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Alopecia: Causas e Tratamentos

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ALOPECIA
Introdução
Queda temporária, parcial ou total, dos cabelos ou dos pelos do corpo. Distingue-se da calvície porque nessa condição a perda é apenas dos cabelos.
Formas clínicas e causas
•Eflúvio telógeno: perda difusa dos pelos com redução da densidade pilosa
■Pós-parto (inicia-se 2 a 3 meses após o parto)
■Nutricional (desnutrição, deficiência de ferro, de zinco, de proteínas, dietas de emagrecimento)
■Doenças sistêmicas (lúpus eritematoso sistêmico, anemias, diabetes, hipo e hipertireoidismo, hepatites, dermatomiosite)
■Estresse (físico ou psicológico)
■Medicamentos (contraceptivos orais, heparina, dicumarínicos, retinoides, betabloqueadores, quimioterápicos)
■Intervenções cirúrgicas
•Eflúvio anágeno: queda difusa dos pelos, incluindo os pelos em fase de crescimento
■Doenças infecciosas agudas, micoses, sífilis secundária
■Quimioterapia antineoplásica
■Radioterapia
■Intoxicação exógena (arsênio, ouro, ácido bórico, tálio)
•Alopecia cicatricial: por destruição de folículos pilosos (Figura 47.1)
■Infecções fúngicas, virais, bacterianas, sífilis terciária
■Nevo epidérmico
■Penfigoide cicatricial, líquen plano, sarcoidose
■Colagenoses (lúpus eritematoso sistêmico, esclerodermia). Neoplasias malignas
■Agentes físicos ou químicos (ácidos e álcalis), queimaduras, congelamento, radiodermatite
•Alopecia androgenética (calvície de padrão masculino; Figura 47.2)
■Decorrente de estímulo das raízes pilosas por hormônios masculinos
■Mais frequente no homem do que na mulher
■Geneticamente determinada (autossômica dominante)
■Ação de androgênios
•Alopecia areata: perda de pelos em placas, sem sinais inflamatórios ou atrofia da pele (Figura 47.3)
■Provavelmente autoimune
■Fatores infecciosos (bacterianos), emocionais, endócrinos
Figura 47.1 Alopecia cicatricial.
Figura 47.2 Alopecia androgenética.
•Alopecia de tração: perda pilosa irregular
■Tricotilomania (arrancar os próprios cabelos ou pelos)
■Faixas ou fitas apertadas na cabeça
•Tinha da cabeça: infecção fúngica (espécies de Microsporum e Trichophyton)
•Dermatite seborreica: fator agravante das diversas formas clínicas de alopecia
■Placas de pelos quebradiços próximas ao couro cabeludo, com sinais inflamatórios.
Manifestações clínicas
•Perda parcial ou geral dos cabelos ou dos pelos do corpo
•Prurido e descamação do couro cabeludo (tinha da cabeça)
•Cabelos quebradiços (tinha da cabeça e alopecia de tração)
•Redução dos pelos nas bordas da placa de alopecia (alopecia areata)
Figura 47.3 Alopecia areata universal.
•História familiar de calvície
•Estresse físico ou psicológico.
Exames complementares
•Reações sorológicas para sífilis
•Hemograma, ferro sérico e ferritina
•Provas de função tireoidiana e dosagem de hormônios sexuais em mulheres adultas
•Investigação laboratorial para lúpus eritematoso sistêmico
•Biopsia do couro cabeludo em casos especiais
•Antiestreptolisina O (ASLO).
Comprovação diagnóstica
•Dados clínicos
•Exames complementares para comprovar etiologia.
Tratamento
 Tratamento medicamentoso
•Alopecia androgenética: minoxidil tópico 2 a 5%; ou finasterida, VO, 1 mg/dia (contraindicado para mulheres em idade fértil; os pacientes do sexo masculino que têm planos de ter filhos devem evitar o uso 3 meses antes de começar a tentar). Mulheres com alterações hormonais devem usar: espironolactona 200 mg/dia ou acetato de ciproterona
•Alopecia areata: corticoides tópicos de alta potência ou intralesionais
•Tinha da cabeça: griseofulvina, VO, 15 a 20 mg/kg/dia (em crianças durante 8 semanas).
Evolução e prognóstico
•Eflúvio telógeno: raramente calvície permanente
•Eflúvio anágeno: raramente calvície permanente
•Alopecia cicatricial: irreversível
•Alopecia androgenética: pode haver recuperação com tratamento em alguns casos
•Alopecia areata: cerca de 50% têm remissão completa em 1 ano (recorrências são comuns)
•Alopecia de tração: depende de modificação do comportamento
•Tinha da cabeça: recuperação total com tratamento.
FONTE: Clínica médica na Prática diária. Porto.

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