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Avaliação fisioterapêutica na UTI Caroline de Morais Critérios de Internação em UTI Pacientes Graves Pacientes Potencial de Gravidade (Índices): saber o quão grave o paciente está Prognóstico: escala de APACHE II: disfunções de sistemas acometidos Princípios de Rotina no Hospital Admissão Médica: primeira equipe a fazer a admissão, fazem a regulação do leito (informações do paciente na qual pediu vaga pra tal cidade, solicitação) Admissão Enfermagem Admissão Fisioterapia Avaliação Sindrômica: avaliação do quadro clínico que o paciente apresenta Avaliação Cinesiológica: avaliação ativa dos membros, para se obter o diagnóstico físico-funcional Exames de Rotina: exames solicitados via médica: exames de sangue (hemograma), avaliação de sistema renal, sistema hepático. Exames mais específicos como: TC tanto de crânio, tórax, abdômem, coluna. O médico que faz a prescrição da solicitação dos exames, porem o fisioterapeuta pode induzir o medico a fazer uma solicitação para complementar o diagnóstico. Protocolo Admissão Disfunções Orgânicas: Áreas da UTI Neurofuncional: pacientes neurológicos com admissão para UTI devem entrar com uma TC de crânio ou de coluna dependendo da lesão Ostiomiocutânea: questão de pele como pacientes queimados Cardivascular: exame de Doppler (é um recurso especial dos exames de ultrassonografia que permite a detecção e avaliação de estruturas em movimento, em especial no corpo humano, do fluxo sanguíneo., Ecodoppler Pneumofuncional Avaliação neurológica Escala de RASS (Richmond Agitation Sedation Scale) Serve para avaliar pacientes agitados ou sedados Exames complementares: depende de cada área da UTI que o paciente ira ser encaminhado ou quadro que o mesmo apresenta Índices de UTI: têm como objetivo básico a descrição quantitativa do grau de disfunção orgânica de pacientes gravemente doentes. A gravidade de uma doença em um paciente é traduzida em valor numérico a partir de alterações clínicas e laboratoriais existentes ou do tipo/número de procedimentos utilizados. A g it aç ão S e d aç ão Pontuação: Pontuação zero refere-se ao doente alerta, sem aparente agitação ou sedação. Níveis inferiores a zero significam algum grau de sedação Níveis superiores a zero significam algum grau de agitação ESCALA DE COMA DE GLASGOW PARAMÊTRO RESPOSTA OBTIDA PONTUAÇÃO Abertura ocular Espontânea 4 Ao estímulo sonoro 3 Ao estímulo de pressão ) Nenhuma 2 1 Não testado NT Resposta verbal Orientada Confusa Verbaliza palavras soltas Verbaliza sons Nenhuma Não testado 5 4 3 2 1 NT Resposta motora Obedece a comandos Localiza estímulo 6 5 Flexão normal 4 Flexão anormal 3 Extensão anormal 2 Nenhuma 1 Não testado NT TRAUMA LEVE TRAUMA MODERADO TRAUMA GRAVE 13-15 9-12 3-8 REATIVIDADE PUPILAR Inexistente: -2 Unilateral: -1 Bilateral: 0 Interpretação da Escala de Coma de Glasgow: avalia o nível de consciência do paciente Abertura ocular Espontânea (4): abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo Ao estímulo sonoro (3): abre os olhos quando é chamado Ao estímulo de pressão (2): paciente abre os olhos após um estímulo doloroso Nenhum (1): paciente não abre os olhos após o estímulo doloroso (pressão com o polegar por exemplo: na testa, nas polpas digitais, etc) Não testado (NT): problema de visão que impossibilita o paciente de ter contato visual (como pessoas com perda de visão) Resposta verbal Orientado (5): faz-se uma pergunta ao paciente e o mesmo responde corretamente, por exemplo: o nome, local e data. Confusa (4): consegue conversar em frases, mas não responde corretamente as perguntas de nome, local e data. Resposta não orientada mas comunicação coerente. As frases são coerentes mais não com a pergunta. Verbaliza palavras soltas (3): faz-se a pergunta ao paciente e o mesmo responde com outras palavras que não tem nada haver com a pergunta feita. Palavras isoladas. A resposta é incoerente. Verbaliza sons (2): apenas gemidos, não fala