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ORIENTAÇÕES CURRICULARES - Arte 1º ano

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Prévia do material em texto

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES 
CURRICULARES E 
DIDÁTICAS DE ARTE PARA 
O ENSINO FUNDAMENTAL 
ANOS INICIAIS 
1º ANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2015 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S239o 
São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria de Gestão da 
Educação Básica. 
Orientações curriculares e didáticas de arte para o ensino fundamental 
anos iniciais: 1º ano / Secretaria da Educação, Coordenadoria de Gestão da 
Educação Básica; coordenação geral, Carlos Eduardo Povinha, Roseli 
Ventrella; textos, Maria Terezinha Teles Guerra ... [et al.]. - São Paulo : SE, 
2015. 
166 p. : il., fotos. 
 
Inclui bibliografia. 
ISBN 978-85-7849-731-6 
 
1. Ensino de arte 2. Ensino fundamental anos iniciais 3. Orientações 
curriculares 4. Orientações didáticas I. Povinha, Carlos Eduardo. II. Ventrella, 
Roseli. III. Guerra, Maria Terezinha Teles. IV. Título. 
 
 CDU: 371.3:7 
 
 
 
Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mário Covas 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
 
Governador 
Geraldo Alckmin 
 
 
Vice-Governador 
Márcio França 
 
 
Secretário da Educação 
Herman Voorwald 
 
 
Secretária-Adjunta 
Irene Kazumi Miura 
 
 
Chefe de Gabinete 
Fernando Padula Novaes 
 
 
Coordenadora de Gestão da Educação Básica 
Ghisleine Trigo Silveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
4 
 
Prezados professores, 
 
O que têm em mãos é o resultado de três anos de trabalho intenso e 
dedicado à melhoria da qualidade do ensino de Arte nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental. O referido material, intitulado Orientações Curriculares e 
Didáticas de Arte – anos iniciais é composto por cinco cadernos dedicados ao 
professor de Arte que atua no segmento em questão. Tais cadernos 
contemplam as expectativas de aprendizagem, conteúdos e situações de 
aprendizagem nas linguagens artísticas que compõem a disciplina – artes 
visuais, dança, música e teatro. 
Ao longo do processo, coordenado pela Equipe Curricular de Arte da 
CGEB, participaram dos estudos, planejamentos, sugestões e propostas de 
trabalho, um grupo de referência, composto por PCNP de Arte de diferentes 
Diretorias de Ensino do Estado. Também atuaram nesse processo, como 
consultores especialistas, renomados profissionais da academia. 
Concomitantemente a essa elaboração houve a disseminação de seus 
resultados durante Orientações Técnicas que envolveram todos os PCNP de 
Arte do Estado de São Paulo que, com grande competência tornaram-se 
multiplicadores em grandes encontros com professores de Arte que atuam nos 
anos iniciais. 
Temos certeza de que o desempenho desses professores de Arte, com suas 
ideias e sugestões, contribuirá muito para o sucesso da aplicação das 
propostas que visam à organização pedagógica dos conteúdos artísticos, 
conforme a concepção adotada pela Secretaria de Educação do Estado de São 
Paulo para a disciplina Arte. 
Destacamos aqui o incentivo e apoio recebidos dos nossos superiores 
para a publicação deste material que apresenta o “tom” e a intenção 
pretendidos por esta Pasta no que diz respeito ao ensinar/aprender arte nos 
anos iniciais, bem como as atitudes e procedimentos diante da legislação 
escolar que reconhece a importância da arte na formação e desenvolvimento 
das crianças e na construção do cidadão sensível, critico e transformador. 
Mais uma vez, agradecemos a valiosa colaboração de todos os envolvidos 
neste intenso trabalho. 
Equipe Curricular de Arte 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
5 
 
Sumário 
ARTES VISUAIS ........................................................................................................................ 7 
QUADRO CURRICULAR - ARTES VISUAIS ............................................................. 12 
Proposição 1 ............................................................................................................................ 15 
Proposição 2 ............................................................................................................................ 18 
Proposição 3 ............................................................................................................................ 20 
Proposição 4 ............................................................................................................................ 22 
Proposição 5 ............................................................................................................................ 23 
Proposição 6 ............................................................................................................................ 26 
Proposição 7 ............................................................................................................................ 28 
Proposição 8 ............................................................................................................................ 31 
Proposição 9 ............................................................................................................................ 33 
Proposição 10 .......................................................................................................................... 34 
Proposição 11 .......................................................................................................................... 35 
Proposição 12 .......................................................................................................................... 36 
Proposição 13 .......................................................................................................................... 37 
Proposição 14 .......................................................................................................................... 38 
Proposição 15 ........................................................................................................................ 389 
Proposição 16 .......................................................................................................................... 43 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 45 
DANÇA .................................................................................................................................... 46 
QUADRO CURRICULAR – DANÇA .............................................................................. 65 
Situação de aprendizagem I .......................................................................................................... 68 
PROPOSIÇÃO 1 .......................................................................................................................... 69 
PROPOSIÇÃO 2 .......................................................................................................................... 72 
PROPOSIÇÃO 3 .......................................................................................................................... 72 
PROPOSIÇÃO 4 .......................................................................................................................... 73 
PROPOSIÇÃO 5 .......................................................................................................................... 74 
PROPOSIÇÃO 6 .......................................................................................................................... 76 
PROPOSIÇÃO 7 .......................................................................................................................... 77 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II ........................................................................................................... 78 
PROPOSIÇÃO 1 ..........................................................................................................................79 
PROPOSIÇÃO 2 .......................................................................................................................... 81 
PROPOSIÇÃO 3 .......................................................................................................................... 82 
PROPOSIÇÃO 4 .......................................................................................................................... 83 
PROPOSIÇÃO 5 .......................................................................................................................... 85 
PROPOSIÇÃO 6 .......................................................................................................................... 87 
PROPOSIÇÃO 7 .......................................................................................................................... 88 
PROPOSIÇÃO 8 .......................................................................................................................... 89 
PROPOSIÇÃO 9 .......................................................................................................................... 89 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 92 
 
MÚSICA ................................................................................................................................... 93 
QUADRO CURRICULAR - MÚSICA ...........................................................................108 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
6 
 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM I .......................................................................................................... 109 
PROPOSIÇÃO 1 ........................................................................................................................ 109 
PROPOSIÇÃO 2 ........................................................................................................................ 109 
PROPOSIÇÃO 3 ........................................................................................................................ 109 
PROPOSIÇÃO 4 ........................................................................................................................ 112 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM II ................................................................................................................ 113 
PROPOSIÇÃO 1 ........................................................................................................................ 114 
PROPOSIÇÃO 2 ........................................................................................................................ 115 
PROPOSIÇÃO 3 ........................................................................................................................ 115 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM III ............................................................................................................... 120 
 PROPOSIÇÃO 1........................................................................................................................120 
PROPOSIÇÃO 2 ........................................................................................................................ 121 
PROPOSIÇÃO 3 ........................................................................................................................ 123 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM IV ............................................................................................................... 125 
PROPOSIÇÃO 1 ........................................................................................................................ 125 
PROPOSIÇÃO 2 ........................................................................................................................ 128 
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM V ................................................................................................................ 130 
PROPOSIÇÃO 1 ........................................................................................................................ 130 
PROPOSIÇÃO 2 ........................................................................................................................ 131 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................133 
TEATRO ................................................................................................................................134 
QUADRO CURRICULAR – TEATRO .........................................................................140 
Situação de aprendizagem........................................................................................................... 142 
PROPOSIÇÃO 1 ........................................................................................................................ 143 
PROPOSIÇÃO 2 ........................................................................................................................ 143 
PROPOSIÇÃO 3 ........................................................................................................................ 144 
PROPOSIÇÃO 4 ........................................................................................................................ 145 
PROPOSIÇÃO 5 ........................................................................................................................ 146 
PROPOSIÇÃO 6 ........................................................................................................................ 147 
PROPOSIÇÃO 7 ........................................................................................................................ 148 
PROPOSIÇÃO 8 ........................................................................................................................ 149 
PROPOSIÇÃO 9 ........................................................................................................................ 150 
PROPOSIÇÃO 10 ...................................................................................................................... 151 
PROPOSIÇÃO 11 ...................................................................................................................... 151 
PROPOSIÇÃO 12 ...................................................................................................................... 152 
PROPOSIÇÃO 13 ...................................................................................................................... 153 
PROPOSIÇÃO 14 ...................................................................................................................... 153 
PROPOSIÇÃO 15 ...................................................................................................................... 154 
PROPOSIÇÃO 16 ...................................................................................................................... 154 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................156 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
7 
 
Artes Visuais 
 M Terezinha T Guerra
1
 
 
A história das artes visuais confunde-se com a história da humanidade; faz parte do ser e 
do sentir-se humano: não há povo, cultura, época ou país que não as tenha produzido ou 
entrado em contato com elas. 
Signos visuais têm presença cada vez mais maciça na contemporaneidade. Imagens da 
ficção e da realidade, do virtual e do concreto invadem o nosso cotidiano. 
Entre os referenciais de crianças, jovens e adultos contemporâneos estão a televisão, a 
propaganda, a multimídia, os videogames, a internet. Todos eles pautados pela presença 
maciça de imagens, que interferem na maneira de cada um ver a si e ao outro, à vida. Cada 
vez mais sabemos e falamos sobre coisas, pessoas e lugares que conhecemos apenas por 
meio de imagens! A criação e a circulação destas produções constroem significados coletivos 
que podem tambémse transformar em instrumentos de dominação e poder. (Cf. GUERRA, 
2005). 
E a escola? Qual seu papel frente a esse “mar” de visualidades? Qual o papel do 
professor em artes visuais? 
 
