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21 POP - HEMATOLOGIA

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Procedimento Operacional 
Padrão 
POP/ULACAP/003/2020 
Hematologia 
Versão 3.0 
ULACAP 
 
 
Procedimento Operacional 
Padrão 
 
POP/ULACAP/003/2020 
Hematologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Versão 3.0 
 
® 2020, Ebserh. Todos os direitos reservados 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh 
www.ebserh.gov.br 
 
 
 
Material produzido pela Unidade de Laboratório de Análises Clínicas e Anatomia Patoló-
gica/HUAC/Ebserh 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação 
 
POP: Hematologia – Hospital Universitário Alcides Carneiro/Universidade 
Federal de Campina Grande, 2020. 42 p. 
 
Palavras-chaves: 1 – POP; 2 – Hematologia 
 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH 
Universidade Federal de Campina Grande 
Hospital Universitário Alcides Carneiro 
Rua Carlos Chagas, SN 
Bairro São José – CEP 58400-398 – Campina Grande/PB 
Telefone: (83) 2101-5529 
 
 
______________________________________________ 
HOMERO GUSTAVO CORREIA RODRIGUES 
Superintendente 
 
 
________________________________________________ 
DAISY FERREIRA RIBEIRO 
Gerente Administrativa 
 
 
________________________________________________ 
CONSUELO PADILHA VILAR SALVADOR 
Gerente de Atenção à Saúde 
 
 
________________________________________________ 
ALANA ABRANTES NOGUEIRA DE PONTES 
Gerente de Ensino e Pesquisa 
 
 
_______________________________________________ 
VALDEVINO PEDRO MESSIAS NETO 
Chefe da Divisão Médica 
 
_______________________________________________ 
WALESKA ROANNE DE ALMEIDA WANDERLEY 
Chefe da Unidade de Laboratórios 
 
 
EXPEDIENTE 
 
 
Unidade de Laboratório de Análises Clínicas e Anatomia Patológica 
Produção 
 
 
HISTÓRICO DE REVISÕES 
 
Data 
Ver-
são 
Descrição Gestor do POP 
Autor/responsável 
por alterações 
30/09/2006 1.0 POP Hemograma Maysa G. V. Carvalho 
16/04/2019 2.0 POP Hemograma 
Waleska R. de Al-
meida Wanderley 
Maysa G. V. Carvalho, 
Felipy Emannuel Al-
meida, Leonardo 
Agostinho Silva, Erika 
N. de Siqueira e Rob-
son de S. Nogueira 
16/07/2020 3.0 POP Hemograma 
Waleska R. de Al-
meida Wanderley 
André Gustavo Z. de 
Melo 
 
 
 
SUMÁRIO 
POP 01 – HEMOGRAMA ......................................................................................................................... 10 
POP 02 – COAGULOGRAMA ................................................................................................................. 17 
POP 03 – VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO DAS HEMÁCIAS ..................................................... 22 
POP 04 – RETICULÓCITOS .................................................................................................................... 25 
POP 05 – FALCIZAÇÃO DAS HEMÁCIAS ............................................................................................ 29 
POP 06 – PESQUISA DE CÉLULAS LE .................................................................................................. 32 
POP 07 – LÍQUIDOS CORPORAIS...........................................................................................................35 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 9 de 41 
 
OBJETIVO 
 
Manter o processo em funcionamento por meio da padronização e minimização de desvios na exe-
cução da atividade, ou seja, busca assegurar que as ações tomadas para a garantia da qualidade sejam pa-
dronizadas e executadas conforme o planejado. 
 
GLOSSÁRIO 
 
POP – Procedimento operacional padrão 
RDW – Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos) 
Flag – Alarme que o equipamento emite indicando a necessidade de revisão pela microscopia convencional 
Rack – suporte de tubos do analisador hematológico 
CQ – controle de qualidade 
mL – mililitro 
Login – acesso ao sistema 
In vitro – fora do organismo vivo 
CLSI - Clinical Laboratory Standards Institute (Instituto de Padrões Clínicos e Laboratoriais) 
 
APLICABILIDADE 
 
Farmacêuticos, biomédicos, técnicos de laboratório, estagiários. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 
Neste manual estão definidos os procedimentos para recebimento, conferência, processamento, 
análise e liberação de resultados de exames inerentes ao setor de Hematologia. 
 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 10 de 41 
 
POP 01 – HEMOGRAMA 
 
SINONÍMIA 
 
Eritrograma, hemoglobina, hematócrito, leucograma, plaquetas. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
Constitui importante exame de auxílio diagnóstico para doenças hematológicas e sistêmicas. Indi-
cado para avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, acompa-
nhamento de terapias medicamentosas e avaliação de distúrbios plaquetários. Fornece dados para classifi-
cação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho e cor das hemácias. 
 É composto pelos seguintes parâmetros: contagem de eritrócitos, dosagem de hemoglobina, deter-
minação de hematócrito, volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), con-
centração hemoglobínica corpuscular média (CHCM), amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW) que 
compõem o eritrograma; contagem de leucócitos total e diferencial, além da contagem de plaquetas. 
 
PRINCÍPIO DO TESTE 
 
O hemograma é realizado em método automatizado, complementado por microscopia ótica e pos-
sibilita a avaliação qualitativa e quantitativa dos leucócitos, eritrócitos e das plaquetas. 
Hemácias e plaquetas serão analisadas por impedância de fluido de revestimento, hemoglobina por 
colorimetria e leucócitos por citometria de fluxo fluorescente. 
 
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 11 de 41 
 
 
 Analisador Mindray BC-6800 
 Microscópio ótico 
 Homogeneizador 
 Contador de células 
 Tubo com anticoagulante EDTA 
 Lâmina de vidro 
 Corante de Leishman 
 Água destilada 
 Suporte de lâminas 
 Óleo de imersão 
 
REAGENTES 
 
 M-68DS Diluent – participa da medição dos parâmetros relacionados a granulócitos, plaquetas, 
leucócitos, reticulócitos e eritrócitos nucleados. 
 M-68LH Lyse – formulado para medir os parâmetros relacionados à hemoglobina. 
 M-68LB Lyse – participa na contagem de leucócitos e medir os parâmetros relacionados aos ba-
sófilos. 
 M-68LD Lyse e M-68FD Dye – participam na contagem diferencial de leucócitos. 
 M-68DR Diluent e M-68FR Dye – participam na contagem de reticulócitos. 
 
