Buscar

Hipersensibilidade: Resposta Imunológica Anômala

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HIPERSENSIBILIDADE 
Maria Clara Muniz Jorge – 2º P. - UNIG 
O nosso corpo responde quando encontramos com uma infecção, 
mas existe um situação em que pode ocorrer um erro e a resposta 
imunológica não é controlada. Sempre que pensar em resposta 
imunológica, teremos um linfócito ativador e um linfócito 
controlador, ou seja, regulador, é o linfócito Treg (do tipo 
regulador). Então existe um equilíbrio. 
Eixo do tipo T regulador. 
Talvez por excesso de maturação, por exemplo, uma célula auto-
reativa; ou em respostas geneticamente pré-determinadas, por 
exemplo, um paciente alérgico que é filho de pais alérgicos, ou seja 
já tem uma tendência a ter uma resposta anômola, quando 
encontra com determinado antígeno. A partir disso, surgem as 
doenças de hipersensibilidade, as quais acontecem quando o corpo 
não conseguem controlar uma resposta de maneira mais 
adequada, podendo trazer, assim, malefícios para o corpo. Em 
algumas situações, essas respostas imunes podem ser até boa, na 
resposta contra parasitas intestinais, por exemplo, a gente tem 
uma reposta linfocitária importante do eixo Th1, Th2...esses 
linfócitos vão tentar combater o agente etiológico do parasita 
intestinal, com isso, ele vai forçar certas respostas imunológicas e 
outras vão ficar mais falhas e é assim que acontece 
rotineiramente. Quando essas respostas são danosas, 
caracterizam as doenças de hipersensibilidade. 
 
Existem 4 tipos de hipersensibilidade: 
 
Tipo 
de 
reaçã
o 
Característ
ica 
Mecanism
o efetor 
Exemplos 
Tipo I Antígeno 
solúvel 
Ativação de 
mastócitos 
e liberação 
de 
mediadores 
inflamatório
s, através 
da IgE 
Reações alérg
icas e 
anafiláticas 
(asma, rinite) 
Tipo 
II 
Ligados a 
células 
Ação de 
fagócitos e 
NK em 
células que 
contenham 
a IgG 
ligada ao 
antígeno e 
ao sistema 
complemen
to 
Anemia 
hemolítica 
Tipo 
III 
Antígeno 
solúvel 
Complexos 
imunes 
depositado
s nos 
Reações a 
drogas 
tecidos - I
g G 
Tipo 
IV 
Antígeno 
solúvel ou 
ligado a 
células 
Células T 
sensibilizad
as, pelo 
antígeno, 
liberam 
interleucina
s após um 
segundo 
contato 
com o 
antígeno 
Dermatite de 
contato 
 
Tipo I: Antígeno solúvel (está solúvel no meio – passando no 
interstício, vindo por via resp., via gastrointestinal, via cutânea... 
etc. não está relacionado a um tipo de antígeno específico, está 
solto no organismo). Ige mediado, os alergistas usam muito, pois é 
uma resposta alérgica. 
 
Tipo II: as respostas vão ser danosas, danificando a própria célula. 
Pode ser uma hemácia, uma plaqueta, uma tireoide, um receptor, 
etc. 
Tipo III: o antígeno, o qual é solúvel, se liga a um anticorpo e forma 
um complexo imune, o qual é bem rico em Igg, o qual se deposita 
nos tecidos, como em um microvaso vascular da vasculatura do 
rim, do pulmão, do cérebro da retina, da pele... formando uma 
vasculite, uma inflamação naquele vaso sanguíneo. Esse complexo 
imune fica agarrado nos pequenos capilares e ali eles ativam o 
processo inflamatório local, comum em reações adversas à 
medicamentos. 
Tipo IV: 
Cada subtipo tem um mecanismo efetor mais importante. 
 Mastócitos 
 Células que defendem mucosas, ativando, por substâncias contidas 
em seus numeroso grânulos citoplasmáticos, linfócitos e fagócitos. 
 Alteram todo o meio com tais mediadores, causando, 
broncoespasmo, vasodilatação, etc. ele tem receptor para Ige, o 
qual fica na superfície desse mastócito, quando a Ige está 
circulante, ela se liga a esse receptor do mastócito e a partir disso, 
o alérgino libera mediadores que vão promover vasodilatação, 
espasmo, edema, aquecimento da pele... etc. 
 
