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Tecido conjuntivo - histologia

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Tecido conjuntivo 
 
Histologia 
Introdução 
• Responsáveis pelo estabelecimento e pela 
manutenção da forma do corpo, papel que é 
determinado por um conjunto de moléculas 
(matriz extracelular) que conecta as células e 
os órgãos 
• Seus principais constituintes são as matrizes 
extracelulares, as quais consistem em 
diferentes combinações de proteínas fibrosas e 
de substância fundamental 
• A substância fundamental é um complexo 
viscoso e altamente hidrofílico de 
macromoléculas aniônicas (glicosaminoglicanos 
e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas 
(laminina, fibronectina, entre outras) que se 
ligam a proteínas receptoras (integrinas) 
presentes na superfície de células bem como a 
outros componentes da matriz, fornecendo, 
desse modo, força tênsil e rigidez à matriz 
• A grande variedade de moléculas do tecido 
conjuntivo também desempenha importantes 
papéis biológicos 
• A matriz do tecido conjuntivo também serve 
como um meio através do qual nutrientes e 
catabólitos são trocados entre células e seu 
suprimento sanguíneo 
• A diversidade na estrutura, na função e nas 
doenças dos tecidos conjuntivos é consequência 
da grande diversidade na composição e 
quantidade de seus três grandes componentes 
(células, fibras e substância fundamental) 
• São originados do mesênquima, um tecido 
embrionário formado por células alongadas, as 
células mesenquimais, as quais têm núcleo oval 
com cromatina fina e nucléolo proeminente 
• O mesênquima se origina principalmente a 
partir do mesoderma 
Células do tecido conjuntivo 
 
 
Fibroblastos 
• Sintetizam proteínas colágeno e elastina, 
além dos glicosaminoglicanos, 
proteoglicanos e glicoproteínas 
multiadesivas que farão parte da matriz 
extracelular 
• Envolvidas na produção de fatores de 
crescimento, que controlam a 
proliferação e a diferenciação celular 
• São as células mais comuns do tecido 
conjuntivo e são capazes de modular sua 
capacidade metabólica, a qual vai se refletir 
na sua morfologia 
• Quando possuem intensa atividade de 
síntese, são denominados de fibroblastos, 
já quando possuem atividade metabólica 
mais reduzidas, chamam-se fibrócitos 
• O citoplasma é abundante, com muitos 
prolongamentos, basófilo e rico em RER e 
com complexo de Golgi bem desenvolvido, 
enquanto o núcleo é ovóide, grande e 
fracamente corado, com cromatina fina e 
nucléolo predominante 
• Os fibrócitos são menores e mais delgados 
do que os fibroblastos e tendem a um 
aspecto fusiforme, possuindo poucos 
prolongamentos citoplasmáticos e seu 
núcleo é menor, mais escuro e mais 
alongado 
• Os fibroblastos raramente se dividem em 
pessoas adultas, exceto quando o organismo 
requer fibroblastos adicionais 
 
