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Doença de Parkinson

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DOENÇA DE PARKINSON
Etiologia
A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). 
A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos, que veremos adiante.
Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença. 
Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. Admitimos que mais de um fator deve estar envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.
Principais fatores de risco
Alguns fatores elevam o risco para o desenvolvimento da doença de Parkinson. 
· Idade avançada: Ainda que haja casos mais raros de Parkinson na adolescência e na juventude, essa doença é típica do envelhecimento. Isso se justifica devido aos mecanismos fisiológicos naturais que causam a degeneração celular nessa etapa da vida. Assim, o fator idade é um dos mais importantes para o desenvolvimento da doença de Parkinson. Geralmente, esse problema afeta pessoas acima dos 60 anos. Quanto maior a idade, maiores serão os riscos de ser acometido pela doença.
· Herança familiar: Quem tem parentes próximo com o diagnóstico confirmado de Parkinson também se torna mais suscetível à doença. 
· Estilo de vida: Pessoas que adotam um estilo de vida com hábitos de cigarros e de consumo de álcool em excesso estão mais expostas aos riscos da doença de Parkinson. 
· Gênero: A doença de Parkinson é mais comum nos homens do que nas mulheres. Mas ainda não há uma explicação clara para esse fenômeno.
· Sedentarismo: Praticar atividade física é essencial à saúde mental e física. O sedentarismo contribui para o mal funcionamento das células e dos tecidos. 
· Fatores genéticos: As mutações genéticas específicas e ligadas à morte celular programada podem influenciar no surgimento do Parkinson. 
· Questões ambientais: Pessoas expostas a determinadas toxinas ou que estão constantemente sob a ação de elementos altamente nocivos, como as herbicidas, estão mais propensas ao risco da doença de Parkinson. 
Sinais e sintomas 
Geralmente, os sintomas mais comuns são unilaterais, o que faz com que o paciente relate que “um lado do seu corpo não está conseguindo mais acompanhar o outro”.
Vale ressaltar que pode haver casos de doença de Parkinson com ausência de tremores. Do mesmo modo que nem todos os pacientes idosos que apresentam tremores nas mãos são portadores dessa doença. Na ausência de tremores, o paciente percebe outros sinais característicos da doença. 
É mais comuns apresentar dificuldade para movimentar o membro afetado, rigidez corporal, a locomoção fica mais vagarosa e há mais lentidão nas tarefas de rotina ou nos cuidados de higiene.
A lentidão na hora de fazer determinadas tarefas ou movimentos com os membros superiores ou inferiores é um dos problemas que mais afetam o parkinsoniano. Quando não há tremores, esse sintoma nem sempre é percebido por familiares ou amigos. Mesmos isolados ou em associação com outras doenças, convém buscar ajuda o quanto antes para minimizar o impacto desses sintomas. Os sinais mais comuns da doença de Parkinson são:
· Tremor em repouso: Os tremores nas extremidades das mãos e dos pés são notados mesmo se esses membros estiverem em repouso. Esses tremores provocam um movimento que deixam as mãos inquietas. No estágio mais avançado da doença, os pés também são afetados.
· Anormalidades na postura corporal: A doença de Parkinson também pode provocar anormalidades na postura corporal do idoso. A mais comum é o ato de caminhar com a cabeça mais inclinada para frente. Em alguns casos, o tronco fica mais voltado para um dos lados do corpo. A lentidão nos movimentos corporais é conhecida como bradicinesia.
· Musculatura rígida: A rigidez muscular resulta em uma maior dificuldade para a execução de alguns movimentos passivos. Isso é percebido quando se tenta movimentar os braços ou as pernas do parkinsoniano. Muitos idosos com Parkinson apresentam dificuldades de locomoção, lentidão no caminhar e queixas de dores que, às vezes, é confundida com a rigidez.
· Alterações comportamentais: Como o cérebro coordena todas as funções do corpo, a doença de Parkinson também altera a fisiologia de alguns órgãos. Com isso, muitos parkinsonianos apresentam mudanças no comportamento ou alterações na personalidade.