nenhuma palavra ou frase apenas emite sons quando é feito a pergunta ao paciente. Nenhum (1): ausência de resposta audível, sem fatores de interferência Não testado (NT): apresenta algum fator que interfere com a comunicação Resposta motora Obedece a comandos (6): cumpri as ordens como, por exemplo, pedir para o paciente apertar a mão do profissional e o mesmo realiza essa ordem Localiza estímulo (5): paciente interrompe o estimulo quando, por exemplo, o profissional faz o pinçamento do trapézio Flexão normal (4): a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo. É uma retirado normal do estimulo Flexão anormal (3): paciente realiza uma decorticação quando se é feito o estimulo Extensão anormal (2): paciente realiza uma descerebração quando é feito o estimulo Nenhuma (1): ausência de movimentos dos membros superiores/inferiores Não testado (NT): fator que limita resposta motora Reatividade pupilar: reação pupilar a luz Inexistente (-2): ambas as pupilas não reagem ao estímulo de luz. Unilateral (-1): uma pupila não reage ao estímulo de luz, ou seja, apenas uma reage Bilateral (0): se ambas as pupilas reagem normalmente, ou seja, as pupilas se contraíram (miose) a luz Obs: quando o paciente recebe Não testado (NT) não pode somar, a pontuação é deita da seguinte forma Exemplo: paciente teve abertura ocular Não Testado (NT), resposta verbal 3 e resposta motora 4, importante colocar a sequência a qual corresponde o NT. Vai ficar da seguinte forma: Pressão Venosa Central-PVC A Pressão Venosa Central (PVC) é determinada pela interação entre volume intravascular, função do ventrículo direito, tônus vasomotor e pressão intratorácica. Portanto, ela fornece informações sobre três parâmetros: volume sanguíneo, eficácia do coração como bomba e tônus vascular. Os valores normais de PVC variam de 0 a 8 mmhg Medidas na linha média axilar com o paciente em decúbito dorsal horizontal considerado como referência o ponto zero O acesso é obtido por meio de um cateter intravenoso, posicionado dentro da veia cava superior, próximo ao átrio direito. Podem ser utilizados cateteres venosos centrais (procedimento realizado por profissional médico) ou cateteres centrais de inserção periférica – Peripherally Inserted Central Venous Catheter (PICC) – dispositivo de acesso vascular inserido perifericamente, tendo a ponta localizada em nível central, na altura do terço distal da veia cava (procedimento realizado por enfermeiros habilitados). Para obter o resultado total da pontuação incluindo a reatividade pupilar basta subtrair o a pontuação encontrada na escala de coma de Glasgow com a pontuação encontrada na avaliação pupilar: ECG-AVALIAÇÃO PUPILAR NT+3+4 Cateter central Cateter central de inserção periférica Índices respiratórios Avaliação fisioterapêutica na UTI Anamnese Entrevista Ferramenta importante utilizada para se obter informações diretamente do paciente, de sua família, de amigos próximos, de atendentes e de outras pessoas de interesse. PaO2/FiO2 Indica > 300 Normalidade 200-300 Lesão Pulmonar Aguda (LPA) <200 Grave Lesão Pulmonar (SARA) É possível se obter dados da doença atual, doença pregressa, queixa principal, estilo de vida, frequência e intensidade da atividade regular,ambiente doméstico e familiar. Coleta de Dados História da doença atual (HDA) História da doença pregressa (HDP) História sobre uso de medicamentos (HDM) História familiar (HFAL) História social (HS) Exame físico: 1. Avaliação neurológica 2. Hemodinamica, dados vitais 3. Inspeção 4. Palpação 5. Percussão 6. Ausculta 7. VM (ventilação mecânica Descrição das etapas da avaliação 1. Avaliação neurológica Pupilas: Pupilas Isocóricas - são aquelas que apresentam diâmetro igual Pupilas anisocóricas- são aquelas que apresentam diâmetro diferente Pupilas midriáticas- são aquelas que apresentam diâmetro aumentado (dilatado) Pupilas miótica - são aquelas que apresentam diâmetro diminuído Pupilas foto reagentes - são aquelas que reagem à