 Basófilos 
 São análogos aos mastócitos. 
 Respostas prioritariamente no sangue. Muito encontrados em uma 
biópsia de uma pele ou de um nariz na mucosa nasal. 
Uma biópsia de uma rinite alérgica, em uma biópsia, encontra-se 
basófilos, eosinófilos e mastócitos. 
 Na rinosinusite bacteriana, normalmente tem-se um filtrado 
neutrofílico, porque é causado por bactéria. 
Logo, começa-se a diferenciar o tipo do processo da patologia ate 
com o tipo de filtrado que existe. 
 
 
Eosinófilo: 
 Células fundamentais na resposta alérgica e de 
hipersensibilidade do tipo I. 
 Tecidos: trato respiratório, mucosa gastrointestinal e trato 
geniturinário. 
 Libera citocinas envolvidas em sua diferenciação: eotaxina, 
fator estimulador de colônias de granulócitos e monócitos (GM-
CSF), IL-3 e IL-5. 
 Tem receptor de Ige na superfície, ele também varia no tecido, 
está na pele, no tubo gastro intestinal, no sangue, no trato 
respiratório... etc. 
 Seus grânulos lisossômicos produz: 
 Destruição tecidual. 
 Alteração da permeabilidade dos vasos no sítio 
inflamatório. 
 Broncoconstrição dos pulmões. 
Seus grânulos ajudam no processo de destruição da célula. 
Por exemplo, quando o paciente tem asma, o braonquio está 
cheio de eosinófilo, esse eosinófilo, quando libera substâncias 
(grânulos lisossomais) acabam destruindo tecidos, causando 
brônquioconstricção, aumento da permeabilidade celular, 
edema e vão tornar o tecido residual, uma destruição desse 
tecido vai formar uma fibrosa, a qual é muito importante na 
evolução da doença asmática, começa a ficar mais crônica, 
perdendo a elasticidade do músculo brônquio. 
 
Principais enzimas presentes nos grânulos: 
 Proteína principal do eosinófilo (MBP) 
 Proteína catiônica do eosinófilo (ECP) 
 Neurotoxina derivada do eosinófilo (EDN) 
 Peroxidase do eosinófilo (EPO). 
 
Responsáveis pela produção de: 
 Metabólitos do ácido araquidônico – leucotrienos C4 e D4 
 Fator ativador de plaquetas (PAF) 
 IL-2, IL-3, IL-4, IL-5 e IL-16 
 Quimioatraentes de eosinófilos. 
 
Hipersensabilidade tipo I 
Etapas: 
1ª: 
Sensibilização ao alérgeno (antígeno). Tem que ter primeiro o 
contato, tem várias exposições antes de ter a sensibilização. É 
uma exposição prévia para ter uma resposta alérgica. 
1 - Primeiro contato com o alérgeno 
2 - Apresentação do alérgeno aos linfócitos T naïve, via APCs 
3 - Ativação dos linfócitos T naïve a linfócitos Th2 
 (produção de IL-4, IL-13, IL-9, IL-5) 
4 - Ativação de linfócitos B, que passam a produzir IgE 
5 - Ligação da IgE produzida à superfície de mastócitos e basófilos 
 (via receptores de alta especificidade para a porção Fc) e 
eosinófilos. 
Quando o alérgeno se encontra com o Ige que está na superfície do 
mastócito, ele vai liberar as vesículas que estão dentro dele. 
 
 
 
 
 
2ª: 
1- Segundo contato com o alérgeno. 
2 - Ligação do alérgeno às moléculas de IgE presentes na 
superfície (mastócitos, basófilos e eosinófilos). 
3 - Degranulação de mastócitos e basófilos: liberação de 
mediadores químicos (histamina, leucotrienos e prostaglandinas) 
responsáveis pelos sintomas alérgicos. 
 
 
 
 
Os derivados.... também são importantes, em uma fase inicial, só 
tem liberação de histamina, mas depois com o processo alérgico 
ocorrendo, vai haver sempre inflamação, uma doença 
inicialmente alérgica, pode se tornar uma doença inflamatória 
posteriormente, após o contato com o antígeno. 
 