• O tecido conjuntivo possui um alto poder de 
regeneração, fazendo com que esse tipo de 
tecido participe amplamente do processo de 
cicatrização quando outros tecidos são 
destruídos, sendo os espaços deixados pela 
lesão preenchidos por uma cicatriz de 
tecido conjuntivo. Nesse processo, 
participam os miofibroblastos, os quais 
são muito semelhantes aos fibroblastos, 
mas contêm maior quantidade de 
filamentos de actina e de miosina e se 
comportam como células musculares lisas, 
utilizando sua atividade contrátil para 
realizar a contração da ferida, 
responsável pelo fechamento de 
machucados 
Macrófagos e sistema fagocitário 
mononuclear 
• Macrófagos: capacidade de fagocitose; 
características morfológicas muito variáveis que 
dependem do seu estado de atividade funcional e 
do tecido que habitam; fagocitam e acumulam o 
corante em grânulos ou vacúolos citoplasmáticos 
visíveis ao microscópio de luz; no microscópio 
eletrônico, apresentam superfície irregular com 
protrusões e reentrâncias que caracterizam sua 
grande atividade de pinocitose e fagocitose; 
contêm um complexo de Golgi bem 
desenvolvido, muitos lisossomos e um RER 
proeminente; derivam de células precursoras da 
medula óssea, os monócitos, os quais 
amadurecem transformando-se em macrófagos; 
• Os macrófagos estão distribuídos na maioria dos 
órgãos e constituem o sistema fagocitário 
mononuclear 
• Em alguns órgãos, os macrófagos recebem 
nomes especiais, são alguns exemplos disso: 
Fígado  células de Kupffer 
SNC  micróglia 
Pele  células de Langerhans 
Tecido ósseo  osteócitos 
• O processo de transformação de 
monócitomacrófago resulta em aumento no 
tamanho da célula e em aumento na síntese de 
proteína, aumentando também, durante esse 
processo, o complexo de Golgi, o número de 
lisossomos, microtúbulos e microfilamentos 
Mastócitos 
• Amplamente distribuídos pelo corpo, porém 
mais abundantes na derme e nos tratos digestivo 
e respiratório 
• Mastócito maduro: célula globulosa, grande e 
com citoplasma repleto de grânulos que se coram 
intensamente; o núcleo é pequeno, esférico e 
central de difícil observação por estar 
frequentemente encoberto pelos grânulos 
citoplasmáticos 
• Principal função: estocar mediadores químicos 
de resposta inflamatória (ex.: histamina e 
glicosaminoglicanos sulfatados, como a 
heparina) em seus grânulos secretores 
• Também colaboram com as reações imunes e 
têm um papel fundamental na inflamação, nas 
reações alérgicas e nas infestações parasitárias 
• Metacromasia: propriedade que certas 
moléculas têm de mudar a cor de alguns 
corantes básico; capacidade presente nos 
grânulos dos mastócitos 
• Existem 2 tipos de mastócitos no tecido 
conjuntivo: 
a) Mastócito do tecido conjuntivo: pele e 
cavidade peritoneal; grânulos contendo heparina 
(anticoagulante) 
b) Mastócito da mucosa: mucosa 
intestinal e pulmões; grânulos contendo sulfato 
de condroitina 
• Se originam de células precursoras 
hematopoéticas situadas na medula óssea 
• Os mastócitos imaturos circulam no sangue, 
cruzam a parede de vênulas e capilares e 
penetram os tecidos, onde vão proliferar e se 
diferenciar 
• A superfície dos mastócitos contém receptores 
específicos para imunoglobinas (IgE), 
produzidas pelos plasmócitos 
Plasmócitos 
• Células grandes e ovoides que contêm um 
citoplasma basófilo que reflete sua riqueza 
em RER 
• O complexo de Golgi e os centríolos se 
localizam em uma região próxima do núcleo, 
a qual aparece pouco corada nas preparações 
histológicas rotineiras 
• O núcleo é esférico e excêntrico e contêm 
grumos de cromatina que se alternam 
regularmente com áreas claras (roda de 
carroça) 
• Pouco numerosos no tecido conjuntivo 
normal, exceto nos locais sujeitos à 
penetração de bactérias e proteínas estranhas 
(ex.: intestino) 
• Abundantes nas inflamações crônicas (em 
que predominam plasmócitos, linfócitos e 
macrófagos) 
• Células derivadas dos linfócitos B e são 
responsáveis pela síntese de anticorpos 
• Anticorpos: glicoproteínas da família das 
imunoglobinas produzidas em resposta à 
penetração de moléculas estranhas ao 
organismo, que recebem o nome de antígenos 
 
Leucócitos 
• Estão presente nos tecidos conjuntivos 
mesmo em situações normais 
• Migram através da parede de capilares e 
vênulas pós-capilares, do sangue para os 
tecidos conjuntivos, por um processo 
chamado diapedese, o que aumenta muito 
durante as invasões locais de micro-
organismos, uma vez que os glóbulos brancos 
são células especializadas na defesa contra 
microorganismos agressores 
• Inflamação: reação celular e vascular contra 
substâncias estranhas (ex.: bactérias ou 
substâncias químicas irritantes) 
• Mediadores químicos da inflamação: 
início da inflamação; liberação local; são 
substâncias de diferentes origens que 
induzem alguns eventos 
característicos da inflamação, com, por 
exemplo, aumento do fluxo sanguíneo e 
permeabilidade vascular, quimiotaxia e 
fagocitose 
• Retornam ao sangue depois de terem residido 
no tecido conjuntivo, com exceção dos 
linfócitos que circulam continuamente em 
vários compartimentos do corpo 
Células adiposas 
• Células do tecido conjuntivo que se tornaram 
especializadas no armazenamentode energia na 
forma de triglicerídeos (gorduras neutras) 
Fibras 
 
