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GUIA DA FACILITAÇÃO

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Descubra os primeiros passos para você se tornar um 
facilitador, mesmo que você esteja iniciando do zero.
guitviegas
A facilitação é uma habilidade ainda pouco conhecida, mas que pode 
revolucionar a sua forma de trabalhar e até mesmo a sua carreira.
Só que antes de eu te contar sobre ela eu quero te contar uma história.
A minha história pessoal de transição de uma carreira pública 
para começar a empreender e trabalhar como facilitador.
Depois que você conhecer essa experiência real, eu te garanto que 
o conteúdo deste guia vai fazer muito mais sentido para você.
De concursado público 
à facilitador e empreendedor
Era 2013, exatamente há 7 anos, e eu estava afogado em uma crise 
existencial e profissional.
Trabalhava como concursado público, ganhava bem e minha família estava 
orgulhosa de quem eu tinha me tornado.
Mas aquilo tudo parecia não fazer tanto sentido para mim.
Passei muito tempo mergulhado nessa confusão: por um lado eu vivia uma 
boa vida, com um bom trabalho e por outro me sentia extremamente infeliz 
com o rumo que a minha vida estava tomando.
Existia uma parte minha que pedia por mais. 
Mais significado, alegria, entusiasmo, conexão, autoralidade…
Percebi que se eu continuasse seguindo no mesmo caminho era bem possível 
que eu me perdesse em uma vida sem sentido.
Eu precisava assumir o protagonismo da minha vida e fazer algo a respeito. 
Eu precisava mudar.
30 de abril de 2014. Esse foi meu último dia como concursado público.
Pedi demissão e dei um salto de fé em direção aos novos sonhos que estavam 
nascendo.
E assim, de um dia para o outro minha vida mudou de um contexto de plena 
estabilidade para um cenário de incerteza completa.
Um desconhecido estava a minha frente. Excitante e, ao mesmo tempo, 
assustador.
E com ele, o desafio: eu não fazia a menor ideia do que eu iria fazer.
Mas existia uma pergunta que ecoava muito forte em mim: 
Quem eu posso me tornar se eu for mais de quem eu sou?
Até então eu tinha aprendido a utilizar várias máscaras. 
Aquela velha história da separação entre a vida profissional e pessoal.
Mas quem eu me torno se eu não precisar mais me esconder? 
Se eu puder ser e entregar aquilo que eu tenho de melhor para o mundo?
Assim eu começava uma nova jornada...
O primeiro ano foi intenso e transformador.
Peguei todas minhas economias e rodei o país tentando aprender o máximo 
que eu podia.
Conheci iniciativas inspiradoras, me conectei com pessoas incríveis e vivi 
experiências impactantes.
Aprendi sobre facilitação, empreendedorismo, colaboração, novas economias, 
e mais uma infinidade de temas que me abriram muito a cabeça.
Mas, nem tudo são flores. 
Depois de um ano desse novo mundo a verdade nua e crua batia na minha 
porta…
Eu não tinha mais dinheiro para me sustentar.
E agora, será que eu deveria buscar um emprego novamente? 
Ou existiria um outro caminho a seguir?
Resolvi buscar um outro caminho e encontrei uma possibilidade no 
empreendedorismo.
Em dezembro de 2014 nascia a Pulsar e eu dava meus primeiros passos como 
empreendedor.
Ela nasceu conectada com a intenção de despertar esse pulsar de vida que 
existe em cada um de nós, o mesmo que me fez pedir demissão e dar um 
salto em direção ao desconhecido.
Os primeiros passos foram dentro da educação, aliando a facilitação com o 
empreendedorismo dentro das universidades.
Como podemos inspirar outros jovens a trilhar um caminho com mais 
protagonismo e propósito?
E começamos muito bem. Cada experiência era única e emocionante para 
todos que participavam.
Facilitei programas que envolveram centenas de jovens e senti na pele o 
poder de fazer algo transformador.
Os programas se tornaram verdadeiros laboratórios onde pude 
experimentar na prática o que era facilitação.
A cada depoimento e história que eu ouvia dos participantes eu tinha certeza 
que estava no caminho certo.
Mas eu ainda tinha um grande problema: 
a conta não se pagava e as minhas dívidas só aumentavam...
Eu já estava há quase dois anos no cheque especial e cada mês era um 
malabarismo para pagar as contas.
Mas eu sabia que o caminho que eu estava trilhando tinha muito coração e 
que eu precisava continuar.
E então comecei a me fazer novas perguntas.
Como eu posso conectar o meu propósito pessoal com ganhar dinheiro?
Como eu posso seguir trabalhando com o que faz sentido para mim e me 
sustentar ao mesmo tempo?
E a partir dessas reflexões descobri que existe um campo enorme de 
caminhos para o facilitador.
Eu só ainda não tinha enxergado com tanta clareza.
Eu entendi que a facilitação é uma das principais habilidades para navegar 
em cenários de incerteza e de mudança.
E se tem uma única coisa que é permanente nos tempos de hoje, é a 
mudança.
Com isso eu pude enxergar a grande oportunidade que estava na minha 
frente.
E uma nova janela se abria, com um horizonte infinito de 
possibilidades...
Eu mergulhei de cabeça nessas possibilidades que eu estava visualizando.
E elas foram se tornando cada vez mais reais.
Passei a trabalhar como facilitador dentro das empresas, criando espaços de 
transformação e de desenvolvimento.
Aprendi a vender e posicionar meu trabalho, entendendo o valor que ele gera 
para as pessoas e para os negócios.
Estava sendo reconhecido e valorizado pelo que eu fazia e por quem eu era.
