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TEORIAS PEDAGÓGICAS E DIDÁTICA 1

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TEORIAS 
PEDAGÓGICAS E 
DIDÁTICA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TEORIAS PEDAGÓGICAS E DIDÁTICA 
Sandra Regina dos Reis 
 
 
Segundo Libâneo, as tendências pedagógicas dividem-se em 
dois grandes grupos, as Pedagogias Liberais e Pedagogias 
Progressistas. As Pedagogias Liberais se subdividem em 
Tradicional, Renovada Progressista, Renovada não-diretiva e 
Tecnicista. As Pedagogias Progressistas classificam-se em 
Libertadora, Libertária e Crítico-social dos conteúdos ou 
Histórica-Crítica. Sua manifestação na prática escolar não é 
pura, elas se complementam. Refletindo sobre as tendências 
podemos conhecer os pressupostos teóricos que embasam 
nossa prática em sala de aula. Podemos assim, rever nossa 
prática, analisando suas contribuições, sendo importante ter 
clareza de nossas finalidades educativas. Segundo Aranha 
(1996) para que a atividade educativa seja eficaz, é necessário 
conhecer os pressupostos teóricos que orientam nossa ação 
e considerarmos os fins educativos. A tendência ou pedagogia 
liberal é uma manifestação própria da sociedade de classes, 
que consistia em uma organização social que valorizava a 
propriedade privada e os meios de produção. O 
termo liberal não tem o sentido de avançado, democrático 
ou aberto, mas, surgiu como justificativa do sistema 
capitalista que buscava defender a predominância da 
liberdade e dos interesses individuais da sociedade. 
 
 
As tendências liberais sustentam a ideia que a escola tem a 
função preparar os indivíduos para o desempenho de papeis 
sociais, adaptando-os aos valores e às normas vigentes na 
sociedade de classes. Embora difunda a ideia de igualdade de 
oportunidades, porém, não leva em conta as diferenças de 
classes e a desigualdade de condições. As tendências 
liberais tem marcado a educação brasileira ora por forma 
conservadora ou ora renovada. Iniciou-se no Brasil com 
a pedagogia liberal tradicional também chamada de escola 
tradicional. Serve aos interesses na burguesia, colocando a 
função da escola desvinculada dos problemas sociais, 
cotidianos e atuais. Visa a preparar os alunos para exercerem 
seu papel na sociedade, enfatizando o preparo moral, dessa 
forma, os conteúdos refletem valores, tradições e a cultura 
acumulada de geração em geração, transmitidos aos alunos 
como verdades absolutas. Cabe ao aluno em uma atitude 
passiva, assimilar os conteúdos trabalhados, para reproduzi-
los em uma situação de avaliação que, normalmente se 
restringe a provas. Prevalece a autoridade do professor, visto 
que é o detentor do conhecimento e o centro do processo 
ensino e aprendizagem, sendo a relação com o aluno, 
marcada pela autoridade. O professor transmite o conteúdo 
na forma de verdade a ser absorvida. O aluno constitui 
um mero recebedor da matéria transmitida, e sua tarefa era 
decorá-la, sem questioná-la. A disciplina é imposta e utilizada 
como forma de assegurar o silêncio e atenção dos alunos. 
Os métodos didáticos se baseiam em as aulas expositivas, 
com ênfase em exercícios mecânicos e repetição de 
conceitos. Os conteúdos propostos são verdades absolutas, 
desvinculados dos interesses e da realidade dos alunos e, na 
maioria das vezes não significativos. Os objetivos são 
voltados a formar o aluno perfeito, irreal e distante da 
realidade social, visando a formação intelectual e 
desenvolvimento do raciocínio. 
 
