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DOENÇAS INFECCIOSAS VIRAIS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS – 6º PERÍODO – MEDICINA VETERINÁRIA - Acomete principalmente suínos e outros mamíferos, tanto domésticos quanto silvestres. - Conhecida como pseudorraiva – ligação com os sintomas após acometimento neurológico; Etiologia: DNA vírus da família Herpesviridae e subfamília Aplhaherpesvirinae. Outros representantes desta família são o Herpes simplex 1 e 2, e o Herpervírus bovino tipo 1. - Temperatura: ressecamento e incidência direta dos raios solares, causam inativação; aos 20ºC é infeccioso e transmitido por moscas por até 6 horas; Inativação após descargas nasais e saliva sob 25ºC= ROUPAS: 1 dia; MATERIAIS E EQUIPAMENTOS: 4 dias; FARINHA DE CARNE: 2 dias; CAMA DE MARAVALHA: 4 dias; - pH: inativado dentro de 7 dias em pH menor que 4,3 ou maior que 9,7; - Sensibilidade à Desinfetantes: Desinfetantes à base de hipoclorito de sódio, amônia quaternária, peroxigênio e iodóforos; - Sobrevivência: preferência por ambientes frios sem variação de temperatura, pH de 6 a 8, umidade. Dura cerca de 2 dias em lagoas anaeróbicas e 4 dias em água não clorada a 25ºC. Sobrevive 7hrs no ar com 55% de umidade e solo rico em matéria orgânica úmida; Alguns animais podem se comportar como reservatórios do vírus, então além dos hospedeiros naturais, estes podem propagar a distribuição do vírus. Epidemiologia: doença de distribuição mundial, porém alguns países como Canadá, Chile, Grã- Bretanha e Austrália, são livres da doença. Transmissão: Sexual, contato direto, via aerógena, transplacentária, restos de partos e abortos, fômites (utensílios), introdução de suídeos infectados, outras espécies acometidas, iatrogênica (práticas médicas – bisturi infectado, fômites hospitalares), meios de transporte de animais (caminhão contaminado etc.); - Fontes de infecção: sangue, tecidos, secreções e excreções; leitões infectados congenitamente; ração, cama e água contaminados; suídeos silvestres e taiaçuídeos (cateto, queixada, porco-do-mato e caititu); pós infecção – todos os animais são portadores e fontes de infecção; infecção latente: sem sintomas clínicos; Patogenia O início do ciclo começa com a infecção por via oral, respiratória ou genital do animal, e logo após o vírus se replica nas células das mucosas oronasais e genitais, como as das amidalas e pulmões. Após o acometimentos destas estruturas, o vírus compromete as terminações nervosas causando morte dos neurônios, e a partir daí o quadro do animal dependerá da sua situação imunológica, que se for favorável, evoluirá para uma infecção latente (podendo se manifestar futuramente com uma baixa imune) e se não for, evolui o quadro para o óbito do animal. A eliminação do vírus ocorre geralmente após 7 á 10 dias pós infecção. Infecção via oral, respiratória e genital Replicação nas mucosas (amidalas e pulmões) Terminações nervosas (morte de neurônios) MORTE INFEC. LATENTE Sinais Clínicos 1-Leitões em maternidade (1-21 d.) Febre; anorexia; apatia; tremores; ataxia; hipersalivação; convulsões elipileptiformes; pedalagem; nistagmo e opistótono; paralisia de posteriores, andar em cículos; vômitos e diarréia; sem reação á antibióticos; morte em 24 a 36hrs; fêmeas próximas ao parto – leitões fracos e com sinais clínicos; mortalidade próxima a 100%; 2-Leitões em creche (21-63 d.) Apatia, anorexia, febre, sinais respiratórios – espirros, secreções nasais, tosse severa; sinais nervosos; recuperação em 5-10 dias, mortalidade 10%; 3-Suídeos em engorda (63 dias ao abate) Apatia, anorexia, febre, sinais respiratórios (dificuldade); baixa mortalidade (1-2%) em casos sem infecção bacteriana secundária; sinais nervosos esporádicos; retardo de crescimento; recuperação 6-10 dias ; 4-Reprodutores Agalaxia, constipação, falsa mastigação e hipersalivação; sinais reprodutivos: aborto, retorno do cio, natimortos e mumificados; sinais semelhantes aos animais de engorda. Falhas reprodutivas não atigem 20%; sinais nervosos, mortalidade baixa (1-2%); infertilidade; lesões macroscópicas; Diagnóstico: observação dos sinais clínicos, anatomopatológicos (focos de necrose amarelados no baço e fígado e hemorrágica nos linfonodos e tonsilas; consolidação pulmonar extensa; conjuntivite e placentite necrótica); Isolamento viral; PCR; Elisa; Neutralização viral; Histopatologia. Tratamento: Sem tratamento específico para o vírus, apenas terapia de suporte com antimicrobianos para infecções bacterianas secundárias, suplementação vitamínica e alimentar. Profilaxia e Controle: aplicação do pano de contingência nos focos; quarentena e sorologia; controle de roedores e animais silvestres; educação sanitária; reposição do plantel apenas com suídeos da Granja de Reprod. De Suídeos Certificada (GRSC); Introdução de leitões para engorda a partir de estabelecimentos de criação livres do VDA; Vacinação; Notificação É uma doença de notificação obrigatória ao serviço veterinário oficial Definições Foco: Local onde foi identificado um caso, e onde este animal esteve durante a infecção. Abate (sacrifício) sanitário: operação realizada pelo serviço veterinário oficial, onde sacrifica-se todos os animais positivos e em alguns casos todos os animais que tiveram contato direto ou indireto. Diagnóstico Provas sorológicas (ELISA triagem ou ELISA diferencial – para descartar falso positivo por presença de glicoproteínas virais gE decorrente da vacinação; Teste de Neutralização; Isolamento viral e PCR – cérebro, baço, pulmão e fetos abortados (mínimo de 50g do órgão); Vacinação Vacinas inativadas ou viva atenuada; No Brasil só é possível vacinar animais que tiveram contato com um caso positivo. A compra é internacional e é feita pelo ministério; Atuação em focos Suspeitas de DA deverão ser investigadas pelo MV oficial, no máximo 12hrs após notificação; Plano de Contingência Investigação soroepidemiológica em estabelecimentos de criação situados em um raio mínimo de 5km a partir do fodo e em propriedades relacionadas 30 dias antes ao diagnóstico; Análise de Animais para Confirmação de Casos Rebanho Animais Amostrados 1-25 TODOS 26-30 26 31-40 31 41-50 35 51-70 40 71-100 45 101-200 51 201-1200 57 +1200 59 Plano de Contingência - Em casos de confirmação: 1- Despovoamento imediato (vazio sanitário por 30 dias); 2- Despovoamento gradual; 3- Erradicação por sorologia (abate sanitário, nova sorologia em 30 dias de 100% do plantel; sorologia até 60 dias até dois testarem negativo); Cremação: feita em vala rasa com 1m de profundidade. Lenha ou madeira, palha, carvão ou lenha fina com querosene ou óleo diesel. Enterramento: valas 2,5x2,5; CAL NÃO DEVE SER UTILIZADA pois retarda decomposição natural; cercar o animal após a coberta da vala;
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