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/ (63)984133670 Campos, S. L.1 De Melo, D. A. M. Campos, A. L. Instagram: @papirando papairando.concurso@gmail.com 2020 1 Campos, S. L. Mestre em Ensino de Ciência em Saúde UFT, Graduada em Enfermagem UNIRG, Pós-graduada pela UNB, Acadêmica de Medicina ITPAC. Cardiopatia Hipertensiva Hipertensão Arterial - Diretrizes Brasileiras de Hipertensão 2020 2021/1 Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 2 Conceito: Doença crônica não transmissível (DCNT) definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento superam os riscos. Condição multifatorial, que depende de fatores genéticos / epigenéticos, ambientais e sociais, caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), PAS ≥ 140 e/ou PAD ≥ 90 mmHg. Validação de tais medidas: Avaliação da PA fora do consultório 1. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) 2. Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) 3. Automedida da Pressão Arterial (AMPA) Impacto da Hipertensão Arterial nas Doenças Cardiovasculares Evolui com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e vasos). FR metabólicos p/ doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal: dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito (DM) Ela é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV), doença renal crônica (DRC) e morte prematura. Fatores de Risco para Hipertensão Arterial 1) Idade: o envelhecimento leva ao enrijecimento progressivo e perda de complacência das grandes artérias. 65% dos indivíduos ≥ 60 anos apresentam HA. 2) Sexo: aos 60 anos a PA entre as mulheres costuma ser mais elevada e a prevalência de HA, maior. 3) Etnia: não houve uma diferença significativa entre negros e brancos. Medida com técnica correta, em pelo menos 2 ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva Hipertensão Arterial https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 3 4) Sobrepeso/Obesidade: circunferência de cintura (CC) e índice de massa corpórea (IMC) 5) Ingestão de Sódio e Potássio: ingestão média > 2 g de sódio (5 g de sal de cozinha) a PAS foi 4,5 mmHg a 6,0 mmHg maior e a PAD 2,3 mmHg a 2,5 mmHg. O aumento na ingestão de potássio reduz os níveis pressóricos, já na ingestão de sódio aumenta os níveis pressóricos. 6) Sedentarismo 7) Álcool: prevalência de HA ou elevação naqueles que ingeriam 6 ou + doses ao dia (30 g de álcool/dia = 1 garrafa de cerveja, 2 taças de vinho, 1 dose de destilados). 8) Fatores Socioeconômicos: menor escolaridade e condições de habitação inadequadas 9) Outros Fatores de Risco Relacionados com a Elevação da PA: medicações e drogas ilícitas têm potencial de promover elevação da PA ou dificultar seu controle. (1) Inibidores da monoaminaoxidase e os simpatomiméticos, como descongestionantes nasais (fenilefrina) (2) Antidepressivos tricíclicos (imipramina e outros) (3) Hormônios tireoidianos (4) Contraceptivos orais (5) Anti-inflamatórios não esteroides (6) Carbexonolona e liquorice (7) Glicocorticoides (8) Ciclosporina (9) Eritropoietina (10) Drogas ilícitas (4- metilenodioximetanfetamina (MDMA) cocaína, cannabis sativa, anfetamina) 10) Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) Tipos de Hipertensão Hipertensão por rechaço: pressão controlada com uma terapia e se torna descontrolada com a interrupção da terapia. Hipertensão primária: também chamada de HA essencial, indica ↑ da PA a partir de uma etiologia desconhecida. Uma doença multifatorial, mas com forte componente genético Risco genético é transmitido de forma poligênica (centenas de variações de DNA que aumentam o risco de desenvolvimento do fenótipo hipertensivo) Variações de DNA em mais de 900 genes estão associadas ao controle da PA = cerca de 27% da herdabilidade do controle da PA. Hipertensão secundária: ↑ da PA devido a uma causa identificada, ocorre em 3% dos hipertensos. Risco genético é transmitido de forma monogênica (mutação em um gene único) de herança familiar, como o hiperaldosteronismo familiar, a síndrome de Liddle, a hiperplasia adrenal congênita e as formas herdadas de feocromocitoma e paraganglioma Hipertensão essencial: ↑ da PA devido disfunção do mecanismo homeostático da PA. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 4 Prevenção Primária Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Pressão Arterial e Dano Vascular Alguns exames complementares não invasivos são capazes de avaliar o impacto da PA sobre o vaso, analisando o dano vascular precoce, não apenas em populações de hipertensos, mas também em pré-hipertensos. Exames: Dilatação mediada pelo fluxo (DMF): que verifica a função endotelial. Velocidade de onda de pulso (VOP): confere a camada média arterial. Índice tornozelo-braquial (ITB): confere a camada média arterial. As consequências da elevação da PA podem ser classificadas em precoces e tardias e englobam a maioria das DCV: Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Pressão Arterial, Inflamação e Disfunção Endotelial A disfunção endotelial estaria na raiz de duas doenças crônicas que geralmente caminham juntas: a HA e a aterosclerose. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 5 A identificação do grau de disfunção endotelial seria importante para a avaliação do curso clínico da HÁ. Exames: 1. Proteína C-reativa (PCR) ultrassensível que é um marcador para avaliar a disfunção endotelial. 2. DMF medida na artéria braquial, método não invasivo feito com USG que se correlaciona com a função endotelial das coronárias, é uma análise da função endotelial in vivo. Pressão Arterial e Rigidez Arterial O dano vascular ocorre não apenas em hipertensos, mas pode estar presente também nos pré-hipertensos. A avaliação do impacto da HA sobre a camada média das artérias pode ser feita por meio de biomarcadores que sejam capazes de detectar: O dano e os diferentes graus de acometimento O impacto na mortalidade Predizer eventos CV Adicionar informações aos fatores de risco estabelecidos Estratificar o risco para mudar as recomendações terapêuticas e acrescentar informações que justifiquem seu custo adiciona. São: https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 6 1. Índice Tornozelo-Braquial (ITB): é a razão entre a pressão sistólica no tornozelo e no braço. É considerado um marcador de rigidez arterial em pacientes sem doença arterial periférica. ITB ≤ 0,90 foi associado a aproximadamente o dobro de mortalidade. 2. Velocidade de Onda de Pulso (VOP): padrão-ouro na avaliação da rigidez arterial. Calcula-se a VOP carotídeo-femoral (VOPc-f) dividindo-se a distância percorrida pelo tempo (VOPc-f= distância/tempo). O tempo pode ser medido por meio da utilização do eletrocardiograma. Escore para identificar indivíduos com prioridade para a avaliação da VOP = SAGE: S (pressão sistólica braquial), A (idade), G (glicemia de jejum) e E (estimativa da taxa de filtração glomerular). 