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7
RELAÇÕES INTERPESSOAIS: FAMÍLIA E ESCOLA
Carla Fabiana Lopes Amâncio¹
Cristiane de Azevedo Soares¹
Natasha do Nascimento Padilha¹
Samantha Silveira¹
Elaine Terezinha Farias Soares de Carvalho²
	
RESUMO
Hoje em dia a relação escola-família passa por muitas discordâncias relacionadas ao papel que cada um deve desempenhar dentro do processo educativo da criança. Dessa forma, o estudo trata reflexões que busquem respostas para tais dúvidas, a fim de fazer com que ambas as instituições trabalhem em regime de parceria. Busca pensamentos que deem suporte da relação entre escola-família no processo pedagógico, com o objetivo de encontrar métodos que auxiliem nos problemas enfrentados. É uma pesquisa teórica bibliográfica em artigos, trabalhos que tratam do tema estudado nesse projeto e na legislação em rigor, a fim de coletar informações que auxiliem neste tema. Procura-se fazer com que as duas instituições (escola e família) compreendam que o trabalho conjunto é importante para o desenvolvimento da criança no processo educacional.
 Palavras-chave: Educação; família; escola; relação família-escola; processo pedagógico
1. INTRODUÇÃO
	
 Nem sempre as relações família e escola foram tranquilas e harmoniosas, uma vez que, a família era somente solicitada na escola para resolver conflitos, enfraquecendo sim o vínculo e praticamente inexistindo alguma relação mais próxima daquela família. Tal relação que até hoje é vista como um desafio em muitas escolas
 Com o passar dos tempos, percebeu-se a necessidade de estabelecer uma relação mais próxima entre escola e família, além de fortalecer os laços, com ações integradas, ações essas do dia a dia entre família e escola, reuniões, gincanas e demais atividades em que as famílias pudessem estar mais presentes dentro da escola e participativas. Aumentando assim as relações interpessoais.
O presente estudo tem como objetivo buscar ideias que abordam a relação entre família e escola no processo pedagógico, buscar em estudos bibliográficos análises do tema em questão, compreender o papel que cada um desempenha na sociedade, de forma a encontrar caminhos e soluções que auxiliem nos problemas enfrentados.
Partindo dos princípios da Constituição Federal Brasileira (1988), é evidente que se deve trabalhar em conjunto, num processo de colaboração:
 
 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 2003, p.122)
A necessidade de encontrar meios que acrescentem na relação vivenciada hoje pelas famílias e escolas é evidente, perante tantos confrontos que ambas enfrentam na construção de valores morais e éticos na conduta no contexto escolar.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O ser humano se encontra em desenvolvimento constante de socialização, a partir das relações com os indivíduos a sua volta estabelece semelhanças afetivas e sociais que dará um rumo a sua trajetória. 
Nesse ponto de vista sócio histórica, a família se torna uma ferramenta primordial e fundamental para formação do ser. Para entender melhor o conceito de família, Castro (2000, p. 205) apresenta-a como sendo a "célula mater da sociedade", pois desempenha papel importante no desenvolvimento biológico e social, como também se torna a instituição da qual se origina tantas outras.
 De acordo com Ariès (1981) a família moderna, constituída por pai, mãe e filhos, foi formada a partir de diversas mudanças do pensamento religioso e político, em que 125 Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro-SP, 1 (1): 122-134, 2014. Somente após três séculos passou a valorizar o sentimento de família, como também o sentimento da infância. Até meados do século XVII, a criança era vista como um adulto em miniatura; vivia exposta a tudo o que os adultos participavam; até mesmos os artistas da época representavam as crianças com as mesmas características dos adultos, distinguindo apenas o tamanho. Entretanto, a partir do século XVIII a infância passa a ter um espaço reservado na sociedade moderna, começa-se a valorizar a imagem da criança, como sendo uma fase distinta e peculiar, que merecia cuidados específicos, na qual passariam a ser tratadas como indivíduos merecedores de necessidades específicas relativas à infância. O ser humano se encontra em um processo constante de socialização com o meio no qual vive, a partir das interações com os indivíduos a sua volta estabelece relações afetivas e sociais que irão nortear sua trajetória no processo histórico. 
Ao mesmo tempo em que a escola tem por função a socialização entre seus participantes, Meksenas (1990) completa que a escola inserida num contexto capitalista também desempenha a função de segregar as pessoas, pois como tem por objetivo a reprodução social, acaba por dividir o ensino em classes sociais, perpetuando a marginalização das pessoas. Dessa forma, a escolarização se divide em duas realidades distintas, de um lado o ensino destinado à classe dominante, do outro o ensino destinado à classe trabalhadora.
 