Depois de tantos anos, eu estava vendo as peças de um quebra-cabeças se 
encaixando.
E agora eu estava começando a viver uma experiência de abundância.
Abundância de oportunidades, de projetos, de aprendizados, de histórias, de 
dinheiro, de experiências…
Tive a oportunidade de atuar como facilitador em projetos de diferentes 
portes e me desenvolvi muito.
Pude trabalhar com mais propósito e ao mesmo tempo ganhar dinheiro 
fazendo o que eu gosto e faço bem.
Finalmente eu estava vendo aqueles sonhos lá do início se 
tornarem realidade bem na minha frente...
E a partir dessa vivência eu comecei a perceber um novo chamado surgindo.
Um chamado a compartilhar essas experiências, os erros e acertos e os altos 
e baixos dessa jornada.
Percebi que a motivação que me fez começar a buscar algo diferente para a 
minha vida não é só minha.
É algo inerente ao ser humano: buscar um sentido maior, ser mais autêntico, 
sentir-se valorizado...
E talvez isso se conecte com você também.
Como seria trabalhar com mais significado e propósito?
Como seria perceber que a sua contribuição é autêntica e verdeira?
Como seria sentir-se mais reconhecido e valorizado pelo que você faz e 
pelo que você é?
A facilitação foi uma habilidade importante para me ajudar a navegar 
nestas perguntas.
E eu acredito que ela possa te ajudar a construir uma história de 
transformação para você também.
É sobre isso que eu quero compartilhar contigo neste material. 
Vamos juntos construir essa história?
Por que você deve aprender 
sobre facilitação agora?
MUNDO VUCA
O mundo está mudando em um ritmo muito acelerado, e isso já não é 
novidade para a maioria das pessoas. 
Muitos falam sobre como o mundo hoje em dia é VUCA.
Você já ouviu falar nisso? 
O conceito não é nada novo - surgiu na década de 90 para descrever o mundo 
pós-guerra fria - mas ele tem sido usado hoje em dia nas empresas e no 
mundo corporativo para descrever os desafios do ambiente, das 
organizações e das lideranças no atual mercado de trabalho. 
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VUCA é uma sigla para descrever o momento em que vivemos. 
V significa Volátil.
As coisas não são estáveis, estáticas e duradouras. As mudanças acontecem cada vez mais rápido, 
e os ciclos se tornam cada vez mais dinâmicos e mais curtos. O que antes era duradouro, hoje se 
tornou efêmero. A velocidade dos acontecimentos nos desafia a não ficarmos hesitantes.
U significa Incerto (Uncertain, em inglês).
O futuro é imprevisível. Não sabemos como o dia de amanhã será, uma nuvem de incerteza paira 
sobre nós, as empresas e o mercado a todo instante. Ser surpreendido a cada instante começa a se 
tornar o novo padrão.
C significaComplexo.
Tudo está conectado, emaranhado em uma grande rede. Uma relação linear de causa e efeito já não 
é suficiente para explicar os fenômenos. São muitas variáveis para acompanhar, mapear os impactos 
e relações para a tomada de decisão. 
A significa Ambíguo.
Não existe uma resposta certa para tudo, uma verdade absoluta. Há sempre - pelo menos - dois 
lados de uma mesma moeda. É muito difícil atribuir significado aos acontecimentos. 
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E se por um lado o conceito pode parecer já antigo, ele segue sendo muito 
atual para descrever o presente ainda em 2020. 
A pandemia global do novo Coronavírus (o COVID-19) só reforça ainda 
mais isso: sim, ainda vivemos em um mundo volátil, incerto, complexo 
e ambíguo. 
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Mas quando mergulhamos dentro das empresas e do mundo corporativo, 
outros movimentos de transformação estão tomando a atenção, tempo e 
energia das organizações. E um dos termos mais repetidos hoje é o da 
Transformação Digital. Alguns se dizem pioneiros, outros que estão em 
processo de transição, alguns ainda olhando de longe, estudando e afirmando 
que o mercado cobra isso… Mas o que isso tudo significa na prática? 
A Transformação Digital não é só sobre tecnologia. Para uma empresa aderir 
ao mindset digital, é necessária uma transformação mais profunda e 
transversal, que mobilize diferentes dimensões da organização, como cultura, 
pessoas, processos e estratégia.
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E na hora de fazer essa transformação, muitas empresas se deparam com um 
grande desafio: aquilo que trouxe elas até aqui não é o que vai levar elas 
além. 
Mesmo os melhores executivos, gestores, líderes e profissionais da empresa 
talvez ainda não estejam preparados para esse novo momento, pois é 
uma forma totalmente diferente de pensar, agir e trabalhar. 
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Aí surge a pergunta: quem tem condições de liderar essa transformação?
O que precisamos para nos reinventar e criar algo novo, que nunca fizemos 
antes? 
É nesse momento que, como uma resposta possível, emerge o potencial da 
facilitação. 
A facilitação é uma habilidade que pode nos apoiar a realizar grandes 
transformações. Co-criar soluções, resolver problemas complexos, realizar 
transformações culturais, envolver e engajar pessoas em um processo 
criativo… Ela é uma das formas de lidar com os grandes desafios do nosso 
tempo, mas poucas pessoas já entenderam isso. 
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A facilitação ainda é algo novo para muitos, algo recente. Essa onda ainda 
está no começo, e esse é o momento ideal para você poder surfar ela. Ser 
uma das pessoas que domina essa habilidade e aplica ela na prática hoje é ter 
um diferencial na sua carreira enquanto ela ainda é uma tendência. 