3. Pressão Central: usa-se a carótida e aorta Diagnóstico e Classificação A avaliação inicial de um paciente com hipertensão arterial (HA) inclui: Confirmação do diagnóstico Identificação de causa secundária Avaliação do risco cardiovascular (CV) Investigadas As lesões de órgão-alvo (LOA) Fazem parte dessa avaliação: Medida da pressão arterial (PA) Obtenção de história médica (pessoal e familiar) Exame físico e a investigação clínica e laboratorial. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 7 Indicação Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Fechamento de diagnóstico MAPA e MRPA Leitura dos resultados: Anormal ou normal Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 8 Definição de hipertensão arterial de acordo com MAPA e MRPA Categoria PAS PAD PA no consultório ≥ 140 ≥ 90 MAPA 24 horas ≥ 130 ≥ 80 MAPA vigília ≥ 135 ≥ 85 MAPA sono ≥ 120 ≥ 70 MRPA ≥ 130 ≥ 80 Classificação da PA de acordo com a medição no consultório ≥18 anos Classificação PAS PAD PA ótima < 120 < 80 PA normal 120-129 80-84 Pré-hipertensão 130-139 85-89 HA Estágio 1 140-159 90-99 HA Estágio 2 160-179 100-109 HA Estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Indivíduos com: PAS ≥ 140 e PAD < 90 mmHg são portadores de HA sistólica isolada PAS < 140 mmHg e PAD ≥ 90 mmHg caracteriza a HA diastólica isolada. Recomendações: 1. Todos adulto (≥ 18 anos) deve ter a PA no consultório medida e registrada 2. Criança rastrear após os 3 anos 3. Indica-se a medida, anualmente, se PA do consultório for < 140/90 mmHg 4. Recomenda-se que a PA no consultório seja medida em ambos os braços pelo menos na primeira consulta. 5. Uma diferença de PAS entre os braços > 15 mmHg é sugestiva de doença ateromatosa. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 9 Sons Korotkoff: Fase I: PAS Fase II: Gap acústico Fase III: Reaparece o som Fase IV: Abafa o som Fase V: PAD 6. Se uma diferença entre os braços < 15mmHg da PA for registrada, recomenda-se que todas as leituras subsequentes da PA usem o braço com uma leitura mais alta da PA. 7. Em cada consulta, 3 medidas da PA devem ser registradas, com 1 a 2 minutos de intervalo, e medidas adicionais devem ser realizadas se as 2 primeiras leituras diferirem em > 10 mmHg. A PA do paciente é a média das duas últimas leituras da PA. 8. Recomenda-se que o diagnóstico de HA seja baseado em medição de PA fora do consultório com MAPA e/ou MRPA. Como aferir a PA: 1. Paciente sentado em um ambiente silencioso por 5 minutos 2. Explique o procedimento 3. Oriente a não conversar durante a medição 4. Certifique-se de que o paciente NÃO: • Está com a bexiga cheia; • Praticou exercícios físicos há, pelo menos, 60 minutos; • Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; • Fumou nos 30 minutos anteriores; 5. Três medidas de PA devem ser realizadas, com intervalo de 1 a 2 minutos • Medidas adicionais somente se as duas 1ª leituras diferirem em > 10 mmHg 6. Registre a média das 2 últimas PA • Sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. 7. Use o manguito adequado para a circunferência do braço. • Manguito deve cobrir pelo menos 2/3 da circunferência do braço • Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital. • Quando se aferir a PA de indivíduos com braço de maior circunferência do que a indicada, a tendência será a de superestimar os valores pressóricos. • O manguito deve ser posicionado ao nível do coração 8. Palma da mão supina e as roupas não devem garrotear o braço 9. Costas e antebraço apoiados; Pernas, descruzadas; Pés, apoiados no chão 10. Meça a PA nos 2 braços na primeira visita, de preferência simultaneamente • Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial • Palpar artéria braquial e colocar o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva • Inflar manguito rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação radial • Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo). • Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) • Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff) • Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som até seu desaparecimento • Use o braço com o maior valor como referência 11. Para pesquisar hipotensão ortostática • Meça inicialmente a PA em posição supina, após o paciente estar nesta posição em repouso por 5 minutos • Depois medir a PA 1 minuto e 3 minutos após a pessoa ficar em pé 12. Registre a frequência cardíaca. Para excluir arritmia, use palpação do pulso. 13. Informe o valor de PA obtido para o paciente. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 10 Triagem e diagnóstico de hipertensão arterial CLASSE PRESSÃO CONDUTA Ótima < 120/80 Repetir medida anualmente Normal 120-129 / 80-84 Pré-hipertensão 130/85 - 139/89 Considerar: (1) Hipertensão Mascarada – MAPA e MRPA Considerar: (2) Hipertensão do Avental Branco – MAPA e MRPA MAPA/MRPA normal = NV ou HAB e repetir anualmente MAPA/MRPA anormal = HM ou HS e iniciar tratamento Estágio 1 e 2 140-179/90-109 Estágio 3 ≥ 180/110 Diagnóstico de hipertensão e Iniciar tratamento Emergência / Urgência hipertensiva Encaminhar ao serviço de emergência Hipertensão confirmada e Iniciar tratamento MAPA: monitorização ambulatorial da pressão arterial; MRPA: monitorização residencial da pressão arterial; NV: normotensão verdadeira; HAB: hipertensão do avental branco; HM: hipertensão mascarada; HS: hipertensão sustentada Anamnese complementar Exame Físico 1. Medida correta e repetida da PA em ambos os braços 2. Antropometria: peso, altura, FC, CA2 e cálculo IMC 3. Procurar sinais de LOA 4. Detectar características de doenças endócrinas - Como Cushing, hiper ou hipotireoidismo - Achados que possam sugerir causas secundárias de HA 5. Examinar a região cervical - Palpação e ausculta das artérias carótidas - Verificação de estase jugular - Palpação de tireoide 6. Avaliar o aparelho cardiovascular - Desvio de ictus e propulsão à palpação - Na ausculta: presença de B3 ou B4, hiperfonese de 2ª bulha, sopros e arritmias 7. Avaliar o sistema respiratório - Ausculta de estertores, roncos e sibilos 8. Observar as extremidades - Edemas - Pulsos em membros superiores e inferiores (na presença de pulso femorais diminuídos, sugere coartação de aorta, doença da aorta ou ramos) 9. Palpar e auscultar o abdômen - Frêmitos, sopros, massas abdominais indicativas de rins policísticos e tumores (podem sugerir causas secundárias ou LOA) 10. Detectar déficits motores ou sensoriais no exame neurológico 11. Realizar fundoscopia ou retinografia (quando disponível) - Identificar aumento do reflexo dorsal - Estreitamento arteriolar - Cruzamentos arteriovenosos patológicos 12. Hemorragias, exsudatos e papiledema (sinais de retinopatia hipertensiva) 13. Índice tornozelo braquial (ITB) 14. Medida da pressão arterial sistólica central (PASc) para Jovens (hipertensão espúria) para detectar a hipertensão sistólica isolada Investigação Laboratorial Básica 1. Análise de urina (EAS tipo 1) 2. Potássio plasmático (3,5- 