 
 
Para saber mais, leia “Em torno de algumas questões 
educacionais” de Ausônia Donato, disponível em: 
http://www.obore.com/acontece/textos_especiais_em_torno_de_
algumas.asp 
 
 
 
A partir dos anos 30, vamos ter no Brasil a influência 
humanista da escola nova, que teve como precursores Anísio 
Teixeira e Lourenço Filho, inspirado nos ideias de Dewey. 
Para Libâneo (1994), a escola nova vai se traduzir como 
pedagogia renovada, manifestando-se por meio de duas 
correntes: a renovada progressista ou pragmática que se 
baseia na teoria de John Dewey, e a renovada não-diretiva, 
inspirada em Carl Roger, etc. Na pedagogia renovada 
http://www.obore.com/acontece/textos_especiais_em_torno_de_algumas.asp
http://www.obore.com/acontece/textos_especiais_em_torno_de_algumas.asp
 
 
progressista, pedagogia nova, ou escola nova educação é um 
processo interno. Valoriza-se a autoeducação. A escola tem 
por função adequar-se as necessidades do seu aluno, bem 
como ao meio social em que está inserida, tornando-se mais 
próxima à realidade vivida pelo aluno. Surge em função da 
necessidade de mudanças educacionais urgentes, emergindo 
da própria população a necessidade de se criar uma 
consciência nacional. O aluno é o centro do processo de 
ensino, sendo considerado como o sujeito do seu 
aprendizado, e o professor, o facilitador e/ou 
incentivador deste processo, assim, ele não ensina o aluno, 
mas, ajuda o aluno a aprender, quando, o coloca em 
situações adequadas para que possa buscar por si mesmo 
conhecimentos e experiências novas. O centro da atividade 
acadêmica não é mais o professor, e sim o aluno ativo e 
investigador autônomo. Esta tendência valoriza o trabalho em 
grupo, as tentativas experimentais, a pesquisa e a 
descoberta. O professor necessita desenvolver o aluno de 
forma integral, enfatizar o aprender fazendo, incentivar o 
desenvolvimento das aptidões individuais, partindo das 
necessidades e interesses individuais necessários para a 
adaptação ao meio. A escola tem a função de adaptar o aluno 
ao meio que vivem, sendo que os conteúdos devem ser 
estabelecidos em função das experiências dos alunos. 
Saiba mais, lendo “O resgate da escola nova pelas reformas 
educacionais contemporâneas, de Roselane Fátima Campos e 
Eneida Oto Shiroma, disponível em: 
http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/173/1
72 
 A Pedagogia Renovada não-diretiva valoriza 
a autorrealização, a busca do aluno por si mesmo, do 
conhecimento e a escola deve contribuir para a formação de 
atitudes, enfatizando problemas psicológicos em detrimento 
http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/173/172
http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/173/172
 
 
aos pedagógicos ou sociais. A escola deve se empenhar na 
buscar da mudança interior do aluno, para que possa 
adequar-se às solicitações do ambiente. Aprender é 
modificar suas próprias percepções. Valoriza 
a autoavaliação. A transmissão dos conteúdos é considerada 
secundária, a ênfase recai sobre as relações estabelecidas. 
O ensino é centrado no aluno e o professor é um facilitador da 
aprendizagem, do desenvolvimento livre e espontâneo do 
indivíduo. Nesse modelo, o professor é um auxiliar do aluno 
e lhe confere autonomia, frente ao seu processo de 
aprendizagem. O professor deve interferir o mínimo possível, 
pois não ensina, ou seja, é o aluno que aprende, através da 
descoberta. 
Saiba mais, lendo o texto “Abordagens do processo de ensino e 
aprendizagem” de Roberto Vantan do Santos, disponível 
em: ftp://www.usjt.br/pub/revint/19_40.pdf 
 
Assita agora, ao vídeo “Diálogos - 27/06/2013 - 
Tendências pedagógicas – PGM”, disponível 
em: http://youtu.be/YOcpTQUbAy8 
 Agora que já assistiu ao vídeo, reflita sobre as tendências 
liberais e suas manifestações na prática escolar. 
ftp://www.usjt.br/pub/revint/19_40.pdf
http://youtu.be/YOcpTQUbAy8
 