Mas ela já está começando a se popularizar e se disseminar no mercado, com 
facilitadores atuando em empresas, em áreas de tecnologia ou mesmo 
empreendendo. Então, isso é um aviso: se você esperar demais, talvez a 
tendência já tenha virado pendência. 
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Inovadores Primeiros Adeptos
Aproveite para ser um 
dos visionários, antes 
que o mercado todo 
adote essa habilidade. 
Pioneiros
Visionários
Pragmáticos
Conservadores
Céticos
Maioria Inicial Maioria Tardia Retardatários
A Facilitação
está aqui!
Calma, não se assuste. Eu sei que isso pode gerar um pouco de ansiedade ou 
nervosismo, um medo de estar perdendo as oportunidades ou de ficar de 
fora - o tal do FOMO, fear of missing out. Eu não vim aqui para deixar você 
mais preocupado ainda. 
Eu vim aqui para te ajudar e te apoiar nessa jornada. Já fazem 7 anos que eu 
me reinventei e entrei no universo da facilitação, e venho trabalhando e 
construindo minha carreira em torno dessa habilidade desde então. 
O que eu trago para você hoje é um presente que eu gostaria muito de 
ter ganhado lá atrás: um guia para me ajudar a começar. Um resumo do 
que vivi e aprendi nesses anos pensado especialmente para ajudar quem 
quer transformar a sua carreira assim como eu fiz com a minha.
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Faça parte dessa transformação.
A essa altura, já entendemos que a forma como fazíamos as coisas já não é 
suficiente para lidar com os desafios do presente e muito menos com o que o 
futuro nos reserva. Mas talvez você já tenha ouvido isso, não é mesmo? 
O difícil é ver alguém que fale quais são essas mudanças na prática. 
Como é esse novo modelo de liderança que está emergindo? Como se 
comporta e age um líder mais preparado para lidar com os desafios atuais? 
E você, de que lado você acredita que está hoje? Tudo bem, não tem 
problema reconhecer que ainda opera de uma forma mais tradicional. É um 
exercício importante de autoconhecimento e aceitação perceber isso. 
Mas como você está hoje não é uma sentença. Você pode sempre avançar, 
evoluir e se desenvolver. Agora, a pergunta importante é: de que lado você 
quer estar? Se é do lado direito, eu tenho uma boa notícia: a facilitação é uma 
ótima forma de se conectar com esse novo perfil de liderança. 
O líder facilitador é flexível e sabe lidar com os desafios que se 
apresentam: como em uma dança, ele se adapta ao ritmo da música, 
sabendo que não existe passo certo ou fórmula pronta. É capaz de 
envolver as pessoas em um processo para ajudar a despertar o máximo 
potencial de cada um, ativando a inteligência coletiva de um grupo para 
chegar em soluções que ninguém seria capaz de construir sozinho. 
Mesmo quando não é um especialista no tema, o líder facilitador tem 
ferramentas e técnicas à sua disposição para encontrar caminhos, 
conectar ideias, investigar oportunidades e tomar decisões difíceis. Com 
esse repertório, ele é capaz de conduzir um grupo como um maestro rege 
uma orquestra, e assim realizar grandes entregas e resolver problemas 
complexos. 
Um facilitador acaba mobilizando e desenvolvendo diferentes skills, 
habilidades e competências ao exercer esse papel. Seguir esse caminho é 
como uma escola prática, uma universidade informal, um caminho de 
formação, capacitação e desenvolvimento para a vida. 
Além disso, através da prática como facilitador é possível desenvolver os 
dois principais tipos de competências associadas à profissionais e 
lideranças do futuro. Avance para as próximas páginas e saiba que 
competências são essas.
Competências Comportamentais ou Socioemocionais
Diferentes pesquisas e estudos apontam que esse tipo de 
competências está se tornando cada vez mais valorizada e 
terá uma demanda cada vez maior no mercado por dois 
motivos: primeiro, porque elas são o que nos torna 
humanos, o que faz com que sejam mais difíceis e 
improváveis de serem automatizadas ou substituídas pela 
tecnologia. E em segundo, elas são aplicáveis e úteis em 
qualquer área ou profissão: elas são versáteis, atemporais e 
se tornam um recurso disponível para a sua vida e carreira. 
Empatia
Colaboração
Criatividade
Inteligência 
Emocional
Resiliência
Comunicação Efetiva
Storytelling
Ensinar e
Educar
Competências Cognitivas
As competências cognitivas são aquelas que estão 
diretamente relacionadas às funções exercidas pelo nosso 
cérebro para pensar, ler, aprender, lembrar, raciocinar e 
prestar atenção. Elas compõem nossa capacidade de 
processar informações e criar conhecimentos. Enquanto as 
competências cognitivas básicas estão sendo replicadas pela 
inteligência artificial, as avançadas são algumas das 
habilidades mais valorizadas e demandadas no mercado de 
trabalho, especialmente em papeis de liderança.
Resolução de
Problemas Complexos
Aprendizagem Ativa e
Flexibilidade Cognitiva
Tomada de Decisão
Atenção Plena e Foco
Visão Sistêmica e
de Cenários
Reconhecimento
de Padrões
Nexialismo e
Transdisciplinaridade
A dura verdade é a seguinte: essas habilidades e competências são cada 
vez menos um diferencial e cada vez mais uma necessidade para se manterativo e valorizado no mercado de trabalho. 
Não se desenvolver nelas pode significar se tornar obsoleto ou facilmente 
substituível - seja por outros profissionais ou pela própria tecnologia - nos 
próximos anos. 
