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Doença de Parkinson: Sintomas e Causas

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DOENÇA DE PARKINSON
NOME: Carla TURMA: 
O que é Doença de Parkinson (DP)? 
A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, que acomete em geral pessoas idosas. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos que permitem o diagnóstico de parkinsonismo.
Qual é a causa dessa intensa diminuição na quantidade de dopamina?
 Com o envelhecimento, todos os indivíduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem dopamina. Algumas pessoas, entretanto, perdem essas células (e consequentemente diminuem muito mais seus níveis de dopamina) num ritmo muito acelerado e, assim, acabam por manifestar os sintomas da doença. Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas (degeneração), muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. Admitimos que mais de um fator deve estar envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.
A Doença de Parkinson é genética? 
Embora já sejam conhecidos alguns genes relacionados com a ocorrência da Doença de Parkinson, ela habitualmente não é uma doença hereditária. Apenas ocasionalmente há diversos casos da doença numa mesma família e, em geral, trata-se de casos com início precoce (abaixo dos 40 anos de idade). Assim, devemos entender que não há como definir um risco real para filhos de pacientes também virem a desenvolver a doença, ou seja, a presença de um doente na família não aumenta o risco da doença em nenhum indivíduo. Os genes que favorecem o desenvolvimento da doença possivelmente devem agir de forma indireta, juntamente com outros fatores. Entre estes, destacam-se fatores ambientais, como contaminação com agentes tóxicos (agrotóxicos e resíduos químicos, por exemplo).
Quais são os sintomas da Doença de Parkinson?
O quadro clínico é composto de quatro principais sintomas:
· Tremores
· Lentidão e pobreza dos movimentos voluntários (acinesia ou bradicinesia).
· Rigidez (enrijecimento dos músculos, principalmente no nível de articulações).
· Instabilidade postural (dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com quedas frequentes).
Para o diagnóstico não é necessário, entretanto, que todos os elementos estejam presentes, bastando dois dos três primeiros itens citados. 
A Doença de Parkinson costuma instalar-se de forma lenta e progressiva, em geral em torno dos 60 anos de idade, embora 10% dos casos ocorram antes dos 40 anos (parkinsonismo de início precoce) e até em menores de 21 anos (parkinsonismo juvenil). Ela afeta ambos os sexos e todas as raças. 
Os sintomas aparecem inicialmente só de um lado do corpo e o paciente normalmente se queixa que “um lado não consegue acompanhar o outro”. O tremor é caracteristicamente presente durante o repouso, melhorando quando o paciente move o membro afetado. Não está, entretanto, presente em todos os pacientes com Doença de Parkinson, assim como nem todos os indivíduos que apresentam tremor são portadores de tal enfermidade. 
O paciente percebe que os movimentos com o membro afetado estão mais difíceis, mais vagarosos, atrapalhando nas tarefas habituais, como escrever (a letra torna-se pequena), manusear talheres, abotoar roupas. Sente também o lado afetado mais pesado e mais enrijecido. 
Esses sintomas pioram de intensidade, afetando inicialmente outro membro do mesmo lado e, após alguns anos, atingem o outro lado do corpo. O paciente também pode apresentar sintomas de dificuldade para andar (anda com passos pequenos) e alterações da fala. 
Principais sinais e sintomas da doença:
· Diminuição ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
· Constipação
· Dificuldade de engolir
· Sialorréia
· Acinesia ou bradicinesia
· Falta de expressão no rosto (aparência de máscara)
· Dores musculares (mialgia)
· Dificuldade para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira
· Perda da motricidade fina (a letra pode ficar pequena e difícil de ler, e comer pode se tornar mais difícil)
· Movimentos diminuídos
· Posição inclinada
· Músculos rígidos (frequentemente começando nas pernas)
· Tremores que acontecem nos membros em repouso ou ao erguer o braço ou a perna
· Tremores que desaparecem durante o movimento
· Com o tempo, o tremor pode ser visto na cabeça, nos lábios e nos pés, pode piorar com o cansaço, excitação ou estresse.