AMOSTRA 
 
 Preparo do paciente: jejum de 4 horas, mas quando solicitado como urgente pelo médico o jejum 
é dispensável. 
 Tipo de amostra: tubo com anticoagulante EDTA. Em alguns casos, para reavaliar as plaquetas, 
coleta-se em tubo com anticoagulante citrato de sódio. 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 12 de 41 
 
 Volume: verificar no tubo, pois cada fabricante preconiza uma quantidade. 
 Critérios de rejeição: amostra identificada incorretamente, coagulada, com volume insuficiente, 
hemólise in vitro, coletada no mesmo acesso onde o soro está instalado ou de cateter sem a técnica 
apropriada. Solicitar recoleta. 
 Estabilidade da amostra: estável por 8 horas após a coleta em temperatura ambiente. 
 Armazenamento: 3 dias em temperatura entre 2 e 8ºC. 
 
PROCEDIMENTO 
 
a) RECEPÇÃO DAS AMOSTRAS NO SETOR 
 
Após o cadastro, as amostras para hemograma são remetidas ao Setor de Hematologia. Após a confe-
rência dos tubos com anticoagulante EDTA e os respectivos mapas de trabalho, colocar as amostras no 
homogeneizador. 
 
b) ANÁLISE DA AMOSTRA 
 
No equipamento, selecionar a aba “Contagem”, escolher o modo AL-WB (carregamento automático) 
ou OV-WB (carregamento manual). Se modo AL-WB, verificar se está na opção CD (contagem diferen-
cial), inserir a rack com os tubos noanalisador e pressionar “Iniciar contagem”. O aparelho faz a leitura do 
código de barras de cada tubo, realiza a homogeneização, a contagem, exibe o resultado na tela e imprime 
automaticamente. Se modo OV-WB, pistolar o código de barras do tubo, retirar a tampa, inseri-lo na sonda 
de amostra e pressionar a tecla de aspiração. Ao ouvir um bipe, remova o tubo. Anexar o resultado impresso 
ao mapa de trabalho. 
 
c) CONFECÇÃO E COLORAÇÃO DAS DISTENSÕES SANGUÍNEAS 
 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 13 de 41 
 
A lâmina é confeccionada com uma gota de sangue fresco, em lâmina fosca devidamente identificada 
durante o procedimento da coleta e sua coloração é realizada para melhor visualização dos elementos nor-
mais e suas possíveis alterações. 
Para isso é utilizado o corante de Leishman, uma mistura de eosinato de azul de metileno e eosinato de 
violeta e azul de metileno, dissolvido em álcool metílico. Cobrir as lâminas com 500 microlitros do corante, 
deixar agir por 3 minutos. Adicionar 1 mL de água destilada sobre a lâmina e misturar suavemente soprando 
com uma pipeta ou usando uma pisseta vazia. Corar durante 10 minutos. Escorrer e lavar em água corrente. 
Secar as lâminas em posição vertical e observar ao microscópio. 
 
d) LEITURA DO ESFREGAÇO SANGUÍNEO 
 
Inicialmente um panorama em objetiva de 40x, logo após realizar a contagem e aspecto das células em 
objetiva de 100x, percorrendo a lâmina de uma borda a outra em “zig-zag”. Usualmente é feito a contagem 
diferencial de 100 leucócitos. 
As amostras dos pacientes internos costumam ter resultados anormais, acompanhados de flags. Na mi-
croscopia ótica é realizada a contagem diferencial dos leucócitos, utilizando um contador de células manual, 
verificando se existe precursores granulocíticos, linfocitários ou monocitários. Assim como a série verme-
lha e as plaquetas, confrontando o que está sendo visualizado com o resultado do analisador. Verificar a 
morfologia das hemácias, se existem inclusões e o aspecto das plaquetas. A contagem manual e as obser-
vações são anotadas na folha do resultado. 
 
CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO 
 
Realizado antes da rotina matinal ou quando necessário. Retirar as amostras-controle em 3 níveis 
(baixo, normal, alto) que ficam armazenadas no refrigerador, aguardar atingir a temperatura ambiente e 
homogeneizar suavemente. Em seguida, acessar a tela “Executar CQ” do analisador, no modo manual (OV-
WB), pistolar o código de barras do tubo, retirar a tampa, inseri-lo na sonda de amostra e pressionar a tecla 
de aspiração. Ao ouvir um bipe, remova o tubo. 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 14 de 41 
 
Quando a análise terminar, os resultados de CQ serão exibidos na tela atual e serão salvos automatica-
mente no arquivo de CQ para estatística. Conferir se existe algum parâmetro discrepante e, se necessário, 
realizar a medida corretiva, conforme manual de operação do analisador. 
 
CONTROLE DE QUALIDADE EXTERNO 
 
Também chamado de Ensaio de Proficiência, é constituído de uma série de amostras-controle re-
cebido do Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), elaborado de acordo com os termos con-
tratuais, para conhecer a precisão e exatidão. 
As amostras-controle deste programa são recebidas mensalmente e as devoluções com os resultados 
devem ser no mínimo 11 por ano, para que seja realizada a avaliação anual e certificação do desempenho 
da qualidade, com a emissão de certificado de participação. 
 
VALORES DE PÂNICO 
 
Necessitam de imediata tomada de decisão, em atendimento à RDC 302:2005 da ANVISA, e de-
vem ser imediatamente comunicados ao médico solicitante ou responsável pelo paciente. 
 