 
Vamos agora, conhecer um pouco mais da tendência ou 
pedagogia liberal tecnicista. Essa tendência surge no Brasil, 
na década de 50, inspirado na teoria behaviorista da 
aprendizagem e na abordagem sistêmica de ensino. Nesta 
concepção o aluno é considerado como um produto do seu 
meio social, cabendo à educação o papel de articuladora da 
ordem social vigente (o sistema capitalista) e vinculada com o 
sistema produtivo. A escola atua no aperfeiçoamento da 
ordem social vigente. Para efetivação do modelo educacional 
defendido pela LDB 5692/71, foi importado um modelo de 
ensino americano, baseado no desenvolvimentismoe no 
fordismo, a escola, assumiu o caráter de empresa, 
valorizando a racionalidade técnica. Como o Brasil, 
encontrava-s em um momento de desenvolvimento, o 
modelo adequou-se aos ideais do governo militarista. O 
modelo educacional respaldava-se na utilização da ciência 
comportamental, sendo que o interesse imediato da escola 
passou a ser o de produzir indivíduos “competentes para o 
mercado de trabalho, transmitindo, eficientemente, 
informações precisas, objetivas e rápidas” (LIBÂNEO, 1994, p. 
61). A prática escolar tinha como função, adequar à proposta 
escolar a proposta governamental do regime militar, 
preparando, portanto, mão de obra qualificada para ser 
absorvida pelo mercado de trabalho, através da utilização de 
manuais didáticos de cunho tecnicista, de caráter meramente 
instrumental. Os conteúdos são informações, princípios 
científicos, leis etc., estabelecidos e ordenados numa 
sequência lógica e psicológica por especialistas. Constituíam, 
assim, princípios científicos, advindos do conhecimento 
científico, organizado em forma de conteúdo escolar e 
condensado em material instrucional sistematizado em 
manuais, livros didáticos, módulos de ensino, dispositivos 
audiovisuais e outros. Os métodos de ensino devem 
assegurar a transmissão e a recepção de informações, 
 
 
seguindo técnicas de ensino, como estudo dirigido e 
instrução programada. O ensino é um processo de 
condicionamento que não valoriza a afetividade e debates, 
considerando os questionamentos desnecessários. 
O professor é um elo de ligação entre a verdade científica e o 
aluno, cabendo-lhe o papel de garantir a eficácia da 
transmissão do conhecimento. Assim, é considerado um 
técnico que transmite o conhecimento. O aluno é o indivíduo 
que só recebe e não participa da elaboração do programa 
educacional. A escola é modeladora do comportamento e um 
processo de aquisição de habilidades, atitudes e 
conhecimentos específicos. Valoriza-se a tecnologia 
educacional. 
 
 
Aprofunde seu conhecimento, lendo o texto “A pedagogia 
tecnicista: um breve panorama” de Abimael Antunes Marques, 
disponível em: 
https://revistas.ufg.br/index.php/ritref/article/view/20378/118
66 
 
 
Leia mais sobre o assunto, acessando o 
site:https://sites.google.com/site/ged0611/pedagogia_liberal 
 
Resumo: 
https://sites.google.com/site/ged0611/pedagogia_liberal
 
 
Nessa webaula você foi levado a conhecer um pouco mais 
sobre as tendências pedagógicas liberais. Aprendeu porque 
são chamadas de liberais e quais as tendências ou 
pedagogias classificadas nesse grupo: pedagogia tradicional, 
pedagogia renovada progressista ou escola nova, pedagogia 
renovada não-diretiva e pedagogia tecnicista. 
 Referências 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. 2. ed. 
São Paulo: Moderna, 1996 
LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a 
pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: 
Loyola, 1989. 
______. Didática. São Paulo: Cortez, 1994

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