Resposta imediata 
(segundos) 
Pode levar segundos ou minutos depois desse processo. 
 Decorrente da atividade da histamina e prostaglandinas 
 Secreção de muco. 
 
 Permeabilidade do vaso 
sanguíneo local, podendo 
formar edema. Picada de 
mosquito, camarão por ex. 
quando a pessoa é alérgica. 
 
 Ativa as glândulas mucosas, 
aumentando a secreção de 
muco. 
 
 Edema que ocorre com o 
aumento da permeabilidade 
vascular é a contração da 
musculatura lisa. 
 
 
 Contração de musculatura 
lisa / 
 Broncoconstrição 
 
 
 Estimulam terminações 
nervosas, com a liberação de 
neuropeptídios que vão 
promover Prurido e Rash 
 
Urticária é um exemplo. 
 
Hipersensibilidade Tipo I – Reação alérgica 
 Logo depos da liberação da histamina, tem a liberaçãode 
mediadores inflamatórios. Sempre uma doença alérgica se torna 
uma doença inflamatória, por isso que a doença alérgica na fase 
inicial está controlada, não há evolução, mas quando está 
descontrolada, não tendo uso do anti-histamínico da maneira 
correta, ela evolui para uma doença inflamatória e aí às vezes o 
anti-histamínico não funciona, tendo que usar um corticoide, um 
anti-inflamatório, isso porque o processo inflamatório já se 
instalou. É o que acontece com os pacientes que tem rinite crônica. 
Essa resposta inflamatória vai promover uma reconstrução 
tecidual, uma lesão tecidual, promovendo um remodelamento 
brônquio que é uma nova estrutura que está se formando na 
região que ocorreu a inflamação (pele, mucosa plmonar, nasal), 
formando um tecido remodelado. 
Esse remodelamento acontece em várias outras doenças também, 
como no AVC, onde existe o remodelamento cerebral; no coração; 
existe remodelamento de todo o tecido. 
 
 
 
Indivíduos atópicos; Anafilaxia 
 
 Indivíduos atópicos: 
 São aqueles predispostos a manifestar fortes respostas de 
hipersensibilidade imediata, como doenças alérgicas. Quando 
expostos a lérgenos, vão começar a desenvolver diversas doenças. 
 
 Anafilaxia: 
 Forma sistêmica mais extrema, quando encontra com antígeno, 
onde os mediadores liberados (eosinófilo e principalmente basófilo) 
podem causar constrição da musculatura da árvore brônquica a 
ponto de causar asfixia e vasodilatação produzindo colapso 
cardiovascular, podendo levar à morte – reação anafilática. 
 
 
Reação de fase tardia 
 
 É uma etapa da hipersensibilidade imediata. 
Rica em células linfocitárias que são mais importantes. 
 Começa entre 2 a 4 horas após a reação de hipersensibilidade 
imediata, mediada pelos leucócitos inflamatórios. 
 As células T produtoras de IL-4, que são a marca da subsérie Th2. 
 É máxima em 24 horas. 
 Nos indivíduos atópicos, são prioeritariamente eosinofílicas. 
 
Regulação da síntese de IgE 
São quatro fatores interagindo: 
1. Hereditariedade. O pai e mãe são alérginos, porém, se a 
pessoa não se expôs ao alérgeno, pode acontecer de não ser. 
2. História natural de exposição ao antígeno. Ele pode ser 
mais proteico, ou seja, ter a possibilidade maior de formar 
resposta alérgica, por ex. as proteínas do leite e camarão são 
proteínas mais proteicas que a do açúcar, por exemplo. 
3. Natureza do antígeno. 
4. Células T auxiliares e suas citocinas. 
 
 
Regulação da síntese de IgE: 
 
Células T auxiliares e suas citocinas 
A citocina que se relaciona com a produção de IgE é a IL-4, 
produzida por mastócitos e linfócitos T CD4+ Th2. Também a IL-5, 
IL-6, IL-10 e IL-13. 
 
Algumas doenças envolvendo IgE 
 
 Rinite alérgica e asma 
 Resposta de hipersensibilidade do tipo I que acontece na mucosa 
respiratória nasal e brônquica. 
 A resposta culmina com o edema da mucosa nasal e 
broncoespasmo. 
 