AS ARTES VISUAIS NOS ANOS INICIAIS 
 
Há que se saber fazer a distinção entre as imagens da arte e as demais, já que, o objeto 
de estudo aqui tratado são as artes visuais em suas diferentes modalidades: desenho, pintura, 
escultura, modelagem, gravura, fotografia, cinema, objeto, histórias em quadrinhos, instalação, 
flash mobs, performance, arte na rua, entre outras. Entretanto, o conhecimento sobre arte pode 
promover o discernimento na percepção das demais imagens presentes no cotidiano. 
Arte é e traz conhecimento. Além dos muitos saberes específicos das artes visuais, por 
meio de suas produções temos acesso à arte de diferentes povos, épocas, países e culturas. 
Muito do que sabemos hoje sobre a história da humanidade, da vida, do planeta, está nos 
registros visuais deixados pelos homens em pedras, ossos, papiros, madeira, sarcófagos. 
Cada modalidade das artes visuais apresenta especificidades e conhecimentos 
singulares. Conhecimentos relacionados tanto ao fazer/criar quanto ao interpretar/ler/fruir e 
contextualizar as produções; (...) “um tipo de conhecimento que envolve tanto a experiência 
de apropriação de produtos artísticos quanto o desenvolvimento da competência de configurar 
situações através da realização de formas artísticas. Ou seja, entendemos que aprender Arte 
envolve não apenas uma atividade de produção artística pelos alunos, mas também a 
conquista da significação do que fazem, através do desenvolvimento da percepção estética, 
alimentada pelo contato com o fenômeno artístico visto como objeto de cultura através da 
história e como conjunto organizado de relações formais.” (PCN – Arte, 1998). 
 
1
 Autora e coautora de diversos livros e publicações sobre o Ensino de Arte, entre eles: “A língua do mundo: Poetizar, 
fruir e conhecer Arte” Edit.FTD; formadora do Cenpec e Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre outras instituições. 
 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
8 
 
Se arte é entendida como linguagem, o que se pretende nas aulas que tratam de artes 
visuais é possibilitar aos alunos que eles sejam leitores dessas manifestações e também 
desenvolvam seus próprios percursos de criação. Familiarizar as crianças com as diferentes 
modalidades das artes visuais, seus conceitos específicos, procedimentos técnicos e 
expressivos, transformações históricas e valores associados à arte. Encorajar os alunos a, 
além de ler as produções dos seus colegas e de diferentes artistas, a construir e expressar sua 
arte de maneira singular exercendo sua sensibilidade, emoção e pensamento ao se relacionar 
com a arte e as próprias motivações criativas. 
Ana Mae Barbosa, trazendo considerações de Paulo Freire e Elliot Eisner, afirma que: 
“para ambos a educação é mediatizada pelo mundo em que se vive, formatada pela cultura, 
influenciada por linguagens, impactada por crenças, clarificada pela necessidade, afetada por 
valores e moderada pela individualidade. Trata-se de uma experiência com o mundo empírico, 
com a cultura e a sociedade personalizada pelo processo de gerar significados, pelas leituras 
pessoais autossonorizadas do mundo fenomênico e das “paisagens interiores".” 
 
 (BARBOSA, 
2008, p.12) 
Conhecer artes visuais, portanto, possibilita ao aluno: adentrar no universo da arte; 
aprofundar o olhar sobre si mesmo; ampliar sua leitura sensível e crítica do mundo; criar de 
modo simultaneamente autoral e informado por suas experiências e conhecimentos. 
Considerando que este pode ser o primeiro contato de seus alunos com as artes visuais 
na escola, é importante você ajudá-los a entender – com palavras acessíveis à idade - que o 
acesso a essa linguagem irá permitir-lhes novas formas de expressar o que sentem e pensam 
e também a possibilidade de ler produções visuais de diferentes épocas e autores. Explique 
aos seus alunos, por meio da realização das proposições das Situações de Aprendizagem, 
como esta outra maneira de “ler e produzir textos” necessita de informações, de conhecimentos 
sobre como realizá-la. Dessa forma, o contato com as artes visuais se dará com a sua 
mediação, ao desenvolver as situações de aprendizagem nas quais seja possível que a criança 
compreenda e se aproprie dessa linguagem, adquirindo as competências necessárias à 
produção, leitura e contextualização de imagens. 
Considerando também que cada indivíduo vê, sente e pensa o mundo - e as imagens - a 
partir de suas próprias experiências, é necessário que você gradualmente conheça o repertório 
artístico e estético de seus alunos, investigando seus conhecimentos prévios sobre os 
conteúdos propostos nas situações de aprendizagem e também suas preferências, gostos, 
estranhamentos, indagações, buscas, lacunas, as relações que estabelecem, as concepções e 
práticas que trazem, analisando-as com a intenção de ampliar e aprofundar conhecimentos nas 
artes visuais. 
Por meio das proposições que compõem as situações de aprendizagem sugeridas para 
os anos iniciais do Ensino Fundamental e do contato com obras de artes visuais em suas 
diferentes modalidades as crianças poderão investigar, interpretar e experimentar diversas 
maneiras de criar sua arte expressando-se com sensibilidade e fazendo uso de seus 
conhecimentos. 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
9 
 
É importante que as crianças saibam que as artes visuais estão presentes na vida do ser 
humano desde os tempos mais remotos, quando os suportes para pinturas, por exemplo, eram 
rochas em cavernas. No entanto, essa e outras informações deverão ser socializadas durante o 
desenvolvimento das propostas e integradas ao apreciar e ao fazer arte, de acordo com a faixa 
etária e o repertório simbólico dos alunos com os quais você está trabalhando. É importante 
instigá-los a estabelecer relações entre o que estão aprendendo e o próprio ponto de vista, o 
seu cotidiano, garantindo, assim, que estejam implicados nas aprendizagens. 
 Vale lembrar que, durante essas aulas os alunos, aos poucos, deverão habituar-se e 
apropriar-se de termos do vocabulário das artes visuais, tais como: suporte, materiais, 
composição, imagem, forma, cor, artista, autor, instalação. Pode ser criado na sala de aula um 
painel para registrar as novas palavras escritas em letra de forma, tipo bastão, associando-as a 
imagens. 
Professor, lembre-se, também, que em artes visuais, o foco das situações de 
aprendizagem, - leitura e produção dos trabalhos - acontecerá por meio das cores, linhas, 
formas, pontos, objetos, espaços, luzes, imagens, ações, planos, volumes, etc, ou seja, a 
construção de sentidos se dará por meio da leitura e da produção de trabalhos artísticos. 
Algumas das proposições sugeridas poderão ser desmembradas em um maior (ou 
menor) número de aulas, adaptadas, reorganizadas, aprofundadas em função do seu contexto 
de ensino e de aprendizagem sempre observando os alunos, como professor comprometido 
que é com o papel da arte na educação escolar. Como diz Paulo Freire: “Sem a curiosidade 
que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”. 
 
