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8 - Aula HF - ECG normal e Arritmias

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CLADIS L. K. MORAES 
 
Enfermeira Prof. Dra em Farmacologia 
cladismoraes@uol.com.br 
 
 
 ELETROCARDIOGRAMA 
Eletricidade e o Coração 
Eletricidade biológica é o que faz o coração bater. 
 
 
Eletrocardiograma: 
 
É o registro gráfico da atividade elétrica gerada 
pelo coração e obtido na superfície corpórea 
através de pequenas placas de metal 
colocadas em pontos pré-estabelecidos por 
convenção (derivações). 
Eletrocardiograma 
 Principio básico 
 
• As forças dentro do coração são transmitidas 
para a superfície do corpo, e podem ser 
detectadas através de eletrodos fixos nas 
extremidades. 
 
• São produzidas ondas resultantes que são 
ampliadas, antes de serem registradas em fita 
corrente de papel milimitrado , desta maneira 
se obtém uma imagem continua da atividade 
elétrica de um ciclo cardíaco completo. 
Eletrocardiograma 
 Fisiologia cardíaca 
 
 
• O coração é dotado de um sistema especial para gerar 
impulsos rítmicos que causam a contração do 
músculo cardíaco. 
 
• Esse sistema sofre influência de nervos simpáticos e 
parassimpáticos (vago) que afetam a função cardíaca. 
1 - Alterando a freqüência cardíaca 
2 - Alterando a força de contração cardíaca 
 
• A estimulação parassimpático diminui a freqüência 
cardíaca numa faixa de controle de 20 a 30 bpm, e a 
simpática aumenta a frequência em até 250 bpm. 
 
 
Sistema Excito-Condutor Cardíaco 
Nó 
Sinusal 
Feixes 
Internodais 
Feixe 
Inter-
Atrial 
Nó AV 
Feixe de His 
Área Juncional átrio-ventricular 
Nó AV 
Feixe de His 
Sistema Excito-Condutor Cardíaco 
Feixe de His 
Ramo 
Direito 
Ramo 
Esquerdo 
Fascículos 
Fibras de 
Purkinje 
Fibras musculares especializadas 
• Excitatórias e condutoras 
 
• Contratilidade mais fraca – apresentam 
poucas fibrilas contráteis 
 
• Apresentam ritmicidade e velocidade de 
condução variáveis, formando um sistema 
excitatório para o coração. 
Potencial Transmembrana de 
Repouso da Célula Cardíaca 
• A célula tem um potencial elétrico dado pela 
carga de íons sódio (LEC) e potássio (LIC) É a 
diferença de voltagem entre as superfícies 
interna e externa da membrana é de – 90 mV. 
• A célula encontra-se em repouso e polarizada. 
 
K+ 
Na+ 
Potencial Transmembrana de Ação 
• Este potencial é conduzido para todo o coração. 
• Responsável por desencadear cada batimento 
cardíaco. 
• Duram várias centenas de milissegundos. 
• É causado pela entrada de sódio na célula 
chamado de despolarização 
 
Na+ 
K+ 
Eletricidade e o Coração 
Eletricidade biológica é o que faz o coração bater. 
 
 
Eletrocardiograma: 
 
É o registro gráfico da atividade elétrica gerada 
pelo coração e obtido na superfície corpórea 
através de pequenas placas de metal 
colocadas em pontos pré-estabelecidos por 
convenção (derivações). 
Eletrofisiologia Celular 
 
• Células cardíacas, em seu estado de 
REPOUSO, são eletricamente 
polarizadas. 
- - - - - - - - 
- - - - - - - - 
+ + + + + + + 
- 
+ + + + + + + 
Membrana 
Celular 
Na+ 
K+ 
Nó 
Sinusal 
Frequência 
de 
Disparo: 
 60 a 100 
bpm 
Ritmo cardíaco 
... trilhões de potenciais 
de ação combinados ... 
 
