da sentença ou se a 
execução for provisória, a intimação obviamente não será acerca do “cumpra-se”, mas, conforme o caso, 
acerca do trânsito em julgado da própria sentença ou da intenção do credor de executar provisoriamente o 
julgado. Em suma, o cômputo das astreintes terá início após: (i) a intimação do devedor, por intermédio do 
seu patrono, acerca do resultado final da ação ou acerca da execução provisória; e (ii) o decurso do prazo 
fixado para o cumprimento voluntário da obrigação. 4. Embargos de divergência providos. (EAg 857.758/
RS, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Segunda Seção, julgado em 23.02.2011, DJe 25.08.2011).
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20 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
no entendimento consolidado do STJ, no sentido de que o cumprimento da obrigação não 
é ato cuja realização dependa de advogado, mas é ato da parte, conforme preceituado no 
enunciado da Súmula 410 desta Corte. [...] Destarte, a decisão impugnada, de minha lavra, 
proferida antes da edição da referida Súmula, confirmada pela E. 4ª Turma, merece ser 
adequada. Na verdade, no caso concreto, antes da intimação pessoal do devedor, ocorreu 
o adimplemento da obrigação, de maneira que não deve incidir a multa cominatória, objeto 
único da execução já iniciada”.
No entanto, o próprio STJ elucidou o aparente conflito entre a Súmula 410 e o de-
cidido no EAg 857.758, acima referido, ao julgar o REsp 1.121.457/PR,23 em 12.04.2012, 
sendo interessante transcrever alguns trechos relevantes do voto da Ministra Nancy 
Andrighi: “O início do prazo para cumprimento da obrigação de fazer. Duas orientações 
nesta Corte. Enunciado 410 da Súmula/STJ e EAg 857.758/RS. Exegese. Por ocasião 
do julgamento, perante a Segunda Seção desta Corte, dos Embargos de Divergência 
em Agravo nº 857.758/RS (de minha relatoria, DJe de 25.08.2011),ficou consolidado 
o entendimento de que, a exemplo do que ocorre com as obrigações de pagar quantia
certa, também nas obrigações de fazer é possível cientificar a parte, para dar início ao 
cumprimento da obrigação, mediante a intimação de seu advogado, via imprensa oficial”.
Com isso, a eficácia do Enunciado 410 da Súmula/STJ, determinando que “a prévia 
intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo 
descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”, acabou restrita às obrigações regidas 
pelo sistema anterior à reforma, promovida pelas Leis nº 11.232/2005 e nº 11.382/2006. […] 
A nova orientação desta Corte é válida apenas para as causas colhidas pelo novo sistema 
processual. […] Esse foi, inclusive, o motivo pelo qual o Enunciado nº 410, da Súmula/STJ, 
não foi cancelado, não obstante a modificação da orientação jurisprudencial da Corte”.
Posteriormente, em sessão realizada em 07.08.2013, no julgamento do AgRg no 
EDivAgREsp 260.190/RS,24 a Corte Especial do STJ entendeu que “Nas obrigações de fazer 
23 PROCESSO CIVIL. CONDENAçÃO A OBRIGAçÃO DE FAZER. “ASTREINTE”. DIES A QUO. ENUNCIADO 
410 DA SÚMULA/STJ. APARENTE CONFLITO COM O PRECEDENTE FORMADO NO JULGAMENTO DO 
EAG 857.758/RS. HARMONIZAçÃO. DIREITO INTERTEMPORAL. 1. No julgamento do EAg 857.758/RS 
ficou estabelecido que, diante do panorama processual estabelecido a partir da Lei nº 11.232/2005, seria 
desnecessária a intimação pessoal da parte para que se iniciasse o prazo de que disporia para cumprir uma 
obrigação de fazer. A exemplo do que ocorre em obrigações de pagar quantia certa, também às obrigações 
de fazer seriam automaticamente eficazes, contando-se o prazo de que a parte dispõe para cumpri-las antes 
de incidente a multa diária a partir do trânsito em julgado da sentença, em primeiro grau, ou da publicação 
do despacho de “cumpra-se”, na hipótese em que a sentença tenha sido impugnada mediante recurso. 
2. Para as obrigações anteriores ao novo regime processual, contudo, permanece a orientação estabeleci-
da no Enunciado 410 da Súmula/STJ, ou seja: a intimação pessoal da parte é imprescindível para que se 
inicie a contagem do prazo de que dispõe para cumprir a obrigação de fazer ou de não fazer, sem incorrer 
em multa diária. 3. Na hipótese dos autos, a sentença transitou em julgado antes de promulgada a Lei nº 
11.232/2005, de modo que a intimação pessoal da parte seria imprescindível. 4. Recurso especial conhecido 
e não provido. (STJ, Relator: Ministra Nancy Andrighi, Data de julgamento: 12.04.2012, T3 - Terceira Turma).
