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Ausência de menstruação por 3 ciclos seguidos ou por no mínimo 90 dias Se a paciente não menstrua menos do que isso, dizemos apenas “atraso menstrual” Queixa importante na ginecologia A presença ou não de caracteres sexuais secundários direciona a propedêutica. Eles indicam que o eixo gonadotrófico está em funcionamento (houve produção de LH e FSH) As 3 causas mais comuns são: 1. Falência gonadal prematura 2. Ausência de útero e vagina 3. Atraso constitucional Em pacientes com desenvolvimento sexual normal e presença de útero, a etiologia mais comum são as obstruções do trato genital (septos vaginais e hímen imperfurado) Em pacientes com desenvolvimento uterino anormal, a agenesia dos canais (46 XX) é a causa mais comum Anamnese: exercício físico, doença crônica atual ou passada, radio ou quimioterapia, estresse, estado nutricional, radiação da pelve História familiar: defeitos genéticos, infertilidade, historia menstrual de mãe e irmãs Exame físico: medidas antropométricas, traços disfórmicos (implantação baixa da raiz do cabelo, pescoço alado, baixa estatura), útero ausente ou rudimentar (agenesia mulleriana), hímen imperfurado, septo vaginal, anosmia (síndrome de Kallman), dor abdominal, galactorreira, dor de cabeça, sintomas vasomotores Dosagem de gonadotrofinas Exames de imagem Cariótipo quando suspeita de doença genética como síndrome de Moris O eixo gonadotrófico está maduro pois houve desenvolvimento desses caracteres ÚTERO PRESENTE Geralmente causas obstrutivas Exemplo: hímem imperfurado ou septos vaginais transversos (criptomenorreia) Essas pacientes podem apresentar dor pélvica por acúmulo de sangue na vagina (hematocolpo), no útero (hematometra) e nas tubas (hematossalpinge) AUSÊNCIA UTERINA Investigar malformações Mullerianas como: Síndrome de Rokitansky- Kuster-Hauser: Síndrome de Moris (SRA) (46XX) • Ausência de útero ou útero rudimentar, com vagina em em fundo cego • Pelos presentes, ovários normais • Necessidade de realizar USG de vias urinárias pois está associada a malformações urogenitais • Tratamento é necessário para qualidade da vida sexual • Testosterona normal (46XY) Síndrome de resistência periférica aos androgênios – SRA • Déficit parcial ou completo da ação do androgênio por anormalidade no seu receptor • A genitália é feminina, com pouco ou nenhum pelo • Agenesia uterina e vagina em fundo cego • Presença de testículos • Tratamento é a retirada dos testículos por risco de malignização • Vagina curta • Testosterona elevada Cirúrgico Chamada de amenorreia hipogonadotrófica O diagnóstico é feito pelos exames laboratoriais e análise do cariótipo Inicialmente, realiza-se a dosagem de FSH e LH Atraso constitucional do crescimento e da puberdade Doenças crônicas como diabetes juvenil, doenças renais crônicas, doenças malignas, AIDS, síndrome de má absorção entre outras Causa rara: síndrome de Kallman – deficiência isolada de GnRH onde ocorre mutação no cromossomo X com alterações na migração dos axônios olfatórios e neurônios produtores de GnRh, sendo uma manifestação a anosmia Baixo FSH e baixo LH : hipogonadismo hipogonadotrófico Alto FSH e baixo LH: hipogonadismo hipergonadotrófico O problema pode ser no hipotálamo (GNRH) ou na hipófise. Indica que não está tendo produção dos hormônios São causas: Puberdade tardia: história familiar, doenças crônicas, síndrome de mal-absorção Síndrome de Kallman: deficiência isolada de GNRH associada a anosmia (anticorpos destroem os neurônios) Traumatismos cranianos Falência gonadal prematura. Os hormônios estão sendo produzidos mas o ovário não os reconhece São causas: Radiação ionizante: quimioterapia Disgenesias gonadais 1- S. de Turner (45X0): mais comum. Pescoço alado, baixa implantação de cabelo, baixa estatura 2- DGP XY ou S. swyer (46XY): regressão embrionária dos testículos. Fenótipo feminino com infantilismo sexual. Desenvolvimento de estrutura mullerianas por falta de testosterona Clinico: reposição de esteroide sexuais Cirúrgico: melhorar vida sexual (quem tem síndrome tem vaginas mais curtas) Caracterizada pela cessação da menstruação por pelo menos 6 meses em mulheres com ciclo irregular e pelo menos 3 ciclos em mulheres que menstruavam regularmente Acomete 3-4% da população feminina A gravidez deve sempre ser excluída • Sinequia uterina: comum em quem faz aborto clandestino, evoluindo com endometrite. A cicatrização da lesão causa formação de traves/sinequias e a fibrose faz com que as paredes do útero colabem, impedindo que o útero descame • Hipogonadismo hipergonadotrofico: causa ovariana. A mais comum é a insuficiencia ovariana precoce (menopausa precoce) • s. Sheeran: pós parto imediato • mais comum de causas hipofisáris: prolactinomas • distúrbios de outras glândulas: hipotireoidismo mais comum • Amenorreia associada a sinais de androgenia excessiva são o diagnóstico mais comum de SOP (síndrome dos ovários policísticos) Anamnese: pratica de atividade física intensa, perda de peso recente, atividade sexual, uso de medicações, doenças previas, antecedentes de manipulação uterina, radiação, estresse, galactorreia, sintomas vasomotores, distúrbios visuais e cefaleia Exame físico: sinais de hiperandrogenismo clínico (hirsutismo, acne, alopecia, virilização), acantose nigrans (resist. Insulina), sinais de deficiência de estrogênio, presença de galactorreia, IMC e palpação de tireoide Exames laboratoriais: beta-HCG, prolactina, TSH e T4 Exames de imagem TESTE DE PROGESTAGÊNIO Administração de 10mg de acetato de medroxiprogesterona 1x ao dia/10 dias Resultado positivo: menstruação – significa que há níveis alterados de estrogênios endógenos para estímulo do endométrio, que as gonadotrofinas estimulam os ovários e o trato é competente. Sinaliza anovulação crônica estrogênica Resultado negativo: sem menstruação – não chega na fase de ovulação portanto não irá para a segunda parte o ciclo. A alteração não é na ovulação TESTE DE ESTROGÊNIO Em caso de o anterior ser negativo Caso ainda não ocorra sangramento, a causa é a síndrome de Asherman (cicatrizes e sinequias uterinas) INVESTIGAÇÃO DE FSH E LH Quando os testes anteriores são positivos Se elevados, indicam problema ovariano (hipogonadismo hipergonadotrófico) como insuficiência ovariana prematura - IOP Individualizado Realizar reposição hormonal SOP: contracepção com componente antiandrogênico para diminuir hirsutismo. Se a paciente quiser engravidar, tem que fazer indução da ovulação. As biguanidas podem ser usadas porque a paciente pode ter resistência à insulina Se a causa for hipotalâmica como anorexia, tem que ter tratamento psiquiátrico/psicoterápico, RH Atletas: aumentar o ganho calórico, diminuir intensidade dos treinos Sinequias: realizar histeroscopia – visualização da cavidade endometrial e fazer lise das sinequias, destruindo-as Na imagem: hipertrofia das células da teca, “jogando” os folículos para a periferia, não se desenvolvendo
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