E, para complementar, tenho uma má notícia: não existe um curso, 
graduação, mestrado ou MBA que te ensina todas essas habilidades. O 
ensino tradicional ainda é muito mais focado em Hard Skills (competências 
técnicas) e, mesmo quando tenta ensinar as demais, ainda utiliza métodos 
tradicionais, que muitas vezes são insuficientes e não contemplam a 
necessidade das pessoas de aprendizagem. 
Me arrisco a dizer que praticar a facilitação pode ser uma das melhores 
formas de desenvolver essas habilidades conectadas com o futuro. Comigo 
foi assim, e acredito que pode ajudar outras pessoas a se capacitarem e se 
tornarem profissionais mais preparados. 
Então, a boa notícia: a facilitação é uma oportunidade vivencial, experiencial, 
prática e acessível para que você aprenda e desenvolva habilidades e 
competências que serão cada vez mais valorizadas no futuro.
pode revolucionar o seu 
trabalho e sua carreira.
Agora você talvez esteja pensando: “muito legal, parece uma ótima 
oportunidade, mas eu não sei se é pra mim…”. 
É bastante informação, eu sei. Às vezes parece coisa demais, algo distante e 
inatingível, difícil de conseguir tornar real na nossa vida. Talvez você pense que 
isso não se aplica ao seu caso, sua profissão, seu momento de vida ou de 
carreira. 
A minha intenção é justamente te provar o contrário. Mostrar que é algo 
mais simples do que parece. Que é possível, viável e não tão distante 
assim. Assim como aconteceu comigo, essas transformações estão disponíveis 
para você, ao seu alcance para que você comece de onde você estiver hoje. 
Toda grande jornada começa com um primeiro passo. O importante é termos 
um motivo para caminhar, algo que nos inspira a seguir em frente. E é por isso 
que eu apresento os dez benefícios que a facilitação pode trazer para você, para 
o seu trabalho e para a sua carreira: 
Expandir possibilidades de carreira e crescimento - Esteja mais preparado 
para o futuro e se prepare para reinventar a sua carreira, seja para crescer 
atuando na mesma área, buscar uma nova profissão ou começar a 
empreender. 
Ser mais reconhecido, valorizado e até melhor remunerado no seu 
trabalho - Aprenda a gerar mais valor, resultado e impacto real na suas 
entregas mesmo em momentos de incerteza e poder ser valorizado por isso 
no seu trabalho. 
Se tornar um profissional desejado por grandes empresas - Você pode ser 
um facilitador corporativo, trabalhando em grandes empresas - com times de 
tecnologia e estratégia, por exemplo - em posições que tem tido cada vez mais 
demanda no mercado.
Ganhar uma renda extra complementar - Use a facilitação para 
potencializar seus projetos paralelos e criar novas fontes de receita, ganhando 
uma renda extra complementar. 
Aprender e desenvolver novas habilidades - Aprenda na prática algumas 
das competências mais importantes para o futuro, como resolver problemas 
complexos, engajar e motivar equipes e criar espaços de aprendizagem e 
desenvolvimento de pessoas.
Se experimentar em um papel de protagonismo e liderança - Se torne 
protagonista da transformação da sua organização, independente do seu 
cargo, assumindo proativamente um papel de liderança facilitadora.
Expressar a sua potência de forma autêntica e verdadeira - Faça seus 
projetos de forma mais espontânea e autêntica, experimentando e 
encontrando o seu estilo e uma forma única de deixar a sua marca no mundo. 
Trazer mais significado, propósito e felicidade para o seu trabalho - Traga 
para o trabalho algo que toque as pessoas de verdade, que gere transformação 
real e um impacto positivo visível e faça você sentir realizado. 
Melhorar as suas relações e interações com outras pessoas - Atue de forma 
mais humana e colaborativa, se conectando profundamente com as pessoas e 
usando a comunicação para cultivar relações com mais abertura e confiança. 
Empreender de forma autônoma com mais flexibilidade - Transforme a sua 
carreira em definitivo, atuando como facilitador e empreendedor autônomo e 
trabalhando por projetos para viver com mais flexibilidade.
9 formas práticas de aplicar no seu 
dia a dia.
Se você ainda não conhece a facilitação ou 
não entende muito bem em que 
momentos e circunstâncias ela pode ser 
utilizada, não tem problema. Fiz uma lista 
de 9 formas práticas de aplicar a 
facilitação no seu dia-a-dia, seja no seu 
trabalho ou até com seus amigos e família. 
Tomada de decisão - Existe alguma decisão difícil a ser tomada no seu time 
ou empresa? A facilitação é uma boa forma de tomar decisões quando elas 
envolvem muitas pessoas, caminhos possíveis e as variáveis e impactos são 
muitos para só botar no papel e avaliar. 
Resolução de problemas - Desde problemas simples até os complexos, a 
facilitação desperta a inteligência coletiva para pensar e desenhar soluções 
não óbvias. 
Planejamento - Envolver e engajar as pessoas no processo de planejamento 
aumenta a dedicação e a entrega de resultados na hora da execução. 
Embarque as pessoas desde o planejamento para gerar altos níveis de 
engajamento do seu time. 
Criação de novos produtos - Criar um novo produto envolve muitos 
elementos. A Lean Inception e o Design Sprint são dois exemplos de 
processos de facilitação, com duração de uma semana cada, que combinam 
vários elementos como um passo-a-passo para chegar no resultado desejado. 
Mediação de conflitos - A facilitação não serve apenas para assuntos 
empresariais e profissionais. Antes de mais nada, facilitar é sobre cuidar das 
pessoas e das relações humanas. Mediar conflitos através da facilitação é uma 
prática utilizada inclusive em outras áreas.