24 PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. SIMILITUDE FÁTICA. AUSÊNCIA. ACÓRDÃO EM 
SINTONIA COM A ORIENTAçÃO DA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE. SÚMULA 168/STJ. 1. Tendo em vista 
que se trata de duas petições de agravo regimental idênticas e em atendimento ao Princípio da Preclusão 
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21EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
anteriores à vigência da Lei 11.232/2005, a intimação pessoal da parte é imprescindível 
para o início da contagem do prazo de que ela dispõe para cumprir a obrigação de fazer 
ou de não fazer sem incorrer em multa diária”.
Em certos casos, como no julgamento do AgRg no REsp nº 1.491.472/RJ,25 de 
relatoria do Ministro Humberto Martins da 2ª Turma, julgado em 25.11.2014, entendeu-se 
dispensável a intimação pessoal do executado para cumprimento da obrigação de fazer 
imposta em sentença, para fins de aplicação das astreintes.
Por outro lado, na mesma data acima referida, 25.11.2014, a 3ª Turma do STJ, 
no julgamento do AgRg no Agravo de Recurso Especial nº 133.089/RS,26 de relatoria do 
Ministro João Otávio de Noronha, entendeu pela necessidade da intimação pessoal, para 
fins de validade da execução das astreintes.
A dispersão excessiva da jurisprudência num mesmo momento histórico e a mudan-
ça brusca de entendimentos jurisprudenciais que já estavam absolutamente pacificados 
chocam e comprometem profunda e irremediavelmente a segurança jurídica (uniformidade, 
Consumativa, apenas a primeira será analisada. 2. Para o conhecimento dos embargos de divergência, 
cumpre ao recorrente demonstrar que os arestos confrontados partiram de similar contexto fático para atribuir 
soluções jurídicas dissonantes. 3. O acórdão embargado aplicou o entendimento firmado no Enunciado de 
nº 410/STJ na hipótese em que a execução foi ajuizada antes da entrada em vigor da Lei 11.232/05. Já o 
acórdão paradigma afastou a citada súmula embasado no fundamento de que a eficácia desta ficou restrita 
às obrigações regidas pelo sistema anterior à reforma promovida pela lei em questão e a sentença que 
se busca cumprir data de 13.12.2007. 4. Nas obrigações de fazer anteriores à vigência da Lei 11.232/05, 
a intimação pessoal da parte é imprescindível para o início da contagem do prazo de que ela dispõe para 
cumprir a obrigação de fazer ou de não fazer sem incorrer em multa diária. Incidência da Súmula 168/
STJ. 5. Agravo regimental não provido. (AgRg nos EAREsp 260.190/RS, Rel. Ministro Castro Meira, Corte 
Especial, julgado em 07.08.2013, DJe 19.08.2013)
25 PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE ÁGUA. ALEGAçÃO GENÉRICA DE 
OMISSÃO NO ACÓRDÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENçA. ASTREINTES. DESNECESSIDADE DE 
INTIMAçÃO PESSOAL DO EXECUTADO. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM JURIS-
PRUDÊNCIA DO STJ. SÚMULA 83/STJ. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO CONHECIDA. VALOR 
DAS ASTREINTES. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. 1. Não cabe falar em 
ofensa aos arts. 156, 458, incisos II e III, e art. 535 do Código de Processo Civil quando o Tribunal de 
origem pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a questão colocada nos autos. 2. A Corte de origem 
decidiu de acordo com a jurisprudência desta Corte, no sentido de inexigibilidade de intimação pessoal 
do executado para cumprimento da obrigação de fazer imposta em sentença, para fins de aplicação das 
astreintes. Incidência da Súmula 83/STJ. 3. Impõe-se o não conhecimento do recurso especial por ausência 
de prequestionamento, entendido como o indispensável exame da questão pela decisão atacada, apto a 
viabilizar a pretensão recursal. Incidência da Súmula 211/STJ. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 
1.491.472/RJ, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 25.11.2014, DJe 05.12.2014).
26 AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. ASTREINTES. 
CUMPRIMENTO DA OBRIGAçÃO DE FAZER. INTIMAçÃO PESSOAL DO DEVEDOR. NECESSIDADE. 
SÚMULA N. 410/STJ. APLICAçÃO. VIOLAçÃO DO ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. 1. Para o 
cumprimento de decisão judicial, é necessária a intimação pessoal da parte devedora antes da incidência 
das astreintes. 2. Não viola o art. 535 do CPC o acórdão que, integrado pelo julgado proferido nos embar-
gos de declaração, dirime, de forma expressa, congruente e motivada, as questões suscitadas nas razões 
recursais. 3. Agravo regimental desprovido. (AgRg no AREsp 133.089/RS, Rel. Ministro João Otávio de 
Noronha, Terceira Turma, julgado em 25.11.2014, DJe 11.12.2014).
