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8/5/2012 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL EEC352 – GEOMECÂNICA Aula 3 – Lei de Darcy e Permeabilidade 2012-1 Profa. Maria Cristina Moreira Alves LEI de DARCY ΔH Gradiente Hidraulico i = Δ H/L L H 1 H2 ΔH Q Solo i = Δ H/L A L v = Q / A Darcy (1856) v = velocidade aparente de fluxo Q = vazão A = Área da seção transversalv ~ i v = k i (Válido para Fluxo Laminar) 8/5/2012 2 Outro exemplo: Notas de Aula – Lopes (COPPE-UFRJ) VELOCIDADE REAL DE PERCOLAÇÃO vs = Q / A v Vs = velocidade real de percolação n = Vv / V = Av L / A L n A = Av Vs = Q/ A n = V / n n p ç Av = Área de vaziosQ 8/5/2012 3 Validade da Lei de Darcy Tipos de fluxo: Fluxo Laminar Fluxo Turbulento Reynolds (1883) em condutos circularesReynolds (1883) em condutos circulares Re = v D ρω = v D u ν Viscosidade dinâmica Viscosidade cinemática Re = Numero de Reynolds v = velocidade de escoamento do fluido D = diâmetro do conduto ρω = densidade do fluido M / L T L / T 2 R = 2000 corresponde a uma velocidade crítica, vc , que representa o limite entre o fluxo LAMINAR e TURBULENTO Regime laminar Velocidade de fluxo varia linearmente com o gradiente hidráulico 8/5/2012 4 Conceito de Reynolds para solos: v = velocidade aparente de fluxo D = diâmetro médio ou diâmetro efetivo das partículas Então, para exemplificar em solos, Para D = 5 mm (areia grossa) A velocidade critica corresponde a: velocidade muito elevada quando se trata de fluxo em solos, portanto, nos problemas de engenharia o fluxo ocorre abaixo da velocidade crítica, sendo portanto, laminar. Validade da Lei de Darcy PERMEABILIDADE Para o engenheiro geotécnico, o coeficiente de permeabilidade pode também ser definido como: a velocidade aparente de fluxo de um determinado fluido sob gradiente hidráulico unitário DEFINIÇÃO: sob gradiente hidráulico unitário. Portanto, a permeabilidade do solo depende tanto do solo propriamente dito, quanto do permeante. QUE IMPORTÂNCIA TEM A PERMEABILIDADE PARA O ENG. GEOTÈCNICO ? QUE ORDEM DE GRANDEZA TEM A PERMEABILIDADE NOS SOLOS ? Tipo de Solo PermeabilidadeTipo de Solo Permeabilidade (cm/s) Argilas < 10 ‐7 Siltes 10 ‐4 a 10 ‐7 Areias argilosas 10 ‐7 Areias finas 10 ‐3 Areias médias 10 ‐4 Areias grossas 10 ‐1 8/5/2012 5 Existe uma subjetividade muito grande envolvida no conceito do que seja um material “permeável”, “impermeável” e de boa “condição de drenagem”. Grau de k (cm/s) Tipo de soloGrau de Permeabilidade k (cm/s) Tipo de solo PERMEÁVEIS Alta >10 ‐1 Pedregulhos Média 10 ‐1 a 10 ‐3 Areias Baixa 10 ‐3 a 10 ‐5 Siltes e areias siltosas e argilosas IMPERMEÁVEIS Muito Baixa 10 ‐5 a 10 ‐7 Argilas siltosas e arenosas Baixíssima <10 ‐7 Argilas muitoBaixíssima <10 Argilas muito plásticas PERMEABILIDADE Fatores que influem na permeabilidade: Expressões Teóricas (Taylor, 1948), adaptada da Lei de Poiseuille (fluxo em tubos de pequeno diâmetro) Permeante Permeabilidade intrínseca ( K ) – independe do permeante K = k u γω 8/5/2012 6 Fatores devidos ao permeante: • peso específico • viscosidade temperatura temperatura Se utilizarmos a permeabilidade intrinseca, a relação deveria ser linear, porém: Adaptado de Lambe, 1979 Fatores devidos ao solo: • Granulometria A permeabilidade é diretamente proporcional ao tamanho dos grãos (vazios) Válido especialmente para areias e siltes (partículas mais equidimensionais) Hansen , para areias : K = 100 D (unidades: cm, s)10 2 O coeficiente de permeabilidade é muito sensível à fração fina presente no solo (quantidade, tipo e distribuição) Solos UNIFORMES X Solos BEM GRADUADOS 8/5/2012 7 Exemplo: Fina Média Grossa 17 24 16 Composição Granulométrica ( % ) ( Escala ABNT ) 02815 PedregulhoAreiaSilteArgila • Índice de vazios Típico de areias Típico de argilas Solos saturados (S = 1) 8/5/2012 8 • Composição Mineralógica • Estrutura Em solos compactados: Indice de Vazios Umidade Estrutura 8/5/2012 9 • Grau de Saturação (solo natural) Adaptado de Lambe & Whitman, 1979 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE LABORATÓRIO - Métodos diretos - Permeâmetros Carga Constante LABORATÓRIO Métodos diretos Permeâmetros - Métodos Indiretos - Ensaios de Adensamento CAMPO - Ensaios de Bombeamento Carga Variável - Ensaios de Infiltração 8/5/2012 10 Permeâmetro de Carga Constante - Solos Granulares • Coleta-se o volume de água Vw percolado em um tempo t • k 20 = Vw t . h . A • k 20 = μΤ / μ20 . k T Permeâmetro de Carga Variável – Utilizado para solos finos Q = k h A Lei de Darcy: L Vazão na Bureta: Qbur = - a dh dt Princípio continuidade: Qbur = Qsolo I l d i t dIgualando e integrando: k = a L ln hi / hf A . t 8/5/2012 11 Ensaios de Campo • Menos precisos ( indefinição das condições de campo) • Mais representativos ( tamanho da amostra estratificação• Mais representativos ( tamanho da amostra, estratificação, heterogeneidade do solo, etc) • Podem ser de infiltração ou bombeamento • Podem ser realizados em furos de sondagem 1. POÇO EM AQUIFERO LIVRE COM PENETRAÇÃO TOTAL HIPÓTESES: i = cte em uma vertical i = inclinação da sup. Livre ( i= dh/dr) hipótese de Dupuit Condição de fluxo estacionário Solo homogênea, isotrópico e infinito em todas as direções Ensaio de Bombeamento h1 h2 r2 r1 8/5/2012 12 2. POÇO EM AQUIFERO CONFINADO COM PENETRAÇÃO TOTAL Nível Piezométrico Poços testemunhos Nível Piezométrico 8/5/2012 13 ENSAIO DE INFILTRAÇÃO EM SONDAGEM Carga Constante Carga Variável k = Q F H k = a ln h1 F Δt h2 a = π d / 4 2 F = fator de forma da cavidade de infiltração F = 5,5 r F = 2 π L / ln (L/r)
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