5,0 mEq/L) 2 Circunferência abdominal https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 11 3. Creatinina plasmática (0,8- 1,4 mg/dL) 4. Glicemia de jejum (65- 99 mg/dL) e HbA1c (4- 5,7%) 5. Ureia (15 – 40 mg/dL) 6. Estimativa do ritmo de filtração glomerular (RFG-e) (75 - 115 mL/min) 7. Perfil lipídico: Colesterol total (<200mg/dL), HDLc (50- 100mg/dL) e triglicerídeos plasmáticos (50- 110mg/dL) 8. Ácido úrico plasmático (2,5- 7,8 mg/dL) 9. Eletrocardiograma convencional Os exames complementares são básicos e obrigatórios para todos os pacientes, pelo menos na primeira consulta e anualmente Exames recomendados a populações indicadas 1. Radiografia de tórax - Nas situações de suspeita clínica de acometimento cardíaco e/ou pulmonar - Para a avaliação de hipertensos com acometimento de aorta 2. Ecocardiograma - Indicado quando houver indícios de HVE3 no eletrocardiograma ou em pacientes com suspeita clínica de insuficiência cardíaca - Considera-se HVE quando a massa do ventrículo esquerdo indexada para a superfície corpórea é igual ou superior a 116 g/m2 no homem e 96 g/m2 na mulher 3. Albuminuria ou relação proteinúria / creatininúria ou albuminúria / creatininúria - Exame útil para os hipertensos diabéticos, com síndrome metabólica 4. Ultrassonografia de carótidas - Indicado na presença de sopro carotídeo, sinais de doença cerebrovascular ou presença de doença aterosclerótica 5. Ultrassonografia renal ou com Doppler - Necessária em pacientes com massas abdominais ou sopro abdominal 6. Hemoglobina glicada (HbA1c) - Indicada quando a glicemia de jejum for maior que 99 mg/dL, na presença de história familiar ou de diagnóstico prévio de DM2 e obesidade 7. Teste ergométrico - Indicado na suspeita de doença coronária estável, diabetes melito ou antecedente familiar para doença coronária em pacientes com pressão arterial controlada 8. MAPA/MRPA 9. Medida da velocidade da onda de pulso (VOP) - Útil para avaliação da rigidez arterial 10. Ressonância nuclear magnética (RNM) do cérebro - Indicada em pacientes com distúrbios cognitivos e demência para detectar infartos silenciosos e micro-hemorragias O teste ergométrico não é recomendado para a avaliação diagnóstica da HA Estratificação de Risco Cardiovascular Quantificar o risco do paciente hipertenso, ou seja, a probabilidade de determinado indivíduo desenvolver DCV em um determinado período de tempo. Mais de 50% dos pacientes hipertensos têm FRCV adicionais. A presença de um ou mais FRCV adicionais aumenta o risco de doença coronariana, cerebrovascular, renal e arterial periférica nos pacientes hipertensos. 3 Hipertrofia do ventrículo esquerdo https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 12 Identificação dos FR deve ser parte da avaliação diagnóstica do hipertenso Fatores de risco coexistentes na hipertensão arterial 1. Sexo masculino 2. Idade: > 55 anos no homem e > 65 anos na mulher 3. DCV prematura em parentes de 1º grau (homens < 55 e mulheres < 65) 4. Tabagismo 5. Dislipidemia: LDL ≥100mg/dL e/ou não HDL 130 mg/dL e/ou HDL ≤ 40mg/dL no homem e ≤ 46mg/dL na mulher e/ou TG >150 mg/dL 6. Diabetes melito 7. Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) Razões para realizar a estimativa de avaliação de risco Estimar o risco de eventos cardiovasculares em médio e longo prazos Determinar o nível de atenção à saúde, como frequência dos atendimentos Determinar a precocidade de início do tratamento farmacológico Determinar a intensidade do controle dos fatores de risco modificáveis Classificação dos estágios de hipertensão arterial de acordo com o nível de PA, presença de FRCV, LOA ou Comorbidades Auxilia na compreensão do impacto da progressão de risco associado aos diferentes graus de PA, presença de FR, LOA ou doença cardiovascular e/ou renal, em indivíduos de meia-idade Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Fatores que podem modificar o risco do paciente hipertenso Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 13 Síndrome metabólica: critérios da International Diabetes Federation (IDF) é necessário haver obesidade central, definida como circunferência abdominal > 80 cm em mulheres ou > 94 cm em homens de descendência europeia ou africana ou > 90 cm naqueles de descendência asiática, além de dois entre os quatro fatores a seguir: triglicerídeos > 150 mg/dL, HDL-C baixo (< 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres), hipertensão arterial; glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL ou DM tipo 2 previamente diagnosticado. Fatores que podem modificar o risco do paciente hipertenso A estratificação de risco CV global não é específica para o paciente hipertenso e tem como objetivo determinar o risco global de um indivíduo entre 30 e 74 anos de desenvolver DCV em geral nos próximos 10 anos. PRESSÃO ARTERIAL RISCO CARDIOVASCULAR Risco BAIXO Risco MODERADO Risco ALTO < 10% em 10 anos 10 a 20% em 10 anos > 20% em 10 anos ÓTIMA / NORMAL Reavaliar em 2 anos PRÉ-HIPERTENSO MEV4 Reavaliar em 12 meses MEV Reavaliar em 6 meses MEV Reavaliar em 3 meses HAS I MEV MEV Tratamento medicamentoso HAS II e III Tratamento medicamentoso Tratamento medicamentoso Tratamento medicamentoso O Escore de Risco de Framingham é um metodo que avalia o risco de doença cardiovascular de acordo com a presença ou não de certos fatores de risco. Decisão e Metas Terapêuticas Metas pressóricas gerais a serem obtidas com o tratamento anti-hipertensivo META RISCO CARDIOVASCULAR Baixo ou moderado Alto PAS < 140 120-129 PAD < 90 70-79 Tratamento Não Medicamentoso Os indivíduos hipertensos devem ser avaliados quanto ao hábito de fumar, e deve ser buscada a cessação do tabagismo, se necessário com o uso de medicamentos, pelo aumento do risco CV A dieta tipo DASH e semelhantes deve ser prescrita. O peso corporal deve ser controlado para a manutenção de IMC < 25 kg/m2 Realizar, pelo menos, 150 minutos por semana de atividade física moderada Estimulada ainda a redução do comportamento sedentário 4 MEV: Mudança de Estilo de Vida https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 14 MODIFICAÇ ÃO RECOMENDAÇÃO REDUÇÃO Atividade Física Refere-se a qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético acima daquele em repouso, como locomoção e atividades laborais, domésticas e de lazer 4 a 9 mmHg Bebidas Alcoólicas Indivíduos abstêmios não devem ser induzidos a consumir bebidas alcoólica Não deve ultrapassar 30 g de álcool/dia 600 ml de cerveja (uma garrafa) 250 ml de vinho (duas taça, 12% álcool) 60 ml de bebida destilada (uma dose, 12% álcool) Redução da PA, cerca de 5,5 mmHg PAS e 3,97 PAD Perda de Peso A adiposidade corporal excessiva, especialmente a visceral, é um fator de risco importante para a elevação da PA, que pode ser responsável por 65 a 75% dos casos de HÁ IMC < 25 em adultos e entre 22 e < 27 em idosos, e CC (cm) < 90 em homens e < 80 em mulheres Vitamina D A deficiência de vitamina D está associada