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Técnicas endodônticas: 1. 2. Diagnóstico: Anamnese, exame clínico, palpação ganglionar, exames complementares e definição do diagnóstico. 3. Planejamento 4. Anestesia: a. Antissepsia da região: Bochecho com clorexidina a 2% (ou algum outro enxaguante) durante 1 minuto. b. Aplicação do anestésico tópico no local de punção. c. Anestesia infiltrativa e/ou bloqueio regional. d. Anestesia complementar (Subperióstica, supraperióstica, intraligamentar e intrapulpar). · Arcada SUPERIOR: Incisivos: Infiltrativa terminal por V. Caninos: Infiltrativa terminal por V, bloqueio do infra-orbitário. Pré-molares: Infiltrativa terminal por V e complementação P ou subperióstica por V se preciso. 1º molar: Bloqueio regional pós tuber, infiltrativa terminal por V entre raiz MV do 1º molar e 2º pré molar e na raiz DV do molar e palatina. 2º e 3º molares: Pós tuber, infiltrativa terminal por V e P. · Arcada INFERIOR: Incisivos e caninos: Bloqueio regional mentoniano e complementação com infiltrativa terminal por V se preciso. Pré molares: Bloqueio regional mentoniano, e se preciso bloqueio regional mandibular – pterigomandibular. Molares: Bloqueio regional mandibular (pterigomandibular) e infiltrativa por V. Complementações podem ser necessárias: Intraligamentar e intrapulpar. ** O tratamento endodôntico demora mais tempo que outros, e geralmente apresenta uma inflamação pulpar, necessitando de uma anestesia com maior duração e maior concentração de sais anestésicos. 5. Preparo para isolamento absoluto: -Se remove cálculos e realiza o polimento do dente x e os vizinhos. -Remove as cáries com brocas e curetas afiadas. -Remove os bordos cortantes, paredes frágeis e restaurações inadequadas. -Preparo cervical do dente (expor ou criar colo clínico). -Reconstrução coronária se não houver paredes para apoiar o grampo. -Confecção do provisório. **Isso deve ocorrer em sessões prévias ao tratamento endodôntico (com exceção dos casos de urgência). 6. Isolamento do campo operatório. ** Aspiração deve ser feita somente com o sugador endodôntico esterilizado. 7. Cirurgia de acesso: a. Acesso à câmara pulpar e seu preparo: I. Remover todo tecido cariado (preparo para isolamento). II. Eleger com a radiografia a broca compatível com o volume da câmara pulpar (esférica diamantada). III. Demarcar o ponto de eleição e estabelecer a direção de trepanação até a câmara pulpar. IV. Fazer o isolamento relativo e depois o absoluto. V. Com a broca esférica de pescoço longo em baixa ou alta rotação faz a remoção do teto. VI. Faz o alisamento das paredes da câmara pulpar com brocas de baixa rotação LARGO. VII. Lavar com hipoclorito a 0,5%. VIII. Sondar a cavidade pulpar com explorador (parte angulada) para ver se ainda tem teto ou concrescência de dentina, e se tiver remover. IX. Com curetas afiadas remover o conteúdo da câmara pulpar (pulpotomia, remoção de tecido necrosado etc.). X. Lavar novamente com hipoclorito de sódio a 0,5%. 8. Preparo da entrada do canal: I.Com explorador ou lima de ponta fina localizar a entrada do canal. II. Fazer um cateterismo do canal com uma lima de pequeno calibre até o terço médio do canal CRI. III. Preparar, alargar a entrada do canal usando limas preparas e em seguida instrumentos rotatórios (Gattes) promovendo o desgaste compensatório dentinário de maneira a ter um infundíbulo para facilitar a penetração dos instrumentos endodônticos. **Em canais curvos o desgaste deverá ser seletivo na parede oposta à curvatura e nos dentes anteriores devemos promover a remoção do cotovelo na parede palatina. IV. Lavar com hipoclorito de sódio a 0,5% e aspirar. ** Durante a cirurgia de acesso e preparo da entrada dos canais manter sempre a câmara pulpar preenchida com a substância química auxiliar, que deve ser constantemente renovada. ** O instrumento rotatório em baixa rotação deve penetrar e sair da câmara pulpar e entrada do canal em movimento para evitar fraturas. ** Quando não for fazer o PQC na mesma sessão preencher a câmara pulpar com medicação intracanal -NDP polpa viva; PRP polpa morta- e selar provisoriamente. 