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Cimentos Odontológicos

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Cimentos Odontológicos
“Substância que endurece (ou toma presa) passando de um 
estado viscoso para um estado sólido, unindo duas superfícies. 
Para aplicações odontológicas, cimentos podem ter função de 
bases, forramento, material de preenchimento ou adesivo para 
unir dispositivos e peças protéticas às estruturas dentais ou entre 
si.”
Classificação quanto à função
- Cimentos para cimentação
- Cimentos para proteção pulpar
- Cimentos para procedimentos restauradores
Classificação quanto ao mecanismo de pressa (reação química 
principal)
- Ácido base (CIV, CIVMR, OZE, PCZ, FZ)
- Polimerização (CR,COMP)
Classificação quanto ao tempo de permanência na cavidade oral
- Provisórios (temporários)
- Definitivos
Cimentos para cimentação
- Provém da adesão mecânica e/ou química 
- Preenchem as irregularidades entre as superfícies do dente e 
da prótese formando uma camada contínua, l ivrete espaços 
vazios -> adesão mecânica 
“Travamento” de uma superfície contra a outra
Resistência às forças de cisalhamento 
- Adesão química do cimento ao dente e/ou peça aumenta a 
retenção (ex. CIV -> quelação)
- Adesão por retenção micromecânica (ex: cimentos resinosos) 
-> altos valores de resistência de união 
Como escolher o cimento para cimentação definitiva?
- Considerar características físicas e biológicas do cimento
- Considerar características de manipulação como tempo de 
trabalho, tempo de presa, consistência, facil idade de remoção dos 
excessos
Interface de cimentação
- Cada superfície apresenta rugosidades microscópicas (picos e 
vales)
- Apenas Contatos pontuais são observados entre picos
- Áreas que não estão em contato devem ser preenchidas para 
previnir fluxo de fluidos orais e invasão bacteriana
- A interface se torna contínua quando um terceiro material ou 
um cimento ou um adesivo é usado como camada intermediária 
- Espaços vazios gerados pela inabil idade da camada 
intermediária molhar as superfícies completamente (se torna 
mais fácil de romper a camada de cimento e a prótese pode 
desmontar)
Procedimentos para cimentação de coroas unitárias
1. Aplicação do cimento
- Cobrir completamente a superfície da restauração além da 
margem
- O material deve preencher cerca da metade do volume 
interno da coroa
- O material deve estar livre de bolhas
2. Assentamento da peça 
- Aplicar pressão digital moderada para auxil io na extensão do 
cimento
- Aplicar leves batidas, vibração ou ultrassom
- Avaliar 3 pontos da margem com sonda exploradora (para ter 
certeza que ficou completamente assentado, sem gap)
- Solicitar que o paciente morda um objeto macio
- Checar a adaptação marginal e oclusão antes da presa final do 
cimento
- Três características tornam o assentamento mais fácil:
 Cimentos de baixa viscosidade 
 Preparos mais expulsivos 
 Altura dimunuída do dente preparado
 Características que prejudicam a retenção da peça 
3. Remoção de excessos do cimento
- Sempre deve haver excessos toda a margem 
- A técnica de remoção do excesso de cimento difere de 
acordo com ótimo util izado
- Cimentos FZ (fosfato de zinco) e OZE (óxido de zinco e 
eugenol): excessos removidos após a presa
- CIV, PCZ, CR: excessos removidos logo após o assentamento da 
peça
- Seguir as instruções do fabricante do material
Causas do deslocamento da peça protética 
- Fratura na linha de cimento
- Dissolução ou erosão do cimento 
- Cáries secundárias
- Forças de cisalhamento excessivas 
Deslocamento da peça protética 
- Camada de cimento é o elo mais fraco do conjunto dente/
prótese
¥.*Ex
- Cimentos com maiores valores de resistência de união são 
preferíveis 
Espessura do cimento 
- Espessura do cimento entre a estrutura dental e a peça 
protética (ideal entre 25 e 120 micro metros)
- Tem papel fundamental na retenção da prótese e varia com:
 Magnitude da força durante o assentamento 
 Direção da força de assentamento
 Desenho da peça (inibe ou facil ita escoamento)
 Adaptação da peça ao dente preparado 
 Espessura de película do cimento 
Cimentos odontológicos provisórios ou temporários
Características: 
- Resistência relativamente baixa
- Facilmente manipulados
- Baixa irritação pulpar
Cimentos provisórios
- OZE (Óxido de zinco e eugenol) 
 Cuidado ao usar o OZ com eugenol, pois este pode 
atrapalhar a polimerização da resina 
- OZSE (Óxido de zinco sem eugenol) 
- Ca(OH)2 (Cimento hidróxido de cálcio) 
Cimentação provisória 
- Dentes e provisórios limpos e secos (isolamento relativo)
- Vaselinar parte externa cervical do provisório para facil itar a 
remoção do excesso 
- Cimento é manipulado e aplicado em fina camada nas 
superfícies axiais da restauração SEM EXCESSOS (grandes 
quantidades = desajuste)
- Restauração levada em posição e mantida sob pressão até a 
essa inicial do cimento 
- Remoção dos excessos e conferir os contatos 
Cimentos para cimentação 
- Os mais usados são os CFZ e CIV
Cimento Fosfato de Zinco
Vantagens:
- Baixo custo
- Excelentes resultados
- Resultados duradouros
Desvantagens:
- Alta solubil idade
- Coloração branco opaca
- Menor resistência de união 
Manipulação clínica
- Formação do fio:
 Fio 12 - 19mm -> consistência própria para cimentação
 Fio > 19mm -> excesso de viscosidade -> inadequado 
para cimentação
Para cimentar
- Dente limpo com isolamento relativo 
- Provar a prótese que chegou do laboratório, checando a 
oclusão e testando os contatos proximais com fio dental
- Depois de ajustado, polir novamente 
- Limpar novamente (fora da boca)
- Limpa o preparo de novo
- Com o dente limpo e seco, manipular o cimento 
- Aplicação do cimento na superfície interna da restauração 
- Assentamento da onlay usando um instrumento e pressão 
manual até a presa final. Campo operatório seco.
