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1 Beatriz Machado de Almeida Endocrinologia – Aula 5 Introdução • Definição: Doença esquelética silenciosa (muitas vezes o paciente procura o médico devido a dores ósseas, como dor na coluna ou nas pernas, associando isso a osteoporose, mas ... na realidade, a osteoporose não dói!). Caracterizada por resistência comprometida, predispondo a um risco aumentado de fraturas. • Resistência óssea reflete a integração de dois fatores: densidade óssea (grama de osso por cm²) e qualidade óssea. • A osteoporose, em geral, é silenciosa, mas pode vir a doer quando se tem uma fratura osteoporótica ou abaulamento da vértebra. O principal objetivo no tratamento da osteoporose é evitar que esse paciente tenha uma fratura. Antigamente existia um tratamento com fluoreto de sódio para tratar a densidade óssea e começou a perceber que melhorava a densidade óssea e não tinha diminuição do risco de fratura. Pois, esse osso de densidade aumentada era de baixa qualidade. O PRINCIPAL PROBLEMA DA OSTEOPOROSE É O FATOR DE RISCO PARA FRATURA! • Fator de risco para fratura (devido ao comprometimento da resistência óssea). • Desordem esquelética mais comum. • Regiões mais precocemente atingidas: ossos trabeculares (vértebras dorsais e lombares) e região distal do rádio (Colles) • Mais tardiamente: regiões de osso cortical – colo femoral, transtrocantéricas. É importante lembrar que o osso basicamente tem osso trabecular, que é aquele osso mais esponjoso (encontrando-se mais a nível de coluna, tendo um metabolismo bem acelerado), e o osso cortical, que é aquele osso mais endurecido, relacionado com ossos mais longos, como o fêmur, úmero (tem um metabolismo do cálcio com uma velocidade um pouco mais lenta do que o osso trabecular). Quando se avalia uma osteoporose em mulheres, ela acontece logo depois da menopausa, e osso que perde a densidade mais rápido é o trabeculado. Já em homens acima de 70 anos será a de osso cortical. • Mulheres mais propensas. • Alta morbidade, redução da independência. • Mortalidade de 20% após fratura de quadril. Não se refere isoladamente a fratura, até porque a morte geralmente vem depois de 1-2 anos, sendo relacionada a uma série de coisas. Por ser uma doença que não apresenta sintomas, muitas vezes ela vai se manifestar como uma fratura. Como é uma doença que em grande parte se manifesta com o avançar da idade, ter uma queda/fratura vai fazer com que a recuperação seja mais lenta, levando à morbidade e a perda da independência. Tecido ósseo • Tecido especializado em constante renovação/remodelação, responsável pela sustentação do esqueleto. • Pico massa óssea – nascimento até 3º década da vida (em torno dos 20-25 anos). Se na fase inicial da vida exista algo que interfira no ganho dessa massa óssea, que contribua para que não se atinja o pico adequado, provavelmente vai haver um maior risco de osteoporose no futuro. Portanto, é importante que se atinja o pico da massa óssea na idade adequada. • Fatores que influenciam: raciais, genéticos, nutricionais (dieta inadequada), hormonais, atividade física (sedentarismo é fator de risco). Um indivíduo com baixo peso muitas vezes está relacionado com um maior risco de osteoporose, principalmente por não ter feito um pico de massa óssea adequada, como também pela provável deficiência da ingesta de cálcio e/ou de vitamina D. Além disso, existem outras alterações que podem contribuir para que esse pico de massa óssea não ocorra de forma adequada. Cuidado com o café, viu gente? (Isso, com certeza, foi a pior informação que eu já ouvi na aula ) Osteoporose 2 Beatriz Machado de Almeida Endocrinologia – Aula 5 Fisiologia No organismo, existem predomínios de determinados tipos de ossos, a depender do local. O osso possui a parte trabecular (mais vascularizada, mais porosa, troca metabólica bem acentuada). O osso cortical situa-se na região mais externa do osso (Ex. úmero e fêmur possuem predomínio de osso