PERCURSOS EDUCATIVOS EM ARTES VISUAIS 
 
As Situações de Aprendizagem em artes visuais foram organizadas de maneira a 
permitir elaborar, inicialmente, um diagnóstico do grupo a respeito do que já sabem sobre os 
conteúdos selecionados, em seguida apresenta-se o desenvolvimento das proposições, a 
sistematização dos conhecimentos e a avaliação. 
Há, quase sempre, rodas de conversa – tanto iniciais, com a finalidade de levantamento 
de conhecimentos prévios, como em momentos de finalização de etapas, para avaliação, 
discussão e reflexão sobre dificuldades e soluções encontradas, esclarecimentode possíveis 
dúvidas, autoavaliação e encaminhamentos. Outras atividades permanentes são a exposição 
dos trabalhos, diferentes formas de registros, leituras conjuntas, estímulo à aprendizagem 
compartilhada sobre arte. 
Durante todo o processo, buscou-se manter o equilíbrio e a articulação entre momentos 
de produção, apreciação e contextualização nas situações de aprendizagens propostas. A 
produção artística é fundamental na construção de um percurso criador autoral em artes 
visuais. A apreciação estética, ou seja, a leitura de trabalhos de arte promove o 
desenvolvimento de um olhar crítico, sensível, conhecedor e fruidor das imagens da arte. O 
conhecimento da história da arte por intermédio do estudo e da reflexão sobre o contexto de 
produção das obras estudadas torna possível aos alunos saber situá-las, ou seja, 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
10 
 
contextualizá-las. Em cada uma dessas ações de aprendizagem em artes visuais há saberes 
singulares que, ora se entrelaçam, ora são contemplados de forma específica, de maneira a 
garantir aos alunos a assimilação de conceitos, procedimentos e valores da área. 
No entanto, ninguém melhor do que você, professor, conhece as suas turmas e sabe de 
suas necessidades e interesses, portanto, as sugestões que lhes são apresentadas poderão 
ser alteradas, ampliadas, reduzidas, adaptadas, desde que sejam consideradas as 
expectativas de aprendizagem elencadas. Nem todas as expectativas desejáveis para cada 
ano escolar foram contempladas nas situações de aprendizagens aqui sugeridas, o que lhe 
deixa espaço para serem incluídas em seu trabalho em sala de aula. O que importa é garantir 
aos seus alunos uma aprendizagem em Arte que se consolide como conhecimento ao longo da 
vida escolar e social. Propostas de trabalho em que você será o mediador entre a Arte e o 
aprendiz e, como propõe o currículo da SEESP, com o foco na aprendizagem. 
Vale reforçar a importância de se considerar o repertório simbólico, artístico e estético de 
seus alunos, suas práticas culturais e a partir daí ampliar referências; ser um professor atento, 
presente, que sabe envolver cada aluno no processo de aprendizagem em Arte e um 
incentivador da arte da criança. 
Fundamental também, sempre que possível, buscar outros espaços de aprendizagem, 
sair da sala de aula, da escola, organizar e preparar visitas a museus, galerias de arte, mostras 
de fotografia, bienais de arte, cinemas. Buscar relações com as outras linguagens artísticas e 
as outras áreas de conhecimento. 
É preciso transformar a escola: expor os trabalhos dos alunos nos corredores, cantina, 
escadarias, no teto. Fazer intervenções nos pátios, jardins, nas quadras. 
Como um ser produtor e leitor de culturas, inserido nelas, o aprendiz de arte poderá, ao 
mesmo tempo, fruir das produções artísticas da humanidade e adquirir mais meios para 
construir aos poucos sua identidade artística conhecendo a produção nacional e internacional e 
o significado de pertencer a um mundo de diversas culturas. 
Nesse sentido, o conhecimento – e o respeito – de semelhanças e diferenças, do 
universal e do particular, de valores simbólicos e a diversidade cultural presente nas 
manifestações artísticas, possibilita um processo de humanização, de aprofundamento dos 
valores de solidariedade, da ética, da estética e da política, voltados para o bem comum 
(GUERRA, 2011). 
 
Bom trabalho! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
11 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BARBOSA, Ana Mae. (org) Arte/educação contemporânea. Consonâncias internacionais. 3. 
ed. São Paulo: Cortez, 2008. 
 
GUERRA, M. Terezinha Telles. “Leituras de mundo... ou a Traição das Imagens” in Currículo 
em Debate – Reorientação Curricular do 6º ao 9º ano – Secretaria de Estado da Educação de 
Goiás. Goiânia: SEE, 2005 
________ Estudar pra Valer! – ARTE – Leitura e Produção de Textos. São Paulo: 
CENPEC, 2011. 
 
IAVELBERG, Rosa. O Ensino de Arte. Presente em Revista, São Paulo, p. 2 - 4,03 mar. 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
12 
 
Quadro Curricular - Artes Visuais 
 
Expectativa de aprendizagem 
Condições didáticas e 
indicadores para a elaboração 
de atividades 
Observar se o aluno 
Reconhecer elementos da 
linguagem visual; 
Oferecer aos alunos diversas 
reproduções de obras de arte e 
de produções artísticas nas 
diferentes modalidades das artes 
visuais, inicialmente, para 
simples contato. Aos poucos, 
instigar algumas discussões 
sobre seus elementos, 
composição, leitura 
interpretativa; levantar hipóteses 
sobre seus possíveis autores, 
épocas, países de origem... 
Percebe diferentes cores, linhas, 
planos, formas, luzes, sombras, 
texturas, volumes, nos próprios 
trabalhos, nos dos colegas e nas 
imagens da arte. 
Utilizar elementos e recursos da 
linguagem visual para expressar-
se e comunicar-se; 
Criar um ambiente que possibilite 
a experimentação de cores, 
formas, texturas, volumes, 
suportes, tintas, pincéis, papéis, 
para que o aluno sinta-se 
instigado, motivado a se 
expressar por meio do desenho, 
pintura, escultura, modelagem, 
fotografia, filmagens, produções 
informatizadas... 
Experimenta o uso de diferentes 
cores, linhas, formas, luzes, 
texturas, planos, suportes, 
materiais, instrumentos, etc em 
suas produções. 
Manifestar-se criativamente e de 
um modo próprio ao expressar-
se e construir seus trabalhos; 
Valorizar, nas produções dos 
alunos, a autoria sem 
estereótipos; 
 
Mostrar aos alunos como cada 
autor/artista tem marca pessoal. 
Desenvolve um percurso de 
criação cultivado (influenciado 
pelas aprendizagens da arte) 
com marca pessoal. 
 
Cria novas cores a partir das já 
existentes que recebe; investiga 
formas, utiliza diferentes 
suportes e formatos. 
Experimentar, em suas criações, 
diferentes materiais, 
instrumentos, espaços pictóricos, 
campos plásticos, suportes, 
técnicas; explorar, em suas 
produções, formas bi e 
tridimensionais; 
Deixar à disposição dos alunos 
diferentes materiais e incentivar, 
problematizar sua utilização em 
produções bi e tridimensionais; 
 
Trabalhar em outros espaços 
que não o da sala de aula; 
observar e refletir sobre as 
formas, cores da natureza, do 
entorno, do cotidiano... 
Investiga, experimenta, 
diferentes materiais, suportes e 
instrumentos – lápis, tintas, 
espátulas, papéis, tecidos, 
computador, argila, massa de 
modelar, etc. - ao desenhar, 
pintar, esculpir, modelar, filmar, 
fotografar. Produz formas no 
espaço bi e tridimensional; etc. 
Notar que cores e formas, nas 
produções artísticas, 
correspondem a intenções de 
seus autores, significam; 
 
Problematizar a seleção de 
determinado recurso expressivo 
e suas possíveis significações; 
iniciar reflexões sobre a 
intencionalidade da escolha; 
(relação ideia/símbolo). 
Utiliza, intencionalmente, em 
suas produções alguns dos 
elementos da linguagem visual 
para expressar-se e comunicar-
se; 
 
Percebe que também pode 
construir sentidos articulando, 
intencionalmente, alguns 
elementos da linguagem visual; 
Observar, interpretar e refletir 
sobre as formas que produz, 
assim como realizar leituras 
autorais das produções dos 
colegas e de alguns artistas. 
Exercitar a leitura de obras de 
arte; 
 
Socializar os trabalhos dos 
alunos, organizar rodas de 
conversa, exercitar com o grupo 
a troca entre os pares sobre o 
processo de cada um, a leitura 
Interpreta suas próprias 
produções, as de seus colegas e 
atribui sentidos a algumas obras 
de arte; Compreende, ainda que 
parcialmente, que linhas, formas, 
cores podem significar ideias, 
sentimentos; 
 
ORIENTAÇÕES CURRICULARES E DIDÁTICAS DE ARTE – ANOS INICIAIS 
 
13 
 
dos trabalhos, a fruição, 
interpretação e trocas de 
repertório na resoluçãodos 
problemas da criação e da 
leitura. 
Entrar em contato com (re) 
produções de obras de arte de 
diferentes autores, épocas, 
países, culturas; 
 
Perceber que produções 
artísticas têm um ou mais 
autores. 
Pesquisar com os alunos, em 
diferentes fontes, algumas das 
diversas modalidades das artes 
visuais; artistas; movimentos, etc. 
Propor trabalhos individuais e 
coletivos. 
Sempre que possível, visitar 
museus, exposições, mostras, 
galerias de arte; entrar em 
contato, também, com as outras 
linguagens da Arte. 
Compreende que produções 
artísticas têm autoria e que a arte 
sempre existiu, em diferentes 
épocas e culturas; 
 
Conhece algumas obras de 
alguns artistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
 