- Pedir o paciente para morde um objeto macio até o 
cimento escorrer completamente para fora da prótese
- Remoção dos excessos interproximais após a presa com 
fio dental
- A remoção dos excessos restantes é feita após a presa 
final
- Aplicar uma camada de verniz ou outro material 
impermeável na margem da restauração que o cimento 
mature e atinja sua resistência máxima aos fluidos orais
Cimento Ionômero de Vidro
- Materiais que tomam presa pela reação entre o pó de 
vidro e o ácido poliacrí l ico
- Em 1970s
 Evolução do cimento de sil icato
 Menor risco de injúria pulpar
- Adere à estrutura dental
- Mais translúcido 
Tipos de CIV
- Tipo I: cimentação de coroas, pontes e bandas ortodônticas
- Tipo I Ia: cimentos restauradores estéticos
- Tipo I Ib: cimentos restauradores reforçados
- Tipo I I I: base ou forramento 
i
if:
Mecanismo de adesão do cimento de ionômero de vidro
- Quelação de grupos carboxí l icos dos ácidos poliacrí l icos com 
o cálcio na apática do esmalte e dentina -> adesão química 
Vantagens
- Excelente biocompatibil idade
- Estética favorável 
- Liberação de flúor 
- Adesão química ao esmalte e dentina (quelação)
- Manipulação fácil e rápida, não exige equipamentos especiais
Desvantagens
- Deve ser protegido da umidade para evitar sorção de agua
- Baixa resistência ao desgaste
- Baixa resistência à tração
Manipulação clínica 
- Condições:
1. Superfície da prótese limpa e seca:
 Pedra pomes, ou
 Ácido fosfórico 37%, 10”- 20” ou
 Ácido poliacrí l ico 10% a 20%, 10”- 20” (seguido por 
enxágue de água 20” a 30”)
 Isolamento relativo
2. Toda superfície interna da prótese deve receber camada de 
cimento e ser assentada completamente (isolamento relativo)
3. Remover os excessos antes da presa final 
Proteção contra umidade (verniz ou outro impermeabil izante)
- Perda ou ganho de agua (sinérese/embebição)
- Matiz em formação pode ser diluída 
Cimentos Resinosos
Adesão Sucesso em odontologia
 Adesão de próteses fixas a dentes preparados 
- São versões de baixa viscosidade das resinas compostas
- São insolúveis no meio oral
- Propriedades físicas
 Grande variação entre as marcas comerciais
 Tipos de resinas usadas
 Quantidade e tipo de carga
 Presença de organosilanos(asseguram que as 
partículas de carga se liguem à matriz orgânica) 
Vantagens
- Alta resistência à compressão (100 a. 200 MPa)
- Alta resistência à tração (20 a 50 MPa)
- Dureza
- Baixa solubil idade 
- União micromecânica aos tecidos dentais, l igas metálicas 
e superfícies cerâmicas 
Desvantagens
- Sensibil idade à técnica de aplicação 
- Baixa rigidez
- Possibil idade de infiltração marginal
- Sensibil idade dental
- Dificuldade na remoção dos excessos 
Sistemas que requerem o adesivo
- Condicionamento ácido
- Primer/adesivo
- Infiltração na rede de fibrilas colágenas
- Hibridização 
Sistemas que não requerem o adesivo (autoadesivos)
- Brush e Bond
- Panava
- São incompatíveis com clorexidina:p
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