à elevação da pressão ou à maior incidência de hipertensão Café e Cafeína Recomenda-se que o consumo de café não exceda quantidades baixas a moderadas (≤ 200 mg de cafeína) Laticínios Contêm constituintes com potencial efeito benéfico: proteína do soro do leite (whey protein), os fosfolipídios da membrana dos glóbulos de gordura, o cálcio, o magnésio, o potássio, os probióticos e as vitaminas K1 e K2 Potássio As dietas com alto teor de sódio geralmente possuem baixo teor de potássio. Sal de cozinha à base potássio - 8,87 mmHg PAS - 4,04 mmHg PAD Sódio da Dieta Ingestão recomendada para indivíduos hipertensos e para a população em geral é até 2 g/dia Padrão alimentar Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), consiste no consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura, cereais integrais, redução no consumo de gorduras, doces e bebidas. Dieta do Mediterrâneo. Alto teor de potássio, cálcio, magnésio e fibras, com quantidades reduzidas de colesterol e gordura total e saturada Foi capaz de reduzir a PA Tabagismo Eliminar Tabaco eleva a PA cerca de 5 a 10 mmHg, em média ↓ 35% e 40% o RCV Respiração Lenta A respiração lenta ou guiada requer redução da frequência respiratória para menos de 6 a 10 respirações/minuto durante 15-20 minutos/dia para promover a redução na PA casual Controle de Estresse Espiritualidade e Religiosidade Considerada como um conjunto de valores morais, mentais e emocionais que norteiam pensamentos, comportamentos e atitudes https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 15 Tratamento Medicamentoso Objetivo do tratamento: proteção cardiovascular (CV). 5 principais classes: diuréticos (DIU), bloqueadores dos canais de cálcio (BCC), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) e betabloqueadores (BB). A maioria dos pacientes hipertensos necessitará de fármacos em adição às modificações do estilo de vida para alcançar a meta pressórica. São características desejáveis do fármaco anti-hipertensivo: Capacidade de reduzir a morbidade e a mortalidade CV Ser eficaz por via oral Bem tolerado Administrado preferencialmente em dose única diária Ser usado em associação Recomenda-se: Utilizar por um período mínimo de 4 semanas, antes de modificações. Não utilizar medicamentos manipulados. O paciente deverá ser orientado. Não há evidências para recomendação rotineira da administração noturna de fármacos anti-hipertensivos. Combinação de Medicamentos O início do tratamento deve ser feito com combinação dupla de medicamentos que tenham mecanismos de ação distintos, sendo exceção a essa regra a associação de DIU tiazídicos com poupadores de potássio. Caso a meta pressórica não seja alcançada, ajustes de doses e/ou a combinação tripla de fármacos estarão indicados. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 16 Características Gerais das Diferentes Classes de medicamentos Anti- Hipertensivos 1. Diuréticos (DIU) Mecanismo de ação: efeitos natriure ́ticos, reduzem a PA por meio da depleção do sódio corporal e com a diminuição do volume circulante e volume extracelular. VIII Diretriz (2020): Após 4 a 6 semanas, o volume circulante praticamente normaliza- se, e ocorre redução da resistência vascular periférica (RVP) Katzung (2017): Depois de 6 a 8 semanas, o débito cardíaco normaliza-se, ao passo que a resistência vascular periférica declina. Fonte: Profa. Nadine Costa, ITPAC, 2020. Indicação: Hipertensão cardíaca (tratamento adequado para a hipertensão essencial leve ou moderada), IC e distúrbios eletrolíticos. Katzung (2017): Diuréticos tiazídicos mostram-se apropriados para a maioria dos pacientes com hipertensão leve ou moderada e com normalidade das funções cardíaca e renal Efeitos adversos: - Comuns: fraqueza, cãibras, hipovolemia e disfunção erétil. Katzung (2017): No tratamento da hipertensão, o efeito colateral mais comum dos diuréticos (exceto os diuréticos poupadores de potássio) consiste em depleção de potássio = hipopotassemia https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 17 Fármacos mais usados: 1. Tiazídicos: dar preferência aos DIU tiazídicos (hidroclorotiazida) ou similares (clortalidona e indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com maior tempo de ação. Há maior potência diurética da clortalidona com relação à hidroclorotiazida, quando comparadas dose a dose, e sua meia-vida mais prolongada credenciou-a a ser indicada como DIU preferencial em pacientes com HA resistente ou refratária 2. Diuréticos de alça: furosemida e bumetanida reserva-se às condições clínicas com retenção de sódio e água, como a insuficiência renal (creatinina > 2,0 mg/dL ou o ritmo de filtração glomerular estimado ≤ 30 mL/min/1,73m2) e situações de edema (IC, síndrome nefrítica) 3. DIU poupadores de potássio: espironolactona e amilorida costumam ser utilizados em associação aos tiazídicos ou DIU de alça. A espironolactona tem sido habitualmente utilizada como o quarto medicamento a ser associado aos pacientes com HA resistente e refratária. 2. Bloqueadores dos Canais de Cálcio (BCC) Mecanismo de ação: bloqueia os canais de cálcio na membrana das células musculares lisas das arteríolas, reduz a disponibilidade de cálcio no interior das células dificultando a contração muscular e, consequentemente, diminui a RVP por vasodilatação. Exercem efeito vasodilatador predominante, com mínima interferência na FC e na função sistólica, sendo, por isso, mais frequentemente usados como medicamentos anti-hipertensivos Indicação: Angina e hipertensão cardíaca Não di-hidropiridi ́nicos: têm menor efeito vasodilatador e agem na musculatura e no sistema de condução cardíacos. Por isso, reduzem a FC, exercem efeitos antiarrítmicos e podem deprimir a função sistólica, principalmente nos pacientes que já ́ tenham disfunção miocárdica, devendo ser evitados nessa condição. Efeitos adversos: Fármacos mais usados: Nifedipino, Anlodipino e Diltiazem. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 18 3. Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA) Mecanismo de ação: a inibição da enzima conversora de angiotensina I, responsável a um só tempo pela transformação de angiotensina I em angiotensina II (vasoconstritora) e pela redução da degradação da bradicinina (vasodilatadora). Reduzem a PA principalmente ao diminuir a RVP (posição dos vasos sanguíneos, que podem estar mais ou menos contraídos ou dilatados, à circulação do sangue). Sistema Hormonal de regulação da PA: ↓PA – ativa nos rins a RENINA – catalisa no plasma a angiotensinogênio – se transforma em angiotensina I – nos rins e no pulmão existe a enzima conversora (ECA) – angiotensina I se transforma em angiotensina II – está faz: vasoconstrição das arteríolas + libera aldosterona que estimula a sede = ↑ o volume sanguíneo (↑ reabsorvição de água, Na+) – ↑ PA. Essas drogas inibem a ECA, que transforma a AI em AII e, reduzem a PAS e a pressão intraglomerular, com consequente proteção renal. - Contraindicações: Mulheres com risco de gravidez e Gestação (possibilidade de má formação fetal); Estenose renal (↓pressão glomerular, causando dano a função renal). - Ação: Preserva a função renal (redução da pressão glomerular) Evita a perda de albumina pela urina Não prejudica a sensibilidade à insulina. Retardam o declínio da função renal em pacientes com doença renal do diabetes Indicação: Hipertensão cardíaca, IC, Diabetes, outras afecções CV (antirremodelamento cardíaco po ́s-IAM) Efeitos adversos: Fármacos mais usados: Captopril, Enalapril, Ramipril... https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 19 4. Bloqueadores dos Receptores AT1 da Angiotensina II (BRA) Mecanismo de ação: antagonizam a ação da angiotensina II pelo bloqueio específico dos receptores AT1, responsáveis pelas ações próprias da angiotensina II (vasoconstrição, estímulo da proliferação celular e da liberação de aldosterona) - Contraindicações: Gestação Indicação: Hipertensão e IC Efeitos adversos: São incomuns os efeitos adversos relacionados com os BRA. Fármacos mais usados: Losartana e Valsartana 5. Betabloqueadores (BB) Mecanismo de ação: Promovem a diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de renina, com a readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Agem sobre os receptores b1 adrenérgicos cardíacos causa redução da frequência cardíaca e da contratilidade, com a consequente redução do DC. Agem também sobre as células justaglomerulares renais diminuindo a liberação de renina. Fonte: google, 2020 - Contraindicações: pacientes com asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus. Indicação: Angina, IAM, Hipertensão cardíaca, Arritmias... Os BB são úteis quando há certas condições clínicas específicas: pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) e angina do peito, IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr), para o controle da frequência cardíaca (FC) e em mulheres com potencial de engravidar. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 20 Efeitos adversos: Os BB de terceira geração (carvedilol e nebivolol) tem impacto neutro ou até podem melhorar o metabolismo da glicose e lipídico, possivelmente pelo efeito vasodilatador, com diminuição da resistência à insulina e melhora da captação de glicose pelos tecidos periféricos Nebivolol também tem encontrado menor disfunção sexual, possivelmente em decorrência do efeito sobre a síntese de oxido nítrico endotelial Fármacos mais usados: succinato de metoprolol, bisoprolol, carvedilol e nebivolol 6. Outras classes Simpatolíticos de Ação Central Mecanismo de ação: Os alfa-agonistas de ação central agem por meio do estimulo dos receptores alfa-2 que estão envolvidos nos mecanismos simpatoinibito ́rios. (a) Diminuição da atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores, o que contribui para a bradicardia e hipotensa ̃o notada na posição ortostática (b) discreta diminuiça ̃o na RVP e no de ́bito cardi ́aco (c) redução nos ni ́veis plasma ́ticos de renina (d) retenção de fluidos Fármacos: metildopa, clonidina e o inibidor dos receptores imidazolínicos rilmenidina (b) Clonidina age também nos receptores alfa-2 pré-sinápticos, que impedem a liberação de norepinefrina. Esta se acumula na terminação nervosa e, ao ser interrompida abruptamente, pode provocar crise adrenérgica pela liberação descontrolada (b) Rilmenidina apresentar agonismo aos receptores alfa-2 centrais, exibe maior afinidade com os sítios de ligação dos receptores imidazolínicos do subtipo I, característica que confere menos efeitos indesejáveis que a clonidina. Indicação: - Metildopa: indicada na HA durante a gestação - Clonidina: HA associada a síndrome das pernas inquietas, retirada de opioides, flushes da menopausa, diarreia associada à neuropatia diabética e hiperatividade simpática em pacientes com cirrose alcoólica. EAM: - Metildopa: reações autoimunes (febre, anemia hemolítica, galactorreia e disfunção hepática) https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 21 - Clonidina: rebote com a descontinuação, especialmente quando associada aos betabloqueadores. A retirada gradual em 2 a 4 semanas evita o efeito rebote. - Reações adversas decorrentes da ação central, como sonole ̂ncia, sedação, boca seca, fadiga, hipotensa ̃o postural e disfunça ̃o ere ́til. Alfabloqueadores Mecanismo de ação: (a) Agem como antagonistas competitivos dos receptores alfa-1 pós-sina ́pticos, reduzindo a RVP sem mudanças no de ́bito cardi ́aco (b) Promovem maior redução pressórica quando na posição ortostática e na taquicardia reflexa = Por isso, é comum a hipotensão postural, comumente descrita na primeira dose (c) Uma ação coadjuvante benéfica dos bloqueadores alfa1 é o relaxamento da musculatura do assoalho prostático, a qual favorece o esvaziamento da bexiga nos pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB) Fármacos: doxazosina e a prazosina Indicação: - Metildopa: indicada na HA durante a gestação - Clonidina: HA associada a síndrome das pernas inquietas, retirada de opioides, flushes da menopausa, diarreia associada à neuropatia diabética e hiperatividade simpa ́tica em pacientes com cirrose alcoólica. EAM: - Hipotensa ̃o - Fenômeno de tolerância: necessitando aumento da dose para manter o efeito anti-hipertensivo (taquifilaxia) - Incontinência urina ́ria em mulheres - Tratados com doxazosina te ̂m maior risco de incidência de IC Vasodilatadores Diretos Mecanismo de ação: relaxando a musculatura lisa arterial, levando à redução da RVP Fármacos: ativos por via oral, sa ̃o a hidralazina e o minoxidil EAM: - Hidralazina: cefaleia, flushing, taquicardia reflexa, reaça ̃o lupus-like (dose-dependente), anorexia, na ́usea, vo ̂mito e diarreia. - Vasodilatadores: retenção de sódio e água, com o aumento do volume circulante e da taquicardia reflexa. - Minoxidil: é o hirsutismo (aumento da quantidade de pelos na mulher em locais comuns ao homem), que ocorre em 80% dos pacientes. Inibidores Diretos da Renina Mecanismo de ação: (a) Promove a inibição direta da ação da renina com a consequente diminuição da formação de angiotensina II. (b) Ações que podem contribuir para a reduça ̃o da PA e a proteção tissular, como reduça ̃o da atividade plasma ́tica de renina, bloqueio de receptor celular próprio de renina/pro ́-renina e diminuiça ̃o da si ́ntese intracelular de angiotensina II (c) Benefício adicional de redução da proteinúria em indivíduos com doença renal. Fármacos: alisquireno EAM: - Rash cutâneo - Diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300 mg/dia) https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 22 - Aumento de creatinafosfoquinase - Tosse podem ocorrer em menos de 1% dos usuários. - Seu uso e ́ contraindicado na gravidez pelas mesmas razões dos IECA e BRA. Associações de fármacos anti-hipertensivos Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 (1) Combinação inicial de 2 fármacos em