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22 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
estabilidade, previsibilidade, isonomia) gerando indesejável mal-estar social. Isso sem falar 
no descrédito do próprio Poder Judiciário,27 ensina Teresa Arruda Alvim Wambier. 
Como visto, em relação à aplicabilidade da Súmula 410, a jurisprudência ainda 
nos dias atuais permanece instável, controvertida e incoerente, comprometendo a função 
uniformizadora e o papel constitucional do STJ de julgar casos iguais do mesmo modo. 
2. UMA ANÁLISE SISTEMATIZADA DOS FUNDAMENTOS DO CPC/2015 PARA
SUPERAÇÃO DA SÚMULA 410-STJ: A POSSIBILIDADE DE INTIMAÇÃO DO 
ADVOGADO E O FIM DO CAOS JURISPRUDENCIAL
Ao conceituar a efetividade do processo, o ilustre professor Cândido Rangel 
Dinamarco define-a como “aptidão a eliminar insatisfações, com justiça e fazendo cumprir 
o direito, além de valer como meio de educação geralpara o exercício e respeito aos di-
reitos e canal de participação dos indivíduos nos destinos da sociedade e assegurar-lhes 
a liberdade”.28
Mesmo após o julgamento dos EAg 857.75829 e com os esclarecimentos trazidos 
pelo julgamento do REsp 1.121.457/PR em 23.02.2011, a divergência do STJ ainda existe. 
A 1ª30 e 2ª31 Turmas do STJ adotaram o entendimento de que a intimação pessoal para 
27 WAMBIER, Teresa Arruda Alvim (Coord.). Direito jurisprudencial. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012, 
apresentação. 
28 DINAMARCO, Cândido Rangel. A instrumentalidade do processo. 7. ed. São Paulo: Malheiros, 1999. p. 271.
29 Resgatando as notas taquigráficas degravadas, explicou a ministra Gallotti que naquela sessão de julga-
mento a então relatora, ministra Nancy Andrighi, propôs a revisão da súmula pela aplicação analógica do 
regramento das obrigações de pagamento de quantia certa (art. 475-J do CPC/73). Ressaltou, então, que 
os integrantes da Seção se manifestaram contrariamente à revisão da súmula, considerando, em linhas 
gerais, o fato de o legislador ter atribuído regimes jurídicos diversos para as obrigações de pagamento e 
obrigações de fazer ou não fazer. BALZANO, Felice. Mais do mesmo: ainda a Súmula 410 do STJ. REPRO, 
São Paulo: Revista dos Tribunais, v. 42, n. 263, p. 397-426, jan. 2017. p. 407. 
30 ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAçÃO ESPECÍFICA DE FUNDA-
MENTO ADOTADO PELA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ. FASE DE CUMPRIMENTO DE 
SENTENçA. OBRIGAçÃO DE FAZER. DESNECESSIDADE DE INTIMAçÃO PESSOAL DO DEVEDOR 
PARA IMPLEMENTAçÃO DA MULTA COMINATÓRIA. PRECEDENTES. 1. Inviável a apreciação do agravo 
regimental que deixa de atacar especificamente fundamento da decisão agravada, incidindo a Súmula 
182/STJ, quanto à falta de prequestionamento da questão concernente ao valor arbitrado a título de multa 
pela demora no cumprimento da obrigação. 2. “Segundo entendimento do STJ, após a vigência da Lei nº 
11.232/2005, é desnecessária a intimação pessoal do executado para cumprimento da obrigação de fazer 
imposta em sentença, para fins de aplicação das astreintes”. (AgRg no REsp 1.441.939/RJ, Rel. Ministro 
Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 19.05.2014). 3. Agravo regimental parcialmente conhecido 
e, nessa parte, desprovido. (AgRg no AREsp 725.992/RJ, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, 
julgado em 27.10.2015, DJe 09.11.2015).
31 PROCESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ÁGUA. CUMPRIMENTO DE SENTENçA. DESNECESSI-
DADE DE INTIMAçÃO PESSOAL DO EXECUTADO. REVISÃO DAS ASTREINTES. IMPOSSIBILIDADE 
NA ESPÉCIE. SÚMULA 7/STJ. 1. Segundo entendimento do STJ, após a vigência da Lei n. 11.232/2005, 
é desnecessária a intimação pessoal do executado para cumprimento da obrigação de fazer imposta em 
sentença, para fins de aplicação das astreintes. 2. A revisão da multa diária só é cabível quando fixada em 
montante exagerado ou irrisório, o que não ocorreu no caso em apreço, sendo imperiosa, nesse caso, a 
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23EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer poderá se dar na pessoa do advogado, 
desde que a obrigação seja anterior à vigência da Lei nº 11.232/2005.