ARTES VISUAIS – 1º ANO 
 
Situação de Aprendizagem 
 
Esta situação de aprendizagem foi elaborada com o objetivo de oferecer subsídios para 
o desenvolvimento de um trabalho em artes visuais para o primeiro ano do Ensino 
Fundamental. 
Conforme afirmam Maria Heloisa Correa de Toledo Ferraz e Maria Felisminda de 
Rezende e Fusari: 
“Se pretendemos trabalhar as linguagens visuais na escolarização artística infantil, é 
preciso caracterizar quais conceitos são essenciais para integrá-los aos já conhecidos pelas 
crianças. Isto implica definir também os procedimentos e técnicas pedagógicas a serem 
utilizadas nas atividades de ver apreciativamente e expressar prazerosa e ludicamente as 
formas visivas. O professor poderá encaminhar as bases principais desse ensino e 
aprendizagem integrando alguns procedimentos com atividades lúdicas de conversar ou contar 
histórias sobre formas visuais produzidas por artistas, com o objetivo de mobilizar as crianças a 
expressarem visualidades com diversos materiais. Por meio de instigante apresentação e 
análise de ilustrações (reproduções gráficas), objetos, etc., usando uma linguagem acessível, é 
possível explicar às crianças as técnicas, o jeito de ver o mundo e (se for o caso) as maneiras 
de que se valem os artistas para produzi-las.” (FERRAZ: 1993. p.111). 
Considerando tais reflexões, as proposições apresentadas contemplam pequenas 
imersões na História da Arte, passam pela apreciação estética, por breves contextualizações, 
pela produção de desenho e pintura em vários suportes e diferentes materiais, e ampliam a 
noção de espaço numa composição tridimensional. 
 
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM 
 
 Reconhecer elementos da linguagem visual; 
 Utilizar elementos da linguagem visual para expressar-se e comunicar-se; 
 Manifestar-se criativamente e de um modo próprio ao expressar-se e construir seus 
trabalhos; 
 Experimentar, em suas criações, diferentes materiais, instrumentos, espaços pictóricos, 
campos plásticos, suportes, técnicas; assim como explorar, em suas produções, formas bi e 
tridimensionais; 
 Notar que cores e formas, nas produções artísticas, correspondem a intenções de seus 
autores, significam; 
 Observar, interpretar e refletir sobre as formas que produz, assim como realizar leituras 
autorais das produções dos colegas e de alguns artistas; 
 Entrar em contato com obras de arte de diferentes autores, épocas, países, culturas; 
 Perceber que produções artísticas têm um ou mais autores. 
 
 
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15 
 
CONTEÚDOS: 
 
 Ponto 
 Linhas 
 Cores 
 Formas (bi e tridimensionais) 
 Arte Figurativa e Arte Abstrata (Conhecimentos iniciais) 
 Leitura e produção em artes visuais 
 História da Arte (primeiros contatos) 
 
Proposição 1 
 
RODA DE CONVERSA INICIAL 
 
Professor, este é seu primeiro encontro com os alunos para tratar das artes visuais, 
assim vamos iniciar esta proposição, pedindo aos alunos que deem as mãos e formem um 
círculo, propiciando dessa forma um momento de integração. Nessa formação será possível 
que se olhem e por meio do olhar todos serão acolhidos. A seguir, peça que soltem as mãos, 
sentem-se no chão. Converse com as crianças de forma bem descontraída, perguntando-lhes: 
 
 Gostam de desenhar, pintar, modelar, rabiscar, recortar, colar, fotografar? 
 Quando e onde desenham? 
 Com quais materiais têm o hábito de desenhar e pintar? 
 O que fazem depois com seus trabalhos? 
 Conhecem alguém que faz desenhos ou pinturas? 
 Como se nomeia pessoas que desenham, pintam, esculpem? 
 Já viram esses artistas ou algumas obras de arte, onde? 
 
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16 
 
Profa. Sandra Aparecida Cavassani Penedo 
 
 
Diga-lhes que desde a pré-história – um tempo distante – os seres humanos já faziam 
desenhos e pinturas nas paredes das cavernas, esculturas, instrumentos de sopro, armas e, 
até os dias de hoje, as pessoas comunicam o que pensam, imaginam, sentem e percebem por 
meio de desenhos, pinturas, gravuras, colagem, esculturas (que eles costumam nomear de 
estátuas). 
Pergunte-lhes: 
 O que as pessoas fazem quando querem deixar um recado para alguém? (Falam? 
Escrevem? Poderiam desenhar?). 
Diga-lhes que as pessoas não se comunicam apenas por palavras, mas também por 
meio de gestos, sons, desenhos, embora muitas destas manifestações não sejam arte. Por 
exemplo: 
 Como é o sinal – feito com a mão – de positivo? 
 Como entendem que acabou a aula ou o recreio? 
 Como sabem qual o banheiro das meninas e o dos meninos? 
 O que dizem os sinais do trânsito, as cores do semáforo? 
É possível, então, compartilhar a mesma leitura de desenhos, atribuindo significados a 
cores, formas? 
 
 
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Profa. Sandra Aparecida Cavassani Penedo 
 
Conversem um pouco sobre isso e peça outros exemplos às crianças. 
A seguir, organize seus alunos em (pelo menos) seis grupos e distribua a cada grupo um 
exemplar do livro “Arte para Crianças” Ed. Publifolha (Programa “Livros na Sala de aula”, 
acervo da escola). Retome a conversa sobre a presença da imagem em diferentes épocas, 
povos e países e deixe-os folhear o livro à vontade. 
Continuando, dê-lhes a seguinte tarefa: cada grupo deverá escolher uma imagem que 
todos gostariam de colocar em uma parede de sua casa. O grupo precisa discutir os motivos da 
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17 
 
escolha, por exemplo: o tema (assunto), as cores, o que sentem ao ver a imagem, o que 
imaginam sobre como seria poder ver aquela obra todos os dias. 
 
 
 
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Profa. Sandra Aparecida Cavassani Penedo 
 
Combinem um tempo para isso e, terminada a tarefa, cada grupo deverá falar aos outros 
– você deve ajudá-los a localizar a página – sobre a imagem selecionada e explicar o porquê 
da escolha. Oriente-os a respeitar o tempo de cada grupo de modo que todos possam mostrar 
e justificar, um de cada vez, os critérios e motivos da seleção da imagem. 
Insista em que relacionem a escolha da imagem à leitura dela feita, pedindo que 
observem cores, formas, luzes, sombras, tamanhos, distância, proximidade, etc. Por exemplo, 
se um grupo diz o que determinada imagem significa para eles, pergunte-lhes se é por causa 
das cores utilizadas, do tamanho de determinada figura, da forma do desenho, etc... 
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18 
 
Pergunte sempre aos alunos se concordam com as escolhas e por que. Comente que a 
leitura de cada imagem muda de pessoa para pessoa, portanto, nem sempre o que é escolhido 
por uns coincide com a escolha de todos! 
 
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Profa. SandraAparecida Cavassani Penedo 
 
 
RODA DE CONVERSA FINAL 
 
Finalize a aula com uma roda de conversa retomando a atividade. Estimule-os a falar 
sobre o livro, as imagens que encontraram e, especialmente sobre como resolveram o 
problema proposto: escolher uma obra. Pergunte se acreditam que desenhos e pinturas podem 
transmitir ideias, despertar sentimentos, emoções e outras imagens em nossos pensamentos. 
Questione se perceberam que as pessoas podem conversar por meio de imagens e que cada 
uma delas pode ter um autor – ou vários! Diga-lhes que a maioria dessas obras traz a 
assinatura de quem as fez, mas, algumas, perdidas na vastidão dos tempos, ficaram anônimas, 
ou seja, embora algum artista as tenha produzido, não sabemos o nome de seus autores. 
 
Proposição 2 
 
RODA DE CONVERSA INICIAL 
 
Professor, antes de iniciar a proposição, apresente para seus alunos uma obra escolhida 
por você. Sentados em círculo explique que, assim como eles, você também quer que 
conheçam uma obra que você aprecia muito. Como professor de Arte certamente você possui 
reproduções que fazem parte do seu material de trabalho. Além disso, a SEE, em diversos 
projetos, enviou várias reproduções de diferentes artistas para as escolas. 
Inicialmente convide-os para, silenciosamente, observarem a imagem por alguns minutos 
tentando perceber seus detalhes sem nenhuma preocupação com questões. 
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19 
 
Em seguida, conte para eles porque gosta muito desse quadro. Incentive-os a expor 
suas impressões e opiniões sobre sua escolha e mais uma vez comente que nem sempre o 
que é escolhido por uns agrada aos outros. Conte para seus alunos quem pintou o quadro que 
você gosta, onde essa pessoa viveu e em que época. Se for possível faça alguma relação com 
algum acontecimento da mesma época, porém sem entrar em detalhes, apenas como 
curiosidade. 
Após essa breve conversa, distribua a cada aluno uma folha de papel, de preferência 
diferente da folha sulfite padrão e lápis grafite preto. Diga-lhes que agora os autores das 
imagens serão eles. Peça-lhes que façam um desenho com seu tema (assunto) preferido, pois, 
já viram no livro de arte obras de diferentes autores, mas ainda não conhecem o trabalho de 
seus colegas e nem mostraram os seus a eles. Explique que esse desenho não será colorido, 
pois as cores serão aplicadas em outro momento. Lembre-os que artistas assinam as suas 
obras e que também eles deverão colocar seu nome em suas produções. Este trabalho é 
individual. 
 