cortical). • Osso cortical – camada externa. • Osso esponjoso ou trabecular – camada interna – interior dos ossos longos e esqueleto axial. • Osso: predomina colágeno tipo 1 onde se deposita o cálcio sob a forma de cristais de hidroxiapatita. Osteoblastos – formação da matriz óssea A formação e metabolização óssea se dá a partir dos osteoblastos (produtores de osso) e os osteoclastos (iniciam a degradação óssea). O osso começa com a partir da degradação, que funciona e estimula mais. Primeiramente acontece uma reabsorção óssea pelo osteoclasto e depois o osteoblasto trabalha naquele osso que foi reabsorvido, funcionando. Em uma pessoa adulta, há o equilíbrio entre essa atividade osteoclástica e a atividade osteoblástica. Na fase senil isso vai se perdendo à medida que a atividade osteoclástica tem um predomínio. Osteoblastos x osteoclastos Remodelação x reabsorção É interessante salientar que o osteoclasto começa a fazer esse efeito de reabsorção óssea e o osteoblasto compensa essa ação com a remodelação. Entretanto, esse equilíbrio é perdido na fase mais senil, quando a atividade osteoclástica tem predomínio em relação à atividade osteoblástica. Na osteoporose, ocorre um predomínio na reabsorção óssea, e a remodelação não ocorre de forma rápida e eficiente como esperada. Força óssea A densidade óssea (grama/cm²) e a qualidade são muito importantes nesse processo. Dentro de qualidade óssea pode-se destacar: arquitetura do osso, mineralização em relação a celularidade e atuação do colágeno (faz bastante diferença). Causas • Acontece principalmente pelo predomínio de reabsorção óssea através de osteoclastos sobrepondo os osteoblastos. Podem se dividir em: • Primária: • Tipo 1 → Pós menopausa – alta reabsorção óssea. O estrogênio tem um efeito protetor, e quando a mulher perde esse estrogênio, existe um aumento muito grande da reabsorção óssea, e muitas vezes em 5-10 anos pode evoluir para uma osteoporose. • Tipo II → senil - diminuição da atividade osteoblástica. Esse tipo pode ocorrer tanto na mulher (independente do estrógeno) quanto no homem. 3 Beatriz Machado de Almeida Endocrinologia – Aula 5 Primeiramente aparece a pós menopausa e depois a senil, quando o homem ou mulher passam dos 70 anos. O homem não desenvolve a tipo I (tem a osteoporose senil ou secundária), que ocorre logo após os 50 anos. A tipo II geralmente ocorre após os 70 anos. Quando a mulher passa dos 70 anos, ela tem um predomínio da osteoporose senil. • Secundária: • Medicamentos: uso crônico de corticoides (O PRINCIPAL), heparina, lítio, anti retrovirais, anti virais, diuréticos, L tiroxina (dose em excesso). Quando o hormônio tireoidiano é utilizado para reposição, não se tem esse risco, ou seja, esse risco só ocorre se houver excesso de medicação. • Endócrinas: hipertireoidismo, síndrome de Cushing, hiperparatireoidismo (tira o cálcio do osso), hipogonadismo. • Metástases ósseas de câncer. • O gráfico mostra como é o ganho normal de massa óssea durante os anos. Observa-se que todos os indivíduos vão ganhando massa óssea ao longo da vida, até chegar na terceira década, e posteriormente ocorre um declínio, devido à perda de massa óssea, • Exemplo: se uma pessoa inicia uma dieta pobre em cálcio e diminui o aporte de Vit D a curva vai modificando, e chega em um pico que pode ser até menor. • Depois de uma certa idade vai se perdendo massa óssea, e em torno dos 70 anos que entra em um limiar de fraturas. O problema é que a mulher perde muita massa óssea pela alta velocidade de reabsorção óssea que acontece pela deficiência do estrogênio. • O próprio tratamento da doença já começa desde a infância, oferecendo alimentos ricos em cálcio. Fatores de risco • Não modificáveis: idade(acima de 70 anos), sexo (feminino), genética, etnia (pessoas brancas). • Modificáveis: sedentarismo, deficiências nutricionais, hábitos de vida (cafeína – acima de 200 mg), tabagismo e etilismo), hipogonadismo, imobilização. A obesidade é um fator de ¨proteção¨ da osteoporose, ou seja, indivíduos obesos são menos propensos a desenvolverem osteoporose. Fatores de risco para fraturas Gênero, aumento da idade, diminuição do IMC, etnia, fratura, artrite reumatoide, osteoporose, corticoide, tabagismo, álcool, diminuição da DEXA. OBS: Quanto maior o IMC menor o risco de osteoporose. Avaliação clínica • Paciente assintomático: O diagnóstico geralmente é inesperado, o paciente vai ao consultório com outras queixas. • Cifose e perda estatural (muitas vezes existe um colapso das vértebras, e isso pode impactar na diminuição da altura). • Dor ou deformidade – associadas às fraturas. • Anamnese → história reprodutiva (menarca, gestações, ciclos menstruais e idade à menopausa - importante). 4 Beatriz Machado de Almeida Endocrinologia – Aula 5 Uma das coisas que contribui e é fator de risco bastante importante relacionada à osteoporose é a menopausa precoce. É importante avaliar história de cirurgia bariátrica. Quando bem indicada, é uma excelente ferramenta para o tratamento da obesidade e do diabetes. Porém, se as reposições não forem feitas adequadamente, esse paciente tem um maior risco de osteoporose. • Padrão nutricional – ingestão de cálcio – exposição ao sol. • Tabagismo, uso de álcool. • Antecedentes mórbidos – hipertireoidismo, diarreia crônica, uso de corticoide e outras medicações. A história clínica não é tão rica! É preciso ficar atento aos fatores de risco. Importante sempre procurar a Osteoporose secundária. Avaliação laboratorial • Identificar causas secundárias de osteoporose: mesmo que a idade seja compatível, possa ser que a osteoporose não seja desencadeada pela idade, mas sim devido a causas secundárias. • Cálcio, hemograma, 25 hidroxi vitamina D, PTH: mais solicitada na prática clínica. • Marcadores bioquímicos de remodelação óssea: osteocalcina, fosfatase alcalina (mais solicitado, é um marcador de formação óssea - total ou específica), pró-peptídeos do colágeno tipo 1, C- telopeptídeo. ❖ Entra para avaliar se há uma reabsorção óssea importante. ❖ Às vezes, os marcadores entram no acompanhamento, ao se estipular o tratamento, analisando se o mesmo é ou não eficaz. Densitometria óssea (DO) É o principal exame, que fecha o diagnóstico de osteoporose. Apesar de usar raio X, a densitometria é um exame pouco radioativo. Porém, ela não diferencia se é um osso trabecular ou cortical. Sempre que o exame é solicitado, pede-se densitometria de coluna lombar (osso+ trabecular) e fêmur (osso mais cortical), pois é importante avaliar pelo menos em 2 sítios para saber como encontra-se o paciente em relação à densidade óssea. Alguns pacientes, antes de fazer a cirurgia bariátrica, costuma-se solicitar uma densitometria óssea, pois se quer avaliar, após a cirurgia, como está sendo a perda de massa óssea. O aparelho que realiza esse exame normalmente suporta até 150kg, então em muitos pacientes não se consegue realizá-lo. Então, nesses casos, a alternativa é utilizar o antebraço. Objetivo – determinar a densidade mineral óssea. • Coluna lombar (L1-L4), fêmur total e colo do fêmur. • Antebraço (radio distal ou 33%). Ele vai ser dado em Z e T escore. • Z escore → Compara densidade óssea de indivíduos da mesma idade. Ele avalia se o paciente tem BAIXA massa óssea, e se considera um desvio de -2. MASSA ÓSSEA BAIXA ≠ OSTEOPOROSE • T escore → Compara densidade óssea com adultos jovens (20 a 30 anos). O diagnóstico de osteoporose na densitometria óssea é dado pelo T escore. O Z escore não é utilizado para o diagnóstico da osteoporose, mas sim para identificar se o paciente tem uma massa óssea compatível para a sua idade, sendo utilizado em paciente mais jovens, ou seja, paciente com menos de 50 anos. Não é possível dizer se esse paciente possui uma baixa densidade óssea. Quando se faz densitometria em um paciente com menos de 50 anos de idade, não se utiliza o T score; usa só o Z escore, porém, não tem como dizer se ele tem ou não osteoporose. Doenças degenerativas e fraturas podem elevar falsamente a DMO. Portanto, alguns pacientes que tem muita artrose na coluna, às vezes é interessante fazer a densitometria de antebraço, para que não se tenha um resultado falso. Muitas vezes o paciente tem o Z escore normal e o T escore alterado, e é nisso que devemos prestar atenção. 