No julgamento do AgRg no REsp 1.542.044/RJ, pela 2ª Turma do STJ, o Ministro 
Mauro Campbell Marques, ao desprover o agravo regimental, expôs seu entendimento da 
questão, sintetizado na ementa de que: “Segundo entendimento do STJ, após a vigência 
da Lei nº 11.232/2005, é desnecessária a intimação pessoal do executado para cumpri-
mento da obrigação de fazer imposta em sentença, para fins de aplicação das astreintes”.
Não é outro o entendimento da 1ª Turma do STJ, ilustrado pelo Ministro Sérgio 
Kukina, no julgamento do AgRg no REsp 1.548.553/RJ,32 realizado em 27.04.2016, 
ocasião em que concluiu que: “Segundo entendimento do STJ, após a vigência da Lei nº 
11.232/2005, é desnecessária a intimação pessoal do executado para cumprimento da 
obrigação de fazer imposta em sentença, para fins de aplicação das astreintes”.
Ilustramos a divergência também existente em nossos tribunais, em dois casos 
práticos em que se discute a validade da intimação pessoal para cumprimento da obriga-
ção de fazer ou não fazer na pessoa do advogado. Os recursos especiais 70062789938 
(despacho pelo TJRS, em 10.02.2015, e autuado como REsp nº 1.517.588/RS, distribuído 
para o Ministro Raul Araújo da 4ª Turma do STJ - improvido de forma monocrática em 
11.04.2017) e 70065821787 (despacho de 28.09.2015 pelo TJRS e autuado como REsp 
nº 1.564.107/RS, distribuído e já provido, de forma monocrática, pelo Ministro Paulo de 
Tarso Sanseverino da 4ª Turma do STJ, em 16.11.2015) foram admitidos pela 3ª Vice-
-Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, pelo fato de que: 
“O Órgão Julgador, ao solver a lide, afirmou inexistir título executivo hábil a amparar a 
pretensão do recorrente, pois ‘no caso, não houve intimação pessoal da financeira acerca 
da decisão, onde fixada multa diária para o caso de descumprimento da determinação 
de vedação e abstenção da inscrição do financiado em rol de inadimplentes’, consignou, 
assim, o entendimento no sentido da ‘necessidade de intimação pessoal do devedor para 
cumprimento da ordem judicial, conforme Súmula 410/STJ’ (fl. 1.255v). 
aplicação da Súmula 7/STJ. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1.542.044/RJ, Rel. Ministro 
Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 03.09.2015, DJe 17.09.2015).
32 RECURSO FUNDADO NO CPC/73. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE IMPUG-
NAçÃO ESPECÍFICA DE FUNDAMENTO ADOTADO PELA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 182/STJ. 
FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENçA. OBRIGAçÃO DE FAZER. DESNECESSIDADE DE INTIMA-
çÃO PESSOAL DO DEVEDOR PARA IMPLEMENTAçÃO DA MULTA COMINATÓRIA. PRECEDENTES. 
1. Inviável a apreciação do agravo regimental que deixa de atacar especificamente fundamento da decisão
agravada, incidindo a Súmula 182/STJ, quanto à falta de prequestionamento da questão concernente ao 
valor arbitrado a título de multa pela demora no cumprimento da obrigação. 2. “Segundo entendimento 
do STJ, após a vigência da Lei nº 11.232/2005, é desnecessária a intimação pessoal do executado para 
cumprimento da obrigação de fazer imposta em sentença, para fins de aplicação das astreintes”. (AgRg no 
REsp 1.441.939/RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 19.05.2014). 3. Agravo 
regimental parcialmente conhecido e, nessa parte, desprovido. (AgRg no REsp 1.548.553/RJ, Rel. Ministro 
Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 19.04.2016, DJe 27.04.2016).
JPMiolo.indb 23 16/06/2017 14:37:13
24 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
O recorrente, por sua vez, alegou que a intimação judicial da parte acerca da 
imposição de uma obrigação de fazer, mediante a fixação de astreintes, não necessita 
obrigatoriamente ser pessoal, podendo ser feita na figura de seu procurador, por meio da 
imprensa oficial, tal como ocorreu no caso em tela (fls. 1.276-1.286). E o referido enten-
dimento, como bem se observa, encontra guarida na jurisprudência do Superior Tribunal 
de Justiça, tendo sido referidos os julgados: EAg 857.758/RS, Segunda Seção, Rel. Min. 