Parâmetro Valor Interpretação 
Leucócitos 
< 2.000/mm3 (adulto) 
< 5.000/mm3 (recém-nascido) 
Perigo elevado de infecção, 
quando a contagem de granu-
lócitos for < 500/mm3. 
> 50.000/mm3 (adulto) 
> 25.000/mm3 (recém-nas-
cido) 
Indica uma reação leuce-
móide, com por exemplo, em 
presença de uma sepse ou de 
uma leucemia. 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 15 de 41 
 
Plaquetas 
< 20.000/mm3 (adulto) 
< 100.000/mm3 (recém-nas-
cido) 
Perigo de sangramento. He-
morragia aguda. Descartar 
uma trombocitopenia indu-
zida por EDTA. 
> 1.000.000/mm3 Perigo de trombose. 
Hematócrito 
< 18 % (adulto) 
< 33 % (recém-nascido) 
Corresponde a uma concen-
tração de hemoglobina < 6,0 
g/dL. O miocárdio recebe 
uma quantidade insuficiente 
de oxigênio. 
> 60 % (adulto) 
> 71 % (recém-nascido) 
Significa uma intensa hiper-
viscosidade do sangue. A re-
sistência ao fluxo circulatório 
está elevada; situação de 
ameaça de insuficiência. 
Hemoglobina 
< 6,6 g/dL 
Os tecidos recebem insufici-
ente quantidade de oxigênio. 
> 19,9 g/dL 
Equivale a um hematócrito de 
61% e produz uma síndrome 
de hiperviscosidade. 
 
CONDIÇÕES ESPECIAIS 
 
Em caso de lipemia (flag Partíc lipídica?), considerar os resultados da série branca e das plaquetas, 
mas repetir a análise da série vermelha com amostra preparada da seguinte forma: centrifugar a amostra em 
baixa rotação, retirar o plasma com micropipeta, medindo o volume final de plasma e reconstituir com o 
mesmo volume de soro fisiológico. Homogeneizar e repetir no analisador. 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 16 de 41 
 
Na presença de crioaglutininas (flag Aglutinação de RBC?), reanalisar a série vermelha, colocando 
a amostra em banho-maria por 15 minutos. Em seguida, repetir imediatamente no aparelho. Colocar a ob-
servação: Exame realizado e corrigido após a incubação a 37ºC em decorrência da presença de crioaglu-
tininas. 
Em caso de pacientes com leucócitos inferior a 1.000/mm3 não é realizada a contagem diferencial. 
Deve ser cadastrado o HEMO2 no sistema laboratorial, liberar apenas a contagem global e inserir a obser-
vação: Contagem diferencial não realizada devido a intensa leucopenia. 
Quando houver na contagem diferencial mais de 5 eritroblastos em 100 leucócitos (flag NRBC?), 
a leucometria deve ser corrigida pela fórmula abaixo e reportar: Leucometria corrigida pela quantidade de 
eritroblastos circulantes. 
 
 Em caso de divergência na contagem de plaquetas liberadas pelo aparelho (flag Aglut. PLT?) e 
a microscopia, realizar a estimativa plaquetária pelo método de Bárbara H. O'Connor: 
 Enumerar no microscópio ótico com objetiva de 100x plaquetas em 10 campos; 
 Calcular o valor médio por campo; 
 Multiplicar por 13.000 (constante de multiplicação) para fornecer o valor estimado da contagem de 
plaquetas, e 
 Colocar na observação: Plaquetas corrigidas pelo método indireto. Se houver macroplaquetas e/ou 
agregados plaquetários, indicar a presença. 
 
DIGITAÇÃO DO RESULTADO E LIBERAÇÃO DO LAUDO 
 
A digitação do resultado é feita no sistema do laboratório HMS Lab, após login, na aba “Conferência”. 
Após a digitação, confrontar o laudo com resultado anterior, se houver, e liberar em seguida para que o 
requisitante tenha acesso. Ao final do expediente, anotar data e arquivar os mapas de trabalho e resultados 
na pasta arquivo. 
 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 17 de 41 
 
POP 02 – COAGULOGRAMA 
 
SINONÍMIA 
 
 Tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial, tempo de sangramento, tempo de coagu-
lação. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
O coagulograma é um exame de sangue que diagnostica doenças hemorrágicas e avalia as condi-
ções da coagulação do sangue. Engloba vários exames, como tempo de protrombina, tempo de tromboplas-
tina parcial, tempo de sangramento, tempo de coagulação para triagem de verificação da hemostasia. 
O tempo de protrombina (TP) ou Tempo de Quick é a prova de triagem mais importante clinica-
mente na avaliação de distúrbios da via extrínseca da coagulação. 
 O tempo de tromboplastina parcial (TTP) é uma prova sensível à deficiência defatores pró-coagu-
lantes do plasma, assim como à presença de certos inibidores da coagulação. Serve para detectar anomalias 
na via intrínseca da coagulação. 
O tempo de sangramento e de coagulação está em desuso, mas pode ser realizado durante a coleta, 
quando requistado. Possui baixa sensibilidade e especificidade, de forma que seus resultados não expres-
sam, necessariamente, o risco hemorrágico do indivíduo. Ademais, condições inerentes ao próprio paciente, 
como redução do número de plaquetas funcionalmente ativas e uso de medicamentos, podem interferir na 
função plaquetária. 
 
PRINCÍPIO DO TESTE 
 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 18 de 41 
 
 O método do tempo de protrombina baseia-se na medição do tempo de formação do coágulo de 
fibrina, pela adição de uma tromboplastina de cálcio a um plasma citratado e no tempo de tromboplastina 
parcial se baseia na medida do tempo que um plasma descalcificado demora para coagular, quando colocado 
a 37ºC e na presença de um excesso de cefalina, ativador e cálcio. O tempo de sangramento é realizado 
pelo método de Duke e o de coagulação pelo de Lee e White. 
 
EQUIPAMENTO E MATERIAIS 
 
 Analisador Wiener Lab Col 4 
 Centrífuga 
 Tubo com anticoagulante citrato de sódio 
 Cubetas descartáveis 
 Micropipetas 
 Ponteiras descartáveis 
 
REAGENTES 
 
 Tempo de protrombina: Soluplastin (tromboplastina liofilizada de cérebro de coelho a uma con-
centração final de cloreto de cálcio 10 mM). 
 Tempo de tromboplastina: APTTest ellágico (um frasco contendo cefalina com ácido elágico 
como ativador particulado e outro frasco contendo uma solução de cloreto de cálcio estável 0,025 
mol/L). 
 