9. Esvaziamento e odontometria: 1. Pulpectomia – Polpa VIVA: I.Com a radiografia medir o dente, anotar o valor e subtrair 4mm CRI. II. Usar uma lima K 08, 10 ou 15 para deslocar a polpa radicular, interpondo-se a lima entre a polpa e parede dentinária radicular, realizando movimentos de translado no sentido horário percorrendo todas as paredes do canal. III. Selecionar uma lima K que seja ajustada as paredes dentinárias (justa) e que atinja o CRI, e que se mantenha estável com a ajuda dos cursores que deverão estar apoiados no ponto de referência. IV. Posicionar o paciente para a radiografia plano oclusal paralelo ao solo. V. Focar o cilindro para a região apical. VI. Realizar o processamento radiográfico. VII. Mensurar na radiografia a distância da ponta do instrumento até o vértice radiográfico (x) somando esse valor ao CRI CRD. VIII. Subtrai 1 mm do CRD CRT. IX. Realizar o deslocamento de toda a polpa com limas finas (8 ou 10), deslocando-a da parede do canal, realizando movimentos de translado da lima por toda a parede. X. Penetra com uma lima K ajustada as paredes que atinja o CRT, se mantendo estável nesse limite com a ajuda de cursores, apoiada no ponto de referência. XI. Realiza a tomada radiográfica para confirmar o CRT. XII. Seleciona a lima H e limita seu comprimento ao CRT com cursores. XIII. Penetra com a lima H até o CRT e realiza-se uma pressão contra o filete pulpar e tração para incisal/ oclusal, cortando a polpa. ** Em alguns casos a lima H é muito calibrosa, então se usa uma lima K que alcance o limite. Faz movimentos de limagem removendo a polpa. ** Nesses casos o esvaziamento do canal coincide com o início do PQC. 2. Penetração desinfetante – Polpa MORTA: I.Estabelecer o CRI. II. Estando com a câmara pulpar toda preenchida com hipoclorito de sódio a 0,5% penetrar uma lima do tipo K fina (8 ou 10) de 2 em 2 mm realizando movimentos de mistura suave. III. A cada 2mm irrigar e aspirar. IV. Ao atingir o CRI introduz uma lima que fique justa nessa medida e procede a tomada radiográfica focando no ápice. V. Mede a ponta do instrumento até o ápice radiográfico (x), somando essa medida ao CRI CRD. VI. Subtrai 1mm do valor do CRD CRT. VII. Com a câmara pulpar completa com hipoclorito de sódio a 0,05% continuar o esvaziamento de 2 em 2mm com irrigação e aspiração até atingir a medida do CRT. VIII. Introduzir uma lima que fique justa na medida do CRT e realizar a tomada radiográfica para a confirmação dessa medida. ** A irrigação deve ser sempre feita com a agulha de menor calibre. ** Para tomada radiográfica a lima deve ser no mínimo nº 15. 3. Reintervenção: I. Remoção do material obturador na câmara pulpar com brocas Carbide esféricas em baixa rotação e curetas quando próximo do assoalho. II.Preencher a câmara pulpar com um solvente. III. Penetrar de 2 em 2mm realizando movimentos de rotação e pressão apical com uma lima de pequeno calibre até atingir o CRI. IV. Fazer a desobturação até o limite do CRI e colocar no canal uma lima justa, e fazer a tomada radiográfica. V. Medir na radiografia a distância entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico (x) e somar esse valor ao CRI CRD. VI. Subtrair 1mm do CR CRT. VII. Preencher a câmara pulpar com Endo PTC e penetrar uma lima de pequeno calibre com movimentos de rotação e pressão apical até o CRT, fazendo uma tomada radiográfica para confirmar a medida. VIII. Irrigar e aspirar e renovar a substancia química (Endo PTC). IX. Se tiver cones soltos, cria espaço com uma lima K e penetra uma lima H de mesmo calibre, pressionando contra o material obturador e traciona para remover. X. Penetra com limas mais calibrosas no limite do CRT até que seja removido todo o material de preenchimento existente no canal, limpando as limas a todo momento com gaze umedecida com hipoclorito a 0,5%. ** Para o solvente não atacar o lençol precisa isolá-lo com vaselina ou Endo PTC. 9. Preparo do canal radicular. a. PQC b. Técnica seriada: I.Com as radiográficas estabelecer o primeiro e último instrumento a ser usado no preparo químico cirúrgico. II. Lavar a câmara pulpar com hipoclorito a 0,5% e preencher com Endo PTC e gotejar hipoclorito sobre ele. III. Pegar uma lima K que fique justa e penetrar no canal com movimentos de ¼ de volta à direita e à esquerda (sem retirar a lima do canal, cada vez penetrando mais profundamente) até atingir o CRT. Então faz movimentos de tração em viés por todas as paredes do canal até que a lima que está justa fique folgada. IV. A cada troca de lima fazer a irrigação e aspiração, esperando o hipoclorito agir com o Endo PTC