Pesquisa - A colheita de informações e insumos de qualidade em uma 
pesquisa depende muito de que os participantes estejam abertos e seguros 
para falar. Usar ferramentas e técnicas para a criação de um espaço de 
confiança pode gerar insights e resultados muito potentes em uma pesquisa 
facilitada.
Promover um espaço de conversa - Você também sente que perdemos o 
hábito, como sociedade, de sentar em roda e conversar de forma aberta, 
sincera e profunda? Independente do ambiente ou contexto (trabalho, família, 
amigos, faculdade), a facilitação pode ser usada para promover espaços 
seguros para catalisar conversas significativas, e dar vida ao que está 
querendo emergir.
Conexão e integração - Um grupo de pessoas não se torna um time da noite 
para o dia. Existe um nível de conexão mais profundo, de união e 
cumplicidade, que é construído através do tempo e das experiências vividas. A 
facilitação é um ótimo catalisador para essa integração. O chamado team-
building pode ser aplicado seja para gerar conexão em um grupo de 
desconhecidos ou fortalecer os laços de uma equipe que trabalha junto há 
anos. 
Ambientes de aprendizagem e desenvolvimento - É possível aplicar 
técnicas e ferramentas pontuais em uma sala de aula como professor para 
deixar a aula mais participativa e interativa, assim como desenhar 
experiências educacionais e ambientes e processos de aprendizagem do zero. 
Tudo isso serve para potencializar o desenvolvimento e aprendizagem dos 
participantes.
Conheça o meu repertório como 
facilitador.
Nas próximas páginas eu vou compartilhar algumas das principais 
ferramentas e metodologias que eu costumo utilizar como facilitador.
Se você aprender e dominar apenas algumas destas ferramentas, isso já será o 
suficiente para você começar a se experimentar e dar seus primeiros passos 
como facilitador.
Com a prática, você poderá combinar e adaptar diferentes técnicas de acordo 
com o contexto e necessidade que você encontrar.
PS: Aqui traremos apenas um resumo das ferramentas, mas para cada uma delas 
estará indicado um caminho de aprofundamento através de livros e links indicados.
O CÍRCULO
O círculo é a forma básica subjacentea todas as 
outras formas de processo participativo. Em cada 
tipo de organização ou grupo, nos encontramos em 
círculos (mesmo que sejam em torno de uma mesa de 
reuniões) para planejar o futuro, lidar com crises e 
ouvir uns aos outros. 
Na prática do Art of Hosting, frequentemente 
começamos e terminamos nossos encontros em 
círculo – ele auxilia o processo em que os 
participantes possam fazer um “check-in” no início, 
sobre o porquê eles estão participando, e um “check-
out” no final para refletir sobre o que foi realizado. 
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Reunir-se em círculo pode ser especialmente útil para 
começar a se familiarizar uns com os outros e com o 
assunto em questão, como um meio para a reflexão 
profunda e como caminho para tomada de decisão 
em consenso.
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First and Future Culture
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WORLD CAFÉ
É um método que imita o cenário de um café onde 
pequenos grupos (4 ou 5 pessoas) estão 
conversando juntos ao redor das mesas. 
Neste caso, um conjunto de pequenos grupos – de 10 
a 1000 – conversam sobre um assunto que interessa a 
eles ou algum trabalho que eles estão tentando fazer 
juntos. É uma maneira ideal para descobrir o que a 
comunidade está pensando e sentindo sobre um 
tópico.
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Depois da primeira conversa, alguém permanece 
na mesa como ‘anfitrião’, enquanto os outros se 
movem para uma nova mesa, levando consigo as 
idéias da conversa realizada na mesa anterior. 
Desta forma, os fios das várias conversas são tecidos 
em conjunto e todos nós temos uma noção do que 
está sendo descoberto e desenvolvido entre nós.
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OPEN SPACE
Quando queremos aproveitar o poder de um grupo –
especialmente aqueles bastante heterogêneos, com 
muitos interesses e habilidades diferentes – para 
atender a um desafio atual, o Open Space é o método 
a escolher. 
Reunido em torno de uma questão central premente, 
o grupo fica ciente de quaisquer fatos ou dados e, em 
seguida, o espaço é aberto para qualquer um propor 
uma sessão sobre um tópico. No decorrer da reunião, 
as pessoas são livres para escolher quais sessões mais 
querem participar, trazendo o máximo entusiasmo e 
compromisso para uma conversa e posterior ação. 
Adesão e comprometimento podem ser alcançados 
em um período extremamente curto.
Fonte: artofhosting.org
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AQUÁRIO
O Aquário é uma dinâmica que estimula conversas a 
partir de papéis claros e definidos: os conversadores e 
os escutadores. A dinâmica é composta por 2 círculos 
(interno e externo), este é o aquário. 
Alguns participantes são convidados para iniciar a 
conversa dentro do círculo interno, enquanto os 
demais sentam-se no círculo externo e escutam 
atentamente. 
Embora aconteça do grupo se auto-organizar na 
conversa em curso, o processo de aquário tem 
geralmente um facilitador. O aquário pode ter um 
tempo pré-determinado ou pode ter o tempo do 
grupo, ou seja, a conversa acaba quando acabar.
Fonte: Apostila Art of Hosting
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DIVERGENTE
CONVERGENTE
EMERGENTE
Em processos de grupo existem três grandes fases:
a divergência, a convergência e a emergência.