Nancy Andrighi, DJe 25.08.2011; AgRg no Ag 1.408.000/RJ, Rel. Min. Sérgio Kukina, Pri-
meira Turma, DJe 11.02.2015; e AgRg no REsp 1.502.270/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, 
Segunda Turma, DJe 24.05.2015. Assim, uma vez caracterizado o dissídio interpretativo 
alegado pelo recorrente, viável se mostra a submissão da inconformidade à Corte Superior. 
“[...] Ante o exposto, ADMITO o Recurso Especial. Oportunamente, remetam-se os autos ao 
Superior Tribunal de Justiça. Intimem-se. Des. Francisco José Moesch, 3º Vice-Presidente”.
Esta interpretação divergente do STJ gera a tão criticada insegurança jurídica do 
sistema processual brasileiro. Dessa forma, nada impede que o colegiado, ao revolver a 
matéria, firme um novo posicionamento díspar daqueles atéentão existentes no âmbito 
daquela Corte. O que realmente importa é a pacificação definitiva da questão. Comunga-
mos do entendimento de que, ante as inúmeras reformas processuais para alcance da tão 
almejada efetividade da jurisdição junto ao processo executivo, inclusive pelas mudanças 
relacionadas ao tema pelo CPC/2015, ilustrados pelas decisões das 1ª e 2ª Turmas do 
STJ, sejam consolidadas por meio da elaboração de uma nova súmula, contendo os 
esclarecimentos necessários para afastar a divergência jurisprudencial existente não só 
no STJ, como em todos os Tribunais de Justiça da Federação.33 A título de sugestão, a 
33 Admitindo a possibilidade de intimação do advogado: APELAçÃO CÍVEL. PROMESSA DE COMPRA E 
VENDA. EXECUçÃO DE SENTENçA. ASTREINTES. IMPUGNAçÃO. INTIMAçÃO PESSOAL DO DEVE-
DOR. DESNECESSIDADE. HARMONIZAçÃO PRODUZIDA ENTRE O ENUNCIADO 410 DA SÚMULA DO 
STJ E OS JULGADOS NO EAG Nº 857.758 E RESP Nº 1.121.457. 1. Nas decisões que fixam astreintes 
e transitadas em julgado após a vigência da Lei nº 11.232/2005, é desnecessária a intimação pessoal da 
parte para que se inicie o prazo de que dispõe para cumprir uma decisão de obrigação de fazer, antes de 
incidente a multa diária fixada. 2. Para as obrigações anteriores a vigência da Lei nº 11.232/2005, contudo, 
deve prevalecer a orientação estabelecida no Enunciado 410 da Súmula do STJ, qual seja, a necessidade 
de intimação pessoal da parte. 3. Novo entendimento do STJ, consolidado nos julgamentos dos EAg 857.758 
e REsp 1.121.457 que passo a adotar, modificando anterior posicionamento. 4. Na hipótese dos autos, a 
decisão que fixou as astreintes transitou em julgado após a vigência da Lei nº 11.232/2005, de modo que 
basta a intimação da parte por meio do seu advogado constituído nos autos. Recurso provido. (Apelação Cível 
nº 70063388268, 17ª Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em 
26.03.2015); AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENçA. IMPUGNAçÃO. OBRIGAçÃO 
DE FAZER. EXECUçÃO DE ASTREINTES. DESNECESSIDADE DE INTIMAçÃO PESSOAL DO DEVEDOR 
PARA O ADIMPLEMENTO DA OBRIGAçÃO. RELATIVIZAçÃO DA SÚMULA 410 DO PELO PRÓPRIO STJ 
EM HIPÓTESES POSTERIORES À LEI N. 11.232/05. NECESSIDADE DE IMPRIMIR CELERIDADE AOS 
FEITOS COMO ATENDIMENTO À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA RAZOÁVEL DURAçÃO DO PRO-
CESSO. REGULARIDADE DA INTIMAçÃO DA PARTE POR MEIO DE ADVOGADO COM CAPACIDADE 
POSTULATÓRIA. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO. “Conforme assentado pela 2ª Seção deste 
STJ, diante do panorama processual estabelecido a partir da Lei 11.232/2005, a intimação da parte devedora 
para cumprimento de obrigação de fazer, sob pena de multa diária, pode ser realizada na pessoa do seu 
advogado, via imprensa oficial” (AgRg no AREsp 102.561/RS, Terceira Turma, Rel. Ministra Nancy Andrighi, 
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25EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
referida súmula poderia ser elaborada da seguinte maneira: “Nas obrigações de fazer ou 
não fazer posteriores à vigência da Lei nº 11.232/2005, é válida a intimação pessoal do 
advogado, para o início da contagem do prazo para cumprimento da obrigação, sob pena 
de incidência da multa previamente fixada”.
