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Raquel Bueno – 73 A (Enterobiose, ascaridíase, estrongiloidíase, ancilostomíase, esquistossomose, teníase, cisticercose, filariose, toxocaríase, larva migrans cutânea, tricuríase e artrópodes.) Enterobiose • Agente etiológico: Enterobius vermiculares • Ciclo evolutivo: monoxênico Ingestão dos ovos ID: larvas eclodem IG: larvas transformam-se em vermes adultos Cópula Machos liberados nas fezes Fêmeas migram (no período noturno) para a região perianal onde depositam os ovos Ovos nas pregas perianais • Habitat: intestino grosso • Transmissão: oral-fecal • Morfologia: nítido dimorfismo sexual; cor branca e aspecto filiforme; presença de “asas cefálicas” Macho: menor, cauda curvada, espículo presente Fêmea: maior, cauda pontiaguda e longa Ovo: formado de “D”; membrana dupla, lisa e transparente • Patogenia: ação mecânica e irritativa do verme em seu habitat; pequenas erosões na mucosa onde se fixam; enterite catarral (inflamação do intestino e produção de muco amarelado). • Apresentação clínica: geralmente assitomático; prurido intenso noturno, irritabilidade, distúrbios de sono... • Diagnóstico: fita gomada • Tratamento: albendazol, mebendazol, pamoato de pirantel. • Observações importantes: lembrar que o método da fita gomada é usado para → Enterobiose, Teníase, Escabiose. Ascaridíase • Agente etiológico: Ascaris lumbricoides • Ciclo evolutivo: monoxênico Ingestão de ovos infectantes Ovos liberam as larvas no duodeno Larvas atravessam a parede do ID e alcançam a corrente sanguínea Alcançam o pulmão onde sofrem novas mudas Migram para a cavidade bucal e são deglutidas Retornam ao intestino e amadurecem sexualmente Liberação de ovos férteis que se tornam embrionados no ambiente • Habitat: ID • Transmissão: fecal-oral • Morfologia: Vermes adultos: brancos e filiformes Ovo: branco e adquire cor castanha; cápsula +espessa (3 camadas) • Patogenia: ação espoliadora, ação tóxica e ação mecânica • Apresentação clínica: depende da carga parasitária; lesões hepáticas e pulmonares... • Diagnóstico: EPF – HPJ, sedimentação por centrifugação e Kato-Katz (quantitativo) • Tratamento: Formas não complicadas: albendazol, mebendazol, ivermectina, levamizol, pamoato de pirantel Forma complicada: diatrozoato de sódio e melgumine, albendazol. • Observações importantes: parasitoses que podemos utilizar o Kato-Katz: esquistossomose, tricuríase, ancilostomose, ascaridíase. Estrongiloidíase • Agente etiológico: Strongyloides stercoralis • Ciclo evolutivo: monoxênico Direto/parasitário: larvas rabditóides eliminadas com as fezes transformam-se, no meio exterior, em larvas filarioides Indireto/no ambiente: no solo as larvas rabditóides formam machos e fêmeas que produzem ovos pela reprodução sexuada Larvas rabditóides são eliminadas pelas fezes (importância para o diagnóstico) Obs.: há ciclo pulmonar • Habitat: ID • Forma de vida infectante: larva filarioide • Morfologia: Fêmea partenogenética: corpo cilíndrico e longo Macho e fêmea de vida livre Ovos: elípticos, de parede fina e transparente (idênticos aos dos ancilostomídeos), podem ser observados nas fezes e casos de diarreia grave Larvas rabditóides Larvas filarioides: com o rabinho bifurcado • Patogenia: depende do número de parasitas. Ação mecânica, traumática, irritativa, tóxica e antigênica. • Apresentação clínica: Quadro cutâneo Quadro pulmonar: síndrome de loeffler Quadro intestinal Eosinofilia Anemia Em indivíduos imunocomprometidos pode ocorrer hiperinfecção ou doença disseminada • Diagnóstico: exame de fezes (larvas) pelo método de Baermann-Moraes (hidro e termo tropismo) e de Rugai; coprocultura, escarro, PCR, ELISA, endoscopia digestiva alta, hemograma, biópsia intestinal • Tratamento: Formas não complicadas: ivermectina, albendazol, cambendazol, tiabendazol Formas graves: ivermectina, tiabendazol • Observações importantes: faz ciclo pulmonar assim como na ancilostomíase, ascaridíase