Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1a Questa˜o (2,5 pontos): Seja z = f(x, y) uma func¸a˜o diferencia´vel em IR2. i. Se o plano tangente ao gra´fico de f no ponto (1,−1, 2) e´ dado por x− y + 2z = 6, encontre ∇f(1,−1). ii. Sejam x = x(s, t) = es+tet, y = y(s, t) = s+t−1, G(s, t) = f(x(s, t), y(s, t)). Usando o item i, calcule ∇G(0, 0). iii. Determine a direc¸a˜o na qual a taxa de variac¸a˜o de f no ponto (1,−1) e´ a maior poss´ıvel. Determine esta taxa de variac¸a˜o. Resoluc¸a˜o: i. Escrevendo o plano tangente ao gra´fico de f no ponto (1,−1, 2) na forma z − 2 = −1 2 (x− 1) + 1 2 (y + 1), obtemos ∇f(1,−1) = ( −1 2 , 1 2 ) . ii. Como x = x(s, t) = es + tet, y = y(s, t) = s+ t− 1, f(x, y) sa˜o func¸o˜es diferencia´veis, G(s, t) = f(x(s, t), y(s, t)) e´ diferencia´vel. Usando a regra da cadeia obtemos;{ Gs(s, t) = fx(x, y)xs(s, t) + fy(x, y)ys(s, t), Gs(s, t) = fx(x, y)xs(s, t) + fy(x, y)ys(s, t), Do item i, obtemos fx(1,−1) = −12 , fy(1,−1) = 12 . Por outro lado, xs(0, 0) = ys(0, 0) = xt(0, 0) = yt(0, 0) = 1, isto nos da´ ∇G(0, 0) = (0, 0) 1 iii. A maior taxa de variac¸a˜o de f no ponto (1,−1) e´ dada na direc¸a˜o do vetor gradiende de f , isto e´ ∇f(1,−1) = ( −1 2 , 1 2 ) . Esta taxa de variac¸a˜o e´ |∇f(1,−1)| = √ 2 2 . 2a Questa˜o (2,5 pontos): Determine os pontos em que a func¸a˜o abaixo e´ cont´ınua: f(x, y, z) = sin2 ( z x2 + y2 + z2 ) y4x2 (x2 + y2 + z2)2 , se (x, y, z) 6= (0, 0, 0), 0, se (x, y, z) = (0, 0, 0). Resoluc¸a˜o: Se (x, y, z) 6= (0, 0, 0) a func¸a˜o f(x, y, z) e´ a composic¸a˜o de func¸o˜es cont´ınuas e portanto e´ ela continua. No caso (x, y, z) 6= (0, 0, 0) usaremos o teorema do confronto, para isto observe que: 0 ≤ f(x, y, z) = sin2 ( z x2 + y2 + z2 ) y2 x2 + y2 + z2 x2 x2 + y2 + z2 y2 ≤ y2 A ultima desigualdade prove´m do fato que y2 ≤ x2 + y2 + z2 e x2 ≤ x2 + y2 + z2. Logo tamando o limite obtemos: lim (x,y,z)−→(0,0,0) f(x, y, z) = 0 = f(0, 0, 0) Portanto a func¸a˜o e´ cont´ınua. 3a Questa˜o (2,5 pontos): Mostre que o valor ma´ximo de a2b2c2 sobre uma esfera de raio r centrada na origem de um sistema de coordenadas cartesianas (a, b, c) e´ (r2/3)3. Usando este fato, prove que, para nu´meros na˜o negativos a, b e c, (abc)1/3 ≤ a+ b+ c 3 . 2 Resoluc¸a˜o: Queremos maximizar a func¸a˜o f(a, b, c) = a2b2c2 sujeito a` condic¸a˜o g(a, b, c) = a2 + b2 + c2 − r2 = 0. Veja que f e g sa˜o func¸o˜es de classe C∞. Ale´m disso, ∇g(a, b, c) 6= (0, 0, 0) para os pontos (a, b, c) tais que g(a, b, c) = 0. Portanto, existe um nu´mero λ tal que, nos pontos onde g(a, b, c) = 0 e f assume um extremo, tem-se: ∇f(a, b, c) + λ∇g(a, b, c) = (0, 0, 0) com g(a, b, c) = 0. Isto e´: ab2c2 + λa = 0, a2bc2 + λb = 0, a2b2c+ λc = 0, a2 + b2 + c2 = 0. Multiplicando as trEˆs primeiras equac¸o˜es por a, b e c respectiva´mente, obtemos: 3x2y2z2 + λr2 = 0 . Substituindo este valor de lambda nas primeiras treˆs equac¸o˜es e obser- vando que se ou a = 0, b = 0 ou c = 0, f assumiria um valor minimo, obteremos que a = b = c = ± r√ 3 e o ma´ximo de f e´ enta˜o: f ( ± r√ 3 ,± r√ 3 ,± r√ 3 ) = ( r2 3 )3 Logo para f(a, b, c) ≤ ( r2 3 )3 para os pontos (a, b, c) tais que a2+b2+c2 = r2, isto mostra que: a2b2c2 ≤ ( a2 + b2 + c2 3 )3 Concluimos enta˜o que para nu´mero na˜o negativos, obtemos: (abc)1/3 ≤ a+ b+ c 3 4a Questa˜o (2,5 pontos): Estude os pontos cr´ıticos da func¸a˜o f(x, y) = (x2 − 3)e−(x2+y2), detalhando, se poss´ıvel, quais sa˜o os pontos de ma´ximo local, mı´nimo local e de sela. 3 Resoluc¸a˜o: Vamos primeiro encontrar os pontos cr´ıticos de f . Calcu- lando o gradiente da func¸a˜o f(x, y) = (x2 − 3)e−(x2+y2) obtemos: ∇f(x, y) = ( 2x(4− x2),−2y(x2 − 3) )e−(x2+y2). Igualando a primeira coordenada a zero, obtemos que x = 0,±2. De maneira similar, igualando a segunda coordenada a zero, obtemos x = ±√3 ou y = 0. Mas como x = ±√3 na˜o zera a primeira coordenada, os u´nicos pontos cr´ıticos de f sa˜o (0, 0), (2, 0) e (−2, 0). Para classificar os pontos cr´ıticos vamos usar o teste da derivada segunda. Precisamos calcular H(x, y) = ∂2f ∂x2 (x, y) ∂2f ∂y2 (x, y)− ( ∂2f ∂x∂y (x, y) )2 nos pontos cr´ıticos. Usando que ∂2f ∂x2 (x, y) = 2(2x4 − 11x2 + 4)e−(x2+y2) ∂2f ∂y2 (x, y) = 2(x2 − 3)(2y2 − 1)e−(x2+y2) ∂2f ∂x∂y (x, y) = 4xy(x2 − 4)e−(x2+y2) temos H(0, 0) = 48, H(2, 0) = H(−2, 0) = 32e−8. Finalmente, como ∂2f ∂x2 (0, 0) = 8 > 0, ∂2f ∂x2 (2, 0) = ∂2f ∂x2 (−2, 0) = −16e−4 < 0, podemos afirmar que (0, 0) e´ um ponto de mı´nimo local e (±2, 0) sa˜o pontos de ma´ximo local. 4
Compartilhar