Pois bem, no espírito da sugestão acima exposta e tendo como origem o recurso 
nº 70065821787, interposto perante o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do 
Sul, em 28.09.2015, autuado junto ao STJ como REsp 1.564.107,34 resultou provido, de 
j. em 26.06.2012). (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2014.022865-6, de Criciúma, rel. Des. Eládio Torret 
Rocha, j. 08.10.2015). Admitindo a necessidade de intimação da parte em consonância com a Súmula 410 
do STJ: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. CUMPRIMENTO DE SENTENçA. 
MULTA POR DESCUMPRIMENTO. MANUTENçÃO. NECESSIDADE DE INTIMAçÃO DO AGRAVANTE 
SOBRE A INCIDÊNCIA DA MULTA. Como se sabe, a multa em apreço é prevista no artigo 461, § 4º e 
§ 5º, do Código de Processo Civil e consiste em providência destinada a compelir o devedor a cumprir a 
obrigação reconhecida em Juízo. A multa possui caráter coercitivo, com a finalidade de alcançar o bem da 
vida já reconhecido pelo Judiciário. Logo, muito embora o prazo inicialmente fixado em sentença não tenha 
sido cumprido pelo agravante, a natureza jurídica do instituto é incompatível com a sua aplicação retroativa, 
pois assim serviria apenas como punição, o que é vedado pelo ordenamento. Conforme a Súmula 410 do 
Superior Tribunal de Justiça, as astreintes somente são exigíveis a partir da intimação pessoal do executa-
do. Deram parcial provimento ao recurso. Unânime. (Agravo de Instrumento nº 70064618655, 6ª Câmara 
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luís Augusto Coelho Braga, julgado em 24.09.2015); AGRAVO 
DE INSTRUMENTO. AçÃO CIVIL PÚBLICA. ASTREINTES. TERMO INICIAL DA INCIDÊNCIA. MOMENTO 
DA INTIMAçÃO PARA CUMPRIR A OBRIGAçÃO. DESPROVIMENTO DO AGRAVO. - “Tratando-se de 
astreintes fixadas em obrigação de fazer, sua incidência tem início com a intimação pessoal do devedor 
para cumprimento da obrigação, conforme preceituado na Súmula 410 do Superior Tribunal de Justiça, 
que dispõe”. (TJPB - Acórdão/Decisão do Processo nº 20113515420148150000, 1ª Câmara Especializada 
Cível, Relator Des. Leandro dos Santos, j. em 14.07.2015) (TJ-PB - AI 2011351-54.2014.815.0000, Relator 
Des. Leandro dos Santos, data de julgamento: 14.07.2015, 1 Cível).
34 RECURSO ESPECIAL Nº 1.564.107/RS (2015/0273511-4) DECISÃO [...]. Segundo entendimento pacificado 
desta Corte, não há necessidade de intimação pessoal do executado para cumprimento de sentença de 
obrigação de fazer, a fim de viabilizar a cominação da pena de multa diária, bastando a intimação do advogado 
via imprensa oficial. A propósito: “ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO 
RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS À EXECUçÃO. EXIGIBILIDADE DAS ASTREINTES. CUMPRIMENTO 
DE SENTENçA. DESNECESSIDADE DE INTIMAçÃO PESSOAL DO EXECUTADO. AGRAVO REGIMEN-
TAL DO ESTADO DO AMAZONAS DESPROVIDO. 1. É desnecessária a intimação pessoal do executado 
para cumprimento da obrigação de fazer imposta em sentença, para fins de aplicação das astreintes (AgRg 
no REsp 1.441.939/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 19.05.2014). 2. Agravo Regimental do 
Estado do Amazonas desprovido”. (AgRg no REsp 1.463.935/AM, Primeira Turma, Rel. Ministro Napoleão 
Nunes Maia Filho, DJe 07.04.2015). [...] Esclareço que a eficácia do Enunciado 410 da Súmula/STJ, que 
determinava que “a prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança 
de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”, acabou restrita às obrigações regidas 
pelo sistema anterior à reforma promovida pelas Leis nº 11.232/2005 e nº 11.382/2006. A propósito: “PRO-
CESSUAL CIVIL. FORNECIMENTO DE ÁGUA. CUMPRIMENTO DE SENTENçA. DESNECESSIDADE DE 
INTIMAçÃO PESSOAL DO EXECUTADO. REVISÃO DAS ASTREINTES. IMPOSSIBILIDADE NA ESPÉCIE. 
