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Tem como objetivo a reposição temporária efetiva e segura de componentes do sangue, e deve ser instituída somente quando os benefícios esperados forem maiores que os riscos oferecidos pelo procedimento. Pode ser realizada utilizando-se sangue total ou seus derivados (concentrado ou papa de hemácias, plasma fresco congelado, plasma armazenado, plasma rico em plaquetas). ✓ Quando a contagem de hemácias for inferior aos valores de referências – hipóxia tecidual ✓ Animais que perderam >30% da volemia – agudo ✓ Animais com anemia crônica, com sinais de comprometimento da oxigenação ✓ A avaliação eletrocardiográfica de pacientes anêmicos pode também ser utilizada como parâmetro para realização de terapia transfusional. Sangue total fresco (STF) – fornece hemácias, leucócitos, proteínas plasmáticas, todos os fatores de coagulação e plaquetas, sendo um bom componente nos casos de sangramento agudo. Sangue total resfriado (STR) – quando estocado adequadamente em geladeira o sangue total fornece por até 30 dias hemácias, porém perde grande parte dos fatores de coagulação, leucócitos e plaquetas. Concentração ou Papa de hemácias (CH/PH) – as hemácias são obtidas da bolsa de sangue total por sedimentação gravitacional, o que remove parte do plasma, obtendo HT de 70% - 80%. Antes da transfusão deve-se adicionar à bolsa 250 mL de NaCl a 0,9% para facilitar a administração. Plasma fresco congelado (PFC) – é o plasma congelado a -20° a -70°C dentro de 8 horas após a coleta, fornecendo todos os fatores de coagulação estáveis por até 6 meses se mantido a -20°C e até 1 ano se mantido a temperaturas inferiores a -30°C. Se o plasma for descongelado e não utilizado, poderá ser recongelado dentro de 1 hora sem perder suas características. Plasma armazenado (PA) – plasma cujo congelamento ocorreu após 8 horas da coleta do sangue. Mantém-se viáveis os fatores dependentes da vitamina K, porém são perdidos os fatores V, VIII, von Willebrand e as plaquetas. Se o plasma for descongelado e não utilizado, poderá ser recongelado dentro de 1 hora sem perder suas características. Plasma rico em plaquetas (PRP) - coleta-se o plasma rico em plaquetas após a segunda centrifugação do plasma fresco. É estocado à temperatura ambiente, em movimento contínuo, por até 5 dias. Crioprecipitado (CRIO) e Plasma Criopobre (PCP) – o CRIO constitui-se da fração de plasma insolúvel ao frio, rica em fator VIII, XIII, fator de von Willebrand e fibrinogênio, obtida a partir do PFC descongelado e centrifugado. Produto que sobra após a produção do plasma crioprecipiado é chamado plasma criopobre, rico em fatores II, VII, IX e X, albumina e globulinas. Devem ser mantidos congelados a -20°C, com validade de um ano. Caninos ✓ Adultos ✓ Entre 2 a 5 anos ✓ Saudáveis Transfusão sanguínea ✓ Acima de 25kg ✓ Vacinados e vermifugados ✓ Livres de ectoparasitas ✓ Dóceis ✓ Hematócrito >40% ✓ Hemoglobina >13 mg/dL Felinos ✓ Adultos ✓ Acima de 5kg ✓ Vacinados e vermifugados ✓ Livres de ectoparasitas ✓ Dóceis ✓ Hematócrito >35% ✓ Hemoglobina >11 mg/dL ✓ NÃO DEVE SER COLHIDO MAIS DO QUE 60 mL DE SANGUE DE UM MESMO DOADOR FELINO, INDEPENDENTE DO SEU PESO A coleta de sangue em felinos não deve ser realizada da mesma forma que em cães, ou seja, não se deveutilizar diretamente a bolsa de sangue. Deve-se utilizar scalp, cateter ou mesmo agulhas de menor calibre, acopladas a seringas de 20mL de sangue coletado. O restante de anticoagulante contido na bolsa de sangue deve ser totalmente removido, e o volume de sangue obtido nas seringas deve ser transferido, delicadamente, para o seu interior. Sempre, após a coleta de sangue em felinos, deve-se infundir o dobro do volume retirado de solução de Ringer lactato. Depende da modalidade transfusional e da quantidade de sangue/fração sanguínea requerida. 01. STF ou STR Volume (mL) = (peso do receptor em Kg x n) x (HT desejado - receptor) (HT do doador) *Sendo n = 70 para gatos e n = 90 para cães - O STF deve ser adm na velocidade de 0,5 mL/Kg/hora (na 1° meia hora) - Depois, se não houver reação adversa, 5-10 mL/Kg/hora nas horas restantes - Período: 4 a 6 h - Deve ser administrado sozinho 02. CH - 10 mL/Kg para elevar o hematócrito em 10% - Administrar antes: 250 mL de NaCl a 0,9% diretamente na bolsa para diluir as hemácias e facilitar a adm. 03. PFC o PA - Volume de 45 mL/Kg, IV para elevação das concentrações séricas de albumina em 1 g/dL - 6-10 mL/Kg, V, SID, 3-5 dias para desordens de coagulação - Os produtos do plasma devem ser administrados a uma taxa inicial de transfusão de 1-2 mL/Kg/hora. Se bem tolerada, pode aumentar para 10-15 mL/Kg/hora (cães) e para 2,5-4 mL/Kg/hora (gatos). - Paciente hipovolêmico: taxa pode ser ligeiramente aumentada - Paciente hipervolêmico: não deve exceder 2-4 mL/Kg/h (cães) e 1-2 mL/Kg/h (gato) 04. PRP - Volume: 1 unidade/10 Kg, IV, para um aumento de 5.000 a 40.000 plaquetas/µL, podendo-se repetir a cada 24- 72 horas, e a velocidade de infusão segue as mesmas recomendações do plasma fresco congelado ou armazenado. 05. Crioprecipitado - Volume deve ser de 1 unidade/10 Kg, IV, até a normalização do quadro para tratamento da hemofilia. 06. Plasma criopobre - Recomenda-se o uso do plasma criopobre na dose de 10 mL/Kg, IV, SID, que deve ser repetida até o controle do sangramento na hemofilia B, na deficiência o antagonismo da vitamina K e também para correção da hipoalbuminemia, principalmente em casos síndrome nefrótica.
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