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HIPERSENSIBILIDADE Maria Clara Muniz Jorge – 2º P. - UNIG O nosso corpo responde quando encontramos com uma infecção, mas existe um situação em que pode ocorrer um erro e a resposta imunológica não é controlada. Sempre que pensar em resposta imunológica, teremos um linfócito ativador e um linfócito controlador, ou seja, regulador, é o linfócito Treg (do tipo regulador). Então existe um equilíbrio. Eixo do tipo T regulador. Talvez por excesso de maturação, por exemplo, uma célula auto- reativa; ou em respostas geneticamente pré-determinadas, por exemplo, um paciente alérgico que é filho de pais alérgicos, ou seja já tem uma tendência a ter uma resposta anômola, quando encontra com determinado antígeno. A partir disso, surgem as doenças de hipersensibilidade, as quais acontecem quando o corpo não conseguem controlar uma resposta de maneira mais adequada, podendo trazer, assim, malefícios para o corpo. Em algumas situações, essas respostas imunes podem ser até boa, na resposta contra parasitas intestinais, por exemplo, a gente tem uma reposta linfocitária importante do eixo Th1, Th2...esses linfócitos vão tentar combater o agente etiológico do parasita intestinal, com isso, ele vai forçar certas respostas imunológicas e outras vão ficar mais falhas e é assim que acontece rotineiramente. Quando essas respostas são danosas, caracterizam as doenças de hipersensibilidade. Existem 4 tipos de hipersensibilidade: Tipo de reaçã o Característ ica Mecanism o efetor Exemplos Tipo I Antígeno solúvel Ativação de mastócitos e liberação de mediadores inflamatório s, através da IgE Reações alérg icas e anafiláticas (asma, rinite) Tipo II Ligados a células Ação de fagócitos e NK em células que contenham a IgG ligada ao antígeno e ao sistema complemen to Anemia hemolítica Tipo III Antígeno solúvel Complexos imunes depositado s nos Reações a drogas tecidos - I g G Tipo IV Antígeno solúvel ou ligado a células Células T sensibilizad as, pelo antígeno, liberam interleucina s após um segundo contato com o antígeno Dermatite de contato Tipo I: Antígeno solúvel (está solúvel no meio – passando no interstício, vindo por via resp., via gastrointestinal, via cutânea... etc. não está relacionado a um tipo de antígeno específico, está solto no organismo). Ige mediado, os alergistas usam muito, pois é uma resposta alérgica. Tipo II: as respostas vão ser danosas, danificando a própria célula. Pode ser uma hemácia, uma plaqueta, uma tireoide, um receptor, etc. Tipo III: o antígeno, o qual é solúvel, se liga a um anticorpo e forma um complexo imune, o qual é bem rico em Igg, o qual se deposita nos tecidos, como em um microvaso vascular da vasculatura do rim, do pulmão, do cérebro da retina, da pele... formando uma vasculite, uma inflamação naquele vaso sanguíneo. Esse complexo imune fica agarrado nos pequenos capilares e ali eles ativam o processo inflamatório local, comum em reações adversas à medicamentos. Tipo IV: Cada subtipo tem um mecanismo efetor mais importante. Mastócitos Células que defendem mucosas, ativando, por substâncias contidas em seus numeroso grânulos citoplasmáticos, linfócitos e fagócitos. Alteram todo o meio com tais mediadores, causando, broncoespasmo, vasodilatação, etc. ele tem receptor para Ige, o qual fica na superfície desse mastócito, quando a Ige está circulante, ela se liga a esse receptor do mastócito e a partir disso, o alérgino libera mediadores que vão promover vasodilatação, espasmo, edema, aquecimento da pele... etc. Basófilos São análogos aos mastócitos. Respostas prioritariamente no sangue. Muito encontrados em uma biópsia de uma pele ou de um nariz na mucosa nasal. Uma biópsia de uma rinite alérgica, em uma biópsia, encontra-se basófilos, eosinófilos e mastócitos. Na rinosinusite bacteriana, normalmente tem-se um filtrado neutrofílico, porque é causado por bactéria. Logo, começa-se a diferenciar o tipo do processo da patologia ate com o tipo de filtrado que existe. Eosinófilo: Células fundamentais na resposta alérgica