efervescendo. V. Repetir esse processo com as limas subsequentes até a lima escolhida para concluir o preparo. (Ex: começou com a lima 15 acaba com a 45). VI. Irrigar e aspirar. VII. Confecção do nicho apical com lima de calibre subsequente a última usada no PQC, realizando movimentos de ¼ de volta no sentido horário e tração até que tenha dado uma volta completa. ** As substâncias químicas devem permanecer no dente por pelo menos 15 minutos, tempo necessário para as reações químicas, promovendo a desinfecção do canal. ** A instrumentação deve ser harmônica e uniforme, sempre olhando o ponto de referência. · CANAIS CURVOS: -Em canais curvos as limas devem ser pré curvadas antes de serem introduzidas no canal, se baseando na curvatura da radiografia. -Não se realiza movimentos de translado, mas apenas apoiar a lima na parede contrária, realizando movimentos de tração em viés. -Quando usadas limas de níquel titânio não precisam ser pré curvadas, mas sim usadas com movimentos de alargamento. -O nicho é realizado apenas levando a lima ao CRT e tracionando, sem movimentos de ¼ de volta. b. Técnica Escalonada: -É indicada para canais com a região apical delicada, canais cilíndricos e canais curvos. I. Com a radiografia se estabelece o instrumento inicial, o de memora e o que irá finalizar o nicho. II. Preenche o canal com Endo PTC e goteja hipoclorito de sódio a 0,5% realizando o PQC de acordo com a técnica seriada até o instrumento memória, realizando aspiração e irrigação, renovando as substâncias químicas a cada troca de lima. III. Após a instrumentação com a lima de memória no CRT, a cada lima de calibre subsequente recuar 1mm do CRT. IV. A cada lima instrumentar com a lima de memória, realizar a aspiração e irrigação e renovação da substância química. V. O nicho deve ser realizado com a lima de calibre subsequente a lima de memória. c. Técnica rotatória (Easy Logic): -Nessa técnica se usa instrumentos movidos a motor. Pode ser usada em todos os tipos de canais. I. Preencher o canal com hipoclorito a 0,5% introduzindo um instrumento 10 ou 15 até o CRT, realizando irrigação e aspiração e a renovação das substâncias químicas. II. Ajustar o motor na velocidade de 350 rpm e torque 1,4 N. III. Preencher o canal com hipoclorito a 0,5%, introduzir a lima Easy Logic 25.01 na entrada do canal, acionar o motor endodôntico, fazendo movimentos suaves de penetração e retirada do instrumento, aprofundando cada vez mais até atingir o CRT. IV. Caso a lima 25.01 não atinja o CRT, se realiza a irrigação com o hipoclorito de sódio e penetra com a lima 10 até o CRT. V. Remover o instrumento Easy Logic 25.01 do contra ângulo. VI. Ajustar o motor endodôntico na velocidade de 950rpm e torque de 4N. VII. Após irrigar e aspirar com hipoclorito de sódio, preencher o canal novamente com a substância e introduzir a lima Easy Logic 25.01 com Endo PTC na entrada do canal, acionar o motor fazendo movimentos suaves movimentos de penetração e retirada do instrumento até o terço médio. VIII. Realizar a irrigação. IX. Preencher o canal com hipoclorito de sódio a 0,5% e penetrar com a lima 10 até o CRT, realizando aspiração. X. Preencher o canal com hipoclorito e colocar a lima 25.05 na entrada do canal e acionar o motor até o CRT. 10. Irrigação-aspiração: I. Aquecer a seringa com EDTA-T nas proximidades da lamparina 5ml por canal. II. Realizar a irrigação com movimentos de penetração e retrocesso da agulha, promovendo a agitação mecânica, realizando a aspiração constantemente com uma agulha 40/20 no canal. III. Manter o canal inundado com EDTA-T, fazendo movimentos de mistura com uma lima fina, penetrando até o CRT e aguardar de 3 a 5 minutos. IV. Realizar irrigação com o hipoclorito (10ml por canal). ** Esse procedimento deve ser feito após o PQC, para remover amalgama cementário e antes da obturação do canal, para remover medicação intracanal e aumento da permeabilidade. 