5 Beatriz Machado de Almeida Endocrinologia – Aula 5 Imagem 1: representação do aparelho de densitometria óssea, que se assemelha a um tomógrafo. A radioatividade desse exame é inferior à de um raio X simples. A densidade é dada em mg/cm². O ideal é que se faça em 2 sítios com predomínio ósseo distinto. Gráfico: observa-se a massa óssea de um fêmur total. A linha tracejada indica a média de pico de massa óssea. Quando o paciente se encontra -1DP, ele não tem nada. Entretanto, quando ele tem -2,5DP, ele tem osteoporose. Aqui é como se vem um laudo de densitometria óssea, Nesse caso, o paciente tem osteopenia. • Geralmente, só se analisa o Z escore em uma população mais jovem (ex. adolescente e adultos jovem). • Em um paciente que realizou cirurgia bariátrica, o Z escore é importante fator a ser avaliado. OSTEOPENIA X OSTEOPOROSE: QUAL A DIFERENÇA? A Osteopenia é a parte intermediária entre a densidade óssea considerada normal para a osteoporose. Nem sempre é necessário o uso de medicamentos para tratar. OBS: a avaliação é feita com o T Escore Interpretação O T escore só terá validade para homens com mais de 50 anos e mulheres na pós menopausa ou climatério. T escore: • Até -1 → Normal. • De -1, 01 até - 2,49 → osteopenia ou baixa massa óssea. • < ou = - 2,5 → Osteoporose. Se possível, fazer o exame sempre na mesma máquina, pois a calibragem pode ser diferente de uma para outra. Toda vez que se tem um paciente com probabilidade/fatores de risco para osteoporose, deve-se solicitar a densitometria óssea. Esse exame, na maioria das vezes, não é difícil de marcar, conseguindo relativamente fácil pelo SUS, até porque não é exame de urgência. Existem situações nas quais o paciente tem uma certa dificuldade em realizar esse exame, podendo-se pensar em alternativas. FRAX Quando não tem a densitometria óssea, ou o paciente possui alguma limitação que o impossibilita de realizar esse exame, e se quer avaliar ainda mais esse risco de fratura, tem o FRAX. O médico entra através do link, informa os dados necessários, e ele disponibiliza o risco de fratura, utilizando-o no caso da incapacidade de realizar densitometria, avaliando-se a necessidade de tratamento. 6 Beatriz Machado de Almeida Endocrinologia – Aula 5 Além disso, no paciente que em que a densitometria acusou osteopenia, mas ainda se tem dúvidas, pois acha que o paciente possui um fator de risco a mais, pode-se utilizar o FRAX para ajudar na decisão. A DO é sempre pedida em: • Mulheres >= 65anos / Homens >70 anos. • Homens ou mulheres acima de 50 anos + fator de risco importante. • Se já tiver uma fratura osteoporótica. • Menopausa precoce. Tratamento • Prevenção – assegurar pico de massa óssea adequado e evitar perda óssea. Primeira coisa. • Evitar/cessar fatores de risco: • Parar de fumar. • Reduzir consumo de cafeína e álcool. • Prevenção de quedas: desde fortalecer a musculatura para que o paciente tenha mais firmeza e equilíbrio, até proporcionar um ambiente que tenha menos risco de quedas. • Atividade física resistida: preferir musculação, tanto para ganho de força quantopara ganho de massa muscular. Muitas vezes, a falta de equilíbrio é desencadeada pela baixa massa muscular (sarcopenia). Cuidados com atividades que propiciam a queda. Suplementação de cálcio 1. Ingestão adequada de cálcio. 2. 1 a 1,2g de cálcio ao dia. 3. Preferir cálcio alimentar. 