e de hipersensibilidade do tipo I. Tecidos: trato respiratório, mucosa gastrointestinal e trato geniturinário. Libera citocinas envolvidas em sua diferenciação: eotaxina, fator estimulador de colônias de granulócitos e monócitos (GM- CSF), IL-3 e IL-5. Tem receptor de Ige na superfície, ele também varia no tecido, está na pele, no tubo gastro intestinal, no sangue, no trato respiratório... etc. Seus grânulos lisossômicos produz: Destruição tecidual. Alteração da permeabilidade dos vasos no sítio inflamatório. Broncoconstrição dos pulmões. Seus grânulos ajudam no processo de destruição da célula. Por exemplo, quando o paciente tem asma, o braonquio está cheio de eosinófilo, esse eosinófilo, quando libera substâncias (grânulos lisossomais) acabam destruindo tecidos, causando brônquioconstricção, aumento da permeabilidade celular, edema e vão tornar o tecido residual, uma destruição desse tecido vai formar uma fibrosa, a qual é muito importante na evolução da doença asmática, começa a ficar mais crônica, perdendo a elasticidade do músculo brônquio. Principais enzimas presentes nos grânulos: Proteína principal do eosinófilo (MBP) Proteína catiônica do eosinófilo (ECP) Neurotoxina derivada do eosinófilo (EDN) Peroxidase do eosinófilo (EPO). Responsáveis pela produção de: Metabólitos do ácido araquidônico – leucotrienos C4 e D4 Fator ativador de plaquetas (PAF) IL-2, IL-3, IL-4, IL-5 e IL-16 Quimioatraentes de eosinófilos. Hipersensabilidade tipo I Etapas: 1ª: Sensibilização ao alérgeno (antígeno). Tem que ter primeiro o contato, tem várias exposições antes de ter a sensibilização. É uma exposição prévia para ter uma resposta alérgica. 1 - Primeiro contato com o alérgeno 2 - Apresentação do alérgeno aos linfócitos T naïve, via APCs 3 - Ativação dos linfócitos T naïve a linfócitos Th2 (produção de IL-4, IL-13, IL-9, IL-5) 4 - Ativação de linfócitos B, que passam a produzir IgE 5 - Ligação da IgE produzida à superfície de mastócitos e basófilos (via receptores de alta especificidade para a porção Fc) e eosinófilos. Quando o alérgeno se encontra com o Ige que está na superfície do mastócito, ele vai liberar as vesículas que estão dentro dele. 2ª: 1- Segundo contato com o alérgeno. 2 - Ligação do alérgeno às moléculas de IgE presentes na superfície (mastócitos, basófilos e eosinófilos). 3 - Degranulação de mastócitos e basófilos: liberação de mediadores químicos (histamina, leucotrienos e prostaglandinas) responsáveis pelos sintomas alérgicos. Os derivados.... também são importantes, em uma fase inicial, só tem liberação de histamina, mas depois com o processo alérgico ocorrendo, vai haver sempre inflamação, uma doença inicialmente alérgica, pode se tornar uma doença inflamatória posteriormente, após o contato com o antígeno. Resposta imediata (segundos) Pode levar segundos ou minutos depois desse processo. Decorrente da atividade da histamina e prostaglandinas Secreção de muco. Permeabilidade do vaso sanguíneo local, podendo formar edema. Picada de mosquito, camarão por ex. quando a pessoa é alérgica. Ativa as glândulas mucosas, aumentando a secreção de muco. Edema que ocorre com o aumento da permeabilidade vascular é a contração da musculatura lisa. Contração de musculatura lisa / Broncoconstrição Estimulam terminações nervosas, com a liberação de neuropeptídios que vão promover Prurido e Rash Urticária é um exemplo. Hipersensibilidade Tipo I – Reação alérgica Logo depos da liberação da histamina, tem a liberaçãode mediadores inflamatórios. Sempre uma doença alérgica se torna uma doença inflamatória, por isso que a doença alérgica na fase inicial está controlada, não há evolução, mas quando está descontrolada, não tendo uso do anti-histamínico da maneira correta, ela evolui para uma doença inflamatória e aí às vezes o anti-histamínico não funciona, tendo que usar um corticoide, um anti-inflamatório, isso porque o processo inflamatório já se instalou. É o que acontece com os pacientes que tem rinite crônica. Essa resposta inflamatória vai promover uma reconstrução tecidual, uma