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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - CEL0379
KAREN GABRIELY SOUSA SANTOS
Quem avalia o avaliador? Reflexão crítica acerca da Avaliação Institucional
Belém/PA
2021
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO BRASIL
Ao longo do Estado democrático de direito no Brasil, vários mecanismos de democratização do ensino foram aperfeiçoados e implementados nas redes formais da educação. Esse desenvolvimento sucessivo deve-se, em parte, aos dispositivos avaliativos que proporcionam dados comparáveis do aprendizado do estudante e as várias interferências contextuais que o impedem de ter um bom desempenho na sua formação escolar. Em uma sociedade racional como a nossa, as abordagens numéricas exprimem maior celeridade em sua contabilização, e através dos softwares de análise de dados, números e indicadores são elaborados contabilizando desempenhos dos estudantes em provas aplicadas por todas as unidades escolares da federação.
A educação brasileira é regida pela descentralização do Estado, no qual município, estado e união compartilham a gestão da organização institucional da escola. Como seria possível avaliar realidades tão diversas do ensino vivenciadas por cada região do país? Esse é o desafio da avaliação institucional, ser eficiente em dados relacionais que comparem realidades variadas. Um dos exemplos de sistema de avalição da educação formal é o IDEB - Índice de desenvolvimento da educação básica. 
Criado em 2007 este índice concentra duas importantes variáveis na análise da qualidade escolar: a) fluxo escolar; b) médias de desempenho do aluno nas avaliações. O enfoque pedagógico do índice permite que metas sejam traçadas no aprimoramento da qualidade do ensino. Além de proporcionar um sistema de dados sintéticos, permite também que políticas públicas setorizadas à educação sejam geradas em favor da qualidade de ensino.
Esse indicador é condicionado por dois outros sistemas, um deles é o SAEB, sistema de avaliação da educação básica, nele é concentrado um conjunto de avaliações externas em larga escala, permitindo ao inep criar um diagnóstico mais acurado acerca dos fatores que podem interferir no desempenho do Aluno. A partir disso o Saeb tenta refletir os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados em uma série de informações contextuais. O sistema autoriza que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. 
Os testes são feitos a partir de matrizes de referência e não engloba todo o currículo escolar, ou seja, o conteúdo é relacionado e competências e habilidades esperadas para cada serie e para cada disciplina. Dessa forma, existe uma matriz de referência para língua portuguesa e matemática; para ciências da natureza; para ciências humanas e língua portuguesa e matemática do 2º ano do ensino fundamental. A partir dessas matrizes escalas de proficiência são elaboradas como forma de parâmetro de medição estatística. 
Outra variável que integra o IDEB é o censo escolar. Ele é a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira, através da coleta do ensino básico realizado de forma colaborativa com as secretarias estaduais e municipais de educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas é possível compreender a situação educacional do país, das unidades federativas, dos municípios e do Distrito Federal, bem como das escolas e, com isso, acompanhar a efetividade das políticas públicas. 
A pesquisa estatística abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica e profissional: 1) Ensino regular (educação infantil, ensino fundamental e médio); 2) Educação especial – escolas e classes especiais;3) Educação de Jovens e Adultos (EJA); 4) Educação profissional (cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada ou qualificação profissional). A coleta é feita de forma declaratória e é dividida em duas etapas, a primeira é a matrícula inicial. A segunda etapa ocorre com o preenchimento de informações sobre a Situação do Aluno, e considera os dados sobre o movimento e rendimento escolar dos alunos, ao final do ano letivo.
Para além da capacidade técnica da avaliação institucional é necessário levar em consideração a condicionante política pública. Isto quer dizer que, as metas e diretrizes da avaliação são orientadas por fatores políticos governamentais determinados por cada gestão. Nenhuma ação, por mais racional que seja no campo social, é livre de aspectos ideológicos que moldam quais as prioridades cada avaliação terá, isto é, o que deve ser medido? Como podemos nivelar alunos com oportunidades distintas e ofertas diferenciadas de ensino? Em que pese, como a avaliação institucional assegura que as inteligências múltiplas não sejam tolhidas nas notas de avaliação? Ou mesmo pensar a avaliação não apenas como índice de julgamento mas como porta de entrada.
Este é o caso do Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, instituído em 1998, o objetivo inicial era avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Além de avaliar os conhecimentos de estudantes do último ano do ensino médio. O exame se transformou em um importante dispositivo de acesso ao ensino superior nos últimos anos. As notas do Enem podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Elas também são aceitas em mais de 50 instituições de educação superior portuguesas. 
Apesar dos avanços em relação às práticas de avaliação institucional no Brasil, o SINAES por exemplo, parece não ter conseguido institucionalizar plenamente a avaliação, sobretudo porque está organizado para dar conta, simultaneamente, de duas finalidades distintas: o aperfeiçoamento e desenvolvimento institucional de um lado, e a regulação do outro. Isto quer dizer que ao estimular o aperfeiçoamento institucional a regulação pesa significativa ao elaborar notas de desempenho que em alguns momentos não reflitam a verdadeira realidade escolar. 
Fica um questionamento, quem avalia o avaliador? Como os critérios regulatórios podem estar impregnados de visões ideológicas que não reflitam mais o modelo de escola contemporânea? Talvez, a resposta para essa pergunta esteja na “gestão escolar” efetivamente democrática, que permita que auditorias sejam amplamente realizadas e que aqueles que são avaliados possam opinar do como estão sendo avaliados. Afinal, o sentindo avaliativo não pode se perder no meio do caminho como ferramenta estritamente técnica, mas também como ferramenta emancipadora da educação.
REFERÊNCIAS
Heiderscheidt, Francisca Goedert e Forcellini, Fernando Antônio. Histórico das avaliações institucionais e sua mudança na percepção de valor. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas) [online]. 2021, v. 26, n. 01 [Acessado 25 Julho 2021], pp. 177-196. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-40772021000100010>. Epub 16 Abr 2021. ISSN 1982-5765. https://doi.org/10.1590/S1414-40772021000100010. 
INEP - Enem: exame nacional do ensino médio, 2021. Avaliações e exames educacionais. Disponível em:< Enem — Inep (www.gov.br)> Acesso em: 24 de jun. de 2021.
INEP - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 2021. Avaliações e exames educacionais. Disponível em:< Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — Inep (www.gov.br)> Acesso em: 24 de jun. de 2021.
INEP – Censo Escolar, 2021. Avaliações e exames educacionais. Disponível em:<Censo Escolar — Inep (www.gov.br)> Acesso em: 24 de jun. de 2021.

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