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Universidade Federal de Campina Grande Centro de Educação e Saúde – CES Unidade Acadêmica de Saúde – UAS Componente Curricular: Bioquímica Monitora: Aline Fernandes Fichamento sobre Proteínas – Digestão, Absorção e Metabolismo As proteínas são macromoléculas constituídas de aminoácidos que são ligados através de ligações peptídicas, e que são digeridas pelo nosso organismo. Sua constituição comporta carbono (C), oxigênio (O), nitrogênio (N) e hidrogênio (H), ou enxofre (S). As mesmas possuem diversos papéis, entre eles função estrutural (colágeno, queratina), função de defesa (anticorpos), função hormonal (insulina), dentre outras. Algumas proteínas podem ser constituídas de apenas uma cadeia polipeptídica, como exemplo a albumina, já outras podem ser formadas por mais de uma cadeia, como exemplo a hemoglobina (quatro cadeias polipeptídicas). Essas cadeias apresentam dobramentos formando assim as suas estruturas, que podem ser secundárias, terciárias ou quaternárias. · Digestão das proteínas provenientes da dieta As proteínas são muito grandes para serem absorvidas pelo intestino, desse modo, precisam ser hidrolisadas até liberar os aminoácidos livres, que serão absorvidos e destinados para as suas funções. Sua digestão está totalmente ligada ao pH e a ação de enzimas que são produzidas pelo estômago, pâncreas e intestino delgado, essas enzimas são denominadas como endo e exopeptidases. Essas enzimas vão atuar diretamente nas ligações peptídicas. ( Endopeptidases – agem nas ligações internas da cadeia liberando grandes peptídeos. Ex: Tripsina e quimotripsina. ) ( Exopeptidases – atuam nas regiões finais da cadeia liberando aminoácidos livres. Ex: Carboxipeptidases. )Assim como nos lipídeos a digestão das proteínas não se inicia na boca. A digestão das proteínas ocorre em três fases: Gástrica, Pancreática e Intestinal. 2019.2 · Estômago O estômago é estimulado pela gastrina a secretar suco gástrico, o mesmo contém ácido clorídrico (Hcl) que irá atuar desnaturando as proteínas e ativando o zimogênio denominado de pepsinogênio que devido ao pH ácido é ativado em pepsina. A desnaturação ocasionada pelo Hcl deixa as proteínas mais susceptíveis à hidrolise, onde essa pepsina atua sobre as mesmas hidrolisando as ligações peptídicas quebrando em grandes peptídeos (polipeptídios) e poucos aminoácidos livres. · Pâncreas e Intestino Quando chegam ao intestino os hidrolisados induzem a liberação de secretina e junto da mesma há a liberação de bicarbonato, neutralizando assim o pH do intestino delgado. Os hidrolisados também induzem a colecistocinina a estimular a secreção das enzimas produzidas pelo pâncreas. Essas enzimas também estão inativas e o pH neutro do intestino ativa esses zimogênios para que atuem nos peptídeos. A enteropeptidase denominada de enteroquinase ativa o tripsinogênio em tripsina, que por sua vez ativa as outras enzimas. A tripsina, quimiotripsina, elastase e carboxipeptidases A e B atuam quebrando os polipeptídios em oligopeptídios e mais aminoácidos livres. Já no intestino delgado as aminopeptidases e as carboxipeptidases C e D quebram em di e tripeptídeos e aminoácidos livres, sendo assim estão prontos para serem absorvidos, porém esses di e tri ainda precisam ser hidrolisados novamente antes de chegar a corrente sanguínea. · Absorção das proteínas O produto final dessa digestão são os dipeptídeos, tripeptídeos e aminoácidos livres, onde os AA livres podem ser absorvidos diretamente, já os di e tripeptídeos vão ser hidrolisados novamente e assim vão para a corrente sanguínea. Essa absorção pode ocorrer através de três transportes sendo eles por difusão simples ou facilitada ou através de transporte ativo por co-transporte. Os AA livres tanto utilizam o transporte ativo (através do co-transporte de Na+) quanto o passivo, enquanto que os di e tripeptídeos utilizam o transporte passivo através de um transportador, denominado de Pept1, que transporta do lúmen para dentro do enterócito. Uma vez dentro do enterócito são hidrolisados pelas peptidases e transformados em AA livres, sendo assim são liberados na corrente sanguínea. Mas e depois de absorvidos, para onde vão esses aminoácidos? · Destino dos aminoácidos Esses aminoácidos podem ser utilizados de diversas formas, umas delas é a síntese protéica, onde esses aminoácidos são usados pelo organismo para a síntese de proteínas, para a manutenção e renovação de proteínas endógenas, ou para formar outros aminoácidos que não são obtidos na dieta; se não for utilizado na síntese o aminoácido é excretado. E é a partir do seu destino que os mesmos são denominados em glicogênicos, aqueles que dão origem ao piruvato ou os intermediários do ciclo de Krebs, ou os cetogênicos participam da formação de corpos cetônicos quando são convertidos em acetoacetato e/ou Acetil-CoA. O músculo utiliza esses aminoácidos para a produção de proteínas contráteis e não-contráteis, sendo assim é o maior consumidor de aminoácidos. Já no fígado, o esqueleto carbônico do AA é utilizado para a produção de energia, e o grupo amina que e retirado é excretado em forma de uréia, esse grupo amina é retirado através de transaminação ou desaminação.
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