· Presença de roçamento dos dedos indicador e polegar (como o movimento de contar dinheiro)
· Voz para dentro, mais baixa e monótona
· Ansiedade, estresse e tensão
· Confusão
· Demência
· Depressão
· Desmaios
· Alucinações
· Perda de memória.
Diagnóstico de Parkinson
Não existem exames disponíveis para diagnosticar Parkinson. Um neurologista irá diagnosticar a doença com base no histórico médico do paciente e na revisão de seus sinais e sintomas, além de um exame neurológico e físico.
O médico pode, ainda, solicitar alguns exames para descartar outras condições que possam estar causando os sintomas.
Além de exames, o médico pode lhe receitar carbidopa-levodopa, a medicação típica da doença de Parkinson. Melhoras significativas nos sintomas após o início de uso desta medicação, muitas vezes, pode confirmar o diagnóstico de Parkinson.
Às vezes é preciso tempo para diagnosticar a doença de Parkinson. Os médicos podem recomendar consultas de acompanhamento regulares com neurologistas especialistas em distúrbios do movimento para avaliar a condição do paciente e os sintomas ao longo do tempo para, só aí, poderem diagnosticar ou não a doença de Parkinson.
Tratamento
É importante lembrar e compreender que atualmente não existe cura para o doença. Porém, ela pode e deve ser tratada não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. Grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana. No cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam. 
Por isso, nada há a fazer diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra. A grande arma de medicina para combater o Parkinson são os remédios e cirurgias, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com fala e a voz.
A LEVODOPA ou L-DOPA ainda é o medicamento mais importante para amenizar os sintomas da doença. A levodopa se transforma em dopamina no cérebro, e supre parcialmente a falta daquele neurotransmissor. Infelizmente o uso prolongado pode causar reações secundárias bastante severas, como movimentos involuntários anormais. Além do LEVODOPA, existem diversos outros que complementam o arsenal de medicamentos para combater os sintomas da doença.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
As limitações da terapia com levodopa, as melhoras na cirurgia estereotáxica e as novas condutas em transplante renovaram o interesse no tratamento cirúrgico da doença de Parkinson. Em pacientes com tremor incapacitante, rigidez ou discinesia grave induzida pela levodopa, a cirurgia pode ser considerada. Embora a cirurgia proporcione algum alívio em pacientes selecionados, não se demonstrou que ela altera a evolução da doença ou produza melhora permanente. 
PROCEDIMENTOS ESTEREOTÁXICOS 
A talamotomia e a palidotomia são efetuadas sob anestesia local e mostram-se eficazes no alívio de muitos dos sintomas da doença de Parkinson. Em geral, os pacientes são escolhidos para esses procedimentos devido a uma resposta inadequada à terapiaclínica, devendo satisfazer a critérios estritos que os tornam elegíveis para o procedimento. Os pacientes considerados candidatos para esses procedimentos são aqueles com doença de Parkinson idiopática que estão recebendo as doses máximas de medicamentos antiparkinsonianos. Os pacientes com demência e doença de Parkinson atípica são usualmente excluídos da consideração para os procedimentos estereotáxicos. 
As escalas de quantificação da doença de Parkinson e os exames neurológicos específicos são empregados para identificar os pacientes elegíveis para os procedimentos. 10 A pretensão da talamotomia e da palidotomia é interromper as vias nervosas e aliviar o tremor ou a rigidez. 