 
Hipersensibilidade do TIPO II 
 
 A hipersensibilidade do tipo II é também chamada de citotóxica 
dependente de anticorpos, ou seja, quando há no corpo um 
antígeno, a reação antígeno-anticorpo ativará uma cascata de 
complemento completo até que haja danos diretos à membrana 
do antígeno. Assim como a do tipo I, tipo III, há a participação 
de anticorpos. 
 O antígeno sempre estará ligado à uma célula ou a um tecido. 
 O fato de ser chamada de citotoxidade mediadas por células 
e dependente de anticorpos (ADCC) significa que poderá 
ocorrer exibição por células fagocíticas e não fagocíticas. 
 
 Decorrente do efeito citopático de Acs, dirigidos contra Ags 
presentes na superfície ou matriz celular. 
Ocorre quando o antígeno está ligado a uma célula e os anticorpor 
estão ajudando na destruição da célula. 
 
 
 
Legenda: uma célula de K, a qual tem receptores na sua superfície 
de anticorpos, os quais estão se ligando a antígenos na superfície 
da célula. Promovendo destruição do antígeno que está ligado a 
ela, ele será fagocitado posteriormente. Mas não só o processo 
inflamatório, o processo de ativação do sistema complemento 
também ajuda muito no processo inflamatório local. Combina com 
lise celular, ação dos fagócitos e a própria lesão tecidual que 
ocorrerá como um todo. 
 
Reações Transfusionais: 
 
São as reações de hipersensibilidade do tipo II. 
 
O sangue de diversas pessoas tem diferentes propriedades 
antigênicas e imunitárias, de modo que os anticorpos do plasma 
reagem com os antígenos nas superfícies das hemácias do outro 
sangue. 
 Os sistemas de antígenos ABO e do sistema Rh são os principais 
causadores das reações de transfusões sanguíneas. 
Se um paciente é A e recebe sangue B vai ter problema, porque o A 
tem anti-B, terá anticorpo contra a célula hemácia do tipo B. 
 
Grupos sangüíneos ABO 
 
Quando o sangue, apresenta aglutinogênio do tipo A ele aglutina o 
anticorpo anti-B e o sangue do tipo B aglutina o anticorpo anti-A, o 
sangue do tipo AB não possui aglutinina já o sangue do tipo O possui 
aglutinina dos tipos anti-A e anti-B. 
 
 As aglutininas são, na sua maioria, moléculas de 
imunoglobulinas IgM e IgG. 
Quando os sangues são incompatíveis numa transfusão, ocorre a 
aglutinação das hemácias provocada pela reação das aglutininas 
com os aglutinogênios presentes nas hemácias; essa aglutinação faz 
com que pequenos vasos sejam obstruídos podendo causar 
isquemia em importantes vasos do corpo. 
 
A resposta do tipo II pode ser encontrada em qualquer tipo de célula, 
inclusive na hemácia e quando isso ocorre, gera uma hemólise. 
 
Legenda: um paciente que recebeu hemácias do tipo B e o sangue 
do paciente era do tipo A, ou seja, tinha anti-B. logo, o anti-B vai se 
ligar na hemácia e vai hemolisar a hemácia, sendo uma resposta 
em que o antígeno está ligado a própria célula. 
 
Incompatibilidade Rhesus 
 
 Os grupos sanguíneos Rhesus (Rh) formam outro grande 
sistema antigênico. Os tipos comuns de antígenos Rh, são chamados 
fatores Rh. O antígeno do tipo D são os Rh negativos. 
 O Rh positivo não tem anticorpo. Mas o Rh negativo, o qual não 
tem o Rhesus, pode-se ter um anticorpo anti-positivo. Tendo uma 
reatividade cruzada entre um e outro. 
 A reação mais comum causada por incompatibilidade Rhesus 
é a Eritroblastose Fetal, também chamada de Doença Hemolítica do 
recém-nascido. É caracterizada pela aglutinação e fagocitose das 
hemácias do feto. Uma mãe que é Rh negativo gesta uma criança Rh 
+, a criança no primeiro momento não sofre nada, mas em uma 2ª 
gestação com o mesmo tipo sanguíneo, a mãe já vai ter tido contato 
com a primeira criança e já vai ter formado uma resposta contra 
esse determinado antígeno e quando o neném nascer ele pode ser 
encharcado de vários anticorpo do tipo anti-rhesus e ele fazer uma 
hemólise maciça assim quando ele nasce. Por isso é muito 
importante tipar o sanguíneo da mãe e do cordão umbilical da 
criança, a fim de ficar atento se ocorre alguma incompatibilidade do 
sangue. 
 Isso ocorre quando a mãe é Rh negativa e o pai Rh positivo e 
o filho for Rh positivo, daí a mãe desenvolve aglutininas anti-Rh a 
partir da exposição ao antígeno Rh da criança. Assim as aglutininas 
maternas se difundem através da placenta para o feto e causam a 
aglutinação das hemácias. 
 
