Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REFORMA PSIQUIÁTRICA BREVE HISTÓRICO A assistência à saúde mental era baseada na exclusão social e na negligência de cuidados humanizados e de qualidade aos portadores de transtornos mentais, inclusos os dependentes de álcool e outras drogas. Assim, o foco era em um tratamento de caráter fechado e de abstinência, em que havia tortura e confinamento. Além disso, os doentes mentais eram, na Idade Média, vistos como pessoas possuídas por espíritos malignos, por demônios e bruxos e, na Idade Moderna, eram chamados de doidos – a loucura era um sinônimo de exclusão social – que iam para manicômios, locais de confinamento e isolamento social. Atualmente, busca-se resgatar os cidadãos com direitos acometidos por doenças mentais, visando sua ressocialização, inclusão comunitária e com tratamento antimanicomial. A REFORMA PSIQUIÁTRICA O marco histórico da Reforma Psiquiátrica no Brasil é a Lei 10.216/2001 – Lei Paulo Delgado. Ela visa uma rede assistencial com dispositivos extra hospitalares de atenção psicossocial, localizada no território e articulada com outros setores sociais e prioriza a descentralização de serviços, principalmente na comunidade, próximos do convívio social. Além disso, a lei garante aos doentes e usuários dependentes de álcool e outras drogas a universalidade de acesso e assistência integral. Sua origem é de movimentos sociais que reivindicaram o fim do modelo hospitalocêntrico e da exclusão, com foco na reabilitação psicossocial e na emancipação social das pessoas em sofrimento psíquico. Na Portaria 816/2002 instituiu-se o Programa Nacional de Ação Comunitária Integrada aos Usuários de Álcool e outras Drogas e os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS ad), que visa uma melhora da assistência, projetos terapêuticos, práticas de cuidados flexíveis, estratégias de redução de danos (sociais e à saúde). Faz-se, então, uso da multiplicidade de níveis organizacionais das redes assistenciais centradas nas desigualdades existentes, ajustando suas ações às demandas da população, para atender de forma equânime e democrática, além de reconhecer diferentes perfis populacionais e da variabilidade de incidência dos transtornos decorrentes do uso abusivo e/ou dependência de álcool e outras drogas. SERVIÇOS PARA ALÉM DO HOSPITAL • Residências terapêuticas; • Ambulatórios de hospitais gerais e psiquiátricos; • Hospitais gerais com leitos psiquiátricos para internação; • Hospital Dia; • Comunidades terapêuticas; • Centros de convivência; • Consultórios na Rua; • Unidade de Acolhimento; • CAPS ad; • CAPS ad III/24 horas: com leitos de internação. POLÍTICAS PÚBLICAS Implantação da Política Nacional para a Atenção aos Usuários de Álcool e Outras Drogas com a Portaria 2.197/2004 GM. Os objetivos da Política são promover maior integração social, fortalecer a autonomia e o protagonismo e garantir participação social do usuário com dependência química. Portaria GM 678/2006: Estratégia Nacional de Avaliação, Monitoramento, Supervisão e Apoio Técnico aos CAPS e outros serviços da rede pública de saúde mental do SUS. EPIDEMIOLOGIA GERAL • Cerca de 246 milhões de pessoas usaram drogas ilícitas em 2013. • Álcool no mundo: 76,3 milhões de pessoas; 3,3 milhões de mortes/ano. Prevalência 9 vezes maior de mortes que por drogas ilícitas; Entre as ilícitas: 1º lugar é a cocaína; Metadona e anfetamina em segundo lugar; Cerca de 99 mil a 253 mil mortes associadas ao uso de drogas ilícitas: overdose; A overdose por opiáceos é elevada e evitável; • 967 milhões consumidores de tabaco no mundo; 7 milhões de mortes (1:10 mortes no mundo); 50% dos usuários morre por doenças associadas;. Custo à família e Governo em gastos com saúde e perda de produtividade: US$ 1,4 trilhão NO BRASIL • Crack e cocaína: 2,6 milhões; • Maconha: 1,5 milhão; • Álcool (abuso): 12,2% de prevalência de dependência; • Brasileiros: campeões mundiais de consumo; 1º lugar: cerveja.
Compartilhar