· Sinais de depressão, ansiedade e irritabilidade podem estar presentes. Por isso, a orientação é buscar alternativas de tratamento — para a reabilitação mental e física — por meio de um trabalho multiprofissional. Isso possibilita um trabalho mais direcionado às necessidades individuais do idoso, em um contexto mais amplo e no sob o aspecto biopsicossocial.
Os sintomas do Parkinson variam conforme o grau da enfermidade. Na fase avançada, os sinais mais evidentes dessa doença são:
· Tendência a babar;
· Dificuldade para engolir;
· Tremores mais acelerados;
· dores musculares generalizadas;
· Falta ou diminuição da expressão no rosto;
· Muita dificuldade para iniciar ou para continuar o movimento;
· Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos, como o piscar de olhos, por exemplo;
· Redução ou perda da motricidade fina, que leva ao comprometimento de movimentos delicados como, por exemplo, escrever.
A fisioterapia na Doença de Parkinson
A fisioterapia atua em conjunto com a equipe nos diferentes estágios da doença, tendo papéis diferentes em cada um. O objetivo geral da fisioterapia não é só tratar os distúrbios já apresentados pelo paciente no momento da sua avaliação, ele deve também ter conhecimento sobre a possível evolução do quadro e estabelecer metas de prevenção – “tentando adiar o máximo as possíveis complicações, o quanto for possível”. A atuação da fisioterapia em conjunto com a equipe poderá variar de acordo com o contexto em que o paciente esta inserido, sendo uma intervenção individual ou em grupo.
Inicialmente o fisioterapeuta, fará uma avaliação para conhecer as demandas apresentadas pelo paciente, sua queixa principal, suas principais dificuldades funcionais, limitações e habilidades presentes. Diante dessa avaliação ele irá elaborar um plano de intervenção com condutas direcionadas individualmente.
De uma maneira geral, a fisioterapia irá atuar nos distúrbios motores, realizando exercícios de alongamento, mobilização, movimentação e exercícios de força muscular para a manutenção da mobilidade e diminuição da rigidez, “melhora” das alterações posturais e queixa álgica. O treino de equilíbrio e marcha, são essenciais pelo alto risco de queda desses pacientes, nesses exercícios sugere-se o uso de pistas externas e exercícios mais funcionais, com sequências e coordenação. Muitas vezes, é necessária a prescrição e um dispositivo de auxílio à marcha (andadores, bengalas, entre outros) que deverá ser avaliado diante da necessidade do paciente, deverá ser explicado, ajustado (melhor recurso e altura) e treinado com o paciente para melhor adaptação. A complicação respiratória, surge em decorrência da evolução da doença e dos distúrbios relacionados a deglutição, tornando-o paciente mais suscetível a pneumonia, por exemplo, além da diminuição da mobilidade e das alterações posturais que acabam interferindo na capacidadepulmonar. A fisioterapia deve atuar antes, com exercícios que aperfeiçoem a postura e a capacidade pulmonar e durante, no caso de infecção.
Além dessas intervenções o fisioterapeuta deve atuar em conjunto com a família, cuidadores e equipe na orientação para prevenção das complicações acima descritas e também na prevenção de ulceras por pressão, contraturas, adaptações posturais no leito e na cadeira de rodas e prevenção de quedas.
No Parkinson a principal preocupação é com a rigidez devido a ter perda de amplitude de movimento e a locomoção devido à falta de equilíbrio. Para isso, a fisioterapia tem utilizado programas de reabilitação e treinamentos para ajudar principalmente na capacidade física do paciente, no ganho de amplitude de movimento, equilíbrio, postura, autoestima, bem-estar, qualidade de vida. Porém, nos estudos encontrados a maioria fala-se de tratamento multidisciplinar, o que não tem acontecido. E os efeitos da fisioterapia vêm sendo comprovados quando estão associados ao tratamento medicamentoso. E isso depende muito da progressão e do estágio em que se encontra a doença (SILVA & MEJIA, 2014).

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