Durante a talamotomia, um estimulador elétrico estereotáxico destrói parte da porção ventrolateral do tálamo em uma tentativa de reduzir o tremor. As complicações mais comuns da talamotomia são ataxia e a hemiparesia. A palidotomia envolve a destruição de parte da face ventral do globo pálido medial através de estimulação elétrica e é eficiente na redução da rigidez, bradicinesia e discinesia. As complicações incluem a hemiparesia, acidente vascular cerebral e alterações visuais. A TC, a radiografia, a RM ou a angiografia é utilizada para determinar o local cirúrgico apropriado no cérebro. A cabeça do paciente é colocada em uma estrutura estereotáxica; faz-se uma incisão na pele e um orifício com uma broca, e um eletrodo é inserido através desse orifício até a área-alvo no tálamo ou globo pálido. A resposta desejada do paciente à estimulação elétrica constitui a base para a escolha do local final pelo neurocirurgião. Os procedimentos estereotáxicos são completados em um lado do cérebro por vez. Quando a rigidez ou o tremor é bilateral, sugere-se um intervalo de 6 meses entre os procedimentos. TRANSPLANTE NEURAL O implante cirúrgico de tecido da medula da supra-renal dentro do corpo estriado é realizado como um esforço para restabelecer a liberação normal de dopamina. Evidências preliminares demonstraram elevadas taxas de morbidade e mortalidade, e os implantes parecem melhorar os sintomas do parkinsonismo por apenas 6 meses. Os pesquisadores estão realizando estudos para determinar se é eficaz o transplante de células cerebrais fetais humanas para dentro da região nigroestriada. Resultados recentes indicam que as dosagens de medicamentos antiparkinsonianos podem ser diminuídas depois da cirurgia. As questões legais e éticas que envolvem o uso de células cerebrais fetais limitaram a implementação desse procedimento. 
ESTIMULADOR CEREBRAL PROFUNDO
 Embora ainda não aprovados pela Food and Drug Administration, os implantes cerebrais semelhantes a marca-passos estão mostrando resultados promissores no alívio dos tremores da doença de Parkinson. Um eletrodo é colocado no tálamo e conectado a um gerador de pulso, implantado em uma bolsa subclavicular ou abdominal subcutânea. O gerador de pulso movido à bateria envia impulsos elétricos de alta frequência através de um fio colocado sob a pele até uma derivação ancorada no crânio. O eletrodo bloqueia as vias nervosas no cérebro que provocam os tremores. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 O Primeiro passo para o Profissional de enfermagem é focalizar como a doença afetou as atividades da vida diária e capacidades funcionais do paciente. Os pacientes são observados para o grau de incapacidade e para as alterações funcionais que ocorrem durante o dia, como as respostas ao medicamento. 
Quase todo paciente com um distúrbio de movimento apresenta alguma alteração funcional e pode exibir algum tipo de disfunção comportamental. Durante essa avaliação, a enfermeira observa o paciente quanto à qualidade da fala, perda da expressão facial, déficit de deglutição, tremores, lentidão dos movimentos, fraqueza, postura anterógrada, rigidez, evidência de lentidão mental e confusão. 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (NANDA) ;
Segundo Nanda os principais diagnósticos de enfermagem do paciente podem incluir os seguintes: 
1- mobilidade física comprometida relacionada com rigidez muscular e fraqueza motora. 
2- Déficits de autocuidado relacionados com o tremor e o distúrbio motor.
 3- Constipação relacionada com o medicamento e atividade reduzida 
4- Nutrição alterada, ingestão menor que as necessidades corporais, relacionados com o tremor, lentidão na alimentação, dificuldade na mastigação e deglutição
 5- Comunicação verbal prejudicada relacionada com o volume diminuído e lentidão da fala, incapacidade para mover os músculos faciais. 
6- Enfrentamento ineficaz relacionado com a depressão e disfunção decorrente da progressão da doença. 
 PLANEJAMENTO E METAS A SEREM CUMPRIDAS;
 As metas para o paciente podem incluir a melhora da mobilidade funcional, manutenção da independência nas atividades da vida diária, obtenção da eliminação intestinal adequada, obtenção e manutenção do estado nutricional aceitável, obtenção da comunicação efetiva e desenvolvimento de mecanismo de enfrentamento positivo. 