• Formadas por proteínas que se polimerizam 
formando estruturas muito alongadas 
• Três tipos principais: colágenas, reticulares 
e elásticas 
• Colágenas e reticulares  proteína colágeno • 
Elástica  proteína elastina 
• Dois sistemas de fibras: 
a) Sistema colágeno: fibras colágenas e 
reticulares 
b) Sistema elástico: fibras elásticas, 
elaunínicas e 
oxitalânicas 
Fibras colágenas 
 
• Colágeno: tipo mais abundante de proteína no 
organismo, representando 30% do seu peso 
seco; é uma família de proteínas produzidas por 
diferentes tipos de células e se distinguem pela 
sua composição química, características 
morfológicas, distribuição, funções e patologias 
• Classificação: 
a) Colágenos que formam longas fibrilas: 
moléculas de colágeno dos tipos I, II, III, V ou 
XI se agregam para formar fibrilas longas de 
colágeno que são claramente visíveis ao 
microscópio eletrônico; o do tipo I é mais 
abundante; ocorre como estruturas 
classicamente denominadas de fibrilas de 
colágeno e que formam ossos, dentina, 
tendões, cápsulas de órgãos, derme, etc. 
b) Colágenos associados a fibrilas: estruturas 
curtas que ligam as fibrilas de colágeno umas às 
outras e a outros componentes da matriz 
extracelular; colágenos dos tipos IX, XII e XIV 
c) Colágenos que forma rede: as moléculas do 
colágeno tipo IV se associam para formar uma 
rede, sendo esse um dos principais 
componentes estruturais das lâminas basais, 
nas quais tem o papel de aderência e de filtração 
d) Colágeno de ancoragem: é do tipo VII e é 
encontrado nas fibrilas que ancoram as fibras de 
colágeno tipo I à lâmina basal 
• Síntese de colágeno: ocorre em vários 
tipos de células; alguns aminoácidos, colo 
hidroxipirolina e hidroxilisina, são 
características do colágeno 
• As fibrilas de colágeno são formadas pela 
polimerização de unidades moleculares 
alongadas denominadas tropocolágeno, o 
qual consiste em três subunidades (cadeias 
polipeptídicas) arranjadas em tríplice hélice 
• A sequência de Aa de todos os colágenos é 
caracteristicamente reconhecida por conter 
o aminoácido glicina repelido a cada 
terceira posição da sequência, sendo que os 
vários tipos de colágeno resultam de 
diferenças na estrutura química dessas 
cadeias polipeptídicas 
• Nos colágenos tipos I, II e III, as moléculas 
de tropocolágeno se agregam em 
subunidades (microfibrilas) que se juntam, 
por meio de pontes de hidrogênio e 
 
interações hidrofóbicas, para formar as 
fibrilas, sendo essa união posteriormente 
reforçada por ligações covalentes catalisadas 
pela enzima lisil oxidase, que oxida 
moléculas de Aa lisina, estabelecendo 
pontes 
• As faixas escuras das fibrilas de colágeno 
resultam da existência de Aa ricos em 
radicais químicos livres nestas regiões das 
moléculas, e que, por isso, retêm maior 
quantidade de contraste (geralmente 
chumbo) utilizado na preparação dos 
tecidos para estudos ao microscópio 
eletrônico 
• Nos colágenos do tipo I e do tipo III, as 
fibrilas se associam para formar as fibras, 
já o colágeno do tipo II, observado na 
cartilagem, forma fibrilas, mas não forma 
fibras 
• O colágeno do tipo IV, encontrado nas 
lâminas basais, não forma fibrilas nem 
fibras, por isso as moléculas de 
tropocolágeno se associam de um modo 
peculiar, formando uma trama complexa 
que lembra a estrutura de uma “tela de 
galinheiro” 
Biossíntese do colágeno tipo I 
 
