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Luanna Borges – 104 A Metabolismo da Bilirrubina – semana 6 METABOLISMO DA BILIRRUBINA II MECANISMO FISIOLÓGICO Aconteceu a hemólise, quebra da hemácia, apareceu a hemoglobina, moléculas conjugadas dentro da hemoglobina. Lisou → biliverdina → bilirrubina indireta se liga a albumina → fígado → conjugação da bilirrubina com o ácido glicurônico através da enzima glicuronil transferase. Essa conjugação torna a bilirrubina um sal, o sal de bilirrubina, um glicuronato de bilirrubina → com a ação das bactérias, quando a vesícula biliar for contraída lá no intestino transforma em mesobilinogênio e urobilinogênio. Vai retornar para a corrente sanguínea e sair na urina sob forma de urobilina e eliminada nas fezes sob forma de estercobilina. BILIRRUBINAS PLASMÁTICAS: ➔ Bilirrubina conjugada → também chamada de bilirrubina direta porque na reação com os laboratórios ela dá reação direta com reativo (diazoreagente) que vai apresentar cor. É conjugada com o ácido glicurônico, no laboratório para fazer essa reação, a reação é direta ➔ Bilirrubina não conjugada → conhecida como bilirrubina indireta. É preciso um catalizador. É aquela que está ligada a albumina, é insolúvel. No laboratório, quando é dosada, é chamada de bilirrubina indireta. ➔ A soma das duas é a bilirrubina total. BILIRRUBINA CONJUGADA + BILIRRUBINA NÃO CONJUGADA = BILIRRUBINA TOTAL ➔ “Direta” e “indireta” são termos laboratoriais. QUANDO OCORRE UMA ALTERAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DA BILIRRUBINA Quando a bilirrubina ficar elevada, essa bilirrubina tem tropismo pela esclera, pelas mucosas, pela base da língua, freno lingual, mucosas da mão. Visível a impregnação de um tom amarelado. Temos uma definição laboratorial, em que mais de que 2,5 mg/dL. Alguns autores consideram 3mg/dL. Com esse valor no laboratório, é visível a icterícia. Hemácia se rompe → hemoglobina → biliverdina → a bilirrubina não conjugada liga-se a albumina → hepatócito → se ligando ao diglicurononídeo → canalículos biliares → forma o complexo → vesícula → intestino sob forma de bilirrubina conjugada, o sal. Urobilinogênio → uma oxidação → uma circulação entero- porta → Parte é reabsorvida, parte é excretada. Luanna Borges – 104 A Metabolismo da Bilirrubina – semana 6 Fígado, veia central hepática. Haverá locais de capacitação, de conjugação, de excreção e local de transporte biliar. De acordo com a lesão, de acordo com a alteração em determinados locais desse pode gerar alteração do mecanismo da bilirrubina diferentes apresentando alteração da bilirrubina sem que a gente saiba exatamente o local. A pessoa vai ter uma bilirrubina alterada por vários mecanismos e esses mecanismos podem representar alguns tipos de doença. O slide mostra a formação, o transporte plasmático, onde se faz a captação, onde é a conjugação, onde é a excreção e onde é o transporte biliar. Existe um limiar de divisão. Se em um local é a captação, o transporte e a conjugação, se essa bilirrubina estiver aumentada desse limiar para trás, a bilirrubina que vai estar aumentada será a bilirrubina indireta ou seja, aquela que ainda não foi conjugada. Se o dano for do segmento pra frente, é onde já houve a conjugação e se nesse local o paciente apresentar uma bilirrubina aumentada, normalmente essa será a bilirrubina direta, pois já houve a conjugação e há algum problema pós conjugação que vai fazer com que o paciente tenha bilirrubina aumentada. Hipótese 1: uma criança, recém nascida que nasceu ictérica. Essa criança nasceu prematura, o sistema enzimático dela não está ainda maduro, ou seja, não houve maturação enzimática no fígado, ele não tem um aporte adequado de Glicuronil-transferase (enzima). A hemólise é muito maior, já que dentro do útero tem muito menos oxigênio do que o ambiente e apresenta muito mais hemácias dentro do neném para ter esse aporte de O2 que precisa. Quando o bebê nasce, há uma hemólise normal. Ele ainda nasceu prematuro, sem a maturidade enzimática adequada. Há uma hemólise excessiva, não consegue fazer a conjugação da maneira adequada. A bilirrubina indireta vai ficar aumentada. O neném vai estar amarelo, ictérico devido