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TRANSTORNOS MENTAIS

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LAURA ARAUJO - MED 102 SAÚDE MENTAL - AULA 1
A definição de transtorno mental é de 
interesse de algumas áreas, como: 
- Psicólogos e psiquiatras; 
- Filósofos; 
- Sociólogos; 
- Economistas; 
- Direito. 
- Esteve presente durante toda a 
história da humanidade; 
- Pau tando os compor tamentos 
humanos considerados normais e 
anormais; 
- Estabelecendo as normas de cada 
sociedade, em cada época. 
- So f r imento emoc iona l , que é 
perceptível ou explícito pelo própria 
pessoa; 
- Perda da liberdade agir; 
- Prejuízos no funcionamento social e 
no trabalho; 
- Insatisfação nas relações interpessoais. 
• Esses efeitos, que são as marcas de 
algo no mundo mental, quando estão 
alterados, podem ser percebidos pelo 
própr io pac iente ou não (em 
determinados casos, onde o próprio 
paciente não é capaz de enxergar seu 
quadro, familiares ou amigos precisam 
levar o indivíduo para o tratamento). Só 
através da ajuda com o profissional 
adequado, ele terá um diagnóstico afim 
de iniciar um tratamento. 
• O diagnóstico deve ser parte de uma 
formulação que considere os aspectos 
subjetivos (o que o paciente traz) + as 
características individuais do mesmo 
(personalidade, forma de reagir aos 
problemas, meio sociocultural onde está 
inserido), logo, deve-se conhecer o 
paciente afundo para só assim ser 
estabelecido o plano de tratamento. 
• Aos aspectos sub jet ivos e as 
características individuais, somam-se: 
1. A complexidade e a dificuldade de 
realizar o diagnóstico dos T.M.; 
2. D i f e r e n t emen t e d a s o u t r a s 
especial idades da medicina, na 
psiquiatria o exame psicopatológico 
aliado a anamnese são os ÚNICOS 
instrumentos disponíveis. 
DEFINIÇÃO DE LOUCURA
 Transtornos Mentais
OS EFEITOS DOS TRANSTORNOS MENTAIS
LAURA ARAUJO - MED 102 SAÚDE MENTAL - AULA 1
OBS.: Somente em casos de etiologia 
orgânica, o psiquiatra faz uso dos 
exames., ou seja, apenas quando o 
médico suspeitar que não seja um caso 
psiquiátrico. 
• É uma ferramenta de comunicação 
entre os profissionais de saude, destes 
com os pacientes e com a sociedade. 
• Parte do pressuposto de que, mesmo 
sendo o sofrimento uma experiência 
subjetiva e singular, existe um conjunto 
de saberes científicos que podem 
ajudar nessa situação. 
• A interface entre as ciências naturais 
(referenciais objetivos) e as ciências 
humanas (aspectos subjetivos) é a 
característica essencial e. o maior 
desafio. 
• Se por um lado, o paciente pode ser 
estigmatizado, por outro será uma 
janela de oportunidade. 
Relevância do diagnóstico 
O diagnóstico é uma janela de oportunidade, uma vez 
que: 
- Aponta para um tratamento (a pessoa não está 
fadada à morrer daquele jeito); 
- Recupera a autoestima; 
- Recupera a funcionalidade; 
- Recupera o entendimento; 
- Políticas públicas em saúde mental; 
- Direito trabalhista a favor do paciente, inclusive em 
casos de assédio (uma vez que gera problemas 
psicológicos a vítima); 
- Psiquiatria forense; 
- Perícias psiquiátricas (pilotos, mergulhadores, policiais). 
• Em nenhum campo da saúde, o diagnóstico tem um 
impacto social tão amplo, como na saúde mental. 
• O diagnóstico é influenciado pelos valores culturais de 
cada sociedade e em cada época. 
• A capacidade de crítica dos psiquiatras é fundamental. 
OBS.: Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS), 
lançou a CID-11, (Classificação de Transtornos Mentais e 
de Comportamento) Entre as novidades estão a inclusão 
de games como um dos problemas de saúde mental. 
“A saúde é um estado de completo bem-estar físico, 
mental e social e não consiste apenas na ausência de 
doença ou de enfermidade” - OMS, 1946. 
• O que significa “completo” nessa definição? 
- C l i n i c a mé d i c a . e c i r ú r g i c a : c r i t é r i o é 
anatomopatológico, ou seja, os fenômenos patológicos 
são variações quantitativas, em determinado órgão. 
- Na psiquiatria, com raríssimas exceções, esses 
critérios não podem ser utilizados. 
Na psiquiatria, usa-se o Manual Diagnóstico e Estatístico 
de Transtornos Mentais (DSM-5). 
• De acordo com o DSM-5, o diagnóstico é dado pelos 
seguintes critérios postulados: 
1. Normalidade ideal: utópico e potencialmente 
problemático. Pode ser ou não sancionado 
socialmente e não há embasamento científico. Não é 
usado na psiquiatria, muita das vezes a forma que a 
pessoa se expressa, o local de onde ela veio, é 
importante e a diferencia da outra pessoa. 
2. Normalidade estatística: Curva de Gauss. Também 
não tem como ajudar muito na psiquiatria, uma vez 
que pode ocorrer que a forma que a pessoa vê as 
coisas não é sinônimo de transtorno mental, é 
apenas diferente da maioria. 
OBS.: Falha do critério estatístico: nem tudo que é mais 
frequente, é sinônimo de saúde. 
3. Aspectos dinâmicos da vida do indivíduo. 
4. Critério subjetivo: mais comum, também é frágil. 
• Critério contido no conceito de transtorno mental: “A 
doença mental é a patologia da liberdade” - Henry Ey 
O DIAGNÓSTICO EM PSIQUIATRIA
DEFINIÇÃO DE SAÚDE
POSSÍVEIS DEFINIÇÕES DE TRANSTORNO MENTAL
LAURA ARAUJO - MED 102 SAÚDE MENTAL - AULA 1
• A ideia implícita é de que os comportamentos 
humanos são respostas as demandas impostas pelo 
meio interno ou externo. 
• A possibilidade limitada de resposta a essas demandas 
faz o indivíduo ter dificuldade de adaptação, a ponto 
de se considerar patológico. 
resumindo 
Transtorno mental: 
• Síndrome caracterizada por perturbação clinicamente 
significativa na cognição, na regulação emocional ou 
comportamento de um indivíduo que reflete uma 
disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de 
desenvolvimento subjacentes ao funcionamento 
mental. 
• Transtorno mentais estão frequentemente associados 
a sofrimento/incapacidade significativa. 
• Uma resposta esperada a um estressor não constitui 
transtorno mental, como, por exemplo, um luto Já o 
caso de um psicopata, que não possui sofrimento 
perante um momento de luto, esse sim pode ser 
diagnosticado com transtorno mental.. 
• Desvios sociais de comportamento, de natureza 
política, religiosa ou sexual, não são transtornos 
mentais, a menos que o desvio seja o resultado de 
uma disfunção no individuo. 
- Busca-se proteger a sociedade de abusos 
cometidos pelo diagnóstico psiquiátrico, utilizando-
os para fins políticos e de controle social. 
• O diagnóstico em psiquiatria é uma tarefa complexa 
que não pode se limitar a aplicação de instrumentos 
ou escalas padronizadas. Só assim será possível 
estabelecer, de forma coerente, se um padrão de 
comportamento deve ser considerado um transtorno 
mental.

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