e larva migrans visceral. Ancilostomíase • Agente etiológico: Ancylostoma duodenale e Necator americanus • Ciclo evolutivo: monoxênico Larvas penetram na pele Larvas chegam ao coração e pulmões através do sangue até se instalarem no intestino Larvas tornam-se adultas no intestino e formam ovos Os ovos são eliminados pelas fezes no solo As larvas saem dos ovos e permanecem no solo As larvas se desenvolvem e viram infectantes • Habitat: ID • Forma infectante: larva filarioide • Transmissão: penetração ativa da larva filarioide • Morfologia: Ancylostoma: tem dentes Necator: é “banguelo” (lâminas cortantes) Ovo: igual ao de estrongiloides; contém blastômeros que se transformam em larvas • Patogenia: ação espoliadora, lesão mecânica, hábito hematófago, síndrome disabsortiva • Apresentação clínica: tríade sugestiva para o diagnóstico é: diarreia, dor abdominal e urticária; anemia • Diagnóstico: Kato-Katz; HPJ, método de flutuação (Willis), hemograma; ELISA... • Tratamento: mebendazol, albendazol, pamoato de pirantel • Observações importantes: larvas fazem hipobiose (capaz de entrar em latência); utilização do HPJ com sedimentação espontânea para ascaridíase, ancilostomíase, tricuríase e amebíase. Esquistossomose • Agente etiológico: Schistosoma mansoni • HI: Biomphalaria • HD: homem • Ciclo evolutivo: heteroxênico Penetração das cercarias na pele Transformam-se em schistosumulas Disseminam-se pelo sangue Atingem o fígado onde se maturam as formas adultas Acasalam no sistema porta Ovos liberados nas fezes Na água os ovos liberam os miracídios Miracídios invadem tecidos do caracol Esporocistos multiplicam-se Cercarias abandonam o caracol e nadam livres na água • Habitat: vaso sanguíneo; sistema porta • Forma de vida infectante: cercária • Transmissão: penetração ativa da cercária • Morfologia: Fêmea: é mais fininha e mais escura Macho: é mais gordinho e mais claro Ovo: presença de um miracídio formado; transparência da casca; espículo lateral • Patogenia: Fibrose de Symmers – peripileflebite granulomatosa com fibrose periportal; patogenia relacionada com a reação de hipersensibilidade • Apresentação clínica: Fase cutânea: dermatite cercariana Fase toxêmica/migratória: febre de Katayama (reação à migração dos ovos) Fase intestinal Fase hepatointestinal: não ocorre cirrose; lesão hepática Fase hepatoesplênica compensada Fase hepatoesplênica descompensada: varizes esofagianas; ascite... • Diagnóstico: Kato-Katz; HPJ; biópsia retal; ELISA... • Tratamento: praziquantel, oxaminiquine Teníase • Agente etiológico: Taenia solium e Taenia saginata • Ciclo evolutivo: heteroxênico Ingestão de carne contendo o cisticerco • Habitat: ID • Transmissão: ingestão • Forma infectante: cisticerco • Morfologia: Verme adulto: corpo achatado dividido em escolex, colo e estróbilo Solium: com acúleos; ramificações uterinas poucos numerosas e dentríticas Saginata: cabeça quadrada; muitas ramificações uterinas e dicotômicas, sem rostelo nem ganchos Ovo: esférico; casca protetora; contém o embrião hexacanto Cisticerco: vesícula translúcida com líquido claro com escólex invaginado • Patogenia: fixação do parasita, reação inflamatória do tipo eosinofílica, liberação de toxinas • Apresentação clínica: perda de peso, náuseas, dores abdominais... • Diagnóstico: Fita gomada, tamisação • Tratamento: praziquantel, niclosamida, mebendazol, albendazol • Observações importantes: solium sai passivamente nas fezes e saginata sai ativamente Cisticercose • Agente etiológico: Taenia solium •HI: homem • Ciclo evolutivo: monoxênico • Habitat: tecidos • Transmissão: ingestão do ovo • Morfologia: vesícula translúcida • Patogenia: depende do local de acometimento do parasita (tecido subcutâneo e muscular, sistema nervoso, ocular); após a morte do parasita há calcificação • Apresentação clínica: acometimento no sistema nervoso central • Diagnóstico: exame de liquor, ELISA, radiografias... • Tratamento: albendazol e