• Os outros colágenos fibrilares provavelmente 
são formados de acordo com o mesmo padrão 
descrito para o colágeno tipo I, apenas com 
pequenas diferenças 
• Envolve várias etapas que são exclusivas do 
meio extracelular 
 Sofia Cavalcanti – MED18 
 
• 
Principais etapas: 
 
- Poliribossomos ligados à membrana do 
RER sintetizam cadeias polipeptídicas 
(preprocolágeno), que crescem para o interior 
das cisternas 
- Logo após a liberação da cadeia na cisterna 
do RER, o peptídeo sinal é quebrado, formando-
se o procolágeno 
- À medida que estas cadeias (alfa) se 
formam, ocorre a hidroxilação de prolinas e de 
lisinas, mas a hidroxilina e a hidroxiprolina livres 
não são incorporadas às cadeias polipeptídicas - 
O processo de hidroxilação se inicia logo que a 
cadeia peptídica alcança determinado 
comprimento e ainda está ligada ao ribossomo e 
prossegue após a sua liberação na cisterna do 
retículo, sendo que duas enzimas participam 
dessa etapa: prolina hidroxilase e lisina 
hidroxilase 
- Tão logo a hidroxilisina se forma, começa a 
sua glicosilação, que varia de colágeno para 
colágeno, tendo em comum que todos contêm 
galactose ou glicosil galactose ligados à 
hidroxilisina - Cada cadeia alfa é sintetizada com 
dois peptídeos de registro em cada uma das 
extremidades amino e carboxil, sendo esses 
chamados de peptídeos de registro por serem 
responsáveis por alinhar as cadeias de peptídeos, 
garantindo que elas se arranjem de maneira 
apropriada para formar a tríplice hélice que 
resulta na formação da molécula de 
procolágeno, uma molécula mas longa que o 
colágeno maduro, solúvel e que não se agrega, 
impedindo a formação de fibrilas no interior da 
célula 
- O procolágeno é transportado em vesículas 
até a membrana plasmática para ser exocitado 
para o meio extracelular, onde são removidos os 
peptídeos de registro por proteases específicas, 
chamadas procolágeno peptidases, e a 
molécula passa a ser chamada de 
tropocolágeno, podendo então polimerizar-se 
para formar fibrilas de colágeno - Os resíduos de 
hidroxiprolina formam pontes de hidrogênio 
entre as cadeias alfa, contribuindo para 
estabilizar a tríplice hélice do tropocolágeno - 
Nos colágenos tipos I e III, as fibrilas se agregam 
espontaneamente para formar fibras, com a 
participação de proteoglicanos e glicoproteínas 
- A estrutura fibrilar é reforçada pela 
formação de ligações covalentes entre as 
moléculas de tropocolágeno, processo catalisado 
pela enzima lisil oxidase, que atua 
extracelularmente 
• O grande número de passos envolvidos na 
biossíntese do colágeno aumenta a possibilidade 
de defeitos durante o processo 
• A renovação do colágeno é, em geral, muito lenta, 
sendo necessária, antes de sua renovação, que o 
colágeno seja degradado, processo iniciado por 
enzimas específicas chamadas coleagenases, as 
quais cortam a molécula de colágeno em duas 
partes, as quais são sensíveis a uma posterior 
degradação inespecífica por proteases 
Fibras de colágeno tipo I 
• São as mais numerosas no tecido conjuntivo e 
possuem cor branca, conferindo esta cor aos 
tecidos nos quais predominam como as 
aponeuroses e os tendões 
• Birrefringentes  constituídas por moléculas 
alongadas arranjadas paralelamente umas às 
outras; aparecem brilhantes quando examinadas 
por um microscópio de polarização, se corando 
em amarelo ao uso do sirius red 
• Alguns corantes ácidos compostos por moléculas 
alongadas são capazes de se ligar paralelamente a 
molécula de colágeno, intensificando a sua 
biorregringência normal  o sirius red é utilizado 
como método específico para a detecção do 
colágeno 
• Em alguns locais do organismo, as fibras de 
colágeno se organizam paralelamente umas às 
outras, formando feixes de colágeno 
• Um preparo histológico por distensão é o mais 
conveniente para o caso das fibras colágenas, 
sendo geralmente utilizado o mesentério, uma 
porção central de tecido conjuntivo revestido em 
ambos os lados por um epitélio pavimentoso, o 
mesotélio 
• Ao microscópio de luz as fibras colágenas são 
acidófilas e se coram em rosa pela eosina, em azul 
pelo tricrômico de Mallory, em verde pelo 
 Sofia Cavalcanti – MED18 
 