comparação com a associação sequencial promove um controle mais rápido, podendo reduzir em até 5 vezes mais a PA. O tratamento da HA pode ser iniciado com associação de 2 classes de fármacos desde a HA estágio 1 O início do tratamento com combinação de 2 fármacos deve ser feito com um IECA, ou BRA, associado a DIU tiazídico ou similar ou BCC Quando não se atinge o controle da PA com combinação de 2 fármacos, deve ser prescrita a combinação de 3 fármacos, habitualmente um IECA, ou BRA, associado a DIU tiazídico ou similar e BCC. As classes de fármacos preferenciais para o tratamento anti-hipertensivo são os DIU tiazídicos ou similares, BCC, IECA e BRA, por demonstrarem efetiva redução da PA e do risco de desfechos CV. CLASSES DE ANTI-HIPERTENSIVOS DISPONÍVEIS PARA USO CLÍNICO › Diuréticos Tiazídicos: Hidroclorotiazida, Clortalidona e Indapamida. Alça: Furosemida (lasix), Bumetanida e Piretanida Poupadores de potássio: Espironolactona (aldosterona), Triantereno e Amilorida › Inibidores adrenérgicos Ação central – agonistas alfa-2 centrais: Alfametildopa (metildopa), Clonidina, Guanabenzo e Reserpina Betabloqueadores – bloqueadores beta-adrenérgicos: Atenolol, Carvedilol, Propranolol e Bisoprolol ... termina em “prolol” Alfabloqueadores – bloqueadores alfa-1 adrenérgicos: Doxazosina, Prazosina e Terazosina ... termina em “sina” › Vasodilatadores diretos: Hidralazina e Minoxidil › Bloqueadores dos canais de cálcio: Verapamil, Anlodipino e Nifedipino ... a maioria termina em “pino” › Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA): Captopril, Enalapril ... termina em “pril” › Bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II: Losartana, Valsartana ... termina em “ana” › Inibidor direto da renina: Alisquireno https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 23 (2) O não alcance da meta pressórica com o esquema tríplice exige a utilização de um quarto fármaco, cuja opção preferencial atual é a espironolactona, clonidina e doxazosina são opções de associações de 4 ou 5 fármacos. Quando não se atinge o controle da PA com a combinação de 3 fármacos, a espironolactona deve ser acrescentada preferencialmente ao esquema terapêutico (3) O tratamento com associações de 2 bloqueadores do sistema renina- angiotensina, como IECA com BRA ou qualquer um dos 2 com inibidor de renina, é contraindicado (4) O tratamento da HA com a combinação de 2 antagonistas do sistema renina-angiotensina é contraindicado (5) Os BB devem ser considerados em situações clínicas específicas (DAC, IC e controle da FC) (6) O tratamento da HA em pacientes de alto risco CV com a combinação de um IECA e um BCC di-hidropiridínico é preferencial à combinação de um IECA e um DIU tiazídico em pacientes não obesos. (7) O tratamento da HA com combinações fixas possibilita a maior adesão. Estudos de combinações de fármacos no tratamento da hipertensão arterial https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 24 Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Início de tratamento com intervenções no estilo de vida e tratamento farmacológico de acordo com a pressão arterial, a idade e o risco cardiovascular Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Lista de medicamentos anti-hipertensivos disponíveis no Brasil https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 25 Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Hipertensão Arterial na Criança e no Adolescente Crianças < 3 anos devem ter a PA medida em caso de: a. Prematuridade b. Muito baixo peso ao nascer c. Restrição de crescimento intrauterino d. Antecedente de internação em UTI neonatal e. Cardiopatias congênitas f. Nefrouropatias g. Transplante de órgãos sólidos h. Doença oncológica i. Uso crônico de medicações que elevam a PA j. Doenças sistêmicas associadas a HA k. Evidência de hipertensão intracraniana https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 26 Criança e adolescente ≥ 3 anos deve ter a PA verificada: Anualmente a. Deve ter sua PA verificada em qualquer avaliação clínica Toda criança/adolescente ≥ 3 anos de idade: Com excesso de peso Uso crônico de medicações que elevam a PA Doença renal Coarctação de aorta e diabetes Diagnóstico Será feito o diagnóstico de HA na criança e no adolescente no ambulatório, quando pelo método auscultatório a PA estiver > percentil 95 em três visitas distintas, de acordo com idade, sexo e percentil de estatura. Metas referentes à terapia não farmacológica e farmacológica devem ser: A redução da PA < percentil 90 de acordo com idade, sexo e percentil de estatura e <130/80mmHg em adolescentes ≥ 13 anos de idade Definição atualizada da pressão arterial de acordo com a faixa etária Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Principais medicamentos e doses pediátricas utilizados para controle da emergência hipertensiva Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Hipertensão Arterial na Gestante Conceito: Define-se hipertensão na gestação quando há PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg, considerando-se o 5º ruído de Korotkoff, confirmada por outra medida realizada com o intervalo de 4 horas. Obtida, preferencialmente: Posição sentada ou alternativamente em decúbito lateral esquerdo, com manguito de tamanho adequado O método manual auscultatório é o padrão ouro https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 27 A monitorização O MAPA é superior à medida de consultório e a MRPA na não gestante. - Diagnóstico no MAPA na vigília: HA é ≥ 135/85 mmHg - Diagnóstico no MRPA: ≥ 130/80 mmHg A prevenção Cálcio e ácido acetilsalicílico em pacientes de alto risco. Tratamento não medicamentoso Não deve ser utilizado em situações de PAS >160 mmHg persistente por mais de 15 minutos. Repouso relativo em hospital com monitoramento para pré-eclâmpsia. Internação em pacientes com hipertensão grave na gestação. Conduta expectante Sugere-se conduta expectante entre 34 e 37 semanas de gestação em mulheres estáveis, sem piora clínica ou hipertensão grave. Não é recomendada a partir de 37 semanas de gestação em mulheres com hipertensão gestacional e pré- eclâmpsia Tratamento medicamentoso a) Indica-se tratamento medicamentoso urgente em caso de hipertensão grave e na presença de sinais premonitórios. b) Sugere-se iniciar tratamento medicamentoso quando a PA estiver > 150- 160/100-110 mmHg, com o objetivo de manter a PA entre 120-160/80-100 mmHg. c) Recomenda-se o uso de sulfato de magnésio para a prevenção e o tratamento da eclâmpsia. d) O uso de cálcio, na população com baixa ingesta (< 600 mg/dia), na dose 1,0 a 2g/dia, reduz risco de PE de forma efetiva. e) Baixas doses de ácido acetilsalicílico (AAS) (75 a 150 mg/ dia) ao final do primeiro trimestre da gestação podem ser úteis na prevenção primária de pré- eclâmpsia Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 28 f) O uso de IECA, BRA e IDR é contraindicado na gestação, e atenolol e prazosin devem ser