AMOSTRA 
 
 Preparo do paciente: jejum de 4 horas, mas quando solicitado como urgente pelo médico o jejum 
é dispensável. 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 19 de 41 
 
 Tipo de amostra: tubo com anticoagulante citrato de sódio. 
 Volume: verificar no tubo, pois cada fabricante preconiza uma quantidade. 
 Critérios de rejeição: amostra identificada incorretamente, coagulada, com volume insuficiente, 
hemólise in vitro, coletada no mesmo acesso onde o soro está instalado ou de cateter sem a técnica 
apropriada. Solicitar recoleta. 
 Estabilidade da amostra: estável por 4 horas após a coleta, em temperatura ambiente. 
 Armazenamento: o plasma pode ser estocado congelado (-20ºC) por até 15 dias. 
 
PROCEDIMENTO 
 
a) RECEPÇÃO DAS AMOSTRAS NO SETOR 
 
Após o cadastro, as amostras para coagulograma são remetidas ao Setor de Hematologia. Após a con-
ferência dos tubos com anticoagulante citrato de sódio e os respectivos mapas de trabalho, colocar as amos-
tras para centrifugar a 1500 g por 15 minutos (CLSI). 
 
b) ANÁLISE DA AMOSTRA 
 
 Tempo de protrombina: retirar do refrigerador um frasco de Soluplastin previamente preparado 
conforme instrução do fabricante e colocar no suporte de reagente do analisador. Colocar uma cu-
beta no suporte apropriado do equipamento e selecionar a técnica no coagulômetro. Colocar 50 µL 
da amostra na cubeta, abrir a tampa do canal de medição e inserir a cubeta. Após 60 segundos, 
colocar 100 µL de Soluplastin na cubeta e aguardar a formação do coágulo. O resultado aparece na 
tela e é impresso automaticamente, sendo TP em segundos, atividade em % e INR. 
 Tempo de tromboplastina: retirar do refrigerador os dois reagentes (cefalina e cloreto de cálcio) 
e colocar no suporte de reagente do analisador. Colocar uma cubeta no suporte apropriado do equi-
pamento e selecionar a técnica no coagulômetro. Colocar 50 µL da amostra e 50 µL de cefalina na 
cubeta, abrir a tampa do canal de medição e inserir a cubeta. Após 180 segundos, colocar 50 µL de 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 20 de 41 
 
cloreto de cálcio na cubeta e aguardar a formação do coágulo. O resultado aparece na tela e é 
impresso automaticamente, sendo TTP em segundos. 
 
CONTROLE DE QUALIDADE INTERNO 
 
Realizado antes da rotina matinal ou quando necessário. Retirar as amostras-controle em 2 níveis (nor-
mal e alto) que ficam armazenadas no refrigerador, aguardar atingir a temperatura ambiente e homogeneizar 
suavemente. Em seguida, fazer o ensaio desses controles para cada técnica, utilizados do mesmo modo que 
uma amostra desconhecida. 
Quando a análise terminar, os resultados de CQ serão confrontados com a bula, onde encontra-se o 
valor médio e a faixa para controle de precisão em coagulação. Conferir se existe algum parâmetro discre-
pante e, se necessário, realizar a medida corretiva. Anotar os valores no livro de registros. 
 
CONTROLE DE QUALIDADE EXTERNO 
 
Também chamado de Ensaio de Proficiência, é constituído de uma série de amostras-controle recebido do 
Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ), elaborado de acordo com os termos contratuais, 
para conhecer a precisão e exatidão. 
As amostras-controle deste programa são recebidas mensalmente e as devoluções com os resultados 
devem ser no mínimo 11 por ano, para que seja realizada a avaliação anual e certificação do desempenho 
da qualidade, com a emissão de certificado de participação. 
 
VALORES DE PÂNICO 
 
Parâmetro Valor Interpretação 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 21 de 41 
 
Tempo de protrombina 
> 27 segundos ou 3 vezes o 
nível normal 
Risco de hemorragia 
Tempo de tromboplastina par-
cial 
> 75 segundos 
Deficiência ou inativação 
dos fatores VIII, IX, XI ou 
XII, com perigo de sangra-
mento se o TTP estiver au-
mentado a um equivalente 
de mais de 2,5 vezes o li-
mite superior do valor de re-
ferência 
 
DIGITAÇÃO DO RESULTADO E LIBERAÇÃO DO LAUDO 
 
A digitação do resultado é feita no sistema do laboratório HMS Lab, após login, na aba “Conferência”. 
Após a digitação, confrontar o laudo com resultado anterior, se houver, e liberar em seguida para que o 
requisitante tenha acesso. Ao final do expediente, anotar data e arquivar os mapas de trabalho e resultados 
na pasta arquivo. 
 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 22 de 41 
 
POP 03 – VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO DAS HEMÁCIAS 
 
SINONÍMIA 
 
 VHS, hemossedimentação. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
Apesar de ser um marcador laboratorial inespecífico, a velocidade de sedimentação das hemácias 
(VSH) é um exame útil na avaliação de pacientes com suspeita de processos infecciosos, inflamatórios ou 
neoplásicos. A VSH nunca deve ser usada para rastreamento de doenças em pacientes assintomáticos ou 
com sinais e sintomas inespecíficos. Além da utilidade diagnóstica, a VSH também pode ser um marcador 
de resposta terapêutica em pacientes com artrite reumatoide, polimialgia reumática, arterite temporal, febre 
reumática e doença de Hodgkin. Os valores de referência da VSH variam de acordo com o sexo e a idade, 
sendo maiores nas mulheres e com a idade mais avançada. A VSH pode sofrer interferência de fatores pré-
analíticos e de condições patológicas associadas. Por exemplo, anemia, macrocitose, gravidez, insuficiência 
cardíaca e hipercolesterolemia estão associadas a aumento da VSH, enquanto a drepanocitose, microcitose, 
policitemia e hemoglobinopatias estão associadas a valores mais baixos da VSH. 
 
PRINCÍPIO DO TESTE 
 
 A técnica exige que o tubo de Wintrobe com amostra de sangue total (EDTA) seja mantido exata-
mente na vertical e permaneça em repouso durante uma hora. A leitura é dada pela altura da coluna de 
plasma, no limite de separação com as hemácias sedimentadas. O resultado é expresso em milímetros por 
hora. A velocidade com que as hemácias sedimentam no tubo depende do volume e da forma dos eritrócitos 
e das proteínas do plasma. 
 