lesão tecidual, promovendo um remodelamento brônquio que é uma nova estrutura que está se formando na região que ocorreu a inflamação (pele, mucosa plmonar, nasal), formando um tecido remodelado. Esse remodelamento acontece em várias outras doenças também, como no AVC, onde existe o remodelamento cerebral; no coração; existe remodelamento de todo o tecido. Indivíduos atópicos; Anafilaxia Indivíduos atópicos: São aqueles predispostos a manifestar fortes respostas de hipersensibilidade imediata, como doenças alérgicas. Quando expostos a lérgenos, vão começar a desenvolver diversas doenças. Anafilaxia: Forma sistêmica mais extrema, quando encontra com antígeno, onde os mediadores liberados (eosinófilo e principalmente basófilo) podem causar constrição da musculatura da árvore brônquica a ponto de causar asfixia e vasodilatação produzindo colapso cardiovascular, podendo levar à morte – reação anafilática. Reação de fase tardia É uma etapa da hipersensibilidade imediata. Rica em células linfocitárias que são mais importantes. Começa entre 2 a 4 horas após a reação de hipersensibilidade imediata, mediada pelos leucócitos inflamatórios. As células T produtoras de IL-4, que são a marca da subsérie Th2. É máxima em 24 horas. Nos indivíduos atópicos, são prioeritariamente eosinofílicas. Regulação da síntese de IgE São quatro fatores interagindo: 1. Hereditariedade. O pai e mãe são alérginos, porém, se a pessoa não se expôs ao alérgeno, pode acontecer de não ser. 2. História natural de exposição ao antígeno. Ele pode ser mais proteico, ou seja, ter a possibilidade maior de formar resposta alérgica, por ex. as proteínas do leite e camarão são proteínas mais proteicas que a do açúcar, por exemplo. 3. Natureza do antígeno. 4. Células T auxiliares e suas citocinas. Regulação da síntese de IgE: Células T auxiliares e suas citocinas A citocina que se relaciona com a produção de IgE é a IL-4, produzida por mastócitos e linfócitos T CD4+ Th2. Também a IL-5, IL-6, IL-10 e IL-13. Algumas doenças envolvendo IgE Rinite alérgica e asma Resposta de hipersensibilidade do tipo I que acontece na mucosa respiratória nasal e brônquica. A resposta culmina com o edema da mucosa nasal e broncoespasmo. Hipersensibilidade do TIPO II A hipersensibilidade do tipo II é também chamada de citotóxica dependente de anticorpos, ou seja, quando há no corpo um antígeno, a reação antígeno-anticorpo ativará uma cascata de complemento completo até que haja danos diretos à membrana do antígeno. Assim como a do tipo I, tipo III, há a participação de anticorpos. O antígeno sempre estará ligado à uma célula ou a um tecido. O fato de ser chamada de citotoxidade mediadas por células e dependente de anticorpos (ADCC) significa que poderá ocorrer exibição por células fagocíticas e não fagocíticas. Decorrente do efeito citopático de Acs, dirigidos contra Ags presentes na superfície ou matriz celular. Ocorre quando o antígeno está ligado a uma célula e os anticorpor estão ajudando na destruição da célula. Legenda: uma célula de K, a qual tem receptores na sua superfície de anticorpos, os quais estão se ligando a antígenos na superfície da célula. Promovendo destruição do antígeno que está ligado a ela, ele será fagocitado posteriormente. Mas não só o processo inflamatório, o processo de ativação do sistema complemento também ajuda muito no processo inflamatório local. Combina com lise celular, ação dos fagócitos e a própria lesão tecidual que ocorrerá como um todo. Reações Transfusionais: São as reações de hipersensibilidade do tipo II. O sangue de diversas pessoas tem diferentes propriedades antigênicas e imunitárias, de modo que os anticorpos do plasma reagem com os antígenos nas superfícies das hemácias do outro sangue. Os sistemas de antígenos ABO e do sistema Rh são os principais causadores das reações de transfusões sanguíneas. Se um paciente é A e recebe sangue B vai ter problema, porque o A tem anti-B, terá anticorpo contra a célula hemácia do tipo B. Grupos sangüíneos ABO Quando o sangue, apresenta aglutinogênio do