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EDUARDA MENDES XXII DIABETES INSIPIDUS - 03/05 É um diabetes que não tem açúcar na urina. → Núcleo paraventricular e supraóptico: produzem o hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina). Duas ações principais: antidiurese e constrição dos vasos. São produzidos no hipotálamo e estocados na neuro-hipófise (hipófise posterior). ● Receptores de ADH na periferia: ○ V1: nos vasos/artérias: vai fazer a vasoconstrição; ○ V2: células do ducto coletor → estimula proteínas (aquaporinas) que resgatam a água para não perder tanto volume de água na urina (deixa a urina mais concentrada). → A ausência do ADH faz com que o paciente perca muita água pela urina. ● Perto dos núcleos paraventricular e supraóptico, têm o centro da sede (intimamente ligado com a ação do ADH); ○ Em uma situação de osmolaridade alta, a pessoa sente sede, ativa o ADH para fazer vasoconstrição e evitar perda de água pela urina (porque em uma situação de osmolaridade alta, como por exemplo um Na alto, é preciso reter mais água no organismo). EDUARDA MENDES XXII → ADH chega nos receptores V2 e estimula a aquaporina para reabsorção de água a nível do ducto coletor. Em situações normais, há em média filtração de 180 L/dia nos glomérulos e excreção de apenas 1L, pela ação do ADH que impede maior perda de água. → Quanto maior a osmolaridade (organismo sem água, mais seco), maior é a vasopressina. Quanto menos pressão (barorreceptores - também estimulam o ADH)/volume, maior é a vasopressina. → Quanto maior a osmolaridade, esta também aumenta na urina, porque a vasopressina não deixa sobrar água na urina (a deixando cada vez mais concentrada). Nesse sentido, quanto maior a vasopressina, menor será o volume urinário. ➔ Na suspeita de um DI (poliúria hipotônica): ◆ Hipotalâmica (central): ADH baixo; EDUARDA MENDES XXII ● Por pós-operatório de neurocirurgia → comum. → Etiologias que podem causar DI por lesão hipotalâmica (central). Obs.: uma lesão da hipófise NÃO causa Diabetes Insipidus, porque o ADH é produzido no hipotálamo. ◆ Nefrogênica: problema no rim (receptor, por exemplo), ADH normal ou aumentado; ◆ Por gravidez, transitória: enzima vasopressinase que degrada a vasopressina, produzida pela placenta. ◆ Poliúria primária (não é diabetes insipidus): diagnóstico diferencial de DI. Pessoa começa a beber muita água, às vezes por indução medicamentosa, sendo assim, a medula renal é diluída e passa a urinar muito. Por urinar muito, continua bebendo muita água e vira um ciclo vicioso. → Hipersinal da RM sem contraste que indica produção de vasopressina e sua estocagem na neuro-hipófise.Na imagem que não tem seta, não se observa o hipersinal, então tem DI. → Paciente com DI pós cirurgia, por conta de uma lesão hipotalâmica na cirurgia. Tem 3 fases: fase de DI (ADH baixo), fase de hipersecreção do ADH (fase antidiurética - pode ter intoxicação hídrica) e a última fase que pode variar entre continuar com a lesão hipotalâmica, voltando a ter DI ou voltar à normalidade. EDUARDA MENDES XXII Caso Clínico 18: - Quadro inicialmente característico de Diabetes Mellitus → por isso foi pedido glicofita que veio negativa; - Se fosse DM, a glicofita viria positiva provavelmente, ainda mais com um quadro tão florido de sintomas. - HD: diabetes insipidus; - Na urina 1, deu densidade parecida com água (urina diluída) e um volume urinário de 6 L/dia (alto) → volume de urina > 30 ml por Kg de peso + densidade urinária baixa → poliúria hipotônica; - A partir dessa hipótese, fazer teste de restrição hídrica. Obs.: OsmU < 300 mosmol/L = urina diluída. - Teste de Restrição Hídrica: uma pessoa que urina 3% do peso já está desidratada. - Objetivo: desidratar o paciente (concentrar o plasma) para ver se o paciente produz ADH; Normalmente a desidratação concentra urina do paciente; - Paciente perdeu 2L de urina → foi causada desidratação e mesmo assim a urina não ficou concentrada (osmolaridade baixa) → diagnóstico de Diabetes Insipidus. - Se fosse poliúria primária (paciente com potomania → vício em beber muita água), a urina ficaria concentrada e no caso não ficou → então é DI (não houve concentração de urina mesmo na presença de desidratação); - Sabendo que é DI, precisa saber a causa se é central ou não: dar DDAVP (20 mcg) que é um análogo de vasopressina (desmopressina). Se for por falta de ADH (causa hipotalâmica), esse análogo vai conseguir causar concentração da urina, pois faz o papel do ADH; - Nesse caso, o diagnóstico foi de DI por causa hipotalâmica/central. EDUARDA MENDES XXII Tratamento: ● DDAVP: reposição do hormônio (ADH) que é o que está causando o DI; ○ Em pacientes com DI central (problema no hipotálamo); ○ Sempre ajustar a dose por duração da droga. Dar a segunda dose no momento que acaba o efeito da primeira dose. ● Diurético tiazídico: provoca natriurese, ou seja, perde mais sódio do que água, causando diminuição da volemia (quantidade filtrada pelo rim é diminuída, então consequentemente, vai diminuir a perna urinária); ○ Para pacientes com DI nefrogênicos.
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