praziquantel. Deve ser associado a corticoides (dexametasona) Filariose • Agente etiológico: Wuchereria bancrofti • Ciclo evolutivo: heteroxênico Penetração de L3 na pele durante a hematofagia Adultos nos vasos linfáticos Adultos produzem microfilárias que migram nos canais linfáticos e sanguíneos Culex infecta-se com microfilárias Formação da larva L3 • Habitat: sistema linfático e circulatório • HD: homem • HI: culex • Forma de vida infectante: larva L3 • Transmissão: picada do culex • Morfologia: Macho: menor Fêmea: maior Microfilárias: circulam na madrugada Larvas: localizadas no inseto vetor • Patogenia: ação mecânica e ação irritativa; eosinofilia pulmonar tropical • Apresentação clínica: lifagite aguda, adenite, varizes linfáticas, varicocele, elefantíase... • Diagnóstico: pesquisa de microfilária (0hrs); esfregaço • Tratamento: citrato de dietilcarbamazina Larva Migrans Visceral • Agente etiológico: Toxocara canis/cati • Ciclo evolutivo: monoxênico; humano é o hospedeiro acidental • Habitat: tecidos • Transmissão: ingestão de ovos • Forma de vida infectante: ovos • Morfologia: dimorfismo sexual • Apresentação clínica: hepatomegalia, síndrome de loeffler, leucocitose, eosinofilia, febre... • Diagnóstico: ELISA, hemograma, hipergamaglubolinemia, biópsia • Tratamento: albendazol e mebendazol • Observações importantes: ovos se tornam embrionados no ambiente; EPF dá negativo (toxocara não completa seu ciclo no homem) Larva Migrans Cutânea • Agente etiológico: Ancylostoma braziliense, Ancylostoma caninum • Transmissão: penetração ativa da larva • Morfologia: • Apresentação clínica: dermatite eritematosa • Diagnóstico: clínico • Tratamento: tiabendazol, albendazol, ivermectina Tricuríase • Agente etiológico: Trichuris trichiura • Ciclo evolutivo: monoxênico • Habitat: IG • Forma de vida infectante: ovo • Transmissão: ingestão do ovo • Morfologia: Ovo em forma de barril Verme: forma de chicote • Patogenia: lesões confinadas ao intestino • Apresentação clínica: prolapso retal, febre, perda de peso, urticária, anemia... • Diagnóstico: HPJ, Kato-Katz, hematológico • Tratamento: pamoato de oxipirantel, mebendazol, albendazol Artrópodes Pediculose pubiana / ptiríase • Agente etiológico: Pthiruis púbis = chato • Ciclo evolutivo: ovo – ninfa – adulto • Transmissão: contato direto, via sexual • Morfologia: mais gordinho e baixinho • Apresentação clínica: prurido, mancha azulada/acinzentada • Diagnóstico: clínico • Tratamento: catação manual, ivermectina Pediculose • Agente etiológico: Pediculos capitis (cabeça) e pedículos humanus (corpo) • Ciclo evolutivo: ovo – ninfa – adulto • Transmissão: contato direto • Morfologia: Pedículos Lêndea • Patogenia: espoliação sanguínea • Apresentação clínica: prurido intenso, escoriações • Diagnóstico: presença de lêndeas • Tratamento: catação; benzoato de benzila, ivermectina • Observações importantes: é o piolho Tungíase • Agente etiológico: Tunga penetrans (menor pulga) • Ciclo evolutivo: ovos – larvas – pupa – adulto • Transmissão: contato direto; fêmea gravídica invade o hospedeiro • Morfologia: perna maior e desenvolvida para pular, aparelho bucal cerrilhado • Apresentação clínica: prurido • Diagnóstico: clínico • Tratamento: remoção cirúrgica • Observações importantes: é o bicho de pé Escabiose • Agente etiológico: Sarcoptes scabiei • Ciclo evolutivo: ovo – larva – ninfa – adulto • Habitat: derme • Transmissão: contato direto • Morfologia: 4 pares de patas, globoso, cabeça e tórax unidos, patas triangulares • Apresentação clínica: prurido, sulcos sinuosos • Diagnóstico: clínico, fita gomada, raspagem da lesão • Tratamento: ivermectina, benzoato de benzila Miíases • Traumáticas/bicheiras: cochliomyia hominivorax • Furuncular/berne: Dermatobia hominis • Transmissão: deposição pela mosca • Morfologia: • Diagnóstico: clínico • Tratamento: berne – asfixia da larva; bicheira – retirada manual
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