tipo A ele aglutina o anticorpo anti-B e o sangue do tipo B aglutina o anticorpo anti-A, o sangue do tipo AB não possui aglutinina já o sangue do tipo O possui aglutinina dos tipos anti-A e anti-B. As aglutininas são, na sua maioria, moléculas de imunoglobulinas IgM e IgG. Quando os sangues são incompatíveis numa transfusão, ocorre a aglutinação das hemácias provocada pela reação das aglutininas com os aglutinogênios presentes nas hemácias; essa aglutinação faz com que pequenos vasos sejam obstruídos podendo causar isquemia em importantes vasos do corpo. A resposta do tipo II pode ser encontrada em qualquer tipo de célula, inclusive na hemácia e quando isso ocorre, gera uma hemólise. Legenda: um paciente que recebeu hemácias do tipo B e o sangue do paciente era do tipo A, ou seja, tinha anti-B. logo, o anti-B vai se ligar na hemácia e vai hemolisar a hemácia, sendo uma resposta em que o antígeno está ligado a própria célula. Incompatibilidade Rhesus Os grupos sanguíneos Rhesus (Rh) formam outro grande sistema antigênico. Os tipos comuns de antígenos Rh, são chamados fatores Rh. O antígeno do tipo D são os Rh negativos. O Rh positivo não tem anticorpo. Mas o Rh negativo, o qual não tem o Rhesus, pode-se ter um anticorpo anti-positivo. Tendo uma reatividade cruzada entre um e outro. A reação mais comum causada por incompatibilidade Rhesus é a Eritroblastose Fetal, também chamada de Doença Hemolítica do recém-nascido. É caracterizada pela aglutinação e fagocitose das hemácias do feto. Uma mãe que é Rh negativo gesta uma criança Rh +, a criança no primeiro momento não sofre nada, mas em uma 2ª gestação com o mesmo tipo sanguíneo, a mãe já vai ter tido contato com a primeira criança e já vai ter formado uma resposta contra esse determinado antígeno e quando o neném nascer ele pode ser encharcado de vários anticorpo do tipo anti-rhesus e ele fazer uma hemólise maciça assim quando ele nasce. Por isso é muito importante tipar o sanguíneo da mãe e do cordão umbilical da criança, a fim de ficar atento se ocorre alguma incompatibilidade do sangue. Isso ocorre quando a mãe é Rh negativa e o pai Rh positivo e o filho for Rh positivo, daí a mãe desenvolve aglutininas anti-Rh a partir da exposição ao antígeno Rh da criança. Assim as aglutininas maternas se difundem através da placenta para o feto e causam a aglutinação das hemácias. Rejeição de órgãos transplantados A maior parte dos diferentes antígenos das hemácias que causam reações de transfusão também podem estar presentes difusamente em outros tecidos corporais. Os antígenos mais importantes que causam a rejeição do transplante pertencem ao complexo chamado antígenos HLA, que ocorrem nos leucócitos, bem como nas células do tecido transplantado. Prevenção da rejeição do transplante pela repressão do sistema imune Se o sistema imune fosse completamente suprimido, a rejeição do transplante não ocorreria. Como as células T são a parte principal desse sistema a matar as células transplantadas,sua supressão é bem mais importante do que a supressão dos anticorpos plasmáticos. Reações auto-imunes Uma variedade de doenças auto-imunes específicas são causadas pela produção inadequada de anti-corpos contra vários antígenos de células ou tecidos. Hemácias: anemia hemolítica auto-imune – auto-anticorpos destroem as hemácias. Plaquetas: trombocitopenia auto-imune - auto-anticorpo contra plaqueta. Células da Tireóide: tireoidite de Hashimoto Membranas basais do glomérulo renal e alvéolos pulmonares: síndrome de Goodpasture. Reações do Tipo II a drogas Certas drogas tem a capacidade de se acoplar a componentes do corpo e assim sofre conversão de um hapteno a um antígeno completo que sensibilizará certos indivíduos. Nesses casos se houver produção de IgE poderá ocorrer uma reação anafilática. Entretanto, em casos específicos como de aplicação tópica de unguentos, pode-se induzir a hipersensibilidade mediada por células. Em outros casos de ligação às proteínas do soro, há a possibilidade de reação do tipo III mediadas por complemento. Assim haverá