SÚMULA 7/STJ. 1. Segundo entendimento do STJ, após a vigência da Lei n.11.232/2005, é desnecessária 
a intimação pessoal do executado para cumprimento da obrigação de fazer imposta em sentença, para fins 
de aplicação das astreintes. 2. A revisão da multa diária só é cabível quando fixada em montante exagerado 
ou irrisório, o que não ocorreu no caso em apreço, sendo imperiosa, nesse caso, a aplicação da Súmula 7/
STJ. 3. Agravo regimental não provido”. (AgRg no REsp 1.542.044/RJ, Segunda Turma, Rel. Ministro Mauro 
Campbell Marques, DJe 17.09.2015). Desta forma, o entendimento do Tribunal de origem encontra-se em 
JPMiolo.indb 25 16/06/2017 14:37:13
26 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
forma monocrática, pelo Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, na data de 11.11.2015, tendo 
aceitado a validade da intimação pessoal na pessoa do advogado e esclarecendo que 
“a eficácia do Enunciado 410, da Súmula/STJ, que determinava que ‘a prévia intimação 
pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança demulta pelo descum-
primento de obrigação de fazer ou não fazer’, acabou restrita às obrigações regidas pelo 
sistema anterior à reforma promovida pelas Leis nº 11.232/2005 e nº 11.382/2006. [...] 
Desta forma, o entendimento do Tribunal de origem encontra-se em desconformidade com 
a jurisprudência desta Corte Superior. Ante o exposto, com fundamento no art. 557, § 1º-A, 
do CPC c/c art. 1º, I, a, da Res. STJ nº 17/2013, dou provimento ao Recurso Especial para 
restabelecer a multa diária, tendo em vista a desnecessidade de intimação pessoal”. De tal 
decisão a instituição financeira interpôs Agravo Regimental, o qual foi distribuído ao Ministro 
Luis Felipe Salomão, que, em flagrante exemplo de insegurança jurídica reconsiderou a 
decisão proferida pelo Ministro Paulo de Tarso Sanseverino que havia provido o recurso 
especial, sob o fundamento de que a Súmula 410 do STJ estaria vigente, mesmo após a 
chegada da Lei 11.232/2005 e após a vigência do CPC/2015.
Deparamo-nos com a aplicação da Súmula nº 410/STJ, tanto às controvérsias 
anteriores como posteriores35 à edição da Lei nº 11.232/2005, fator que fragiliza a segu-
rança jurídica.
Sobre a necessidade de que a interpretação dos dispositivos alterados seja pensada 
no mesmo espírito da reforma processual, José Miguel Garcia Medina leciona que isso 
“exige do processualista um novo modo de pensar, distinto daquele apegado a premissas 
dogmáticas antigas, que influenciavam o sistema jurídico de outrora. Por isso, não é possível 
analisar um problema novo, valendo-se de uma metodologia antiga, assim como não se 
desconformidade com a jurisprudência desta Corte Superior. Ante o exposto, com fundamento no art. 557, 
§ 1º-A, do CPC c/c art.1º, I, a, da Res. STJ nº 17/2013, dou provimento ao recurso especial para restabelecer
a multa diária, tendo em vista a desnecessidade de intimação pessoal. P. e I. Brasília (DF), 11 de novembro 
de 2015. Ministro Paulo de Tarso Sanseverino Ministro Designado (Portaria n. 435/STJ de 20.08.2014).
35 AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. ASTREINTES. REVISÃO DO VALOR. POSSIBILIDADE. 
INEXISTÊNCIA DE VIOLAçÃO A COISA JULGADA. INTIMAçÃO PESSOAL. NECESSIDADE. SÚMULA 
410/STJ. DECISÃO AGRAVADA MANTIDA. IMPROVIMENTO. 1 - A jurisprudência desta Corte orienta 
que “o legislador concedeu ao juiz a prerrogativa de impor multa diária ao réu com vista a assegurar o 
adimplemento da obrigação de fazer (art. 461, caput, do CPC), bem como permitiu que o magistrado afaste 
ou altere, de ofício ou a requerimento da parte, o seu valor quando se tornar insuficiente ou excessiva, 
mesmo depois de transitada em julgado a sentença, não se observando a preclusão ou a coisa julgada, 
de modo a preservar a essência do instituto e a própria lógica da efetividade processual (art. 461, § 6º, do 
CPC)”. (AgRg no AREsp 195.303/SP, Rel. Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 28.05.2013, 
DJe 12.06.2013). 2 - A Segunda Seção desta Corte, no julgamento do REsp 1.349.790/RJ, da Relatoria da 
Ministra Maria Isabel Gallotti, confirmou o entendimento da Súmula 410 desta Corte, consignado que “a 
intimação do conteúdo da sentença, em nome do advogado, para o cumprimento da obrigação de pagar, 
realizada na forma do art. 475-J do CPC, não é suficiente para o início da fluência da multa cominatória 
voltada ao cumprimento da obrigação de fazer”. 3 - O agravo não trouxe nenhum argumento novo capaz 
de modificar o decidido, que se mantém por seus próprios fundamentos. 4 - Agravo Regimental improvido. 