Rejeição de órgãos transplantados 
 
A maior parte dos diferentes antígenos das hemácias que causam 
reações de transfusão também podem estar presentes difusamente 
em outros tecidos corporais. 
 Os antígenos mais importantes que causam a rejeição do 
transplante pertencem ao complexo chamado antígenos HLA, que 
ocorrem nos leucócitos, bem como nas células do tecido 
transplantado. 
 
Prevenção da rejeição do transplante pela repressão do 
sistema imune 
 
Se o sistema imune fosse completamente suprimido, a rejeição do 
transplante não ocorreria. 
 Como as células T são a parte principal desse sistema a matar as 
células transplantadas,sua supressão é bem mais importante do 
que a supressão dos anticorpos plasmáticos. 
 
 
 
 
Reações auto-imunes 
 
Uma variedade de doenças auto-imunes específicas são causadas 
pela produção inadequada de anti-corpos contra vários antígenos 
de células ou tecidos. 
 Hemácias: anemia hemolítica auto-imune – auto-anticorpos 
destroem as hemácias. 
 Plaquetas: trombocitopenia auto-imune - auto-anticorpo 
contra plaqueta. 
 Células da Tireóide: tireoidite de Hashimoto 
 Membranas basais do glomérulo renal e alvéolos 
pulmonares: síndrome de Goodpasture. 
 
Reações do Tipo II a drogas 
 
Certas drogas tem a capacidade de se acoplar a componentes do 
corpo e assim sofre conversão de um hapteno a um antígeno 
completo que sensibilizará certos indivíduos. 
 Nesses casos se houver produção de IgE poderá ocorrer uma 
reação anafilática. 
 
 Entretanto, em casos específicos como de aplicação tópica de 
unguentos, pode-se induzir a hipersensibilidade mediada por 
células. Em outros casos de ligação às proteínas do soro, há a 
possibilidade de reação do tipo III mediadas por complemento. Assim 
haverá formação do complexo antigênico. 
 
Alguns casos de drogas que podem sensibilizar o indivíduo: 
 
 Clorpromazina ou fenacetina (administração contínua): anemia 
hemolítica 
 Aminopirina ou quinidina: agranulocitose 
 Serdormid: Púrpura tromnocitopêmica 
 
 Quando a droga é suspensa a sensibilidade não é mais evidente. 
 
Doenças auto-imunes por anti-receptor 
 
É uma doença anti-receptor. 
 Muitas células são sinalizadas por agentes (p.ex.: hormônios) que se 
ligam a receptores de forma específica. Os chamados auto-
anticorpos contra esses receptores podem originar doenças: 
bloqueando ou removendo o receptor da superfície da célula ou 
ativando o receptor. 
Ex.: um paciente que tem tireoidite de rashimoto, o crpo produz um 
anticorpo contra o receptor de TSH da tireoide, e assim que o 
anticorpo se liga ao receptor, ele bloqueia a ação do TSH na própria 
glândula da tireóide. Se esse receptor está com o anticorpo 
bloqueando, quando o TSH vem fazer o estímulo para a produção dos 
homonios, ele não vai conseguir, logo, o hormônio vai dimunuir 
muito. 
 
 Miastemia grave: desordem decorrente de um anticorpo 
anormal direcionado contra receptores de acetilcolina, quando há 
fraqueza muscular profunda. A placa motora tem receptor de acetil-
colina, quando o acetil-colina se liga na placa motora (no receptor 
de acetil-colina), o músculo vai contrair, só que tem alguns 
pacientes que podem ter a miastemia grave, em que há a produção 
de um anticorpo que bloqueia o receptor de TSH, é um auto-
anticorpo contra receptor de acetil-colina, assim, a acetil-colina 
não consegue se ligar ao receptor e esse receptor não vai funcionar 
e essa musculatura vai ficar frouxa, até paralisar a musculatura do 
paciente. 
 