Primeiro, existe a hora de divergir: gerar o máximo de 
ideias, fazer um brainstorming, abrir as possibilidades, 
pensar em novas alternativas, conversar sobre 
diferentes pontos de vista. Já para finalizar um 
processo, é preciso convergir: avaliar as alternativas, 
resumir e sintetizar, filtrar e selecionar ideias, 
classificar e clusterizar para chegar a alguma 
conclusão ou decisão.
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Entre estas duas fases existe a fase emergente. Ela 
também pode ser chamada de zona do resmungo 
ou da reclamação. Porque fazer essa transição entre 
as fases nos coloca em conflito. É fácil, leve e até 
gostoso fazer um brainstorming e poder dar ideias 
malucas sem ser podado. Mas na hora que 
precisamos começar a convergir, entramos em 
choque pois precisamos abrir a mente e estar 
dispostos a mudar de opinião e abrir mão de nossas 
ideias originais.
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LEAN
INCEPTION
Lean Inception é um workshop de cinco dias para 
alinhar um grupo de pessoas na construção de um 
produto. Ele foi desenvolvido pelo Paulo Caroli a 
partir de anos de prática e experimentação com times 
de desenvolvimento de produto.
O método tem inspiração em Lean Startup e no 
Design Thinking e ajuda o time a gerar alinhamento 
sobre o MVP (mínimo produto viável) que será 
construído.
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Conheça os sete passos da agenda de uma Lean 
Inception:
• Visão do produto
• Objetivos do produto
• Personas
• Funcionalidades
• Jornadas do usuário
• Sequenciador de funcionalidades
• Canvas MVP
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DRAGON
DREAMING
O Dragon Dreaming é uma metodologia de gestão 
de projetos criativos, colaborativos e sustentáveis.
Inspirada na filosofia dos aborígenes da Austrália 
ocidental, ele propõe visão de que todo projeto, para 
ser sustentável, precisa passar por 4 etapas: 
• Sonhar
• Planejar
• Fazer
• Celebrar
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O Dragon Dreaming conta com diversas ferramentas, 
práticas e métodos para gestão de projetos que 
podem ser aplicados em diferentes contextos. 
Para se aprofundar mais, você pode acessar o site da 
comunidade internacional do Dragon Dreaming ou o site 
do Dragon Dreaming Brasil.
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https://dragondreaming.org/
http://dragondreamingbr.org/
COMUNICAÇÃO
NÃO VIOLENTA
A Comunicação Não Violenta pode ser vista como 
uma filosofia de vida, uma prática ou uma 
ferramenta de resolução de conflitos.
Para entender profundamente a CNV, é preciso muito 
estudo e, principalmente, prática, Mas para conhecer 
e começar a aplicar, existe uma base em quatro 
passos que pode te ajudar:
1 . Observar o Fato - Observar com máxima atenção o 
que está nos incomodando ou gerando conflitos, seja 
nas ações, falas ou reações do outro. É importante 
falar do fato de forma objetiva, sem interpretações ou 
julgamentos.
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2 . Comunicar o Sentimento - Como você se sentiu 
com o que aconteceu? Isso tem mais a ver com você 
do que com a situação. Comunique seu sentimento na 
primeira pessoa, se responsabilizando por isso, mas 
sendo transparente.
3 . Identificar a Necessidade - Por trás de todo 
sentimento, existe uma necessidade não atendida. O 
que você precisava que não aconteceu? O que te fez 
se sentir assim? Identifique e comunique para a 
pessoa.
4 . Fazer um Pedido Claro - Depois de entender o que 
precisamos, não podemos exigir que a pessoa faça o 
que queremos, mas é importante fazer um pedido. 
Quanto mais claro e objetivo ele for, melhor.
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SOCIOCRACIA 3.0
A Sociocracia 3.0 reúne um conjunto de 
ferramentas que apoiam a gestão de organizações 
que desejem aprimorar suas estruturas e modos 
de tomada de decisão. 
Ela é estruturadaem módulos (padrões) que podem 
ser rapidamente ativados e aplicados individualmente, 
sendo facilmente adaptada para qualquer tipo de 
organização.
Na minha experiência eu costumo utilizar alguns dos 
padrões para apoiar processos de tomada de decisão 
baseados em consentimento e não em consenso.
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Autogestão por Meio da Sociocracia
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Dicas poderosas que você ainda não 
encontra nos livros.
O INÍCIO DÁ O TOM: 
PROPONHA UM BOM CHECK- IN
O Check-in é uma prática bem conhecida no universo da facilitação, onde 
alguma atividade inicial é proposta para receber os participantes e começar 
os trabalhos.
Só que às vezes podemos subestimar a importância do check-in e achar que 
não é necessário ou que é algo protocolar. Na verdade, o check-in é um 
momento essencial dentro de uma facilitação pois ele está no início e 
influencia todo o restante das atividades. É aquela velha história de que a 
primeira impressão é a que fica.
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E a primeira impressão que um check-in bem feito causa é que teremos um 
ambiente agradável de troca e construção, onde as pessoas sentem-se parte, 
onde há conexão verdadeira entre os participantes e por fim, onde todos 
estamos presentes e inteiros para participar.
Existem várias formas possíveis de propor um bom check-in e eu quero 
dividir contigo alguns tipos diferentes que você pode experimentar desde já.O
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Compartilhar Individual: Cada pessoa compartilha a partir de uma pergunta 
proposta pelo facilitador. Pense em uma boa pergunta, que seja inspiradora e 
conectada com o que vem pela frente.
Compartilhar em Duplas/Trios: Se estiver em um grupo muito grande ou com 
pouco tempo, você pode fazer um check-in em duplas ou em trios.