formação do complexo antigênico. Alguns casos de drogas que podem sensibilizar o indivíduo: Clorpromazina ou fenacetina (administração contínua): anemia hemolítica Aminopirina ou quinidina: agranulocitose Serdormid: Púrpura tromnocitopêmica Quando a droga é suspensa a sensibilidade não é mais evidente. Doenças auto-imunes por anti-receptor É uma doença anti-receptor. Muitas células são sinalizadas por agentes (p.ex.: hormônios) que se ligam a receptores de forma específica. Os chamados auto- anticorpos contra esses receptores podem originar doenças: bloqueando ou removendo o receptor da superfície da célula ou ativando o receptor. Ex.: um paciente que tem tireoidite de rashimoto, o crpo produz um anticorpo contra o receptor de TSH da tireoide, e assim que o anticorpo se liga ao receptor, ele bloqueia a ação do TSH na própria glândula da tireóide. Se esse receptor está com o anticorpo bloqueando, quando o TSH vem fazer o estímulo para a produção dos homonios, ele não vai conseguir, logo, o hormônio vai dimunuir muito. Miastemia grave: desordem decorrente de um anticorpo anormal direcionado contra receptores de acetilcolina, quando há fraqueza muscular profunda. A placa motora tem receptor de acetil- colina, quando o acetil-colina se liga na placa motora (no receptor de acetil-colina), o músculo vai contrair, só que tem alguns pacientes que podem ter a miastemia grave, em que há a produção de um anticorpo que bloqueia o receptor de TSH, é um auto- anticorpo contra receptor de acetil-colina, assim, a acetil-colina não consegue se ligar ao receptor e esse receptor não vai funcionar e essa musculatura vai ficar frouxa, até paralisar a musculatura do paciente. Doença de Graves(Tirotoxicose): O anticorpo anormal estimula o receptor para o hormônio tireoestimulante, resultando na produção descontrolada de hormônios pela tireóide. Quando o anticorpo se liga ao receptor do TSH da tireoide, em vez de diminuir, ele estimula a produção e aí a pessoa começa a produzir altas quantidades do hormônio da tireóide. Resumo tio II: complexo antígeno-anticorpo sendo formando em um tecido ou na própria célula. Hipersensibilidade do tipo III: Nas reações de hipersensibilidade do tipo III, o antígeno é solúvel e forma, com o anticorpo da classe IgG, imunocomplexos que se depositam na parede dos vasos sanguíneos e em determinados órgãos como rins, articulações e pele. Para que esta deposição ocorra, é necessária a formação de imunocomplexos menores, pois, os grandes têm a capacidade de fixar complemento e são fagocitados. Como tem um antígeno e um anticorpo, ele fica muito grande e quando vai passar nos vasos bem finos, retina, pulmão, pele, etc, ele fica preso, o complexo antígeno anticorpo ativa o sistema complemento, o qual vai liberar substâncias que vão fazer a abertura da micro-circulação, vão ativar células, ativar quimiotaxia do sistema imunológico e farão a destruição do vaso sanguíneo onde ele ficou preso. Por isso as doenças do tipo III são chamadas de vasculites, porque esse complexo imune impacta em um vaso sanguíneo levando a um infiltrado inflamatório, emperrando o vaso sanguíneo, O antígeno está solúvel, mas está circulante. Pode acontecer com medicamentos, bactérias... enfim, diversos antígenos de uma maneira geral. Mediadas por imuno-complexos. Polimorfonuclear: fagócitos. E neutrófilo Estão no tipo III. O IgM é omelhor anticorpo que ativa o sistema complemento. O anticorpo que mais forma imune-complexo, o IgG, o qual é um anticorpo bloqueador, ou seja, ele se liga ao antígeno e vai ficar circulando ligado ao antígeno. O igM é grande demais e nos vasos sanguíneos pequenos ele vai fiar preso. Tato a do tipo II quanto a do III apresentam o IgG. Mas no tipo II há inflamação na célula, no tecido, e no III vai ser ligado ao vaso sanguíneo, uma vasculite. Os complexos imunes fixam ou ativam o sistema complemento, as anafilatoxinas C3a, C4a e C5a são liberadas causando a liberação de mediadores dos mastócitos resultando em permeabilidade vascular aumentada; ele vai quimioatrair; vai