 
 
 
 
 ... formarão o ECG... 
* 
ELETROCARDIÓGRAFOS 
TRANSDUTOR AMPLIFIC. REGISTRADOR 
TRANSDUTOR AMPLIFIC 
CONVERSOR 
A/D 
CAPTADOR 
CANAL DE REGISTRO ANALÓGICO 
CANAL DE REGISTRO DIGITAL 
MOFFA, Paulo Jorge. (Org.). Eletrocardiograma: Normal e Patológico. São Paulo: Rocca, 2001. 
Plano Frontal 
 
Derivações Periféricas 
DI DII DIII 
avR aVL avF 
Eletrocardiograma 
Linhas de Derivação no Plano Frontal: 
 Triângulo de 
Einthoven 
DI : Braço Direito (RA) e 
 Braço Esquerdo (LA)‏ 
 
DII : Braço Direito (RA) e 
 Perna Esquerda (LL)‏ 
 
 
DIII : Braço Esquerdo (LA) e 
 Perna Esquerda (LL)‏ 
 
As Devivações do PF são: DI, DII, DII, AVR, AVl, AVF. 
DERIVAÇÕES BIPOLARES Plano Frontal 
 AVR – BD A (aumentada) V (voltagem) R (D) :  Right 
 
 AVL – BE A (aumentada) V (voltagem) L (E) :  Left 
 
 AVF – PE A (aumentada) V (voltagem) F (Pé) :  Foot 
 
Derivações unipolares aumentadas 
Eletrocardiograma 
Derivação Posicionamento do (s) eletrodo (s) 
DI MSD e MSE 
DII MSD e MIE 
DIII MSE e MIE 
aVR MSD 
aVL MSE 
aVF MIE 
I 
II III 
aVF 
aVR aVL 
Oo 
+90o 
- 90o 
- 60o 
- 30o 
+30o 
+60o +120o 
+150o 
HEINISCH, RH 
Plano Transversal 
 
Derivações Precordiais 
V1 V2 V3 V4 V5 V6 
V7 V8 V9 
V3R V4R V5R V6R 
Eletrocardiograma 
As derivações no plano Horizontal ou Precordiais são: 
 V1, V2, V3, V4, V5, V6, V7, V8, V3R e V4R 
Linhas de Derivação no Plano Horizontal: 
 Localização 
 V1 - localizado no 4º espaço 
intercostal justa-esternal D; 
 V2 - localizado no 4º espaço 
intercostal justa-esternal E; 
 V3 - localizado entre V2 e V4; 
 V4 – Localizado na linha 
hemiclavicular no 5 espaço 
intercostal esquerdo; 
 V5 - localizado na linha axilar 
anterior no 5 espaço 
intercostal; 
 V6 - localizado na linha axilar 
média no 5 espaço intercostal. 
Derivações Precordiais 
http://butler.cc.tut.fi/~malmivuo/bem/bembook/15/15x/1508x.htm
Posição das Derivações Precordiais 
POSIÇÃO DOS ELETRODOS PELAS 
CORES 
SISTEMA DE CORES EUROPEU: 
 Perna esquerda. 
 Braço esquerdo. 
 Braço direito. 
 Perna direita. 
 Precordiais. 
SISTEMA DE CORES AMERICANO: 
 Perna esquerda. 
 Braço esquerdo. 
 Braço direito. 
 Perna direita. 
 V1 
 V2 
 V3 
 V4 
 V5 
 V6 
Técnica do Registro 
• Paciente imóvel, em DDH ou sentado (intolerância ao 
decúbito), sem contato com a parede. 
• Maca preferencialmente de madeira, se for de metal deve 
estar aterrado. 
• Ideal em ambiente calmo e com temperatura agradável. 
• Afastado de fios de alta tensão, motores, aparelhos 
elétricos e aparelhos de ondas curtas. 
• Tomada de corrente do aparelho deve ser aterrada. 
• Seguir as instruções do fabricante. 
• Preparo da pele: Limpar com álcool, benzina ou éter o 
local dos eletrodos, retirar o excesso de pelos do tórax, 
aplicar pequena quantidade de pasta condutora e 
espalhar com o dedo. 
• Registrar as diferentes derivações. 
Sistema de Registro do ECG 
Duração em segundos... 
0,20 seg. 0,20 seg. 0,20 seg. 0,20 seg. 0,20 seg. 
http://www.bricotodo.com/depieceplantilla.htm
Amplitude em mm ou mV... 
5 mm 0,5 mV 
http://www.bricotodo.com/depieceplantilla.htm
Traçado Eletrocardiográfico 
Junto com a 
linha de base 
- Rara 
- Repolarização fibra de 
 Purkinje 
 +nível de K ‏↓-
- isquemias 
Artefato 
Artefato – Linha de base 
Artefato - muscular 
Eletrocardiograma 
Cálculo da freqüência cardíaca 
 
