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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de análise Disciplina: Inovação Estratégica Módulo: 0521-1_2 Aluno: José Diogo Jeronimo Turma: 255599/2020 Tarefa: “Disserte sobre os diversos motivos que podem levar uma ideia empreendedora ao fracasso e como os conceitos e ferramentas visto no decorrer do estudo da disciplina podem ajudar a mudar essa realidade. ” Introdução O Serviço Brasileiro de apoio a Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, desde 2011 promove o estudo sobre o tema de ideias empreendedoras ou novas empresas visando sua sobrevivência e mortalidade. Até a presente data, foram elaborados 3 estudos pela instituição, 2011, 2013 e o mais recente 2016, com o objetivo de indicar motivos, cenários e fatores que levam 3 em cada 10 empresas fecharem as portas nos primeiros 2 anos. Os motivos que levam as empresas a terem dificuldades de sobrevivência nos primeiros dois anos vão desde o cenário econômico (ambiente exteno) até a limitação de conhecimento do próprio empresário (ambiente interno). No cenário atual, as empresas enfrentam um novo desafio que é sobreviver em meio a pandemia, cobrando do empresariado brasileiro uma dose a mais de criatividade e inovação nos negócios. Em um estudo especial do Banco Central do Brasil nº 99/2021, que pode ajudar a medir o ritimo de retomada da atividade econômica, observa-se um excesso da mortalidade de empresas no Brasil em 2020. Este estudo tem por base a pesquisa pulso do Istituto Brasileiro de Geografia e Estatistica – IBGE, que mostrou que 33% das empresas da amostragem haviam encerrado suas atividades de forma temporária ou definitiva no 1º semestre de 2020. As diversas etapas de planejamento, maturação e implantação de um novo negócio ou projeto utilizando-se de ferramentas de apoio, conceitos e teorias são importantes para apoiar ideias empreendedoras a sobreviver e prosperar em meio ao dinâmico e turbulento mercado brasileiro. Este trabalho tem como objetivo identificar os motivos das empresas fracassarem e como estes conceitos e teorias podem evitar que ideias empreendedoras naufraguem. 2 Motivos que podem levar uma ideia empreendedora ao fracasso O brasileiro tem uma alta competência criativa, característica natural em um povo que de forma instintiva inova afim de buscar alternativas de sobrevivência e prosperar em suas atividades. Esta característica tem suas armadilhas, dado números de motalidade de empresas com negócios virtualmente prósperos que acabam fracassando por não terem se preparado ou estruturado de forma mais organizada em um projeto de viabilidade de suas ideias inovadoras. Em síntese, os fatores principais destes fracassos estão em: A estratégia e gestão da empresa não são bem definidas, sem um plano de gestão do negócio. A estratégia, em resumo, é a essência do empreendimento, um produto ou serviço de ótima qualidade que não seja uma solução necessária, financeiramente não será viável seu desenvolvimento. Por isso, a pesquisa de concorrência, soluções disponíveis no mercado e ambientes/cenários feitos de forma equivocada, afetam a estratégia e gestão do negócio. Ainda neste contexto, a mudança de rumo da estratégia ou diversos projetos em atuação traz uma falta de foco para a gestão do negócio, ocorrendo distrações e custos desnecessários. O perfil de pessoas que serão contratadas precisa ser multidisciplinar, de forma a ter especialização e conhecimento do produto e público alvo. A força de trabalho não treinada ou deficitária, com responsabilidades, obrigações e funções da equipe mal definidas ou sobrecarregadas, prejudica o crescimento e desenvolvimento do negócio. O público a que se destina o produto ou o cliente pode ser ignorado, de forma a desenvolver uma solução que aparentemente é inovadora e revolucionária, mas que não tenha usabilidade ou necessidade aparente de seu público alvo, que pode ser facilmente substituída por outro produto já existente. O fato de não entender, ouvir, ter empatia ou conhecer as necessidades de seu cliente, é fator de fracasso agudo de empreendedores. A definição do produto pode ser um fator de risco para a empresa a depender do prazo para seu desenvolvimento, de forma a consumir um tempo maior gerando atrasos ou acelerando o processo. O erro no tempo certo do seu lançamento, com produto perdendo seu efeito “novidade” pelo prazo