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Circule pela sala estimulando os alunos, esclarecendo possíveis dúvidas. Terminados os 
trabalhos, exponha-os, de preferência em uma das paredes da sala e solicite aos alunos que 
se levantem para contemplar os resultados. Estimule um início de leitura com perguntas como: 
 O que mais aparece nos desenhos? (Paisagens, pessoas, animais, árvores, 
automóveis, flores, monstros, super-heróis, formas). 
 Todo mundo desenha igual ou os desenhos são muito diferentes? 
 Como as imagens foram feitas? Peça que contem como as fizeram? 
 Parecem com algo ou algum lugar conhecido? O quê? Qual? 
 E a maior forma, onde está? E a menor? 
 Como reconhece o seu trabalho no meio de tantos outros? 
 E como reconhecem os dos colegas? Por quê? 
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20 
 
 
Incentive todos a falar, a manifestar as suas opiniões. Não se esqueça de explicar que 
cada um tem seu modo de desenhar, pintar, escrever, cantar, dançar, etc. e por isso, 
reconhecem as suas produções no meio de tantas outras. 
 
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Profa. Sandra Aparecida Cavassani Penedo 
 
 Professor, este trabalho objetiva uma sondagem inicial do repertório artístico, estético e 
simbólico de sua turma. Para criar condições que ampliem o conceito de arte, é importante que 
você conheça o repertório do aluno e respeite suas referências. Faça os seus registros – 
organize um portfólio. - anotando as características dos trabalhos, o uso do espaço pictórico, a 
composição, proporções, detalhes, movimento, a presença (ou não) de estereótipos, a 
familiaridade (ou não) com os materiais; o reconhecimento (ou não) de formas, pequeno, 
grande, longe, perto... Tudo isto, - especialmente as dificuldades das crianças - deverá ser 
contemplado por você com delicadeza sem expor o aluno, individual ou coletivamente, durante 
o desenrolar das proposições. Além de lhe dar pistas para novas propostas de atividades, esta 
avaliação, seus registros e anotações lhe indicarão os pontos que deverá reiterar, retomar, 
possíveis intervenções e encaminhamentos dos trabalhos. 
Recolha todos os desenhos dos alunos e guarde-os para a próxima aula. 
 
Proposição 3 
 
O objetivo desta proposta é a identificação de diferentes tipos de linhas nos desenhos: 
retas, curvas, finas, grossas, zigzag, etc. Devolva aos alunos os desenhos que fizeram 
anteriormente e peça-lhes para observá-los atentamente, passar o dedo nas linhas e perceber 
semelhanças e diferenças entre as que criaram em seus desenhos e as desenhadas por seus 
colegas. 
Pergunte às crianças se sabem o que é uma linha reta, por exemplo, e solicite que a 
mostrem nos desenhos, que a desenhem na lousa ou a mostrem em algum objeto na sala. 
Faça o mesmo exercício com outros tipos de linha. Não se preocupe com conceitos, apenas se 
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21 
 
sabem diferenciá-las e reconhecê-las. Peça-lhes que verifiquem se em seus desenhos há mais 
de um tipo de linha. Distribua materiais diversos tais como canetas hidrográficas, giz de cera, 
lápis de cor e explique que deverão escolher uma cor para cada tipo de linha que aparece no 
desenho e colorir a linha que está desenhada a lápis, com a cor escolhida. Se for necessário, 
mostre um exemplo na lousa. 
Procure orientá-los durante a proposta auxiliando-os a decodificar os diferentes tipos de 
linhas transformando as dúvidas em novos conhecimentos sobre o conteúdo. Ao final da 
produção, pergunte aos alunos qual é a cor que mais aparece em seus desenhos e que tipo de 
linha essa cor coloriu. Expor e discutir os resultados obtidos oferecerá condições de avaliação 
da compreensão dos conteúdos trabalhados e o quanto os alunos estão preparados para 
aprofundar o assunto. 
A seguir, organize os alunos em grupos e distribua uma folha de papel Paraná ou similar 
(tamanho 1m x 0,80m) para cada um. Você deverá preparar as folhas antes da aula. Deixe 
lápis de cor, canetas hidrográficas, pincéis atômicos, giz de cera e até tintas e pincéis à 
disposição dos alunos. 
O desafio para cada equipe será fazer um desenho, utilizando diferentes tipos de linhas: 
linhas retas, linhas curvas, linhas em zigzag, etc. 
Deixe que as crianças decidam de que maneira preferem utilizar o papel – no sentido 
horizontal ou vertical – e se preferem desenhar e pintar no chão ou com o suporte preso à 
parede. Não se esqueça de dizer-lhes que o material – no caso o papel – em que desenham ou 
pintam chama-se suporte. 
Lembre-as de que todas deverão por o nome no trabalho. 
Circule entre os grupos, ofereça ajuda e material; anote as possíveis necessidades de 
seus alunos. 
Ao terminarem organize uma roda de conversa. Os alunos de cada grupo deverão 
identificar os tipos de linhas usados por outro agrupamento, e descobrir quais foram as mais 
usadas, desta vez sem relacionar com a cor. 
 
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Recolha todos os trabalhos e guarde-os para a próxima aula. 
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Proposição 4 
 
Peça aos alunos que em pequenos grupos abram o livro “Arte para Crianças” na página 
76 e observem a reprodução da tela de Paul Klee, “Castelo e Sol”. Pergunte-lhes: 
 O que vêm? 
 Quais são as cores e como são as linhas usadas pelo artista? 
 Além das linhas e das cores figuras também fazem parte do quadro. Peça que mostrem 
onde se localizam na obra. Sabem os nomes dessas figuras? 
 Estas figuras são todas do mesmo tamanho? 
 São iguais ou parecidas? Peça que mostrem as iguais, as parecidas e as diferentes. 
 As figuras e linhas formam desenhos? Quais? 
 Essas figuras, linhas e cores podem formar outros desenhos? Quais? 
Para esta atividade é importante que você prepare exemplos dessas formas geométricas 
em cartolina ou papel encorpado, preferencialmente em diferentes cores, para que as crianças 
possam identificá-las. Nomear cada uma destas formas será decorrência desta leitura 
comparativa e da sua fala sobre o nome destas diferentes formas e suas características. Como 
continuidade ou como forma de avaliar a compreensão do percurso realizado até agora, 
sugerimos que você proponha aos alunos, em grupos, que recortem figuras geométricas de 
revistas e jornais e, após combinarem o suporte, realizem um grande painel de colagem. Se a 
ideia for desenvolvida, não se esqueça da exposição e leitura das produções por todos os 
alunos. 
Fale um pouco sobre o artista que além de artista pintor estudava música e era um 
violinista muito talentoso. Você encontrará informações no próprio livro, se puder pesquise 
mais. 
Organize uma roda e mostre as páginas 86 e 87 do livro “Arte para Crianças”. Peça aos 
pequenos grupos de alunos que observem as obras apresentadas nestas páginas e reparem 
especialmente no tipo de linha usado pelos artistas: de Malevitch – “Construção Suprematista”; 
de Mondrian – “Composição com vermelho, azul e amarelo”, de Omar Rayo, “O brinquedo de 
Mateo” e de Alfredo Volpi “Fachada em azul, branco e rosa”. Convide-os para, inicialmente, 
olhar silenciosamente tentando perceber cada detalhe das linhas, das figuras, das cores. 
Lembre-os que a proposta não é buscar significados. Peça-lhes que comentem sobre como as 
linhas aparecem nessas imagens. Como estão distribuídas em cada um dos quadros? E as 
figuras, são conhecidas? Quais se repetem? Peça para que mostrem no livro. 
 
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Diga-lhes que estas obras são chamadas de “abstratas” porque não se reconhecem 
nelas nitidamente coisas, pessoas, bichos, lugares que vemos como casas, gatos, flores, 
árvores, gente. Mas às vezes podemos imaginar estas presenças a partir do que as formas da 
obra nos sugerem. 
Retome a ideia de que ao desenharmos, podemos utilizar vários tipos de linhas e formas. 
 
Proposição 5 
 
Esta proposta incentiva a investigação de diferentes tipos de linha criados pelo 
movimento de deslocamento do corpo no espaço 
 Desenhe uma enorme linha sinuosa no chão com um barbante bem comprido que você 
providenciou. 
 