luz. Reflexo fotomotor: É uma reação de adaptação à luz. Quando um olho é exposto à luz, ocorre constrição das pupilas dos dois olhos (miose). A constrição da pupila do próprio olho estimulado é chamada resposta direta. A constrição da pupila do outro olho é chamada resposta consensual. O estímulo luminoso é captado pela retina, que envia impulsos pelo nervo óptico, trato óptico, alcança os núcleos de Edinger-Westphal, do mesmo lado e do outro, direito e esquerdo. Desses núcleos, que fazem parte dos complexos nucleares oculomotores (nervo III), situados na parte rostral do mesencéfalo, partem as fibras parassimpáticas que levam estímulos aos gânglios ciliares e, em seguida, às fibras dos músculos iridoconstritores, provocando a constrição pupilar (miose). Para testar o reflexo, usa-se uma lanterna. Em caso de dúvida sobre a existência de reação, utiliza-se uma lupa. PIC Escala de Glasgow Aspectos patológicos das pupilas no coma: 2. Hemodinâmica Pressão arterial Pressão arterial media (PAM) Índices Respiratórios * Saturação O2 Capnógrafo ECG FC FR* BIA 3. Inspeção Observar Cateter Oxinenoterapia Acesso venoso central ou periférico VM* RX* Decúbito Cor da pele Cianose: indica hipoxemia Palidez: indica anemia ou doença crônica Extremidades : Cianose, Baqueteamento digital (anormalidade das falanges das unhas e das falanges distais), DPOC, fibrose cística, bronquiectasias, Manchas de fumo Observar: Sensação subjetiva de falta de ar É capaz de conversar, articular frases ou para de respirar para falar A respiração é silenciosa ou existe rouquidão e/ou estridor Natureza das secreções : cor. odor. consistência e quantidade nas últimas horas Natureza da tosse Exame do Toráx: Aumento do diâmetro ântero-posterior DPOC Pectus carínatum ou peito de pombo: Caracteriza-se por uma proeminência localizada no esterno e cartilagens costais adjacentes Pectus excavatum ou peito em funil - É uma anormalidade congênita, uma depressão localizada na extremidade inferior do esterno e cartilagens costais - Quando grave a capacidade ventilatória pode está diminuída Cifoescoliose -Altera a capacidade ventilatória Padrão ventilatório: representa a analise biomecânica da respiração e seus tipos especiais. PV diafragmático PV torácico PV paradoxal PV do tórax instável EXPANSIBILIDADE TORÁCICA 4. Palpação Avaliar presenças de edemas Perfusão Enfisema subcutâneo Dores* 5. Percussão Avaliar os sons durante a percussão nas regiões pulmonares e abdominais Timpânico ex: ( pneumotórax ) Maciço ex: ( Derrame pleural ) Sons claro pulmonar ( Fisiologico) 6. Ausculta Com o paciente sentado de preferência, deve-se fazer uma ausculta comparativa das regiões sobre cada segmento pulmonar. Não deve ser feita para baixo, num lado e depois para baixo, no outro. O examinador deve se concentrar primeiro na inspiração O estetoscópio não deve ser usado sobre pano Ruídos/sons adventícios Estertores Crepitantes- Ruído adventício, caracterizados pelo som fino ocorrendo no final da inspiração e inicio da expiração. Som característico da presença de liquido intra alveolar Estertores Subcrepitantes - Ruído adventício, caracterizados pelo som fino ocorrendo no final da expiração e inicio da inspiração. Som característico da presença de secreção em médios e pequenos calibres. Sibilos- Ruído adventício agudo e alto.- Pode ocorrer na insp e exp.- Som sugestivo de bronco espasmo nas regiões de bronquíolos terminais e bronquíolos respiratórios. 7. Ventilação mecânica VM: VMI, VMNI Modo: Pressão ou Volume Modalidades: VCV, VCP, SIMV/P, SIMV/V, PSV, CPAP Parâmetros: FRt, FR, VC, Ppico, P insp, R insp; exp, PEEP, Fluxo, T. Insp. Evolução fisioterapêutica Normatização: Estado geral do paciente: grave, gravíssimo ou BEG; estável ou instável Avaliação neurológica Escalas: RASS ou GLASGOW Avaliação pupilar Dados hemodinâmicos FC, PA, uso ou não de DVA, SPO2 Dados respiratórios A.A, oxigenoterapia, VM, FR, AP
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