11. Medicação intracanal: -Feita após todo o preparo do canal. I. Trocar a agulha da seringa carpule e introduzir o tubete curativo NDP. II. Penetrar com a agulha até as imediações do CRT e ao mesmo tempo em que se pressiona o êmbolo vai retirando a agulha no sentido cervical, preenchendo o canal radicular. III. Acomodar uma bolinha de algodão esterilizado embebido na medicação na entrada do canal, e com outra bolinha remover o excesso da medicação, mantendo-a sobre a primeira. IV. Lavar suavemente com hipoclorito a câmara pulpar para remover a medicação das paredes. V. Realizar o selamento provisório e checar a oclusão. ** Se o PQC não for concluído nos casos de polpa morta deve usar o PRP, assim como em dentes muito contaminados · CASOS ESPECIAIS: -Rizogênese incompleta, reabsorção externa, exsudação e infecção persistente a medicação intracanal: Se usa Hidróxido de cálcio PA, e como veículo o anestésico, soro fisiológico, PRP, NDP etc. -O medicamento pode ser levado ao canal com limas e cones de papel. -Com uma bolinha de algodão calca-se a medicação na entrada do canal, colocando uma outra bolinha de algodão esterilizada. Irriga com hipoclorito a 0,5% e faz o selamento provisório. 12. Selamento provisório: I. Acomodar uma bolinha de algodão na entrada do canal. II. Sobre a bolinha de algodão colocar uma camada de cimento provisório de presa úmida. III. Sobre o cimento provisório usar ionômero de vidro para preencher a cavidade. IV. Ajustar a oclusão usando papel carbono e aliviar a articulação em relação ao dente antagonista. 13. Obturação. · Avaliação do pós-operatório do paciente: · Ótimo: Ausência de sinais e sintomas (Paciente poderá apresentar ligeira sensibilidade a percussão ou palpação nas primeiras 12 horas). NESSE CASO, pode fazer a obturação. · Bom: Ocorre a ausência de sinais e sintomas, exceto por uma sensibilidade que exigirá a administração via oral de analgésicos nas primeiras 24 horas. · Satisfatório: Quadro de dor relativamente intenso, sendo necessária a administração vira oral de anti-inflamatório por 2 ou 3 dias. · Mau: Quando os sinais e sintomas são presentes como: Dor, exsudação, pode haver ou não edema. Exige a reintervenção clínica, com reabertura da câmara pulpar para drenagem e um novo preparo do canal. Quadro de urgência. ** Em casos de tratamento de polpa morta e abscessos dento alveolares, quando tiver sintoma pulsátil, edema e rubor deve ser feita a drenagem e exsudação. A administração de medicação sistêmica dependerá do quadro agudo, magnitude do quadro, condições de saúde etc. ** Se a sintomatologia persistir no início da segunda sessão que corresponda ao pós-operatório satisfatório se faz a aplicação alternada de Endo PTC e hipoclorito e agita por 15 minutos, renovando a medicação intracanal (NDP, PRP ou hidróxido de cálcio). · Seleção do cone principal: I. Anestesia. II. Isolamento relativo. III. Isolamento absoluto. IV. Antissepsia do campo operatorio com hipoclorito de sódio a 0,5%, realizando embrocamento do dente em direção ao arco. V. Remoção do selamento provisório. VI. Realizar novamente a antissepsia do campo e lavar com hipoclorito a cavidade. VII. Fazer a irrigação e aspiração retomando o CRT com um instrumento fino, para a remoção da medicação intracanal e exsudato, e realizar o preparo com a última lima usada no PQC. VIII. Irrigar cada canal com 10 a 15 ml de EDTA-T (15%). IX. Irrigar a câmara pulpar e canais com hipoclorito e promover a aspiração com cânulas mais finas. X. Levarum cone de papel com calibre correspondente ao último instrumento usado e mantê-lo no CRT por 20 segundos. Repetir até que o cone saia seco. Travamento do cone principal: I. Seleciona o cone principal de numeração igual ao diâmetro do último instrumento usado para o preparo apical. II. O cone principal deve ser imerso em clorexidina a 2%, hipoclorito de sódio a 1% ou álcool 70% por um minuto e secar com uma gaze estéril. III. Levar o cone principal selecionado para o interior do canal até o CRT realizando os testes visual (Precisa atingir o CRT) e tátil (Resistência a tração oclusal). IV. Se o cone atingir o CRT e não travar corta a ponta dele até que trave no CRT. Se mesmo assim não travar, se tenta com um calibre maior. V. Estando com o cone travado no CRT tira uma radiografia para ver se está mesmo no CRT e se está adaptado aos dois últimos mm do preparo. ** Se o cone não estiver travado pode ainda haver magma no canal, sendo necessário desobstruir o forame. Estando o canal repleto de hipoclorito se introduz uma lima fina realizando movimento de mistura até o forame. Se faz então a instrumentação com a última lima usada no PQC e então se refaz o nicho realizando o travamento do cone logo em seguida. Manipulação do cimento: 1. Cimento N-Rickert: I. Dosar o pó e o líquido em uma placa de vidro