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Para explicar aos alunos o percurso desta linha fale sobre como se arrasta uma serpente 
no chão, indicando o movimento com as mãos no ar. Deixe-os serpentear com as mãos e ao 
mesmo tempo andar pelo caminho da serpente, caminhando sobre o barbante no chão 
percorrendo-o de uma ponta a outra. Organize-os em pequenos grupos, enfileirados para 
participar da atividade, enquanto uns percorrem a linha sinuosa indo e voltando os demais 
observam. 
 
 
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Finda a caminhada, pergunte se alguém já viu uma amarelinha em caracol no chão. 
Oriente que façam o movimento da espiral do desenho da amarelinha no ar, movimento que 
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25 
 
começa em um ponto e vai se abrindo (de dentro para fora) ou em outro e vai fechando (de fora 
para dentro). Deixe que brinquem com estes dois tipos de movimento, acompanhe esses dois 
tipos de gesto realizando os movimentos no ar e coordenando os alunos com sua fala: agora 
abrir o gesto para fazer o caracol; agora fechar; observem os colegas e tentem fazer juntos! 
 
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Retome as linhas sinuosas feitas com as mãos conforme o movimento da serpente e 
combine-as com o movimento em espiral, agora com todos fazendo os dois tipos de 
movimentos no ar, primeiro o serpentear e depois os dois tipos de espiral. Para que os alunos 
possam se apropriar dos nomes das diferentes formas de linhas trabalhadas, você vai explicitar 
durante a movimentação quando ela é feita em espiral e quando ela é sinuosa. 
A seguir, afaste todas as carteiras de maneira que a sala fique com bastante espaço 
livre. Peça aos alunos que, divididos em dois grupos, em fila do tipo trenzinho, se posicionem 
em uma das paredes da sala e caminhem em linha reta até a parede oposta, parem um pouco 
e depois, obedecendo a um comando seu, voltem em linha sinuosa. Enquanto um grupo faz a 
tarefa, peça aos alunos do outro que permaneçam sentados e vice-versa. 
Continuando, solicite que cada um caminhe de fora para dentro em uma grande espiral 
que você vai desenhar no chão e depois que volte, de fora para dentro. Procure desenhar duas 
espirais para que atividade possa transcorrer em menos tempo sem cansar as crianças com 
espera em demasia. 
Incentive sempre a leitura do grupo observador sobre os movimentos que estão sendo 
executados. Terminado o exercício, sentados em roda, entregue um pedaço de barbante de 
aproximadamente 30 cm para cada criança. Proponha que façam uma linha do tipo que 
quiserem com ele no chão em frente ao seu corpo. Durante essa Roda de Desenho organize a 
de Conversa, pergunte-lhes se fizeram uma linha espiral, sinuosa ou reta. Como continuidade, 
se houver tempo e se os alunos estiverem envolvidos, peça para que, com o mesmo barbante 
façam um desenho e explique que desta vez o desenho será figurativo, isto é, a representação 
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de uma coisa que conhecem. Conte para eles que um grande artista chamado Picasso, criou 
uma grande série de desenhos com uma única linha. Ou seja, o artista espanhol, sem tirar o 
lápis do papel do início ao final do desenho, criava seus trabalhos. Antes de propor essa 
atividade, pesquise os desenhos de Picasso e, juntamente com os alunos, crie o seu também. 
 
Proposição 6 
 
Dando continuidade ao trabalho da aula anterior, prepare, com antecedência, pelo 
menos oito círculos de papel Paraná ou similar, se possível, com o maior diâmetro que a 
dimensão do papel possibilitar. Prenda-os, com fita crepe, na parede, respeitando a altura das 
crianças, de modo que alcancem todo o círculo. Passe cola branca espessa com rolinho de 
espuma em cada um deles, as crianças podem colaborar nesta tarefa. 
 
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Antes, porém, explique a proposta, caso contrário, a cola ficará seca antes da conclusão 
dos trabalhos. 
Organize os alunos em grupos e solicite a eles que desenhem – e pintem – nos painéis 
redondos, utilizando apenas linhas de barbante que você vai cortar em diversos tamanhos e 
disponibilizar. 
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Como sempre, caminhe entre os grupos, apoiando-os na execução sem fazer por eles, 
esclarecendo dúvidas, oferecendo ajuda, fazendo suas anotações! 
Terminados os desenhos, peça aos alunos que assinem suas ‘obras’ e que observem 
todos os painéis. Faça perguntas: 
 Como fizeram seus trabalhos? 
 Há linhas retas? Onde? 
 Aparecem linhas sinuosas? Onde? 
 E espirais? Onde? 
Eles podem introduzir cores sobre os barbantes com caneta hidrocor e você pode seguir 
com a leitura. 
 Quais as cores que aparecem? Onde estão? Vai até lá e mostre com sua mão? 
 Algum trabalho parece com alguma coisa que vocês já viram? Esse trabalho é 
figurativo. 
 Qual só tem linhas de diferentes tipos? 
 Alguns trabalhos ficaram parecidos? Quais? Por quê? 
 
Faça as suas anotações. Sempre que possível, fotografe os trabalhos dos alunos; assim 
você preserva um registro do percurso de sua turma que pode mostrar a eles em outras 
conversas, retomando e valorizando suas criações. Sorteie quem vai ficar com os painéis. 
Com o intuito de ampliar o repertório dos alunos a respeito de linhas, procure vídeos, 
imagens e/ou livros que apresentem, de forma expressiva, movimentos e composições com 
diferentes linhas e proporcione momentos de apreciação/leitura dos recursos utilizados. 
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Sugestões: Vídeo: A linha (La Línea de Osvaldo Cavandoli) – TV Cultura; Youtube; 
livros: “Para olhar e olhar de novo” de Eliana Pougy (acervo Programa Ler e Escrever); Linha 
animada – Malu e Pedro. Ilustrações de Andréa Vilela, Editora Cortez (Lendo e Aprendendo, 
2006. MULT CI - Opção 2 SEE). 
Proposição 7 
 
Professor, a proposta de trabalho, agora, é estudar o ponto! 
Ofereça lápis grafite e papel sulfite e pergunte às crianças qual é o menor desenho, a 
menor marca que conseguem fazer no papel. Deixe-os falar, experimentar e mostrar à vontade. 
É provável que alguns já conheçam a palavra e digam que é o ponto, mas se não disserem 
você diz que é o ponto. Pergunte-lhes então, quem sabe fazer um e converse sobre coisas que 
parecem um ponto: 
 Uma estrela bem longe, lá no céu? 
 A “cabeça” de um alfinete? 
 Um pinguinho de café em uma toalha branca? 
 O que mais? 
 Seria possível fazer um desenho utilizando apenas pontos? Como? 
 
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Em seguida, peça aos alunos que em subgrupos abram o livro “Arte para Crianças” na 
página 21 e observem a pintura “Serpente sonhando”, do artista Keith Kaapa Tjangala. 
Pergunte-lhes como acham que essa pintura foi feita, com o auxílio das seguintes questões: 
 Qual seria a cor do suporte? 
 Aparecem quais tipos de linhas? (retas, curvas, sinuosas, espirais). 
 Há pontos? 
 Quem está vendo a serpente? De onde? 
 Será que essa pintura foi feita com lápis de cor, canetas hidrográficas, tinta e pincel? 
 Falem sobre esta imagem, o que ela diz para vocês? 
 Vocês fariam um desenho apenas com pontos? 
 Por que será que o artista deu esse nome à sua obra? Serpentes sonham? O que? 
Deixe à disposição dos alunos folhas de papel cartão em diferentes cores e peça para 
que cada um escolha uma, na cor que preferir. Diga-lhes que deverão criar um desenho, 
inspirados no do artista estudado e fazendo-o utilizando apenas pontos. Diga-lhes também 
que, embora o suporte seja retangular, eles poderão alterá-lo, recortando ou rasgando, de 
modo a deixá-lo no formato que preferirem: um quadrado, um triângulo, um círculo, uma forma 
irregular, uma folha com um “buraco” recortado no meio para pintar em volta... 
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Embora o trabalho seja individual, você pode organizar os alunos em grupos para facilitar 
a utilização das tintas e a conversa sobre os trabalhos entre as crianças durante o fazer. 
Distribua copinhos descartáveis de café com tinta guache azul, vermelho, amarelo, preto 
e branco (um conjunto para cada grupo ou aluno), cotonetes e/ou qualquer outro material que 
possibilite o desenho com pontos: lápis (usar o lado inverso ao da ponta), o cabo do pincel... 
Também poderão utilizar a ponta dos dedos, entretanto, apenas após o professor verificar se 
há indicação de que a tinta não é tóxica na embalagem. 
De maneira informal oriente os alunos na utilização de cores diferentes das oferecidas; 
para isso, deixe à disposição dos grupos alguns copinhos extras para que possam fazer as 
possíveis misturas. Incentive a pesquisa de cores! 
 