 Doença de Graves(Tirotoxicose): O anticorpo anormal estimula 
o receptor para o hormônio tireoestimulante, resultando na 
produção descontrolada de hormônios pela tireóide. Quando o 
anticorpo se liga ao receptor do TSH da tireoide, em vez de diminuir, 
ele estimula a produção e aí a pessoa começa a produzir altas 
quantidades do hormônio da tireóide. 
 
Resumo tio II: complexo antígeno-anticorpo sendo formando em um 
tecido ou na própria célula. 
 
Hipersensibilidade do tipo III: 
 
Nas reações de hipersensibilidade do tipo III, o antígeno é solúvel e 
forma, com o anticorpo da classe IgG, imunocomplexos que se 
depositam na parede dos vasos sanguíneos e em determinados 
órgãos como rins, articulações e pele. Para que esta deposição 
ocorra, é necessária a formação de imunocomplexos menores, pois, 
os grandes têm a capacidade de fixar complemento e são 
fagocitados. 
Como tem um antígeno e um anticorpo, ele fica muito grande e 
quando vai passar nos vasos bem finos, retina, pulmão, pele, etc, ele 
fica preso, o complexo antígeno anticorpo ativa o sistema 
complemento, o qual vai liberar substâncias que vão fazer a 
abertura da micro-circulação, vão ativar células, ativar quimiotaxia 
do sistema imunológico e farão a destruição do vaso sanguíneo onde 
ele ficou preso. Por isso as doenças do tipo III são chamadas de 
vasculites, porque esse complexo imune impacta em um vaso 
sanguíneo levando a um infiltrado inflamatório, emperrando o vaso 
sanguíneo, 
O antígeno está solúvel, mas está circulante. Pode acontecer com 
medicamentos, bactérias... enfim, diversos antígenos de uma 
maneira geral. 
Mediadas por imuno-complexos. 
Polimorfonuclear: fagócitos. E neutrófilo Estão no tipo III. 
O IgM é omelhor anticorpo que ativa o sistema complemento. O 
anticorpo que mais forma imune-complexo, o IgG, o qual é um 
anticorpo bloqueador, ou seja, ele se liga ao antígeno e vai ficar 
circulando ligado ao antígeno. O igM é grande demais e nos vasos 
sanguíneos pequenos ele vai fiar preso. 
Tato a do tipo II quanto a do III apresentam o IgG. Mas no tipo II há 
inflamação na célula, no tecido, e no III vai ser ligado ao vaso 
sanguíneo, uma vasculite. 
Os complexos imunes fixam ou ativam o sistema complemento, as 
anafilatoxinas C3a, C4a e C5a são liberadas causando a liberação de 
mediadores dos mastócitos resultando em permeabilidade vascular 
aumentada; ele vai quimioatrair; vai regular as respostas 
imunoógicas; vai aumentar a vascularização; vai formar a lise 
celular, se tiver algum tecido ali, ele pode quebrar o tecido, inflamar 
o tecido em volta, levando o processo inflamatório mais importante. 
 
Os antígenos não solúveis, mas se depositam quando formam no 
complexo antígeno-anticorpo nos tecidos formando uma vasculite, 
também chamada de Reação de Arthus, na qual o antígeno é injetado 
no paciente, forma imunocomplexo, leva informação naquele tecido 
onde ele impactou e aumenta a permeabilidade vascular, uma 
vasculite. 
 
 
Legenda: Inflamação em volta do vaso, o vaso se rompe e derrame 
pigmento e junta células inflamatórias a nível desse tecido, onde 
está danificado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causa 
Antígeno Sítio de 
deposição 
Infecção 
persistente 
Bactérias, 
vírus, 
parasitas, 
etc. 
Órgão infectado, 
rins( 
glomerulonefrite). 
Antígenos 
inalados 
Mofo, 
plantas, 
antígenos 
animais, etc. 
Pulmões. 
Material 
injetado 
Soro Rins, pele, 
artérias, 
articulações. 
Autoimunidade Antígenos 
próprios 
Rins, articulações, 
pele e artérias. 
 