a bilirrubina indireta que estará aumentada, com isso, haverá impregnação na mucosa, o neném vai nascer ictérico e essa icterícia é chamada de icterícia pré-hepática, ou seja, o dano é anterior ao fígado, o dano é uma hemólise excessiva. Uma doença relacionada é a eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém- nascido. Hipótese 2: Parecido com isso, há aqueles indivíduos, por exemplo, que são portadores de anemia falciforme. Esses indivíduos apresentam uma hemólise excessiva, que se não estiver muito controlada, essa hemólise excessiva gera uma grande quantidade de bilirrubina indireta. Por mais que o paciente aumente a Luanna Borges – 104 A Metabolismo da Bilirrubina – semana 6 capacidade de conjugação, ele não vai conjugar tudo. Essa bilirrubina indireta fica aumentada, impregna nas mucosas, o indivíduo fica ictérico. Essa é chamada de icterícia pré hepática. O dano é anterior ao fígado Hipótese 3: jovem teve infecção por um vírus (da hepatite), por exemplo, que causou uma alteração na saída da formação da bile. Ou seja, ela é formada dentro do hepatócito. Se jogado pra fora, uma proteína de múltipla ação que faz isso de jogar para fora, jogando para fora e saindo pelos canalículos e cai até a vesícula biliar. Se houver um dano nessa região desses hepatócitos, o paciente conjuga, mas não joga adequadamente dentro desse canalículo. Isso não vai explodir, vai ficar lá dentro, isso drena pelos canais linfáticos e cai na corrente sanguínea sob forma de bilirrubina direta/conjugada. Ela seria excretada na bile, mas não será excretada na bile porque não está caindo adequadamente dentro dos canalículos. Devido a isso, essa bilirrubina será reabsorvida pelos vasos linfáticos, cai na corrente sanguínea, fica elevada, passa de 2,5mg/dL e esse paciente apresenta icterícia. Nesse segmento essa icterícia vai ser icterícia hepática porque quem vai estar aumentada é a bilirrubina direta e o dano foi dentro do fígado, propriamente dentro dos hepatócitos que não conseguem colocar essa bilirrubina dentro dos canalículos e o dano é hepático. Hipótese 4: Mais para frente do fígado poderia haver uma alteração. Paciente consegue conjugar, consegue exteriorizar, ela cai dentro dos canalículos, ela passa pelos ductos, vai até a vesícula, mas na vesícula biliar há uma pedra, uma litíase que impede a liberação completa da bile para o intestino. Quando acontece isso, a vesícula vai se enchendo. Vai ficando grande e essa quantidade de bile extravasa por mecanismos fisiológicos, pelo sistema linfático, a bilirrubina direta vai estar nessa bile que seria eliminada, mas não está conseguindo ser eliminada, ela começa a ficar alta, extrapola esses 2,5mg/dL, paciente apresenta icterícia e essa é chamada de icterícia pós hepática. Ou seja, não ocorre antes do fígado, não é problema do fígado. O que ocorre é o problema na via de excreção. Dentro de icterícias pré hepáticas, há uma serie de doenças → doença hemolítica do recém-nascido, icterícia fisiológica, doenças hemolíticas. No fígado tem mais uma pancada dela, o carro chefe disso ai são as hepatites virais, mas pode ter a cirrose, alterações medicamentosas e iatrogenias. Pós hepática pode ter litíase biliar, litíase no colédoco, ou a saída dessa bile nos esfincters de odi, na papila de Vater que é grudadinho no pâncreas. No caso, se o paciente tiver um tumor, uma obstrução do pâncreas, vai fazer essa obstrução e não vai sair também. Nesse caso o paciente está ictérico, com elevações de bilirrubina distintas, ou seja, bilirrubina direta ou bilirrubina indireta. Demonstrações de icterícia. Pode ser no corpo todo, nos olhos, na face, na urina (apresenta cor escura, cor de coca-cola). Características que fazem o médico solicitardosagem de bilirrubinas, que é quando o paciente apresenta icterícia, fadiga, náusea, vomito tudo relacionado a doenças do fígado. Se o paciente tem icterícia com alguma história parecida, o médico logo pensa em haver alguma coisa ou antes ou depois do fígado. Se o paciente apresenta um fígado aumentado, um baço aumentado e tem histórico de anemia falciforme, acredita-se que essa icterícia seja pré-hepática.
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