despolida. II. Triturar o pó contra a placa com uma espátula nº24 flexível. III. Incorporar a maior quantidade de pó ao líquido e as porções adicionais até que atinja a consistência de fio de bala. 2. Cimento sealer 26: I. Em um bloco de papel para espatulação ou na face polida da placa de vidro dispensar o gel e o pó. II. Agregar o pó ao gel até ficar no ponto de fio de bala. · Inserção do cimento-cone: I. O cimento deve ser levado ao canal molhando a ponta do cone no cimento. II. As paredes do canal serão levemente pinceladas (De 4 a 6 vezes), levando pequenas porções de cimento, de maneira uniforme de cervical para apical. Fazer isso até que o cone saia do canal totalmente envolvido por cimento. III. Levar o cone até a posição de travamento. IV. Completar o preenchimento do canal usando cones acessórios, iniciando com os cones mais finos e longos (R7) e depois com os mais calibrosos e curtos (RS). · Condensação Lateral: I. Introduzir o espaçador digital com cursor de calibre compatível com o canal, realizando movimentos de um quarto de volta a direita e esquerda. Preencher os espaços com os cones acessórios. II. Realizar uma radiografia para avaliar a qualidade da obturação. · Condensação Vertical: I. Aquecer bem o calcador tipo Paiva de maior calibre e cortar os cones na entrada do canal. II. Com um calcador Paiva compatível com a entrada do canal aquecido cortar novamente a obturação 1mm abaixo do colo clínico. III. Mergulhar no álcool o calcador de calibre inferior ao diâmetro da entrada do canal, e pressionar verticalmente contra a obturação endodôntica de modo a acomodar a obturação realizada. IV. Realizar a limpeza da câmara pulpar com álcool. · Selamento provisório: I. Colocar uma fina camada de guta percha sobre a obturação e realizar a restauração provisória com cimento de ionômero de vidro. II. Verificar a oclusão e fazer os ajustes necessários. III. Realizar a radiografia final. 14. Controle clínico radiográfico: -O pós-operatório deverá ter ausência de sinais e sintomas. -A reparação só será concluída quando a função dental for restabelecida por meio de procedimentos de dentística, prótese realizados após o tratamento endodôntico. -Exames radiográficos e avaliações clínicas deverão ser ralizados num intervalo de três, seis e doze meses por um prazo de no mínimo 5 anos. -Deve-se padronizar o exame radiográfico de maneira a se ter imagens possíveis de serem comparadas, usando posicionadores, tempo de exposição e revelação. 15. Urgências no tratamento endodôntico: a. Polpa viva: I. Realizar manobras referentes as etapas pré-operatórias e de cirurgia de acesso. II. Proceder a pulpotomia. III. Aguardar a hemorragia cessar espontaneamente. IV. Irritar com hipoclorito a 0,5%. V. Retirar o excedente de líquido com cânulas de aspiração e bolas de algodão esterilizadas para secarem. VII. Caso ainda tenha sangramento, fazer a pulpectomia parcial irrigando sempre com hipoclorito. VIII. Após controlar o sangramento secar a cavidade com bolinha de algodão esterilizada. IX. Preencher a cavidade com curativo NDP e acomodar uma bolinha de algodão esterilizada na entrada do canal. X. Promover o selamento provisório e alívio oclusal. XI. Avaliar a necessidade de medicação sistêmica. b. Polpa morta: I. Realizar as manobras referentes as etapas pré-operatórias e cirurgia de acesso. II. Proceder a penetração desinfetante, irrigando com hipoclorito. III. Realizar o transpasse do forame propiciando uma via para exsudação. IV. Ver a ocorrência de drenagem e aguardar que termine. V. Preencher o canal com PRP. VI. Promover o selamento provisório e alívio oclusal. VII. Avaliar a necessidade de medicação sistêmica. ** Quando não houver drenagem via canal em dentes sintomáticos, promover a drenagem via cirurgia (mucosa ou óssea). Mantém o dreno no ponto de drenagem e instrui o paciente a fazer bochechos com água morna. ** NUNCA deixar o dente aberto. Quando a drenagem for persistente, sela o dente com uma bola de algodão e um cimento provisório, mantendo um respiro no selamento, para ser uma via de drenagem do exsudato. Deve ser mantido por 72 horas. · A urgência requer acompanhamento pós-operatório após a consulta e informar-se diariamente acerca das condições do paciente, devendo a próxima sessão ser marcada após o desaparecimento da sintomatologia.
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