Reação de Arthus 
 
 É uma lesão tecidual caracterizada por intenso infiltrado de 
leucócitos PMN (neutrófilos) 
 Ocorre quando imunocomplexos geram lesão tecidual devido 
a ativação do complemento e liberação de anafilatoxinas que 
aumentam o processo inflamatório e a permeabilidade 
vascular, o que permite um influxo de leucócitos PMN para o 
local. 
 Juntamente com outros fatores resultará em eritema e edema. 
 
 
Reação de Arthus Interpulmonar 
 
 Antígenos exógenos inalados parecem ser responsáveis pela 
condição na pneumonia por hipersensibilidade. 
 A inalação de patógenos presentes no ar, na poeira, introduz o 
antígeno nos pulmões, e ocorre uma reação de 
hipersensibilidade mediada por complexos. Isso pode gerar 
uma pneumonite ou uma alveolite alérgica extrínseca. 
 Alveolite alérgica extrínseca: resulta da inalação contínua de 
partículas orgânicas. Por exemplo: 
doença dos lavadores de queijo (esporos de Penicillium casei); o pó 
desse penicillium quando inalado pode chegar no pulmão e em certo 
tempo gerar hipersensibilidade no pulmão. O antígeno entra, 
encontra com o alérgeno e fica naquele local, causando processo 
inflamatório. 
 pulmão de peleiro (proteínas de pêlo das raposas); 
 doença dos cortadores de casca de bordo(esporos de 
Cryptostroma). 
 Padaria, hipersensibilidade, ao trigo. 
 
Doença do soro 
 
 Doença resultante de complexos circulantes. 
 É um exemplo de reação do tipo III sistêmica. 
 Resulta da deposiçãode imunocomplexos solúveis, formados 
em excesso de antígenos, nos pequenos vasos por todo o corpo. 
 Pode gerar aumento na temperatura, linfadenopatia, erupção 
generalizada de urticária e articulações doloridas e tumefeitas 
em associação com baixa de complemento no soro e 
albuminúria transitória. 
 
 
 As erupções vasculíticas, que são a principal característica da 
doença do soro, também são características do lúpus 
eritematoso sistêmico e discóide. 
 O LES é uma doença auto-imune causada por deficiência no 
sistema complemento. 
 O lúpus é uma vasculite na face. Deposita-se na pele os 
complexos imulógicos e formou-se uma lesão de asa de 
borboleta, ativou o sistema complemento e houve melhora. Por 
isso que no lúpus, usa-se corticoide, porque ele é um anti-
inflamatório. 
 
Legenda: paciente com lúpus. 
 
Glomerolonefrite por complexos imunes: 
Quando o complexo imune se deposita no rim. 
É uma doença inflamatória, em que o antígeno se encontra com o 
anticorpo quando vai filtrar o sangue lá no rim, no glomérulo, ele 
impacta no glomérulo, então ativa o sistema complemento, leva o 
processo inflamatório naquele local, lesando o rim de uma epssoa, 
podendo até perder o rim. 
 Geralmente ocorre após várias infecções crônicas e doenças 
auto-imunes. 
 Os complexos imunes são retidos dentro ou no lado endotelial 
da membrana basal glomerular. O processo inflamatório 
danifica essa membrana e gera essa doença caracterizada por 
proteinúria. 
 
Assim como ocorre no rim, podem ocorrer em diversos outros 
locais. 
 Os locais favorecidos para a deposição de complexos imunes 
são a pele, as articulações e os rins. 
 Outros locais de deposição: 
 Plexo corióide; 
 Artérias; 
 Sangue (causando choque hemorrágico). 
 
As respostas do tipo III podem ser sistêmicas: 
 
Alguns exemplos de respostas a reações do tipo III: 
 Doenças auto imunes (artrite reumática e síndrome de 
Goodposture); 
 Reação a medicamentos (alergia à penicilina); 
 Doenças infecciosas (meningite, hepatite e malária). 
 
 
 
Hipersensibilidade do tipo IV 
 
Não tem antígeno!! 
 