evitados se possível. g) Primeira linha: metildopa, nifedipina de ação prolongada ou betabloqueadores – exceto atenolol. h) Segunda linha: diurético tiazídico, clonidina e hidralazina, evitando-se a combinação de medicamentos da mesma classe farmacológica. i) Emergência hipertensiva na gestante: tratado com nifedipina (10 mg) VO quanto por hidralazina IV A nifedipina 10 mg, que pode ser repetida na dose de 10 a 20 mg a cada 20 a 30 minutos VO, se não houver resposta após a terceira dose fazer hidralazina IV na dose de 5 mg a cada 20 a 30 minutos até a dose de 15 mg. Edema agudo de pulmão e hipertensão grave e refratária, o uso de nitroprussiato de sódio pode ser considerado como a opção preferencial para o controle urgente da PA, por no máximo 4 horas, pelo risco de impregnação fetal pelo cianeto. Puerpério Nas pacientes não hipertensas crônicas, a HA costuma se resolver dentro da 1ª semana (5 a 6 dias), mas nesse período ainda há risco de complicações como AVE, edema agudo de pulmão (EAP) e insuficiência renal. As puérperas podem receber qualquer medicação anti-hipertensiva, e o que limita a escolha é o aleitamento. Assim, devemos priorizar os anti- hipertensivos que passam em quantidade menor pelo leite materno. Definições e classificação dos distúrbios hipertensivos na Gestação Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 29 Ações dos medicamentos no aleitamento materno Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Hipertensão Arterial no Idoso Idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais. A HA5 foi a segunda doença mais prevalente na população idosa. Mecanismos Fisiopatológicos: A PAD6 aumenta até cerca de 50 anos, estabiliza-se dos 50 aos 60 anos e diminui posteriormente, enquanto a PAS tende a aumentar durante toda a vida. Em jovens a PA é determinada pela RVP Em idoso a PA é determinada pela rigidez dos grandes vasos arteriais centrais Atribuídas ao sal, estresse, fragmentação e desalinhamento das fibras de elastina, com substituição por fibras colágenas, o que facilita a deposição de íons cálcio O enrijecimento aórtico, em decorrência do envelhecimento vascular, aumenta as VOP7 em direção à circulação periférica (centrífuga) e das ondas reflexas que retornam ao coração (centrípeta). A superposição dessas duas ondas 5 hipertensão arterial 6 pressão arterial diastólica 7 redução na complacência vasculares Espessamento da parede arterial Disfunção endotelial Aumento na rigidez Redução na complacência vasculares Os idosos são mais sal-sensíveis, sendo a restrição salina mais eficaz nessa faixa etária https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 30 na fase protomesossistólica causa o aumento da PAS e o alargamento da PP8 observadas nos idosos. Diagnóstico e Decisão Terapêutica Fatores que interferem na medida da PA em idosos são: 1. Hiato auscultatório; 2. Pseudo-hipertensão; 3. Variações posturais e pós-prandiais A PA fora do consultório (AMPA, MRPA, MAPA) é fundamental no idoso, pelo maior risco no caso de tratamento inapropriado. Tratamento Farmacológico É prudente iniciar com monoterapia ou combinação em doses baixas. Realizar aumento ou combinação gradual de anti-hipertensivos, com intervalo mínimo de 2 semanas. Decisão terapêutica e a meta de PA: baseia-se mais na condição funcional e na sobrevida do que na idade cronológica Inicial: diurético tiazídico (ou similar), BCC9 ou bloqueador do SRAA10: IECA ou BRA11. Contraindicado: BB, exceto em IC ou insuficiência coronariana aguda Quando usados em combinação com fármacos inibidores da acetilcolinesterase, comumente utilizados na doença de Alzheimer, podem induzir bradicardia severa Recomendações para o tratamento da hipertensão em idosos Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 8 pressão de pulso 9 bloqueador dos canais de cálcio 10 sistema renina-angiotensina-aldosterona 11 bloqueador do receptor AT1 da angiotensina II A medida da VOP carotídeo-femoral é padrão-ouro para avaliar a rigidez arterial dos vasos centrais. Velocidades menores que 7,6 m/s, na ausência de comorbidades, são considerados portadores de boa saúde vascular. https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 Crise Hipertensiva Urgências hipertensivas (UH) São situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da PA (PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mmHg) sem LOA e sem risco iminente de morte. Emergências hipertensivas (EH) São situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da PA (definida arbitrariamente como PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mm Hg) com LOA aguda e progressiva, com risco iminente de morte. Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 EH não é definida pelo nível da PA, apesar de frequentemente muito elevada, mas predominantemente pelo status clínico do paciente. Pode manifestar-se como um evento cardiovascular, cerebrovascular, renal ou com envolvimento de múltiplos órgãos ou mesmo na forma de pré-eclâmpsia. Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 32 Pseudocrise hipertensiva (PCH) Ocorre em hipertensos tratados e não controlados, ou em hipertensos não tratados, com medidas de PA muito elevadas, mas oligossintomáticos ou assintomáticos. Também se caracteriza como PCH a elevação da PA diante de evento emocional, doloroso, ou de algum desconforto, como enxaqueca, tontura rotatória, cefaleias vasculares e síndrome do pânico. Fisiopatogenia Aumento do volume intravascular, da RVP12, produção reduzida de vasodilatadores endógenos e/ou ativação de sistemas vasoconstrictores podem precipitar maior vasorreatividade resultando em CH. A autorregulação tissular é suplantada, particularmente nos leitos vasculares cerebral e renal, causando isquemia local, o que desencadeia um círculo vicioso de vasoconstrição, lesão endotelial e ativação plaquetária, do sistema da coagulação e do sistema imune, com proliferação miointimal, necrose fibrinoide de arteríolas e isquemia em órgãos-alvo. Prognóstico A letalidade da EH, caso não tratada, é de aproximadamente 80% ao final de um ano. A sobrevida de até 5 anos é maior em indivíduos com UH. Investigação Clinicolaboratorial Complementar Avaliação de sinais/sintomas, exame físico e investigação complementar auxilia na verificação da presença de LOA aguda ou progressiva. 12 Resistência Vascular Periférica PA elevada ↑ do volume intravascular ↓ produção reduzida de vasodilatadores e/ou ↑ ativação do sistema vasoconstritor endógenos (Norepinefrina e/ou Angiotensina II) Quanto mais estreita a artéria maior é a pressão (RVP) Força de cisalhamento Precipitar maior vasorreatividade Lesões das células endoteliais = CASCATA DE COAGULAÇÃO Deposição de plaquetas e fibrinas, hipertrofia miointimal e perda da autorregulação do fluxo = ISQUEMIA Liberação de vasoconstritores Acometimento: SNC, Rins e Coração https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 33 Tratamento A letalidade da EH, caso não tratada, é de aproximadamente 80% ao final. 