• 
tricrômico de Masson e em vermelho pelo sirius 
red 
Fibras reticulares 
• Formadas predominantemente por colágeno tipo 
III, são extremamente finas e formam uma rede 
extensa em determinados órgãos 
Não são visíveis em preparados corados pela 
hematoxilina-eosina (HE), mas podem ser 
visualizadasem cor preta por impregnação com 
sais de prata, por isso são chamadas de 
argirófilas, além de ser PAS-positivas, devendo 
ambas essas características serem associadas ao 
alto grau de conteúdo de cadeias de açúcar 
associados a estas fibras 
• São compostas principalmente de colágeno tipo 
III 
• Ao microscópio eletrônico, exibem estriação 
transversal típica das fibras colágenas 
• São formadas por finas fibrilas frouxamente 
arranjadas, unidas por pontes provavelmente 
compostas de proteoglicanos e glicoproteínas 
• Se coram em verde pelo sirius red quando 
observadas ao microscópio de polarização 
• Particularmente abundantes em músculo liso, 
endoneuro e em órgão hematopoéticos 
• As finas fibras reticulares constituem uma 
delicada rede ao redor de células de órgãos 
parenquimatosos (nos quais predominam as 
células), além de criarem uma rede flexível em 
órgãos que são sujeitos a mudanças fisiológicas 
de forma ou volume 
Sistema elástico 
• Três tipos de fibras: oxitalânica, elaunínica e 
elástica 
• A sua estrutura se desenvolve por meio de 3 
estágios: 
1o) As fibras oxitalânicas consistem em feixes de 
microfibrilas compostas de diversas 
glicoproteínas, entre as quais uma molécula 
muito grande, denominada fibrilina. As 
fibrilinas formam o arcabouço necessário para a 
disposição da elastina, sendo que as fibrilinas 
defeituosas resultam na formação de fibras 
elásticas fragmentadas. As fibras oxitalânicas 
podem ser encontradas nas fibras da zônula do 
olho e em determinados locais da derme, onde 
conecta o sistema elástico com a lâmina basal 2o) 
Deposição irregular de elastina entre as 
microfibrilas oxitalânicas, formando as fibras 
elaunínicas, as quais são estruturas 
encontradas ao redor das glândulas sudoríparas e 
na derme 
3o) A elastina continua a acumular-se 
gradualmente até ocupar todo o centro do feixe 
de microfibrilas, as quais permanecem livres 
apenas na região periféricas, formando as fibras 
elásticas, o componente mais numeroso 
• O sistema elástico constitui uma família de fibras 
com características funcionais variáveis capazes 
de se adaptar às necessidades locais dos tecidos 
• Principais células produtoras de elastina: 
fibroblastos e músculo liso dos vasos sanguíneos 
• A proelastina, no espaço extracelular, 
polimeriza-se para formar a elastina 
• A elastina é resistente à fervura, à extração com 
álcalis e com ácido e à digestão com proteases 
usuais, mas é facilmente hidrolisada pela 
elastase pancreática 
• A proteína elastina é rica em glicina, prolina, 
desmosina e isodesmosina, esses últimos 
dois são Aa incomuns formados por ligações 
covalentes entre 4 resíduos de lisina, sendo essas 
ligações cruzadas responsáveis pela consistência 
elástica da elastina 
• A elastina também ocorre na forma não fibrilar, 
formando as membranas fenestradas 
(lâminas elásticas) encontradas nas paredes de 
alguns vasos sanguíneos 
Substância fundamental 
• Mistura complexa altamente hidratada de 
moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e 
proteoglicanos) e glicoproteínas 
multiadesivas 
• Preenche os espaços entre as células e fibras do 
tecido conjuntivo e, como é viscosa, atua como 
lubrificante e como barreira à penetração de 
micro-organismos invasores 
• Os glicosaminoglicanos (originalmente 
chamados de mucopolissacarídeos ácidos) 
são polímeros lineares formados por unidades 
repetidas dissacarídicas em geral compostas de 
ácido urônico e de uma hexosamina, o primeiro 
pode ser o ácido glicurônico ou o ácido 
icurônico e a segunda pode ser a glicosamina 
ou a galactosamina 
• Com exceção do ácido hialurônico, todas estas 
cadeias lineares são ligadas covalentemente a um 
eixo proteico, formando a molécula de 
proteoglicano 
• Com exceção do ácido hialurônico, todos os 
outros glicosaminoglicanos têm algum grau de 
sulfatação 
• Os proteoglicanos podem ligar-se a um grande 
número de cátions (normalmente ao sódio) por 
meio de pontes eletrostáticas (iônicas) 
• Os proteoglicanos são estruturas altamente 
hidratadas por uma espessa camada de água de 
 Sofia Cavalcanti – MED18 
 