Em resumo, o processo de escolarização é diferente para cada uma das classes sociais, embora a ideologia tente mostrar que é o mesmo. A classe empresarial recebe uma escolarização que lhe permite obter os conhecimentos necessários para o seu exercício de classe dirigente. A classe trabalhadora passa por uma rede de escolarização que lhe possibilita apenas exercer um trabalho disciplinado dentro de sua condição de classe dirigida (MEKSENAS, 1990, p.136).
A escola em sua origem era um bem que poucos tinham acesso, pois a educação formal era exclusiva dos mais abastados, deixando o restante da população sem os conhecimentos do ambiente escolar. No entanto, a partir dos ideais estabelecidos na Revolução Francesa no final do século XVIII, a educação foi estabelecida como direito de todos na maioria dos países.
 Nesta visão global de mudanças de ideais, o Brasil teve esse direito reconhecido somente com a Constituição de 1988, na qual foi instituída a igualdade entre todos os cidadãos, e a educação, que antes era vista como dever apenas da família, passou a ser também dever do Estado, o que favoreceu para que a educação básica se tornasse direito fundamental para o desenvolvimento do indivíduo.
A Família é vista como a base da sociedade, mas perante das mudanças econômicas, políticas e, especialmente sociais, vê-se a instituição familiar estruturada de forma bem diferente de anos atrás. O padrão familiar antigo, antes constituído de pai, mãe e filhos e outros membros, de qual o comando centrava-se no patriarca e/ou matriarca, é deixado no passado e em seu lugar surgem novas estruturas familiares. Ou seja, famílias formadas das mais variadas formas, desde as mais simples, formadas por pais e filhos, outras formadas por casais vindos de outros relacionamentos, famílias compostas por homossexuais e famílias apenas composta por avós e netos, o que não significa que estas novas formações não possam ser consideradas famílias. Organizadas de forma diferente, mas famílias. Além disso, as desordens da vida moderna que causam a falta de tempo dos pais para um bom relacionamento com os filhos, a velocidade com que essas transformações têm ocorrido, além do aumento de separações e divórcios, se torna um empecilho para as famílias oferecer o que costumamos chamar de “educação de berço”. Essas mudanças e o aumento da expectativa de vida, a diminuição da taxa de mortalidade, mulheres ingressando no mundo do trabalho, além do aumento das separações e divórcios, mencionados anteriormente, foram alguns dos legados deixados pelo século XX. O resultado disso, a família contemporânea, assim como a instituição do casamentoparece estar vivenciando uma grande mudança. E, em sequela, percebe-se um aumento considerável de pequenas famílias chefiadas por mulheres jovens tentando se firmar financeiramente. 
Ao comentar as mudanças ocorridas na estrutura familiar ROMANELLI diz:
 “Uma das transformações mais significativas na vida doméstica e que redunda em mudanças na dinâmica família é a crescente participação do sexo feminino na força de trabalho, em consequência das dificuldades enfrentadas pelas famílias”. (2005, p. 77) 
Cabe aqui destacar que a constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), em seu artigo 5º, caput e inciso 1º, declara a igualdade entre o homem e a mulher; no artigo 226, parágrafo 3º e 4º reconhece na família a relação proveniente de uma união estável e da monoparentalidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes; e, ainda no artigo 227, parágrafo 5º, as relações ligadas pela afinidade e pela adoção. O Código Civil Brasileiro em vigor desde 11 de janeiro de 2003, considera qualquer união estável entre pessoas que se gostam e se respeitam, mudando assim o conceito de família, até então considerado ideal.
Então, é necessário que a família esteja em harmonia com a instituição, uma vez que a boa relação só pode agregar e facilitar o desempenho educacional das crianças. ESTEVES (1999) assegura que a família renunciou às suas responsabilidades no âmbito educativo, passando a exigir que a escola ocupe o vazio que eles não podem preencher. Sendo assim, o que se vê hoje são crianças chegando à escola e desenvolvendo suas atividades escolares sem qualquer apoio familiar. 
Essa erosão do apoio familiar não se expressa só na falta de tempo para ajudar as crianças nos trabalhos escolares ou para acompanhar sua trajetória escolar. Num sentido mais geral e mais profundo, produziu-se uma nova dissolução entre família, pela qual as crianças chegam à escola com um núcleo básico de desenvolvimento da personalidade caracterizado seja pela debilidade dos quadros de referência, seja por quadros de referência que diferem dos que a escola supõe e para os quais se preparou. (TEDESCO, 2002, p. 36).
 Perante a colocação acima, compreende-se que a família deve, portanto, se dedicar para estar mais presente em todos os momentos da vida de seus filhos, inclusive da vida escolar. Mas se inteirar não é apenas ficar a par mas implica envolvimento, comprometimento e colaboração. A função dos pais, portanto, é dar continuidade ao trabalho da escola, criando condições para que seus filhos tenham sucesso tanto na sala de aula como na vida.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
 Para o desenvolvimento dessa pesquisa foi abordada a forma qualitativa visando a aproximação com a realidade. Pois a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. (MINAYO,2001,.22)
 Em seguida, quanto os objetivos eles se deram de forma exploratória, pois este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: Levantamento bibliográfico.
 Diante dos procedimentos para a coleta de dados, na imagem é possível perceber a participação dos pais no acompanhamento das atividades desenvolvidas na escola. Regularmente são realizadas reuniões com os pais e mestres afim de discutir e apontar os projetos pedagógicos a serem trabalhados com as crianças, possibilidade de melhor compreensão por parte dos pais ou responsáveis no auxílio para o desenvolvimento escolar dentro e fora da escola.
 FIGURA 1: FOTO DA REUNIÃO DE PAIS
 