 MELHORAR A MOBILIDADE;
Um programa de exercícios diários aumentará a força muscular, melhorando a coordenação e a destreza, reduzirá a rigidez muscular e evitará as contraturas que ocorrem quando os músculos não são utilizados. Caminhar, exercitar-se em bicicleta ergométrica, nadar e fazer jardinagem são todos exercícios que ajudam a manter a mobilidade articular. Os exercícios de alongamento e de amplitude de movimentos promovem a flexibilidade articular. Os exercícios posturais são importantes para conter a tendência da cabeça e do pescoço de se deslocarem para diante e para baixo. Um fisioterapeuta pode ser valioso no desenvolvimento de um programa de exercício individualizado e pode fornecer instruções para o paciente e para o cuidador sobre o modo de realizar os exercícios com segurança. 13 Técnico especial de caminhada deve ser aprendido para contrabalançar a marcha arrastada e a tendência para se inclinar para diante. O paciente é ensinado a se concentrar em caminhar ereto, olhar para o horizonte e usar uma marcha com base ampla (caminhar com os pés separados). Um esforço consciente deve ser feito para oscilar os braços, elevar o pé enquanto caminha e usar um posicionamento do pé do calcanhar para os dedos, com passadas largas. 
ESTIMULAR AS ATIVIDADES DE AUTOCUIDADO;
 Encorajar, ensinar e apoiar o paciente durante as atividades da vida diária promovem o autocuidado. Os pacientes podem ter graves problemas de mobilidade que impossibilitam as atividades normais. Aparelhos da adaptação ou de assistência podem ser úteis. Um terapeuta ocupacional pode avaliar as necessidades do paciente em casa e fazer recomendações em relação aos aparelhos de adaptação e ensinar o paciente e o cuidador sobre como improvisar. 
MELHORAR A ELIMINAÇÃO INTESTINAL;
O paciente pode ter graves problemas com constipação; fatores que causam a constipação, estão a fraqueza dos músculos usados na defecação, falta de exercícios, ingestão inadequada de líquidos e atividade diminuída do sistema nervoso autônomo. Os medicamentos utilizados para o tratamento da doença também inibem as secreções intestinais normais. Uma rotina intestinal regular pode ser estabelecida encorajando-se o paciente a seguir um padrão de horário regular, a aumentar conscientemente a ingestão de líquidos e a ingerir alimentos com um conteúdo de fibra moderado. 
MELHORAR A NUTRIÇÃO;
 Os pacientes podem ter dificuldade para manter seu peso. a alimentação torna-se um processo muito lento, exigindo concentração devido à boca seca por causa dos medicamentos e dificuldade para mastigar e deglutir. Monitorar o peso semanalmente indica se a ingestão calórica é adequada. As alimentações suplementares aumentam a ingestão calórica. 
MELHORAR A COMUNICAÇÃO;
 Sua fala suave, baixa e monótona exige que façam um esforço consciente para falar lentamente, com atenção deliberada para o que estão dizendo. Os pacientes são lembrados a ficar de frente para o ouvinte, exagerar a pronúncia das palavras, proferir frases curtas e empreender algumas respirações profundas antes de falar.Um fonoaudiólogo pode ser valioso ao idealizar os exercícios de melhora da fala e ao auxiliar a família e os profissionais de saúde a desenvolver e usar um método de comunicação para satisfazer as necessidades do paciente. 
APOIAR A CAPACIDADES DE ENFRENTAMENTO;
 O suporte pode ser dado ao encorajar o paciente e apontando quais atividades estão sendo mantidas através da participação ativa. Uma combinação de fisioterapia, terapia medicamentosa e participação em grupos de apoio pode ajudar a reduzir a depressão que acontece com frequência. Os paciente são assistidos e encorajados a estabelecer metas passível de atingir. Como o parkinsonismo tende a levar ao isolamento e à depressão, os pacientes devem ser participantes ativos em seus programas terapêuticos, inclusive nos eventos sociais e de lazer. 