• 
solvatação que envolve a molécula, por isso são 
altamente viscosos e preenchem grandes espaços 
nos tecidos 
• Os proteoglicanos são compostos de um eixo 
proteico associado a um ou mais dos quatro tipos 
de glicosaminoglicanos: sulfato de 
dermatana, sulfato de condroitina, sulfato 
de queratana e sulfato de heparana 
• Os grupos ácidos dos proteoglicanos fazem com 
que essas moléculas se liguem a resíduos de 
aminoácidos básicos encontrados no colágeno 
• Tanto os proteoglicanos de superfície como 
aqueles da matriz extracelular ligam-se também a 
fatores de crescimento 
A síntese dos proteoglicanos se inicia com a 
síntese do eixo proteico no RER, por meio da 
glicolisação que é finalizada no complexo de 
Golgi, onde também ocorre o processo de 
sulfatação 
Glicoproteínas multiadesivas 
• São composos de proteínas ligadas a cadeias de 
glicídios 
• O componente glicídico das glicoproteínas é 
frequentemente uma estrutura muito ramificada 
• Várias glicoproteínas já foram isoladas do tecido 
conjuntivo e verificou-se que desempenham um 
importante papel não somente na interação entre 
células adjacentes nos tecidos adultos e 
embrionários, como também ajudam as células e 
aderirem sobre os seus substratos 
• Fibronectina: glicoproteína sintetizada pelos 
fibroblastos e algumas células epiteliais; 
apresenta sítios de ligação para células, colágeno 
e glicosaminoglicanos, cujas interações 
intermediam e mantêm normais as migrações e 
adesões celulares 
• Laminina: glicoproteína de alta massa 
molecular que participa na adesão de células 
epiteliais à sua lâmina basal, que é uma estrutura 
muito rica em laminina 
• Existe, nos tecidos conjuntivos, uma pequena 
quantidade de fluido, chamado de fluido 
tissular, que é semelhante ao plasma sanguíneo 
quanto ao seu conteúdo em íons e substâncias 
difusíveis 
• O sangue leva até o tecido conjtmtivo os vários 
nutrientes necessários para suas células e leva de 
volta para órgãos de desintoxicação e excreção 
(fígado, rim etc.) produtos de refugo do 
metabolismo celular 
• Na metade arterial dos capilares passa água 
destes para o conjuntivo, e na metade venosa dos 
capilares a água passa do conjuntivo para os 
capilares, voltando para o sangue, possibilitando 
que os metabólitos circulem no tecido conjuntivo, 
alimentando as células 
• A quantidade de água que volta para o sangue é 
menor do que. aquela que saiu dos capilares e a 
água que permanece no tecido conjuntivo retorna 
ao sangue através dos vasos linfáticos, que 
drenam para vasos sanguíneos situados na base 
do pescoço 
Tipos de tecidos conjuntivo 
 