Compartilhar em uma Palavra: Outra forma de fazer um check-in rápido mas 
que cumpre um papel de reflexão e síntese é convidar as pessoas para 
compartilhar uma palavra que representa como elas estão chegando para o 
encontro. Às vezes eu substituo a palavra por um “tweet”, ou seja, uma frase 
curta.
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Conectar com uma Analogia: Um jeito divertido e leve de começar uma 
atividade. Você pode convidar as pessoas para compartilhar como estão 
chegando fazendo uma analogia com a previsão do tempo, por exemplo. E aí 
você pode utilizar sua criatividade para pensar em outras analogias possíveis 
como comidas, filmes, curiosidades, etc...
Escrever em Post-its: Você pode convidar as pessoas para fazer uma reflexão 
a partir de uma pergunta e escrever seus principais insights em um post-it. 
Como facilitador você pode fazer um processamento do resultado que veio 
nos post-its.
Propor um Alongamento: Aqui você começa o dia ativando o corpo. É uma 
forma simples e diferente de começar que eu, particularmente, adoro. 
Prepare alguns movimentos simples, uma música animada e convide as 
pessoas para te acompanhar.
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Convidar para uma Caminhada: Este check-in é uma forma diferente e 
inspiradora de começar um dia. Eu geralmente uso com grupos maiores, mas 
também funciona para grupos pequenos. Você convida as pessoas para 
caminhar pelo espaço, reconhecer os outros participantes e se colocarem 
presentes. Após algum tempo de caminhada você diz para as pessoas 
formarem uma dupla e compartilharem com essa dupla a partir de uma 
pergunta que você preparou. Você pode repetir este processo mais algumas 
vezes, de acordo com o seu contexto.
Facilitar uma Meditação: Esta é uma forma de começar o dia ativando a 
nossa conexão mais sútil. Escolha uma boa música, prepare um roteiro 
simples e convide as pessoas a estarem abertas a este momento especial.
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Jogar um Jogo: Começar os trabalhos ativando a nossa energia criativa e a 
nossa disposição. Os jogos tem esse poder de nos deixar atentos, presentes e 
com muita energia pois eles nos lembram da nossa infância. Prepare algum 
jogo simples que possa ser jogado em grupos e convide as pessoas para 
participar e se divertir. Lembre-se que você precisa estar animado com este 
convite pois ninguém vai querer participar do seu jogo se você não fizer um 
convite com confiança.O
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ABRINDO A CAIXA DE 
MATERIAIS DO FACILITADOR
Para melhorar a sua experiência como facilitador, é importante construir uma 
caixa de materiais que tenha tudo que você precisa para criar a melhor 
experiência possível para os participantes.
E a boa notícia é que não é necessário fazer grandes investimentos para isso. 
É possível montar uma caixa de materiais simples e funcional, que atenda 
todas as suas necessidades.
Vou compartilhar com vocês quais os materiais básicos que eu sempre tenho 
comigo quando vou facilitar:A
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• Post-its de diversas cores: eu costumo comprar da marca Post-it (maior 
qualidade, mas é bem mais caro) ou da marca Notefix (mais barato e 
qualidade razoável).
• Canetas de ponta média: as que eu mais gosto são as canetas Pilot Color 
850 Jr (joga no Google!). 
• Canetas para quadro branco: eu uso as canetas recarregáveis da Pilot e 
costumo sempre ter três cores diferentes.
• Folhas de Flipchart: um bloco com 50 folhas é suficiente para resolver 
todos os seus problemas.
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• Folhas A4: o básico que faz a diferença. Algumas vezes eu costumo 
comprar folhas coloridas também.
• Caixa de som: fundamental para sonorizar a sua facilitação. Eu prefiro 
caixas com conexão bluetooth com o celular, assim eu controlo tudo na 
palma da minha mão. Eu uso a JBL Go ou JBL Flip.
• Adaptadores de vídeo: você nunca sabe qual tipo de cabo de saída do 
projetor você vai encontrar (VGA, HDMI...), então carregue consigo 
adaptadores e não tenha problemas com isso.
• Passador de slides: talvez você já tenha passado pela situação de ter que 
falar “pode passar” a cada slide. Com um passador de slides, você nunca 
mais vai precisar disso. Eu uso o da Logitech R400.
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BÔNUS:
OS MATERIAIS SECRETOS DO FACILITADOR
Nunca soube o verdadeiro nome disso aqui. Cada um 
chama de um jeito: goma, colinha, chiclete e por aí vai…
Mas esse é o material secreto que você precisa conhecer e 
começar a usar amanhã nas suas facilitações.
Chega de passar trabalho com fita crepe e cartazes caindo o 
tempo inteiro.
Essa é uma goma colante reutilizável que você usa para 
colar cartazes, folhas, flipchart e tudo mais que você quiser 
em paredes ou vidros.
Depois de experimentar, você nunca mais vai querer usar 
outra coisa.
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Este é outro material raro e muito especial para facilitadores.
Todas as vezes que eu uso ele as pessoas ficam 
impressionadas com a sua funcionalidade.
É um spray colante que transforma qualquer papel em uma 
superfície capaz de colar e descolar facilmente.
Eu utilizo isso quando tenho algum contexto muito dinâmico 
como uma priorização, por exemplo, onde as coisas precisam 
mudar de lugar o tempo inteiro.
Novamente eu te convido: experimente e descubra na 
prática o potencial dessa cola descola.
PS: Você também consegue encontrar ela na Kalunga. 