maior de desenvolvimento ou com problemas no desenvolvimento do produto, “defeitos” ou “necessidade do produto ou serviço”, são fatores relevantes neste processo. Ainda, ponto importantíssimo, se não o mais cruscial, é o posicionamento do produto ou seu preço, que muito baixo desvaloriza o produto ou muito elevado, podem tornar a receptividade do novo produto ruim. Esta percepção da falta de utilidade ou usabilidade do produto pelo público consumidor pode dificultar a sobrevivência da ideia empreendedora. A falta de planejamento financeiro, metas definidas, capital de giro necessário, produto com preço deficitário, tempo de retorno financeiro do empreendimento, são fatores de tensão, dado a falta de conhecimento de grande parte do empreendedor brasileiro em planejar de forma estruturada suas ideias, de tal forma não testar em teoria a viabilidade do negócio. Estes fatores, por si só, já trazem ao empreendedor obstáculos adicionais em sua trajetória de desenvolvimento e sobrevivência do negócio. No Brasil há uma barreira importante, o acesso ao crédito para investimentos com taxas e prazos adequados para as micro e pequenas empresas. A falta de recursos compromete a continuidade de muitas empresas, que acabam utilizando recursos de pagamento no curto prazo com taxas maiores, o que, em muitos casos, inviabiliza o negócio e seu custo financeiro para sequencia da atividade. Por fim, acreditando ser o fator decisivo no fracasso dessas ideias empreendedoras é o próprio empreendor, que acaba por sabotar ele mesmo sua idéia de inovação. A aversão a riscos, criar cenários utópicos onde suas ideias sempres prosperam, a não divisão das contas da empresa utilizando os recursos/capital da empresa para investimentos pessoais, a falta de network ou rede de contatos, sócios com dificuldade de diálogo e discussões não produtivas, falta de conhecimento do negócio ou mercado, não conhecer o real potencial do negócio e as oportunidades de melhoria do produto e processos que se apresentam. Estes aspectos demosntram a falta de capacidade administrativa ou de organização de um negócio que falta a maioria dos empresários brasileiros. Como evitar a mortalidade das empresas nos primeiros anos Fugir do alto índice de mortalidade de empresas é o que se persegue e todos os empresários desejam, afinal, todo o empreendedor quer que sua ideia inovadora ganhe asas e seja um sucesso e não morra logo ali, mas para que isso se concretize é preciso tomar alguns cuidados! Planejamento prévio ou projeto de negócio, a grande maioria das empresas acabam por não dar grande importância para ele, ou se o fazem, acabam realizando com dados ilusórios ou dados que fogem da realidade. Sendo assim, o planejamento é o grande primeiro passo para que as ideias sejam organizadas de forma eficiente, abordando o capital real da empresa, seus custos, ponto de equilíbrio, de acordo com o tamanho do novo negócio, sua viabilidade econômico financeira, estudos de seu público alvo, inovação de produtos e serviços, onde o foco não é o cliente, mas, sim, em suas necessidades, percepções e análise de sua concorrência. A gestão empresarial exige controle de todos os processos operacionais da empresa, além do gerenciamento financeiro importante para o equilíbrio do fluxo de caixa, fiscal e de pessoas. Todos esses processos são complexos e tem suas particularidades, que geram dados e informações importantes para a tomada de decisão ao longo do caminho. A utilizaçãode softwares de gerenciamento, contratação de profissionais especializados para as atividades críticas da empresa, apoiam o empreendedor na gestão do negócio. Gestão de investimentos tem relevância quando a empresa está expandindo sua operação, traz mais estabilidade e previsibilidade ao negócio, planejamento antecipado, com informações confiáveis e tomada de decisão de seguir ou não com o novo investimento podem evitar prejuízos à operação da empresa. Comportamento do empreendedor é fator fundamental para a continuidade do empreendimento, é fator decisivo entender que o capital de giro da empresa é da empresa, separar as contas pessoais da empresa é essencial, estabelecendo um percentual ou do lucro líquido da empresa como forma de remuneração do empreendedor. É preciso atualização do conhecimento, estar atento as nuances do mercado, clientes, ciclo operacional, oportunidades que se apresentam de inovação e mudança de direção quando necessário. 