(AgRg nos EDcl no REsp 1.459.296/SP, Rel. Ministro Sidnei Beneti, Terceira Turma, julgado em 19.08.2014, 
DJe 01.09.2014).
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27EFETIVIDADE E UNIFICAçÃO DOS REGIMES JURÍDICOS EXECUTIVOS PELO CPC/2015
podem empregar os antigos conceitos jurídicos para explicar os novos fenômenos”.36 E, 
após a vigência do CPC/2015, complementa, lecionando que “a intimação para cumprimento 
de sentença, na sistemática do CPC/2015, realiza-se na pessoa do advogado do devedor, 
como regra (cf. art. 513, § 2º, I - CPC/2015). Essa regra deve ser observada, qualquer 
que seja a modalidade de cumprimento de sentença (isso é, para cumprimento de dever 
de pagar quantia e também do dever de fazer, não fazer ou entregar coisa), restando sem 
aplicação, à luz da nova lei processual, o disposto na Súmula 410 do STJ”.37 
Ao analisarmos a jurisprudência atual do STJ, verificamos uma divisão de entendi-
mentos. Conforme anteriormente referido, tanto a 3ª quanto a 4ª Turma do STJ, entendem 
pela necessidade da intimação pessoal da parte para que se dê o início da contagem da multa.
No julgamento do AgRg no REsp 1.565.710/SE,38 já na vigência do CPC/2015, rea-
lizado na data de 22.06.2016, pela 3ª Turma do STJ, referiu o Ministro Moura Ribeiro que: 
“Nos termos da orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, sedimentada na 
Súmula nº 410, a prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para 
a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”.
A 4ª Turma do STJ também entende pela obrigatoriedade da intimação pessoal 
do executado, para fins de executividade das astreintes, o que podemos ilustrar pelo 
julgamento do AgRg no Recurso Especial nº 1.259.764/MG,39 de relatoria do Ministro Luis 
Felipe Salomão, julgado em 05.06.2014, e no AgInt no AgRg no REsp nº 1.523.884/SP,40 
36 MEDINA, José Miguel Garcia. Execução civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. p. 25.
37 Idem. Novo Código de Processo Civil comentado: com remissões e notas comparativas ao CPC/1973. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. p. 858.
38 PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. ASTREINTES. NECESSIDA-
DE DE INTIMAçÃO PESSOAL DO DEVEDOR. SÚMULA Nº 410 DO STJ. PRECEDENTES. RECURSO 
MANEJADO SOB A ÉGIDE DO CPC/73. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Inaplicabilidade do NCPC neste 
julgamento ante os termos do Enunciado Administrativo nº 2 aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 
09.03.2016: Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/73 (relativos a decisões publicadas até 17 
de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as inter-
pretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 2. Nos termos da orientação 
jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, sedimentada na Súmula nº 410, a prévia intimação pessoal 
do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de 
fazer ou não fazer. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1.565.710/SE, Rel. Ministro Moura 
Ribeiro, Terceira Turma, julgado em 16.06.2016, DJe 22.06.2016).
39 AGRAVO REGIMENTAL. OBRIGAçÃO DE FAZER. MULTA COMINATÓRIA. INTIMAçÃO PESSOAL. 
NECESSIDADE. MERA REPETIçÃO DOS ARGUMENTOS DO RECURSO ESPECIAL NAS RAZÕES 
RECURSAIS DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. A parte a quem se destina a ordem de fazer ou não fazer 
deve ser pessoalmente intimada da decisão cominatória, especialmente quando há fixação de astreintes. 
Precedentes. 2. Ao repisar os fundamentos do recurso especial, a parte agravante não trouxe, nas razões 
do agravo regimental, argumentos aptos a modificar a decisão agravada, que deve ser mantida por seus 
próprios e jurídicos fundamentos. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1.259.764/MG, Rel. 
Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 05.06.2014, DJe 13.06.2014).
40 PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXCE-
çÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ASTREINTES. TERMO INICIAL. INTIMAçÃO PESSOAL DO DEVEDOR. 
NECESSIDADE. SÚMULA 410/STJ. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Tratando-se de astreintes fixadas em 
obrigação de fazer, sua incidência tem início com a intimação pessoal do devedor para cumprimento da 
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28 JURIS PLENUM - Ano XIII - número 76 - julho de 2017 - Destaque
julgado após a vigência do CPC/2015, tendo o Ministro Raul Araújo entendido, na data de 
01.07.2016, que: “Tratando-se de astreintes fixadas em obrigação

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