 
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EQUIPAMENTO E MATERIAIS 
 
 Tubo com anticoagulante EDTA 
 Estante 
 Tubo de Wintrobe 
 Seringa 
 AgulhãoAMOSTRA 
 
 Preparo do paciente: jejum de 4 horas, mas quando solicitado como urgente pelo médico o jejum 
é dispensável. 
 Tipo de amostra: tubo com anticoagulante EDTA. 
 Volume: verificar no tubo, pois cada fabricante preconiza uma quantidade. 
 Critérios de rejeição: amostra identificada incorretamente, coagulada, com volume insuficiente, 
hemólise in vitro, coletada no mesmo acesso onde o soro está instalado ou de cateter sem a técnica 
apropriada. Solicitar recoleta. 
 Estabilidade da amostra: estável por 8 horas após a coleta em temperatura ambiente. 
 Armazenamento: 3 dias em temperatura entre 2 e 8ºC. 
 
PROCEDIMENTO 
 
a) RECEPÇÃO DAS AMOSTRAS NO SETOR 
 
Após o cadastro, a amostra para VSH é remetida ao Setor de Hematologia. Após a conferência do tubo 
com anticoagulante EDTA e respectivo mapa de trabalho, priorizar o exame de hemograma, se houver, em 
seguida realizar a VSH. 
 
 
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b) ANÁLISE DA AMOSTRA 
 
 Adaptar o agulhão à seringa 
 Homogeneizar a amostra do tubo com anticoagulante EDTA 
 Aspirar o sangue com a seringa montada 
 Preencher o tubo de Wintrobe com essa amostra até a marca zero 
 Realizar a leitura após uma hora 
 
DIGITAÇÃO DO RESULTADO E LIBERAÇÃO DO LAUDO 
 
A digitação do resultado é feita no sistema do laboratório HMS Lab, após login, na aba “Conferência”. 
Após a digitação, confrontar o laudo com resultado anterior, se houver, e liberar em seguida para que o 
requisitante tenha acesso. Ao final do expediente, anotar data e arquivar o mapa de trabalho e resultado na 
pasta arquivo. 
 
 
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POP 04 – RETICULÓCITOS 
 
SINONÍMIA 
 
 Não se aplica. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
É uma determinação valiosa no laboratório de hematologia por ser um indicador sensível da ativi-
dade eritropoética da medula óssea, tanto no diagnóstico e acompanhamento de anemias quanto no moni-
toramento de terapias e de transplante de medula óssea. O método tradicional de contagem de reticulócitos 
é o visual, sendo que a avaliação de seus resultados permite que se façam escolhas adequadas em relação 
aos exames laboratoriais específicos para o diagnóstico das anemias em geral. Porém, esta técnica tem sido 
acusada de tediosa e de apresentar falta de acurácia e pobre reprodutibilidade. A automação da contagem 
de reticulócitos realizada por citometria de fluxo tem melhorado consideravelmente a qualidade desta in-
vestigação. 
 
PRINCÍPIO DO TESTE 
 
 A contagem automatizada é realizada no analisador Mindray BC-6800 e usa um canal dedicado 
onde um corante fluorescente assimétrico de cianina pode se ligar ao RNA citoplasmático para permitir a 
separação dos reticulócitos das hemácias e os sinais fluorescentes são proporcionais ao conteúdo de RNA. 
 A contagem em microscopia ótica utiliza o azul de cresil brilhante para corar os restos de RNA 
associados aos ribossomos que aparecem como filamentos ou ramos azuis, os quais correspondem a eritró-
citos que acabaram de perder o número ou mais jovens, uma vez que cerca de 30% da hemoglobina é 
sintetizada no eritrócito sem o núcleo. 
 
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EQUIPAMENTO E MATERIAIS 
 
 Analisador Mindray BC-6800 
 Tubo com anticoagulante EDTA 
 Homogeneizador 
 Lâmina de vidro 
 Lâmina extensora 
 Corante azul de cresil brilhante 
 Suporte de lâminas 
 Microscópio ótico 
 Óleo de imersão 
 Contador de células 
 
AMOSTRA 
 
 Preparo do paciente: jejum de 4 horas, mas quando solicitado como urgente pelo médico o jejum 
é dispensável. 
 Tipo de amostra: tubo com anticoagulante EDTA. 
 Volume: verificar no tubo, pois cada fabricante preconiza uma quantidade. 
 Critérios de rejeição: amostra identificada incorretamente, coagulada, com volume insuficiente, 
hemólise in vitro, coletada no mesmo acesso onde o soro está instalado ou de cateter sem a técnica 
apropriada. Solicitar recoleta. 
 Estabilidade da amostra: estável por 8 horas após a coleta em temperatura ambiente. 
 Armazenamento: 3 dias em temperatura entre 2 e 8ºC. 
 
PROCEDIMENTO 
 
 
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a) RECEPÇÃO DAS AMOSTRAS NO SETOR 
 
Após o cadastro, a amostra para reticulócitos é remetida ao Setor de Hematologia. Após a conferência 
do tubo com anticoagulante EDTA e respectivo mapa de trabalho, se tiver o exame de hemograma, realizar 
a análise simultânea no equipamento. 
 
b) ANÁLISE DA AMOSTRA 
 
Para contagem automatizada: 
 
No equipamento, selecionar a aba “Contagem”, escolher o modo OV-WB (carregamento manual) ou 
AL-WB (carregamento automático). Se modo OV-WB, verificar se está na opção CDR (hemograma e re-
ticulócitos) ou RET (reticulócitos), pistolar o código de barras do tubo, retirar a tampa, inseri-lo na sonda 
de amostra e pressionar a tecla de aspiração. Ao ouvir um bipe, remova o tubo. Anexar o resultado impresso 
ao mapa de trabalho. Se modo AL-WB, verificar se está na opção CDR (hemograma e reticulócitos) ou 
RET (reticulócitos), inserir a rack com os tubos no analisador e pressionar “Iniciar contagem”. O aparelho 
faz a leitura do código de barras de cada tubo, realiza a homogeneização, a contagem, exibe o resultado na 
tela e imprime automaticamente. Anexar o resultado impresso ao mapa de trabalho. Importante: lembrar 
de retornar para o modo CD para evitar gasto desnecessário de reagentes. 
 