 Resposta imune mediada por células T efetoras específicas a 
Ags exógenos inócuos (linfócitos T CD4+ ou T CD8+). 
 Os antígenos são exógenos e podem estar fixos nos tecidos, 
podem estar circulantes, podem estar presos a uma célula 
inicialmente. 
 A resposta é mais tardia, depois de 24 a 48h após a exposição 
do antígeno. 
 Sempre uma uminflação dita do eixo TH1 
 A resposta celular induz lesões nos locais onde o Ag (antígeno) 
 penetra. 
 
A marquinha da BCG: quando a pessoa é vacinada contra a 
tuberculosa, aplica-se no local, a injeção com bacilos atenuado, 
esse BCG foi apresentado só que ele é colocado em grande 
quantidade e fica ali por muito tempo, nesse tempo, da tempo de 
formar o antígeno, formar uma célula T de memória, e depois de 10 
a 15 dias, existe a reação do tipo 4 de onde fez-se a injeção do BCG, 
essa reação vai promover um processo inflamatório tão grande 
que vai lesar o tecido e vai formar uma cicatriz naquele local. 
Assim ocorrem quando usamos esmalte, brinco, pessoas que lidam 
com cimento... É uma hipersensibilidade tardia, é uma resposta de 
hipersensibilidade tardia. 
 
 
 
Doenças: 
 
 
 
PPD – quando queremos saber se está com tuberculose, 
colocamos o líquido do PPD debaixo da pele, a nível intradérmico, 
observamos 48h depois essa resposta inflamatória. Quando o 
paciente está com tuberculose e tem uma resposta imunológica 
contra o antígeno, forma-se uma enduração local na pele, a qual é 
rica em linfócitos. 
A dermatite de contato é uma inflamção do tipo IV. 
Reação do BCG. 
A gliadina é um tecido muito importante, causando depósito 
tecidual, ele é absorvido no intestino e forma-se anticorpo contra 
a gliadina, e a gliadina vai no intestino, causa uma resposta 
inflamatória tardia do tipo IV, no tubo digestivo. 
Reação à picada do inseto também é tipo IV. A reação tardia. 
Tatuagem de rena. 
 
 
Dermatite de contato. 
 Picada de mosquito. 
 
 Tatuagem de rena. 
 
 
Doença celíaca. 
 
 
 
 
 
 
Mediada por IgE: urticária, crise de rinite, crise de asma, depois 
que como um alimento. 
Não mediada por IgE: doença celíaca, um linfócito T contra aquele 
determinado antígeno alimentar. 
 
Intolerância à lactose e hipersensibilidade aos sulfitos: não 
tem participação do sistema imunológico. Corantes. São reações 
não alérgicas. 
 
Intolerância é quando o corpo não consegue digerir o alimento e 
vai causar alteração no tubo digestivo, não precisa de anticorpo 
nem célula contra aquele determinado antígeno. 
Alergia: anticorpo contra aquele alimento que vai me causar uma 
urticária, um angioedema, um bronquioespasmo ou uma doença 
inflamatória na pele, se causada por exposição a um alimento ou o 
tubo digestivo em uma doença celíaca, por exemplo. Anticorpo 
contra a proteína do glúten. 
 
 É encontrado como reação provocada a bactérias, vírus e 
fungos e também nas dermatites de contato 
 Reação mais conhecida é a reação de mantoux – tuberculina 
 Outras testes de imunidade celular – tricofitina, candidina , 
(vem de fungos) estreptoquinase e dornase (vem de bactérias). 
 A reação é caracterizada por eritema e endurecimento – 24 a 
48 h após a aplicação do teste. 
 Existe um teste alérgico e avalia como está a resposta alérgica 
contra aquele determinado antígeno, não tem importância, só 
quer avaliar se o paciente está bem imunologicamente. 
 Tem muito linfócito e macrófago no tipo IV. Maior quantidade de 
mononucleares (monócitos, linfócitos e macrófagos). Isso nos 
ajuda a saber de qual tipo é a doença. 
 
As doenças causam: 
 
 Infecções – caseificação, cavernas, granulomas (fibrose e 
necrose). 
 DM (diabetes melittos) tipo I – reação celular ás células Beta 
das ilhotas do pâncreas. 
 Estrófulo. Dermatose desencadeada pela picada de inseto.

Outros materiais