EVOLUÇÃO ;
Os resultados esperados do paciente podem incluir:
 1. Esforça-se para melhorar a mobilidade 
a. Participar diariamente do programa de exercícios 15 
b. Caminhar com ampla base de sustentação; exagera a oscilação do braço enquanto caminha.
 c. Toma os medicamentos conforme a prescrição 
2. Progride para o autocuidado 
a. Permite tempo para as atividades de autocuidado 
b. Utiliza os aparelhos de autoajuda 
3. Mantém a função intestinal
 a. Consome os líquidos adequados 
b. Aumenta a ingesta de fibras na dieta
 c. Relata padrão regular da função intestinal 
4. Atinge um melhor estado nutricional 
a. Deglute sem aspiração
 b. Leva tempo para se alimentar
 5. Alcança um método de comunicação
 a. Comunica as necessidades 
b. Pratica os exercícios de fala 
6. Lida com os efeitos da doença de Parkinson 
a. Estabelece metas realistas 
b. Demonstra persistência nas atividades significativas 
c. Verbaliza os sentimentos para a pessoa apropriada 
CONCLUSÃO
Esse trabalho teve como objetivo ampliar nossos conhecimentos científicos sobre a patologia de Parkinson; na qual o profissional de enfermagem deve estar direcionado em promover o bem estar, baseados nas prevenções dos agravos patológicos através de uma relação interpessoal que possa produzir mudanças e crescimento intra-individual para a conquista dos objetivos dos cuidados. Devemos ainda orientar aos parkinsonianos que é importante a compreensão de que seu corpo esta limitado para realizar algumas atividades, mas que isso não significa impossibilidade de estabelecer objetivos adequados as suas capacidades 
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É possível atualmente manter o tratamento com neuroestimulador por vários anos por conta de baterias de longa duração. A equipe do Sírio-Libanês recentemente propôs um método simples de reprogramação de parâmetros de estimulação que leva a menor consumo de energia por parte do estimulador, aumentando sua duração.
A peculiaridade da cirurgia funcional no tratamento de movimentos anormais (doença de Parkinson, distonias e tremores) é que o resultado favorável dos procedimentos está intimamente relacionado à precisão no alvo de implante. Portanto, o refinamento dos alvos sempre foi o grande desafio nos procedimentos estereotácticos.
Os métodos anatômicos de localização foram aprimorados com o desenvolvimento de imagens do sistema nervoso cada vez mais detalhadas. No entanto, os métodos fisiológicos de mapeamento apresentam maior resolução em regiões restritas, pois são baseados nas características do tecido neural e na atividade neuronal em cada núcleo subcortical.
Atualmente, o registro da atividade neuronal é realizado rotineiramente com auxílio de microeletródios de tungstênio, que são capazes de captar a atividade elétrica de poucos neurônios em seu entorno. Como a resolução temporal dos registros neuronais é da ordem de milissegundos, é possível relacionar a atividade de cada neurônio da estrutura mapeada com os movimentos de segmentos do corpo.
Com isso, as áreas especificas relacionadas ao tremor ou a movimentação ativa ou passiva de músculos e articulações podem ser registradas e sua atividade relacionada com as coordenadas estereotáxicas do ponto em que se está captando atividade neuronal.
Esta correlação proporciona o refinamento da técnica de localização de alvos com dados fisiológicos de regiões particulares de cada núcleo, que são adicionados às informações anatômicas para a determinação de alvos.
Hoje são utilizados registros em múltiplos canais capazes de captar a atividade de muitos neurônios simultaneamente, o que aumenta a precisão e diminui o tempo de registro durante a cirurgia.
A cirurgia funcional é uma das especialidades que mais cresce na neurologia por se tratar de procedimentos que reestabelecem a função de sistemas neurais. Isso repercute diretamente na melhora da função global do indivíduo, aliando-se às reabilitações a às medicações.
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