4 Atenção ao seu principal foco, a necessidade / percepção do cliente, uma vez que o cliente por si só deixou de ser o centro de discussões das equipes e responsáveis pelo marketing e passaram a focar não só o atendimento de seu cliente, mas ouví-lo, assim, extraindo com riqueza de detalhes, informações que alimentam uma esteira de inovações de produtos e serviços que atendam estas necessidades e percepções de seus clientes. Com esta visão é possível que empresas percebam oportunidades até então não viáveis, com novas necessidades dos consumidores, evoluindo seu produto ou até mesmo mudando seu segmento de atuação. Parcerias com outros empreendimentos podem trazer velocidade nesse crescimento, a colaboração entre fornecedores, empreendimentos colaborativos, traz conhecimento e geração de ideias inovadoras que podem ser exploradas de forma a desenvolvê-las, testá-las e avaliá-las, estas experimentações, ou seja, a prototipagem é a oportunidade de colocar em prática uma ideia em pequena escala, traz benefícios em seu custo final de desenvolvimento do produto, demonstrando a viabilidade da inovação. Esta melhoria contínua dos processos tem por objetivo entregar a melhor experiência aos seus clientes, gerando resultados sustentáveis de curto e longo prazo. A inovação é um processo em que os líderes ou empreendedores precisam estar abertos, praticar escuta ativa, mas, ao mesmo tempo, empoderar sua equipe e parceiros na busca de ideias inovadoras, assim, o líder precisa ser o principal disceminador desta cultura de descentralização da inovação, onde todos participam ativamente de melhorias contínuas do processo produtivo. Conclusão Uma ideia empreendedora por si só não constitui uma nova empresa, as ideias inovadoras dão origem a novos empreendimentos, mas também, nascem em empresas já consolidadas que estão mais abertas para o processo de inovação. Desta maneira, a Inovação Estratégica tem neste processo papel importante na organização, controle e aprendizagem, reduzindo as chances de fracasso de uma idéia empreendedora. Esta busca por inovação tem sido nos últimos anos norte para muitas empresas, a pandemia do covid-19 acelerou este processo de inovação, atualmente, temos mais empreendedores colaborando entre si, buscando mais conhecimento e informação na busca de novas oportunidades em grande velocidade, acompanhado costumes, novas necessidades de consumo de produtos e serviços, facilidades para o dia a dia. A inovação é um processo constante, criativo e de liberdade, onde líderes de equipes tem novas abordagens, utilizando-se principalmente da escuta ativa, empatia, liderança positiva, cada vez mais temos empresas de gestão tradicionalista se rendendo as ilimitadas oportunidades que a gestão de inovação pode proporcionar ao crescimento das empresas, esta liberdade traz empoderamento aos colaboradores, com sentimento que são parte importante da evolução da empresa. Assim, neste processo passamos a descobrir e desenvolver novos talentos dentro desta cultura de colaboração. 6 Referências bibliográficas Sobrevivência das empresas no Brasil. SEBRAE, 2016, disponível em: <https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas- no-brasil-102016.pdf>. Acessado em 18/06/2021. Fechamento de Empresas na Pandemia. Banco Central do Brasil, 2021, disponível em: <https://www.bcb.gov.br/conteudo/relatorioinflacao/EstudosEspeciais/EE099_Fechamento_de _empresas_na_pandemia.pdf>. Acessado em 18/06/2021. RODRIGUES, Renato. Principais causad do Fracasso de Pequenas Empresas. APRENDA FÁCIL EDITORA, Disponível em: https://www.afe.com.br/artigos/principais-causas-do- fracasso-de-pequenas-empresas. Acessado em 18/06/2021. Mortalidade das Empresas: entenda tudo sobre e saiba como evitar. REDE JORNAL CONTÁBIL, Maio de 2019, Disponível em: https://www.jornalcontabil.com.br/mortalidade-das- empresas-entenda-tudo-sobre-e-saiba-como-evitar/. Acessado em 18/06/2021. Falência de Empresas: como evitar que seu negócio corra este risco? SERASA EXPERIAN, 2019, disponível em: https://empresas.serasaexperian.com.br/blog/falencia-de-empresas/. Acessado em 18/06/2021. PEREIRA, Sergio. Inovação Estratéciga, FGV, E-Book, disponível em: https://ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/330113/592490/downloads/inovacao_estrategica.pdf Acessado em: 06/06/2021.
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