Para contagem em microscopia ótica: 
 
 Realizar o preparo da diluição, utilizando 100 µL de sangue total e 100 µL do corante azul de cresil 
brilhante 
 Homogeneizar e colocar em banho-maria a 37ºC por 20 minutos 
 Homogeneizar e retirar uma alíquota para confecção do esfregaço 
 Aguardar a secagem 
 Levar ao microscópio ótico na objetiva de imersão 
 
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 Contar vários campos até que se obtenha 1.000 eritrócitos e anotar o número de reticulócitos en-
contrados nestes campos 
 O resultado é calculado da seguinte forma: 
 
 
DIGITAÇÃO DO RESULTADO E LIBERAÇÃO DO LAUDO 
 
A digitação do resultado é feita no sistema do laboratório HMS Lab, após login, na aba “Conferência”. 
Após a digitação, confrontar o laudo com resultado anterior, se houver, e liberar em seguida para que o 
requisitante tenha acesso. Ao final do expediente, anotar data e arquivar o mapa de trabalho e resultado na 
pasta arquivo. 
 
 
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POP 05 – FALCIZAÇÃO DAS HEMÁCIAS 
 
SINONÍMIA 
 
 Não se aplica. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
O teste de falcização evidencia a presença ou a ausência de Hb S nas hemácias. 
 
PRINCÍPIO DO TESTE 
 
 É a indução da falcização por meio de desoxigenação da hemoglobina pela substância redutora 
metabissulfito de sódio em um microambiente fechado, formado pelo espaço entre a lâmina e a lamínula. 
 
EQUIPAMENTO E MATERIAIS 
 
 Solução fisiológica 
 Metabissulfito de sódio 
 Tubo com anticoagulante EDTA 
 Lâmina 
 Lamínula 
 Esmalte 
 Placa de Petri 
 Gaze umedecida 
 
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AMOSTRA 
 
 Preparo do paciente: jejum de 4 horas, mas quando solicitado como urgente pelo médico o jejum 
é dispensável. 
 Tipo de amostra: tubo com anticoagulante EDTA. 
 Volume: verificar no tubo, pois cada fabricante preconiza uma quantidade. 
 Critérios de rejeição: amostra identificada incorretamente, coagulada, com volume insuficiente, 
hemólise in vitro, coletada no mesmo acesso onde o soro está instalado ou de cateter sem a técnica 
apropriada. Solicitar recoleta. 
 Estabilidade da amostra: estável por 8 horas após a coleta em temperatura ambiente. 
 Armazenamento: 3 dias em temperatura entre 2 e 8ºC. 
 
PROCEDIMENTOa) RECEPÇÃO DAS AMOSTRAS NO SETOR 
 
Após o cadastro, a amostra para falcização das hemácias é remetida ao Setor de Hematologia. Após a 
conferência do tubo com anticoagulante EDTA e o respectivo mapa de trabalho, priorizar o exame de he-
mograma, se houver, em seguida realizar a falcização. 
 
b) ANÁLISE DA AMOSTRA 
 
O procedimento é diluir 100 µL de solução fisiológica com 0,5% de metabissulfito de sódio. Colocam-
se 50 µL de sangue total na lâmina. Homogeneiza-se e cobre-se com a lamínula sem deixar bolha, vedando 
as bordas da lamínula com esmalte. Em seguida, coloca-se na placa de Petri com gaze umedecida. Reali-
zam-se leituras até 24 horas. Na presença de hemácias falcizadas, o resultado será positivo. Caso contrário, 
negativo. 
 
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DIGITAÇÃO DO RESULTADO E LIBERAÇÃO DO LAUDO 
 
A digitação do resultado é feita no sistema do laboratório HMS Lab, após login, na aba “Conferência”. 
Após a digitação, confrontar o laudo com resultado anterior, se houver, e liberar em seguida para que o 
requisitante tenha acesso. Ao final do expediente, anotar data e arquivar os mapas de trabalho e resultados 
na pasta arquivo. 
 
 
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POP 06 – PESQUISA DE CÉLULAS LE 
 
SINONÍMIA 
 
 Células de Hargraves, células do lúpus eritematoso. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
A pesquisa de células LE foi o primeiro ensaio laboratorial utilizado para a pesquisa de anticorpos 
antinucleares (FAN). É um teste caracterizado por baixa reprodutibilidade e sensibilidade, interpretação 
complexa e técnica extremamente trabalhosa. 
Sua pesquisa é positiva na maioria dos pacientes de lúpus eritematoso sistêmico, bem como em 
alguns casos de artrite reumatoide e, raramente, em outras patologias, como púrpura trombocitopênica, 
febre reumática, erisipela, dentre outras. 
 
PRINCÍPIO DO TESTE 
 
 Um anticorpo presente na fração globulina gama do soro dos pacientes de lúpus eritematoso sistê-
mico reage com a nucleoproteína dos núcleos dos leucócitos. A nucleoproteína modificada pela presença 
do anticorpo é fagocitada por neutrófilos, ou, ocasionalmente, pelos monócitos. Os fagócitos com o material 
nuclear ingerido constituem a célula LE. 
 
EQUIPAMENTO E MATERIAIS 
 
 Tubo de ensaio 10 mL 
 
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 Banho maria a 37ºC 
 Bastão de vidro 
 Gaze 
 Centrífuga 
 Seringa 
 Agulhão 
 Tubo de Wintrobe 
 Lâmina 
 Suporte de lâminas 
 Microscópio ótico 
 Óleo de imersão 
 
AMOSTRA 
 
 Preparo do paciente: jejum de 4 horas, mas quando solicitado como urgente pelo médico o jejum 
é dispensável. 
 Tipo de amostra: tubo sem anticoagulante e sem gel separador. 
 Volume: 8 mL. 
 Critérios de rejeição: amostra identificada incorretamente, com volume insuficiente. Solicitar re-
coleta. 
 Estabilidade da amostra: estável por 8 horas após a coleta em temperatura ambiente. 
 Armazenamento: 3 dias em temperatura entre 2 e 8ºC. 
 