4. Suplementação, náuseas, obstipação intestinal, azia, litíase renal. É importante estar atento à suplementação de cálcio. Dentro da anamnese, é importante avaliar se ele está com uma ingesta adequada de cálcio, ou seja, 1g a 1,2g de cálcio por dia. Dentro desse suporte, se for identificado que esse paciente esteja ingerindo menos cálcio, deve-se dar preferência ao cálcio alimentar, mas se não for possível, suplementa-se. É importante se atentar que a suplementação de cálcio em alguns pacientes pode levar a náuseas, obstipação intestinal, azia, ou até litíase renal. A epigastralgia é uma queixa importante, e, geralmente se faz a suplementação de cálcio após a refeição. Existem muitos pacientes que não toleram uso de cálcio devido à obstipação intestinal ou epigastralgia. Principais alimentos com maior quantidade de cálcio: 1 copo de leite, 1 fatia de queijo minas, 1/4 xícara de amêndoas, 1 laranja média, 1 iogurte, 4 colheres de espinafre cozida, 100 g de sardinha em conserva, ½ xícara de brócolis cozido. Nem sempre é possível chegar à quantidade de cálcio adequada só com a alimentação, mas é importante sempre fazer esse inquérito. Tratamento farmacológico Deve-se tratar a osteoporose para diminuir o risco de fraturas. Indicação – presença de fratura por fragilidade, independente do T score. Se o FRAX demonstra que o paciente possui uma chance maior (acima de 3%) de fratura, já se inicia o tratamento. • T score < ou = - 2,5. • T escore entre < ou = - 1,5 (osteopenia) com fatores de risco. Temos 2 formas de tratar: • Estimuladores da formação óssea – Teriparatida. Porém, é injetável e cara. Usamos em pacientes que tenham um maior risco de fraturas. • Inibidores da reabsorção óssea (são os de primeira escolha – tratamento inicial) – bifosfonatos (escolha – semanal – tem no SUS). Outros bifosfonatos semanais e mensais, estrogênios (reposição hormonal pós menopausa – optativo), calcitonina, moduladores seletivos dos 7 Beatriz Machado de Almeida Endocrinologia – Aula 5 receptores de estrógeno, (SERM) denosumab (medicação semestral e injetável). Moduladores seletivos dos receptores de estrógeno são aqueles medicamentos que atuam nos receptores de estrógeno ali do osso, mas atuam também em outros órgãos (ex.mama), podendo aumentar o risco para CA de mama. • O denosumab - Geralmente se usa em pacientes que não há melhora com o bifosfonato. • O Estrôncio é um medicamento que estimula tanto a formação óssea como reabsorção óssea. Não tem no brasil. • Teriparatida estimula a formação óssea, mas é muito cara. Essa droga é indicada quando falha do bifosfonato e fraturas. (Essa parte de tratamento farmacológico eu realmente não consegui entender). Osteoporose no homem • 30%das fraturas osteoporóticas ocorrem nos homens • 15-25% das fraturas- deficiência androgênica • Mesmas causas secundárias (prestar muita atenção -hipogonadismo, uso prévio de corticoide, abuso de álcool, passado de ressecção gástrica. • Paciente trans- mantém a massa óssea com reposição hormonal. Osteoporose por uso de corticoide • Causa mais comum de osteoporose secundária. • Endógenos (Síndrome de Cushing) ou exógenos. • Uso de glicocorticoides (5mg/dia de Predinisona por >3 meses). O mais comum é o uso exógeno crônico de cortisol. • Fraturas – 30 a 50% dos usuários crônicos de corticoide. Corticosteroides • Supressão da atividade dos osteoblastos, redução na massa óssea e fragilidade para reagir a microlesões. • Inibição da absorção intestinal de cálcio. • Aumentam a produção de RANK (onde o denosumab vai agir) promovendo atividade osteoclástica. RECOMENDAÇÕES EM USUÁRIOS DE CORTICOIDE • Dosagem anual de 25 OH vitamina D, acompanhar estatura. • Se o paciente tem fatores de risco importante deve-se: • Cessar tabagismo, reduzir ingestão de álcool e realizar atividade física. • Reposição de cálcio e vitamina D. • Mulheres pós menopausa e homens >50 anos – avaliar introdução de bifosfonato – tratar precocemente. Conclusão • Alta prevalência. • Subdiagnosticada e subtratada. • Fraturas osteoporóticas estão associadas com significativa morbidade e mortalidade. • O diagnóstico correto e o manejo terapêutico adequado são fundamentais para reduzir as consequências desta doença.
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