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Os alunos deverão “molhar” o cotonete (ou outro instrumento) na tinta guache e 
“carimbar” no papel cartão, formando desenhos que não precisam ser figurativos. O objetivo 
desta proposição é a experimentação com pontos. Circule entre os alunos, sempre observando 
como realizam a tarefa, seus avanços, dificuldades, dúvidas. 
Exponha todos os trabalhos. Você pode colocá-los sobre as carteiras arrumadas como 
se fosse uma grande mesa, já que estarão úmidos e será difícil prendê-los à parede, e pedir 
aos alunos que os observem e comentem as imagens numa roda de conversa, pergunte: 
 Reconhecem algo? O que? 
 Onde só tem forma e cor? 
 Todos utilizaram apenas pontos para realizar os trabalhos? 
 Foi difícil? Por quê? 
 Em quais trabalhos o espaço do papel está todo ocupado? 
 Quais as formas de suporte que mais apareceram? 
 Houve criação de novas cores a partir das oferecidas? Elas têm nomes? 
Devolva os trabalhos aos seus autores e não se esqueça de fazer as suas anotações; 
elas serão um grande apoio para que você possa verificar e ajudar aqueles que têm mais 
dificuldades, para selecionar o que precisa ser retomado e planejar encaminhamentos. Se 
possível, antes da devolução fotografe os trabalhos junto aos seus autores. 
 
Proposição 8 
 
Aproveite a experiência dos alunos com as misturas e criação de cores realizada na 
proposição anterior e diga-lhes que a proposta agora é observar as cores. 
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Antes da aula, prepare papéis celofane de muitas cores, cortados de forma retangular, 
de maneira que possam cobrir os olhos das crianças como se fossem óculos. 
Diga-lhes que a aula hoje será fora da sala: no pátio, no jardim, se possível na rua, em 
volta do prédio da escola. Antes de saírem reforce que é necessário que fiquem sempre juntos 
a você. Explique que a proposta é observar com muita atenção as cores do céu, das árvores, 
flores, animais, automóveis, paredes, telhados... 
 
 
 
 
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Por exemplo: organizados em torno a uma árvore, pergunte-lhes: 
 Quantas tonalidades de verde encontram nela? Onde estão? Apontem as diferenças! 
 Quantas cores encontraram em seu tronco? Onde estão? 
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Faça o mesmo exercício com as cores do céu, das flores, etc. Observe sempre os alunos 
que têm mais dificuldade em identificar cores e ajude-os! 
A seguir, distribua os retângulos de papel celofane, um conjunto de várias cores para 
cada aluno. Peça a eles que coloquem sobre os olhos, primeiro uma cor de cada vez,e depois 
experimentem colocar duas ou mais cores sobrepostas Pergunte-lhes se com esses “óculos” 
há alteração nas cores que veem. Incentive-os nessa investigação, pedindo que olhem para o 
céu, as casas, os colegas, as flores, a escola, etc. 
Voltando para a sala, organize a roda de conversa para que as crianças relatem suas 
experiências. É importante que você estimule todas a falar! Pergunte-lhes sobre as cores que 
mais viram. Solicite que falem, também, o que mudou e por que quando utilizaram o papel 
celofane sobre os olhos. 
 
Diga-lhes que em arte as cores e as formas são feitas e escolhidas com liberdade pelo 
artista, tudo pode acontecer: um cavalo pode ser roxo, os relógios derretidos, as casas 
voadoras, basta o artista pensar e, com alguma intenção, criar sua obra. 
Proposição 9 
 
Retome a conversa da aula anterior e, com os alunos em grupos, distribua novamente o 
livro “Arte para Crianças” – e outros do acervo da escola - para que procurem duas obras de 
arte que representem coisas imaginárias ou imagens com formas e cores sem nada 
reconhecível (abstratas). Peça que localizem essas imagens apenas em desenhos, pinturas ou 
esculturas. Dê-lhes algum tempo para a pesquisa. Oriente-os a olhar com bastante atenção 
especialmente as reproduções menores. 
A seguir, solicite que cada grupo mostre e conte aos outros o que viu nas imagens que 
encontraram. Ajude-os na localização das páginas e diga a eles os nomes dos autores e das 
obras. Conte aos alunos que muitos artistas preferem criar imagens imaginárias ou usando 
apenas formas e cores sem apresentarem nada reconhecível (abstratas). 
Prepare, antes da aula, reproduções digitalizadas de obras expressionistas, surrealistas, 
cubistas, dadaístas (não empregue ainda esses nomes ao conversar com as crianças!) entre 
outras; contemple também algumas produções contemporâneas, dentro da proposta – imagens 
imaginárias ou abstratas -, e projete-as para apreciação dos alunos. Lembre-se, o foco é o uso 
das cores, mas aproveite também para um início de conversa sobre a utilização de diferentes 
materiais. 
Na roda de conversa, propicie que falem sobre essas imagens. Utilizando palavras 
acessíveis, estimule as crianças a debaterem sobre a liberdade na criação e a liberdade de 
expressão. Pergunte: 
 Um artista pode inventar e expor o que quiser? 
 Pode criar com qualquer material? 
 Devem existir regras para isso? Por quê? 
 
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Proposição 10 
 
Professor, esta aula destina-se à experimentação com tintas e cores. Relembre aos 
alunos o passeio pela escola, o uso do papel celofane, a observação das cores e as obras que 
você projetou. 
Prepare todo o material antes: tinta guache nas cores azul, vermelho, amarelo, preto e 
branco; copos descartáveis de café (para as tintas) e de água; pincéis redondos de diferentes 
tamanhos, folhas de papel canson (ou similar encorpado) e papel toalha para limpeza. Embora 
o trabalho seja individual, você poderá organizar os alunos em grupos, para facilitar a 
distribuição do material. 
O desafio será criar o maior número possível de cores! Auxilie aqueles que ainda têm 
dificuldades com o guache, pincéis e uso da água como diluente. Oriente-os na mistura das 
tintas, especialmente na utilização do branco, provavelmente pouco lembrado por eles, na 
criação de diferentes tonalidades. Ainda não é necessário falar em nuances, matizes, 
tonalidades, monocromia, cores primárias, secundárias, contraste... 
Peça que cada um faça, na folha que recebeu, manchas ou bolinhas com as cores que 
“inventou”, organizando-as como se fosse um catálogo de cores. Incentive a investigação! 
Quanto mais cores diferentes melhor! 
 
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Exponha todos os trabalhos e peça que comentem: as cores que mais aparecem, as 
mais diferentes, os nomes que elas têm, como conseguiram “inventar” determinada cor... 
Pergunte, apontando algumas delas ou objetos na sala de aula, quais tintas misturariam para 
fazê-las e por que. Instigue a imaginação, a percepção, o raciocínio das crianças! 
Na roda de conversa, pergunte-lhes o que aprenderam nas últimas aulas, quais suas 
descobertas e dificuldades. Incentive todos a manifestar opinião. 
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Faça os seus registros e fotografe os trabalhos dos alunos quando possível. Anote suas 
observações, intervenções e encaminhamentos. 
Proposição 11 
 
Para desenvolver esta proposição, você vai precisar do mesmo material utilizado na 
anterior, com exceção do papel canson que será substituído por um painel de papel cartão. 
Organize pelo menos seis grupos de alunos. Deixe à disposição deles diversas folhas de 
papel cartão em diferentes cores e fita crepe. Peça para que cada grupo escolha duas folhas – 
da mesma cor ou não – e cole-as pelo avesso com a fita crepe, formando um painel com o 
tamanho de duas folhas. Diga-lhes que poderão, se quiserem, alterar a forma desse suporte, 
recortando-o. 
Prenda, com fita crepe, os painéis na parede, de forma que seja fácil para as crianças 
desenharem e pintarem sobre ele. Diga-lhes que todo o cuidado é necessário, pois, a tinta, se 
estiver muito líquida, poderá escorrer, manchar ou estragar o trabalho. Se você preferir não 
correr riscos, oriente-os a pintar com os painéis no chão ou sobre as carteiras, colocando-os na 
parede apenas depois de prontos. 
O desafio será criar um desenho de algo que não existe ou algo que existe, mas pintado 
com cores inusitadas – lembre-os do exercício de observação com papel celofane! 
 