Tecido conjuntivo propriamente dito 
Tecido conjuntivo frouxo: 
• Suporta estruturas normalmente sujeitas a 
pressão e atritos pequenos 
• Preenche espaços entre grupos musculares, 
suporta células epiteliais, forma camadas em 
torno dos vasos sanguíneos e é encontrado nas 
papilas da derme, na hipoderme, nas membranas 
serosas que revestem as cavidades peritoneais e 
pleurais e nas glândulas 
• Contém todos os elementos estruturais típicos do 
TCPD, não havendo, entretanto, nenhuma 
predominância de qualquer dos componentes 
• Células mais numerosas: fibroblastos e 
macrófagos 
• Consistência delicada, é flexível, bem 
vascularizado e não muito resistente a trações 
Tecido conjuntivo denso 
• Adaptado para oferecer resistência e proteção aos 
tecidos 
• Formado pelos mesmos componentes 
encontrados no tecido conjuntivo frouxo, 
entretanto, existem menos células e uma clara 
predominância de fibras colágenas 
• Menos flexível e mais resistente à tensão que o 
tecido conjuntivo frouxo 
• Se subdivide em: 
a) Denso não modelado: quando as fibras 
colágenas são organizadas em feixes sem uma 
orientação definida; trama tridimensional que 
confere certa resistência às trações exercidas em 
qualquer direçãob) Denso modelado: apresenta feixes de 
colágeno paralelos uns aos outros e alinhados 
com os fibroblastos; conjuntivo que formou suas 
 Sofia Cavalcanti – MED18 
 
• 
fibras colágenas em resposta às forças de tração 
exercidas em um determinado sentido, por isso, 
os fibroblastos orientam as fibras que produzem 
de modo a oferecer o máximo de resistência as 
forças que atuam sobre os tecidos; 
• Tendões: exemplo de denso modelado; são 
brancos e inextensíveis; formados por feixes 
densos e paralelos de colágeno separados por 
muito pouca quantidade de substância 
fundamental; as suas células são 
morfologicamente classificadas como fibrócitos; 
envolvido externamente por uma bainha de 
conjuntivo denso, podendo ser dividida, em 
alguns tendões, em duas camadas: uma presa ao 
tendão e outra ligada a estruturas adjacentes, 
entre as quais forma-se uma cavidade revestida 
por células achatadas e origem mesenquimal que 
contém um líquido viscoso semelhante ao líquido 
sinovial das articulações, atuando como um 
lubrificante que facilita o deslizamento do tendão 
no interior da bainha 
• Os feixes de colágeno de tendão (feixes 
primários) se agregam em feixes maiores 
 Sofia Cavalcanti – MED18 
 
(feixes secundários) que são envolvidos por 
tecido conjuntivo frouxo contendo vasos 
sanguíneos e nervos 
Tecido elástico 
• Composto por feixes espessos e paralelos de fibras 
elásticas 
• O espaço entre as fibras é ocupado por fibras 
delgadas de colágeno e fibrócitos 
• Cor amarela e grande elasticidade devido a 
abundância de fibras elásticas 
• Presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral 
e no ligamento suspensor do pênis 
Tecido reticular 
• Muito delicado e forma uma rede tridimensional 
que suporta as células de alguns órgãos 
• Constituído por fibras reticulares intimamente 
associadas a fibroblastos especializados chamados 
de células reticulares 
• Provê uma estrutura arquitetônica tal que cria um 
ambiente especial para órgãos linfoides e 
hematopoéticos 
• As células reticulares estão dispersas ao longo da 
matriz e cobrem parcialmente, com seus 
prolongamentos citoplasmáticos, as fibras 
reticulares e a substância fundamental, formando 
uma estrutura trabeculada semelhante a uma 
esponja, dentro da qual as células e fluidos se 
movem livremente 
• Ao lado das células reticulares encontram-se 
células do sistema fagocitário mononuclear que 
estão estrategicamente dispersas ao longo das 
trabéculas, as quais monitoram o fluxo de 
materiais que passa lentamente através de espaços 
semelhantes a seios, removendo organismos 
invasores por fagocitose 
Tecido mucoso 
• Tem consistência gelatinosa graças à preponderância 
de matriz fundamental composta 
predominantemente de ácido hialurônico com 
pouquíssimas fibras 
• As suas principais células são os fibroblastos 
• É o principal componente do cordão umbilical, no 
qual ele é referido como geleia de Wharton, além 
de ser encontrado na polpa jovem dos dentes

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