 1 quadrinho : 0,04 s 
 10 quadrinhos : 0,40 s 
 25 quadrinhos : 1,00 s 
 1500 quadrinhos : 60 s 
 
 1) Divide-se 1500 pelo Nº de 
quadrados pequenos de R a R 
 2) divide-se 300 pelo Nº de 
quadrados grandes de R a R 
 3) De R a R pelas linhas mais 
escuras 300(:1; 150:2; 100:3; 
75:4; 60:5; 50:6; etc. 
 
Regra dos 300 
Determinação da Frequência 
Cardíaca pelo ECG 
Regra dos 1500 
• 1 min (60 seg)= 1500 quadradinhos 
1500/16 = 93 bpm 
Onda P 
• Sempre Positiva em DI, DII, aVF, V2 a V6. 
 
 
Ritmo Sinusal 
Intervalo PR 
Duração: 0,12 a 0,20 seg. 
Complexo QRS 
 Duração: < 0,10 seg. 
 
J - final do QRS e início da onda T 
Segmento ST 
Verificar posicionamento do ponto J. 
Supra 
Infra Normal 
Onda T 
• Assimétrica 
• Positiva (exceto V1) 
• Amplitude: até 2/3 do complexo QRS 
Ritmo Sinusal 
Ondas P Positivas em 
 
D1 D2 aVF V5 V6 
 
seguidas do complexo QRS. 
Rotina de Avaliação do ECG 
 Qual a frequência? 
Menor que 60 bpm? 
Maior que 100 bpm? 
 Tem onda P? 
É sinusal? 
Não tem ??? 
1500 / 23 = 65 bpm 
Tem QRS? 
 
Largo ? 
Estreito ? 
Regular ? 
Irregular ? 
QRS estreito 
< 0,10 seg. 
Regularidade do ritmo 
Para cada P 
corresponde um QRS? 
 
Avaliar Segmento ST-T 
 
Número de derivações !!! 
 
Supra ST de V1 a V6 
Supra ST DII, DIII e aVF 
Infra DI e aVL 
Avaliar duração e 
amplitude das ondas. 
 
Estão normais? 
 
• Favorecer um ambiente tranqüilo para minimizar a ansiedade 
do paciente; 
• Orientar o paciente sobre os procedimentos a serem 
realizados; 
• Monitorizar o traçado ECG (scopio ou pulso), comunicando 
alterações; 
• Avaliar e registrar a freqüência, morfologia e a complexidade 
das arritmias; 
• Determinar o efeito da arritmia sobre o estado do paciente: 
avaliar sinais vitais, principalmente PA e FC, estado 
neurológico, função renal, indícios de isquemia cardíaca, 
coloração, temperatura e perfusão das extremidades; 
• Manter cuidados com oxigenioterapia ( se indicado ); 
• Administrar medicações conforme prescrição médica; 
• Manter carrinho de emergência completo, testado e ligado 
para possíveis intercorrencias; 
• Manter painel do paciente completo; 
• Registrar a resposta da arritmia ao tratamento instituído. 
 
ARRITMIAS CARDIACAS 
Assistência de enfermagem nas arritmias cardíacas 
Taquiarritmias:
T.S.; T.A.; T.V.
Flütter atrial
T.J.
F.C. > 100 b.p.m.
Bradiarritmias
B.S.; Bloqueios
atrioventricul.
F.C. < 60 b.p.m.
Ritmo normal
Flütter atrial
60 < F.C.< 100
REGULAR
Extra-sístoles
Arritmia sinusal
Irregularidade
esporádica ou
rítmica
Fibrilação atrial;
Flütter atrial
c/ BAV
variável
Irregularmente
irregular
IRREGULAR
RITMO

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