 Imagem retirada: Gestãoescolar.org
 Percebe-se na imagem que a troca de experiências e relatos entre os pais e professores possibilitando que eles se envolvam no processo de ensino a partir de uma posição do conhecimento e participação. 
REULTADOS E DISCUSSÃO
 	O relacionamento interpessoal contextualiza na interação entre pessoas, grupos e etc, seja ele no meio profissional, pessoal ou familiar. Nesse cenário o desenvolvimento do relacionamento interpessoal onde se permite entender o outro, sua sensibilidade, as dificuldades de pedir ajuda e compreender sua capacidade de ajudar. 
 	Na psicologia pode-se definir que a relação interpessoal é qualquer tipo de relação entre duas ou mais pessoas. Entretanto o relacionamento é muito mais complexo, pessoas agem, pensam e se comportam de maneira diferente. Expõem suas emoções de formas distintas.
 	Pensando em um modelo de escola democrática, gestores e docentes devem proporcionar um ambiente de interação de saberes e delegar em prol da aprendizagem significativa de todos os alunos. Pensar o trabalho coletivo significa construir mediações e que os obstáculos e as diferenças não sejam impedimento de uma ação educativa coerente, responsável, inclusiva e transformadora.
 CONCLUSÃO
 
Neste paper nos possibilitou compreender que é de extrema importância uma relação cordial entre família e escola, ficando claro que ambas devem caminhar juntos, pois torna-se necessário entrosamento para que os alunos tenham uma aprendizagem sequencial na qual os pais colaborem diretamente com as propostas da escola. E a escola se propõe interagir com a comunidade, resultando assim em um bom desenvolvimento e crescimento de ambas. 
 Em síntese, uma escola é funcional com forte aliança entre a comunidade, o corpo docente e os pais, que trabalham os seus conflitos através do diálogo. As decisões são tomadas em conjunto e a participação dos alunos é solicitada, mas sem ser igualitária. Cada membro tem seu papel determinado. 
 Todos em prol de uma educação igualitária, inclusiva e relevante. 
REFERÊNCIAS
ARIÈS, PHILIPPE. História social da criança e da família. 02.ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 1981.
BRASIL. Leis e Decretos. Constituição da República Federativa do Brasil: atualizada até 01.01.2003. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
CASTRO, CELSO ANTÔNIO PINHEIRO DE. Sociologia geral. São Paulo: Atlas, 2000
FAMILIA/ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DESSA RELAÇÃO NO DESEMPENHO (diaadiaeducacao.pr.gov.br) 2014_LRS.pdf (unifafibe.com.br)
MEKSENAS, PAULO. Sociologia. 2. ed. São Paulo: Calçadense, 1994.
MINOYO, Maria Cecília de Souza (org). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes,2001
TEDESCO, J.C. O novo pacto educativo: educação, competitividade e cidadania na sociedade moderna. São Paulo: Ática, 2002.
ROMANELLI, G. Autoridade e poder na família. IN: Carvalho, M. C.B.A. Família contemporânea em debate. São Paulo: EDUC/Cortez, 2005.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (FLC1486PED) – Prática do Módulo VIII– 27/06/2021

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