1. Iniciado após um período de observação em ambiente calmo, condição que ajuda a afastar casos de PCH. 2. Tratamento agudo indicam-se: captoprila (25-50mg / pico máximo de ação em 60 a 90 minutos) e clonidina (0,100 - 0,200mg / pico de ação rápida, em torno de 30 a 60 minutos) Cápsulas de nifedipina de liberação rápida deve ser proscrito no tratamento das UH, por não ser seguro nem eficaz, além de provocar reduções rápidas e acentuadas da PA, o que pode resultar em isquemia tecidual. Recomendações gerais de redução da PA para EH devem ser: • PA média ≤ 25% na 1ª hora; • PA 160/100-110 mmHg nas próximas 2 a 6 h; • PA 135/85 mmHg em um período de 24 a 48 h subsequentes. Medicamentos usados por via EV para o tratamento das EH https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 34 Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Fluxograma de atendimento da crise hipertensiva Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 35 Hipertensão com Múltiplos Danos aos Órgãos-alvo É a presença concomitante de envolvimento de 3 dos 4 sistemas a seguir: • Renal (rápida deterioração da função renal ou proteinúria); • Cardíaco (HVE/disfunção sistólica, ou aumento de troponina, ou anormalidades da repolarização ventricular,); • Neurológico (AVE ou encefalopatia hipertensiva); • Hematológico (hemólise microangiopática). Hipertensão Arterial Secundaria É a forma de hipertensão arterial (HA) decorrente de uma causa identificável, que pode ser tratada com uma intervenção específica, a qual determina a cura ou a melhora do controle pressórico. Os portadores de HA secundária estão sob maior risco CV e renal e apresentam maior impacto nos órgãos-alvo, devido a níveis mais elevados e sustentados de PA. Indícios de hipertensão arterial secundária 1. Hipertensão estágio 3 antes dos 30 anos ou após os 55 anos 2. Hipertensão resistente ou refratária 3. Utilização de hormônios exógenos, fármacos ou demais substâncias que possam elevar a PA 4. Tríade do feocromocitoma: crises de palpitações, sudorese e cefaleia 5. Indícios de apneia obstrutiva do sono 6. Fácies típica ou biótipo de doenças que cursam com hipertensão arterial 7. Presença de sopros em territórios arteriais ou massas abdominais 8. Assimetria ou ausência de pulsos em MMII 9. Hipopotassemia espontânea ou severa induzida por diuréticos (< 3,0 mEq/L) 10. Exame de urina anormal (hematúria glomerular (dismórfica) ou presença de albuminúria/proteinúria), diminuição do RFG estimado, aumento de creatinina sérica ou alterações de imagem renal Causas de HA secundária Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 36 Medicamentos, hormônios, substa ̂ncias exógenas ili ́citas e li ́citas relacionadas com o desenvolvimento ou agravamento de HÁ Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Hipertensão Arterial Resistente e Refratária Conceitos: 1. Hipertensos resistentes: indivíduos aderentes ao tratamento em uso de 3 ou mais classes de fármacos anti-hipertensivos em doses otimizadas que não apresentam pressão arterial controlada. 2. Hipertensos refratários: são os aderentes não controlados com 5 ou mais classes de fármacos anti-hipertensivos em doses otimizadas. Fundamental nas três classes de fármacos iniciais no tratamento da hipertensão resistente usar diurético, bloquear o sistema renina-angiotensina- aldosterona e utilizar vasodilatadores de ação direta. A hipertensão resistente depende mais de volume, enquanto na hipertensão refratária predomina a hiperatividade simpática https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 37 Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Fisiopatologia: A HAR depende mais do aumento de volemia do que a HARf, devido à importante persistência de retenção de fluidos, sensibilidade aumentada ao sódio, hiperaldosteronismo e disfunção renal. Essa relação entre volume e pressão elevada é a principal base fisiopatológica demonstrada em vários estudos e justifica o uso de diuréticos na terapêutica de pacientes com HAR Fonte: Arq Bras Cardiol. 2020 Tratamento da hipertensão arterial resistente 1. Institua e incentive MEV 2. Otimize tratamento com três medicações: hidroclorotiazida, clortalidona ou indapamida,* IECA ou BRA, e BCC† 3. Adicione espironolactona como 4ª medicação 4. Adicione BB e/ou clonidina como 5ª /6ª medicação 5. Adicione sequencialmente vasodilatadores de ação direta 6. Prescreva uma ou mais das medicações à noite ao deitar-se 7. Verifique e melhore a adesão ao tratamento 8. Não utilize tratamentos invasivos, exceto em protocolos de pesquisa https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ @papirando, siga nossa página! @papirando / papirando.concurso@gmail.com / (63)984133670 38 Referências: Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020, Barroso et al. Arq. Bras. Cardiol. 2020; [online]. ahead print, PP.0-0. DOI: https://doi.org/10.36660/abc.20201238 Farmacologia básica e clínica [recurso eletrônico] / Organizador, Bertram G. Katzung ; Organizador Associado, Anthony J. Trevor ; [tradução: Ademar Valadares Fonseca ... et al. ; revisão técnica: Almir Lourenço da Fonseca]. – 13. ed. – Porto Alegre: AMGH, 2017. Formas de aquisição: Contribua com a construção de mais resumos Nossa loja virtual: https://msha.ke/papirando/ Avalie-nos no 🇬🇴🇴🇬🇱🇪: https://www.google.com/search?q=papirando+cabines+e+estudos&oq=papirando+cabines+e+estudos&aqs=chrome..69i57j 69i60l2.6132j0j9&client=ms-android-xiaomi-rev1&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8 Ajude-nos a proporcionar a sua melhor experiência. Instagram: @papirando Contato: (63)98413-3670 E-mail: papirando.concurso@gmail.com Caixa postal: Qd. 103 norte, – CEP: 77006.7 PIRATARIA É CRIME ‣ Alguém investe seu tempo para elaborar os cursos. ‣ Pirataria fere os Termos de Uso, adultera as aulas e retira a identificação dos arquivos PDF (justamente porque a atividade é ilegal). ‣ Quem participa ainda espera tornar-se servidor público para exigir o cumprimento da lei ? ‣ Pirataria revende as aulas protegidas por direitos autorais, praticando concorrência desleal. ‣ Pense no elaborador desse curso, que não ganhará nada pelo seu trabalho. ‣ Ajude a manter essa ideia dos Resumos, adquira-os de forma idônea! ARQUIVO PROTEGIDO POR DIREITOS AUTORAIS! https://msha.ke/papirando/ mailto:papirando.concurso@gmail.com https://doi.org/10.36660/abc.20201238 https://msha.ke/papirando/ https://msha.ke/papirando/ https://www.google.com/search?q=papirando+cabines+e+estudos&oq=papirando+cabines+e+estudos&aqs=chrome..69i57j69i60l2.6132j0j9&client=ms-android-xiaomi-rev1&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=papirando+cabines+e+estudos&oq=papirando+cabines+e+estudos&aqs=chrome..69i57j69i60l2.6132j0j9&client=ms-android-xiaomi-rev1&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8 mailto:papirando.concurso@gmail.com
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