regular as respostas imunoógicas; vai aumentar a vascularização; vai formar a lise celular, se tiver algum tecido ali, ele pode quebrar o tecido, inflamar o tecido em volta, levando o processo inflamatório mais importante. Os antígenos não solúveis, mas se depositam quando formam no complexo antígeno-anticorpo nos tecidos formando uma vasculite, também chamada de Reação de Arthus, na qual o antígeno é injetado no paciente, forma imunocomplexo, leva informação naquele tecido onde ele impactou e aumenta a permeabilidade vascular, uma vasculite. Legenda: Inflamação em volta do vaso, o vaso se rompe e derrame pigmento e junta células inflamatórias a nível desse tecido, onde está danificado. Causa Antígeno Sítio de deposição Infecção persistente Bactérias, vírus, parasitas, etc. Órgão infectado, rins( glomerulonefrite). Antígenos inalados Mofo, plantas, antígenos animais, etc. Pulmões. Material injetado Soro Rins, pele, artérias, articulações. Autoimunidade Antígenos próprios Rins, articulações, pele e artérias. Reação de Arthus É uma lesão tecidual caracterizada por intenso infiltrado de leucócitos PMN (neutrófilos) Ocorre quando imunocomplexos geram lesão tecidual devido a ativação do complemento e liberação de anafilatoxinas que aumentam o processo inflamatório e a permeabilidade vascular, o que permite um influxo de leucócitos PMN para o local. Juntamente com outros fatores resultará em eritema e edema. Reação de Arthus Interpulmonar Antígenos exógenos inalados parecem ser responsáveis pela condição na pneumonia por hipersensibilidade. A inalação de patógenos presentes no ar, na poeira, introduz o antígeno nos pulmões, e ocorre uma reação de hipersensibilidade mediada por complexos. Isso pode gerar uma pneumonite ou uma alveolite alérgica extrínseca. Alveolite alérgica extrínseca: resulta da inalação contínua de partículas orgânicas. Por exemplo: doença dos lavadores de queijo (esporos de Penicillium casei); o pó desse penicillium quando inalado pode chegar no pulmão e em certo tempo gerar hipersensibilidade no pulmão. O antígeno entra, encontra com o alérgeno e fica naquele local, causando processo inflamatório. pulmão de peleiro (proteínas de pêlo das raposas); doença dos cortadores de casca de bordo(esporos de Cryptostroma). Padaria, hipersensibilidade, ao trigo. Doença do soro Doença resultante de complexos circulantes. É um exemplo de reação do tipo III sistêmica. Resulta da deposiçãode imunocomplexos solúveis, formados em excesso de antígenos, nos pequenos vasos por todo o corpo. Pode gerar aumento na temperatura, linfadenopatia, erupção generalizada de urticária e articulações doloridas e tumefeitas em associação com baixa de complemento no soro e albuminúria transitória. As erupções vasculíticas, que são a principal característica da doença do soro, também são características do lúpus eritematoso sistêmico e discóide. O LES é uma doença auto-imune causada por deficiência no sistema complemento. O lúpus é uma vasculite na face. Deposita-se na pele os complexos imulógicos e formou-se uma lesão de asa de borboleta, ativou o sistema complemento e houve melhora. Por isso que no lúpus, usa-se corticoide, porque ele é um anti- inflamatório. Legenda: paciente com lúpus. Glomerolonefrite por complexos imunes: Quando o complexo imune se deposita no rim. É uma doença inflamatória, em que o antígeno se encontra com o anticorpo quando vai filtrar o sangue lá no rim, no glomérulo, ele impacta no glomérulo, então ativa o sistema complemento, leva o processo inflamatório naquele local, lesando o rim de uma epssoa, podendo até perder o rim. Geralmente ocorre após várias infecções crônicas e doenças auto-imunes. Os complexos imunes são retidos dentro ou no lado endotelial da membrana basal glomerular. O processo inflamatório danifica essa membrana e gera essa doença caracterizada por proteinúria. Assim como ocorre no rim, podem ocorrer em diversos outros locais. Os locais favorecidos para a deposição de complexos imunes são a pele, as articulações e os rins. Outros locais de deposição: Plexo corióide; Artérias; Sangue (causando choque hemorrágico). As respostas do tipo III podem ser sistêmicas: Alguns exemplos de respostas a reações do tipo III: Doenças auto imunes (artrite reumática e síndrome de Goodposture); Reação a medicamentos (alergia à penicilina); Doenças infecciosas (meningite, hepatite e malária). Hipersensibilidade do tipo IV Não tem antígeno!! Resposta imune mediada por células T efetoras específicas a Ags exógenos inócuos (linfócitos T CD4+ ou T CD8+). Os antígenos são exógenos e podem estar fixos nos tecidos, podem estar circulantes, podem estar presos a uma célula inicialmente. A resposta é mais tardia, depois de 24 a 48h após a exposição do antígeno. Sempre uma uminflação dita do eixo TH1 A resposta celular induz lesões nos locais onde o Ag (antígeno) penetra. A marquinha da BCG: quando a pessoa é vacinada contra a tuberculosa, aplica-se no local, a injeção com bacilos atenuado, esse BCG foi apresentado só que ele é colocado em grande quantidade e fica ali por muito tempo, nesse tempo, da tempo de formar o antígeno, formar uma célula T de memória, e depois de 10 a 15 dias, existe a reação do tipo 4 de onde fez-se a injeção do BCG, essa reação vai promover um processo inflamatório tão grande que vai lesar o tecido e vai formar uma cicatriz naquele local. Assim ocorrem quando usamos esmalte, brinco, pessoas que lidam com cimento... É uma hipersensibilidade tardia, é uma resposta de hipersensibilidade tardia. Doenças: PPD – quando queremos saber se está com tuberculose, colocamos o líquido do PPD debaixo da pele, a nível intradérmico, observamos 48h depois essa resposta inflamatória. Quando o paciente está com tuberculose e tem uma resposta imunológica contra o antígeno, forma-se uma enduração local na pele, a qual é rica em linfócitos. A dermatite de contato é uma inflamção do tipo IV. Reação do BCG. A gliadina é um tecido muito importante, causando depósito tecidual, ele é absorvido no intestino e forma-se anticorpo contra a gliadina, e a gliadina vai no intestino, causa uma resposta inflamatória tardia do tipo IV, no tubo digestivo. Reação à picada do inseto também é tipo IV. A reação tardia. Tatuagem de rena. Dermatite de contato. Picada de mosquito. Tatuagem de rena. Doença celíaca. Mediada por IgE: urticária, crise de rinite, crise de asma, depois que como um alimento. Não mediada por IgE: doença celíaca, um linfócito T contra aquele determinado antígeno alimentar. Intolerância à lactose e hipersensibilidade aos sulfitos: não tem participação do sistema imunológico. Corantes. São reações não alérgicas. Intolerância é quando o corpo não consegue digerir o alimento e vai causar alteração no tubo digestivo, não precisa de anticorpo nem célula contra aquele determinado antígeno. Alergia: anticorpo contra aquele alimento que vai me causar uma urticária, um angioedema, um bronquioespasmo ou uma doença inflamatória na pele, se causada por exposição a um alimento ou o tubo digestivo em uma doença celíaca, por exemplo. Anticorpo contra a proteína do glúten. É encontrado como reação provocada a bactérias, vírus e fungos e também nas dermatites de contato Reação mais conhecida é a reação de mantoux – tuberculina Outras testes de imunidade celular – tricofitina, candidina , (vem de fungos) estreptoquinase e dornase (vem de bactérias). A reação é caracterizada por eritema e endurecimento – 24 a 48 h após a aplicação do teste. Existe um teste alérgico e avalia como está a resposta alérgica contra aquele determinado antígeno, não tem importância, só quer avaliar se o paciente está bem imunologicamente. Tem muito linfócito e macrófago no tipo IV. Maior quantidade de mononucleares (monócitos, linfócitos e macrófagos). Isso nos ajuda a saber de qual tipo é a doença. As doenças causam: Infecções – caseificação, cavernas, granulomas (fibrose e necrose). DM (diabetes melittos) tipo I – reação celular ás células Beta das ilhotas do pâncreas. Estrófulo. Dermatose desencadeada pela picada de inseto.
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