PROCEDIMENTO 
 
a) RECEPÇÃO DAS AMOSTRAS NO SETOR 
 
 
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Após o cadastro, a amostra para pesquisa de células LE é remetida ao Setor de Hematologia. Após a 
conferência do tubo sem anticoagulante e o respectivo mapa de trabalho, organizar a bancada de trabalho e 
proceder com a pesquisa. 
 
b) ANÁLISE DA AMOSTRA 
 
A técnica de Zimmer diz: 
 Coletar 8 mL de sangue e colocar em um tubo; deixar coagular e incubar a 37ºC, por 30 minutos 
 Fragmentar o coágulo com bastão de vidro, filtrar em gaze para remoção dos coágulos e centrifugar 
o soro contendo as células a 2000 RPM, durante cinco minutos 
 Aspirar a parte superior do sobrenadante, transferir o restante para tubo de Wintrobe e centrifugar 
a 2000 RPM, durante cinco minutos 
 Aspirar todo o sobrenadante e transferir o creme leucocitário (buffy coat) para lâminas; preparar 
esfregaços, corar e pesquisar as células LE 
 
DIGITAÇÃO DO RESULTADO E LIBERAÇÃO DO LAUDO 
 
A digitação do resultado é feita no sistema do laboratório HMS Lab, após login, na aba “Conferência”. 
Após a digitação, confrontar o laudo com resultado anterior, se houver, e liberar em seguida para que o 
requisitante tenha acesso. Ao final do expediente, anotar data e arquivar os mapas de trabalho e resultados 
na pasta arquivo. 
 
 
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POP 07 – LÍQUIDOS CORPORAIS 
 
SINONÍMIA 
 
 Líquido cefalorraquidiano (LCR), líquido pleural, líquido ascítico, líquido sinovial. 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
 
O estudo dos líquidos corporais é ferramenta indispensável para o diagnóstico, monitorização e 
prognóstico de processos infecciosos, inflamatórios, hemorrágicos e neoplásicos dessas cavidades. É utili-
zado para diferenciação dos processos em agudos ou crônicos, locais ou sistêmicos, bacterianos, viróticos 
ou fúngicos. O aumento de celularidade e suas particularidades, com predomínio das formas polimorfonu-
cleares ou linfomonocitárias, aliados às determinações bioquímicas, exames bacteriológicos e imunológi-
cos define a presença e resposta ao tratamento de meningites, pneumonias, artrites e peritonites. 
 
PRINCÍPIO DO TESTE 
 
 A contagem global de células de fluidos biológicos é realizada em câmara de contagem manual 
(Neubauer ou Fuchs Rosenthal) e a citologia específica é realizada por esfregaço em lâmina, observada ao 
microscópio em objetiva de 100x. 
 
EQUIPAMENTO E MATERIAIS 
 
 Microscópio ótico 
 Câmara de Neubauer ou Fuchs Rosenthal 
 Lamínula 
 
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 Micropipeta 
 Ponteira descartável 
 Lâmina 
 Lâmina extensora 
 Óleo de imersão 
 Contador de células 
 
AMOSTRA 
 
 Preparo do paciente: a critério médico. 
 Tipo de amostra: tubo ou frasco estéril. 
 Volume: 2 mL. 
 Critérios de interferência no exame: amostra identificada incorretamente, coagulada, com vo-
lume insuficiente, hemólise in vitro. Comunicar ao requisitante. 
 Estabilidade da amostra: as amostras devem ser enviadas ao laboratório e processadas sem de-
mora, a fim de minimizar a degradação celular que tem início após 1 hora. 
 Armazenamento: 3 dias em temperatura entre 2 e 8ºC. 
 
PROCEDIMENTO 
 
a) RECEPÇÃO DAS AMOSTRAS NO SETOR 
 
Após o cadastro, a amostra para citologia global e específica do líquido corporal é remetida ao Setor 
de Hematologia. Após a conferência do material e o respectivo mapa de trabalho, realizar a análise imediata. 
 
b) ANÁLISE DA AMOSTRA 
 
 
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EXAME FÍSICO 
 
Liquor 
 
O líquor normal tem aspecto límpido, apresentando-se turvo pelo aumento do número de células 
(leucócitos e hemácias), pela presença de bactérias, fungos ou meio de contraste. O aspecto hemorrágico 
indicará uma hemorragia subaracnóidea ou um acidente de punção. 
 Normalmente incolor. O liquor xantocrômico indica a presença de bilirrubina ou hemólise. Em 
recém-nascidos, a xantocromia é um achado normal, consequência da imaturidade anatômica e funcional 
da barreira hematoencefálica, e proporcional aos níveis de bilirrubina. A cor acastanhada se dá pela pre-
sença de metemoglobina e a avermelhada (eritrocrômico) pela presença de oxiemoglobina das hemácias 
recém-lisadas. 
 
Líquido pleural 
 
Tem aspecto límpido e cor amarelo pálido. Apresenta-se hemorrágico nos processos traumáticos e 
no hemotórax, turvo nos processos inflamatórios e leitoso nos derrames quilosos ou pseudo-quilosos. O 
aspecto e a coloração devem ser anotados antes e após a centrifugação. 
 
Líquido ascítico 
 
O líquido peritoneal ou ascítico é transparente, amarelo claro, estéril e viscoso, mas, em alguns 
casos, ele pode sofrer transformações como, por exemplo, apresentarturbidez em virtude das infecções 
bacterianas, coloração esverdeada em perfurações do trato gastrointestinal, pancreatite e colecistite, um 
aspecto leitoso que não clareia após a centrifugação em efusão quilosa ou pseudoquilosa. Um líquido ma-
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
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croscopicamente hemorrágico deve ser diferenciado de punção traumática, evitando, assim, erros de diag-
nóstico. Na punção traumática, o clareamento do fluido ascítico é observado pelo médico no decorrer da 
paracentese. O aspecto e a coloração devem ser anotados antes e após a centrifugação. 
 