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Circule entre os grupos oferecendo ajuda. 
Com os painéis expostos, comentem os resultados. Primeiro, verificando se os grupos 
acataram as regras; a seguir, discutindo os trabalhos, o processo de produção de cada grupo, 
suas escolhas, intencionalidades, avanços e dificuldades. 
Depois, faça com o grupo uma leitura. Estimule todos a falarem, pois, como o tema 
permite dar asas à imaginação, - e crianças, geralmente, gostam de contar histórias - as 
interpretações dos trabalhos dos colegas poderão ser muito ricas! Este é um momento fértil 
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para explorar as diferentes leituras, a investigação de valores simbólicos, o repertório de cada 
um frente à leitura destes signos e, também, de incentivar a oralidade. 
Pergunte-lhes, ainda, qual a importância do uso das cores em suas produções; se 
gostariam de trocar algumas delas, quais e por que. 
A seguir, estimule outra leitura orientada por você: 
 Quais as cores que mais aparecem? 
 Quais as mais difíceis de produzir? 
 Quais as mais diferentes? 
 Quais as linhas presentes? (retas, curvas, mistas, quebradas, sinuosas, espirais). 
 Quais formas geométricas usaram? (retângulos, círculos, quadrados, triângulos). 
Solicite que apontem as localizações de tudo que observarem enquanto falam. Informe 
sempre sobre aquelas formas que ainda não conhecem, esclareça dúvidas. 
Faça os seus registros: anotações, fotos e guarde-as em seu portfólio. 
Proposição 12 
 
Para esta atividade, leve para a sala de aula um objeto tridimensional dentro de uma 
caixa de papelão fechada, mas com duas aberturas laterais para que um aluno por vez possa 
introduzir suas mãos e manipulá-lo sem vê-lo. Escolha um objeto que tenha variedade de 
texturas e que possibilite uma experiência tátil enriquecedora, evitando formas simplificadas 
como esferas ou cubos. Dê preferência a um objeto que não ofereça riscos às crianças, pois 
elas irão tocá-lo. 
 
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Oriente os alunos para que apenas toquem o objeto até reconhecê-lo, mas que não 
digam nada aos outros; a descoberta deverá ser mantida em segredo! 
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Depois que todos tiverem “sentido” o objeto sem falar nada, pergunte a toda a classe o 
que perceberam: 
 É pesado? Leve? 
 É quente? Frio? 
 É uma peça única? Tem partes que se movem? 
 É áspero ou liso? Tem partes ásperas? 
 De que material você acha que foi feito? (Pelúcia, borracha, louça, plástico, metal, 
Diversos materiais misturados?). 
 Que objeto seria? (uma boneca, um carrinho, um vaso, um animal, uma colher, algo 
desconhecido?). 
Peça-lhes que façam, rapidamente, um desenho, um rascunho de como imaginam que 
seja este objeto. A seguir, retire o objeto da caixa e mostre-o aos alunos. 
Na roda de conversa diga às crianças que artistas desenham, pintam, fotografam, mas 
também fazem esculturas, modelagens, objetos artísticos. 
Converse com o grupo sobre tridimensionalidade, dizendo que, diferente de um 
desenho, de uma fotografia, que são bidimensionais, um objeto tridimensional como a 
modelagem, a escultura pode ser visto – ou sentido - de todos os lados. Não se preocupe com 
esses conceitos ainda. 
Proposição 13 
 
Retome a proposição anterior e, mais uma vez, com os alunos organizados em grupos, 
entregue a cada grupo um livro “Arte para Crianças” e mais outros que existam na biblioteca da 
escola e peça-lhes que procurem quatro imagens que representem esculturas, modelagens ou 
objetos tridimensionais. 
Combinem um tempo para a pesquisa; circule entre os grupos, ofereça ajuda. 
Terminada a investigação, solicite que cada grupo mostre aos outros as imagens 
encontradas. Mais uma vez, ajude-os na localização das páginas. Comentem as imagens, diga 
o nome de seus autores. Lembre-os que são obras de arte que podem ser vistas de todos os 
lados, embora as imagens delas disponíveis nos livros, por serem fotografias, mostrem apenas 
um dos lados. Conversem sobre isso! 
A seguir, projete imagens digitalizadas mostrando esculturas de diferentes épocas, 
países, culturas, autores. Você precisa preparar este material com antecedência. 
Na roda de conversa, pergunte-lhes: 
 Na cidade em que moram, ou em outra que conhecem, já viram alguma escultura? 
 Onde? (praças, jardins, igrejas, museus ou cemitérios?). 
 Por que elas foram colocadas nestes lugares? 
 São esculturas de pessoas, animais ou de que? 
Não se preocupe, ainda, em diferenciar escultura, modelagem, objeto... 
 
Lembrete: Solicite aos alunos que tragam para a próxima atividade, massinha de 
modelar e objetos pequenos como: tampinhas de garrafa, canudinhos para refrigerantes, 
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gravetos, arames encapados com plástico colorido, (utilizados para fechar pacotes de pão de 
forma), botões, bolinhas de isopor, caixinhas, barbante, etc. 
Proposição 14 
 
Professor, esta proposta é individual. 
Com o material solicitado na aula anterior, cada aluno deverá criar um objeto 
tridimensional. Diga-lhes que deverão criar algo que possa ser contemplado de todos os lados, 
inclusive, visto de cima! Poderão criar bichos, pessoas, bonecos ou até uma forma abstrata. 
Leve você também alguns materiais e, se possível, argila. 
 
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Circule pela sala oferecendo ajuda e material. Observe se, de fato, os alunos trabalham 
tridimensionalmente, pois, é muito comum que crianças, embora utilizem massinhas, façam 
desenhos – no plano - com elas. 
A seguir, coloque todos os trabalhos sobre uma mesa grande – ou carteiras reunidas - e 
comentem os resultados. Converse com os alunos e verifiquem se houve o mesmo cuidado na 
execução de todas as faces dos objetos. Oriente a leitura de alguns deles de modo que falem 
sobre suas escolhas no uso das cores, das formas e volumes. 
Na roda de conversa estimule todos a comentarem suas produções, se há diferença 
entre o desenho e estas representações, se elas podem ser vistas de todos os lados, quais 
suas maiores dificuldades, o que aprenderam... 
Conversem sobre as diferentes possibilidades de se fazer arte, de expressar ideias, 
lembrando que artistas não utilizam apenas lápis e papel! Pergunte ao grupo se já viram outras 
formas de manifestações artísticas. 
Não se esqueça das suas anotações! 
 
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Lembrete: Diga aos alunos que, na próxima aula farão um trabalho “gigante”, em 
grupos! Solicite que tragam caixas grandes (podem pedir em lojas, supermercados), massinha 
de modelar, tampinhas de garrafa, canudinhos para refrigerantes, gravetos, arames encapados 
com plástico colorido, botões, bolinhas de isopor, caixinhas, embalagens diversas, barbante, 
sucata, fitas, clipes, etc. 
Você deverá preparar com antecedência, material para pintura: tinta guache, pincéis, 
copos descartáveis, papel toalha. Não se esqueça de providenciar, também, cola, grampeador, 
fitas crepe e adesiva, elásticos, diferentes tipos de papéis coloridos: espelho, cartão, celofane, 
laminado, etc. 
 
Proposição 15 
 
Mostre aos alunos reproduções de obras de Joan Miró ou de outros artistas que você 
pesquisar e que apresentem características semelhantes a das obras que sugerimos: 
 Personagens, 1976 – Paris 
 Personagem, 1967 – França 
 A carícia de um pássaro - Fundação Miró Barcelona 
 Mulher e pássaro 1983 - Barcelona 
 
Conversem sobre elas, sobre tridimensionalidade, os materiais utilizados, a forma, as 
cores e fale um pouco sobre o artista. (você encontrará informações no livro “Arte para 
Crianças”). Não se esqueça de reforçar com os alunos que o que eles estão vendo é uma foto 
de um objeto artístico tridimensional e não o objeto. 
Em seguida, organize os alunos em grupos, cada um com o material que trouxeram e 
mais aqueles que você deixará disponível. Diga-lhes que o desafio será criar, de forma 
tridimensional, um ser de outro planeta! 
Incentive o grupo a ousar, experimentar os diferentes materiais, a amassar, modelar, 
esculpir, cortar, rasgar, colar, amarrar, torcer, esticar, furar, enrolar, grudar... 
 
 
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Grupo 2 
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Grupo 3 
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É importante que você circule entre os grupos, sempre instigando, problematizando, 
oferecendo ajuda e cuidando que manipulem os diferentes materiais com segurança! 
Assim que todos terminarem, coloquem as produções em locais bem separados da sala 
e realizem uma “visita” a cada uma delas. Peça que falem sobre o processo criativo, os 
problemas enfrentados, as soluções encontradas e o que significam para os participantes do 
grupo, sempre adequando estas colocações de modo que os alunos possam compreendê-las. 
Incentive todos a falar! 
Faça uma pequena leitura de cada produção, perguntando: 
 De que planeta veio a “criatura”? 
 Que língua fala? Quais sons emite? 
 Se é “do bem”? 
 Como se alimenta? 
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 Onde vive? 
 Tem poderes especiais? Quais? 
 O que veio fazer na Terra?

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