Líquido sinovial 
 
O aspecto normal é cristalino. A turvação acontece na hipercelularidade ou por presença de cristais 
ou de fibrina. O líquido pode apresentar-se leitoso, pseudoquiloso, purulento. A cor normal é amarelo pálido 
ou incolor. Pode apresentar-se esverdeado, hemático. O líquido normal possui alta viscosidade. 
 
 
CITOLOGIA GLOBAL E ESPECÍFICA 
 
Liquor 
 
 A contagem global de leucócitos e hemácias do LCR pode ser realizada em qualquer tipo de câmara 
de contagem, porém, rotineiramente, utiliza-se a câmara de Fuchs-Rosenthal. 
 A diluição da amostra com líquido de Turk ou ácido acético a 2% facilita a contagem de leucócitos 
devido à destruição das hemácias. Sugestão de algumas diluições: 
 
Diluição 
Volume de 
amostra (µL) 
Volume de di-
luente (µL) 
Fator de 
diluição 
1:2 100 100 x 2 
1:5 50 200 x 5 
1:10 50 450 x 10 
1:20 20 380 x 20 
 
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1:50 10 490 x 50 
 
 Para se obter uma contagem mais precisa e confiável, deve-se realizar em ambos os lados do he-
mocitômetro, com amostra previamente diluída e contar de acordo com a celularidade presente na amostra: 
 
Celularidade Procedimento da contagem 
Baixa 
Contar os 16 quadrados maiores, multiplicar 
pelo fator de diluição e dividir por 3,2 
Média 
Contar 4 quadrados maiores, multiplicar por 
4, multiplicar pelo fator de diluição e dividir 
por 3,2 
Alta 
Contar um quadrado maior, multiplicar por 
16, multiplicar pelo fator de diluição e dividir 
por 3,2 
Altíssima (sobreposição de célu-
las) 
Contar um quadrado menor, multiplicar por 
256, multiplicar pelo fator de diluição e divi-
dir por 3,2 
 
A confecção da lâmina para leitura pode ser feita de diferentes formas: por centrifugação ou em 
câmara de Suta. Quando o método de escolha é a centrífugação, utiliza-se o líquor puro ou o sedimento 
obtido após centrifugação. Para melhorar a adesão das células à lâmina, pode ser adicionado ao sedimento 
50 µL de plasma de uma amostra normal. Após o esfregaço, deve-se aguardar a secagem completa da 
lâmina e, então, realizar a coloração com qualquer corante hematológico. A confecção da lâmina em câ-
mara de Suta é um processo mais trabalhoso, porém, fornece uma lâmina de boa qualidade. A lâmina é 
introduzida na câmara e, sobre ela, coloca-se um papel absorvente, o qual deve conter um halo de diâmetro 
discretamente menor do que o diâmetro do tubo conector da câmara. O tubo conector deve ser rosqueado 
na base até tocar a lâmina. Em seguida, coloca-se na câmara uma alíquota de LCR e espera-se a lâmina 
secar. Somente após a secagem, retira-se o tubo conector e o papel absorvente de cima da lâmina e realiza-
se a coloração com corante hematológico. 
 
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 Após a confecção e a coloração da lâmina, deve-se proceder à contagem diferencial das células em 
objetiva de imersão (100x). 
 
Demais fluidos corporais 
 
 É realizada comumente em câmara de Neubauer. As células nucleadas são contadas nos quatro 
quadrantes externos da câmara e algumas amostras podem ser contadas sem a realização de diluição e, 
nesse caso, o fator de conversão para microlitros é 2,5. Já em amostras com elevada celularidade, pode-se 
realizar diluição com líquido de Turk ou ácido acético a 2%. Nesse caso, o fator de conversão da câmara é 
multiplicado pela diluição. Para se obter uma contagem mais precisa e confiável, deve-se realizar tal con-
tagem em ambos os lados do hemocitômetro. 
O esfregaço confeccionado é lido em microscópio óptico e é necessário correr a lâmina corada 
usando as objetivas de 10x e 40x, inicialmente, para verificar a distribuição dos tipos celulares e procurar 
agrupamentos de células. A contagem é realizada na objetiva de imersão e 100 células devem ser diferen-
ciadas. 
 
DIGITAÇÃO DO RESULTADO E LIBERAÇÃO DO LAUDO 
 
A digitação do resultado é feita no sistema do laboratório HMS Lab, após login, na aba “Conferên-
cia”. Após a digitação, confrontar o laudo com resultado anterior, se houver, e liberar em seguida para que 
o requisitante tenha acesso. Ao final do expediente, anotar data e arquivar o mapa de trabalho e resultado 
na pasta arquivo. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Programa Nacional de Controle de Qualidade. PNCQ, 2020. Disponível em https://www.pncq.org.br/. 
Acesso em 16 de julho de 2020. 
https://www.pncq.org.br/
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 41 de 41 
 
Melo, Márcio A. W. Laboratório de hematologia – teorias, técnicas e atlas / Márcio A. W. Melo, 
Cristina M. Silveira, 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2019. 
Hermes Pardini. Manual de exames – Hermes Pardini, 1. ed. Belo Horizonte, 2016. 573 p. 
McPherson, Richard A. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais / 
Richard A. McPherson, Matthew R. Pincus, 21. ed. Barueri: Manole, 2012. 
Comar, Samuel R. Análise citológica do líquido pleural no Hospital das Clínicas da Universidade 
Federal do Paraná. Estud Biol. 2008 jan/dez;30(70/71/72):17-25. 
Sérgio Franco Medicina Diagnóstica. Bioinforme – Sérgio Franco, 7. ed. Rio de Janeiro, 2006. 392 p. 
Bain, Barbara J. Células sanguíneas: um guia prático / Barbara J. Bain trad. Renato Failace, 3. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2004. 
Oliveira Lima, A. Métodos de laboratório aplicados à clínica / A. Oliveira Lima, J. Benjamin So-
ares, 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 
 
 
POP/ULAPAC/003/2020 Setor de Hematologia 
Versão 3.0 Página 42 de 41 
 
 
Setor Comercial Sul - SCS, Quadra 09, Lote "C", 
Edifício Parque Cidade Corporate, Bloco "C", 
1° pavimento, Asa Sul 
Brasília - Distrito Federal - 70308-200 
Telefone: (61) 3255-8900

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