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ORGANIZANDO O ESPAÇO
PARA A FACILITAÇÃO
Não basta só ter um processo bem desenhado para que um processo 
facilitado seja um sucesso. O espaço e a infraestrutura são pontos 
importantes para garantir uma boa experiência.
Quero compartilhar quatro possibilidades de organização de espaço que vão 
te ajudar a preparar o seu ambiente:
Círculo: é minha forma preferida de começar a maioria das facilitações. No 
círculo todos se enxergam, todos estão no mesmo nível e todos podem ter 
seu espaço de fala.
Semicírculo: é um formato híbrido que permite aproveitar os pontos positivosdo Círculo mas também incluir a possibilidade do facilitador apresentar algum 
material, por exemplo.
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Grupos: se você quer dar o tom de que a atividade é colaborativa e mão na 
massa, começar com a estrutura já organizada em grupos pode te ajudar 
nisso.
Auditório: esse é o formato padrão e mais conhecido de qualquer evento. Eu 
só utilizo ele quando não tenho outra opção possível. Acredito que, como 
facilitadores, podemos ser mais criativos em relação à forma.
Formato U: para atividades onde é necessário que as pessoas estejam 
escrevendo ou que estejam utilizando o computador, o formato U pode ser 
uma boa pedida.
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APRENDENDO A FAZER A
GESTÃO DO TEMPO
A gestão do tempo também é um dos elementos fundamentais que 
compõem uma experiência de facilitação.
Se o facilitador estressa demais o controle do tempo, o processo fica 
desgastante, as pessoas ficam ansiosas e não gera um sentimento positivo. 
Por outro lado, se o facilitador for negligente com o cuidado do tempo é 
possível que o grupo não consiga atingir os objetivos estabelecidos e se 
frustre com isso.
Então, o papel do facilitador é estar a todo o momento consciente sobre a 
gestão do tempo e propondo suas atividades levando em consideração o 
timing delas.
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Algumas dicas práticas para você cuidar do tempo nas suas facilitações:
• Estabeleça um ritmo com o grupo: uma boa forma de fazer isso é 
colocando tempos curtos para as atividades e, caso necessário, colocar um 
tempo adicional.
• Deixe um cronômetro visível: esse é um recurso bem legal para que o 
grupo esteja consciente dos tempos de cada atividade.
• Compartilhe a responsabilidade com o grupo: o facilitador não dá conta 
sozinho de garantir a gestão do tempo. Por isso, em alguns momentos, o 
facilitador pode convidar o grupo para ser corresponsável pelo tempo.
• Tenha uma agenda aberta e celebre os avanços: ter uma agenda aberta, 
acessível a todo momento e comemorar com o grupo cada novo passo 
dado é uma ótima forma de cuidar do tempo e da energia.
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DOCUMENTE SEU TRABALHO E
FORTALEÇA SEU POSICIONAMENTO 
Estar como facilitador também pode ser uma ótima oportunidade de produzir 
conteúdo, documentar o seu trabalho e fortalecer seu posicionamento como 
profissional.
Isso pode ser muito mais simples do que escrever um artigo, por exemplo.
E eu falo por experiência própria. Eu comecei a documentar as minhas 
facilitações e foi um caminho sem volta. Comecei tirando algumas fotos, 
depois gravando vídeos, fui para captação de depoimentos e, a partir daí, não 
parei mais…
Mas como você pode começar a documentar desde hoje o seu trabalho como 
facilitador?
Você não precisa de grandes equipamentos ou de muitas habilidades para 
fazer isso.
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Basta começar com o seu celular, com testes pequenos e aprendizados 
rápidos. Abaixo compartilho alguns caminhos bem simples para você praticar.
• Esteja atento para tirar algumas fotos durante a facilitação, foque em 
poucas e boas (menos é mais).
• Faça alguns vídeos curtos sobre o trabalho, seja dos materiais 
desenvolvidos ou das pessoas colaborando.
• Avalie a possibilidade de captar alguns depoimentos das pessoas sobre 
como foi a sua experiência.
• Produza algum conteúdo rápido compartilhando seus principais 
aprendizados. Pode ser em um canal particular da empresa ou em suas 
próprias mídias sociais.
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Aprenda facilitação e reinvente sua 
carreira.
Eu te garanto que se tu começar a aplicar só um ou dois insights e dicas que 
você aprendeu aqui, você vai começar a transformar a sua forma de enxergar 
seu trabalho e sua carreira. 
Mas isso é só o começo. Eu busquei trazer aqui meus conhecimentos e 
experiências da forma mais resumida possível. Afinal, eu sei que hoje em dia 
existe muito conteúdo disponível e nem todas as pessoas estão dispostas a 
investir tanto tempo em aprender e aplicar na prática esses conhecimentos. 
O problema é que o verdadeiro aprendizado só acontece com prática, 
consistência e aprofundamento. É preciso ir além do básico.
Então, se tu realmente quer ir além e seguir aprendendo ainda mais sobre 
facilitação, eu tenho um convite especial pra ti.
Eu criei um grupo no Telegram onde eu estou começando a compartilhar 
conteúdos sobre facilitação diariamente. São meus insights e aprendizados do 
dia a dia compartilhados em primeira mão de forma direta e prática. 
Além de começar a receber conteúdos meus desde já, todos os que estão no 
grupo do Telegram ficarão sabendo primeiro das novidades que estou 
planejando lançar em breve.
Se você chegou até aqui, eu imagino que não é de perder oportunidades à 
toa. Então clique na imagem abaixo para entrar no grupo e seguir 
aprendendo, evoluindo e praticando.
https://t.me/aprendafacilitacao
https://t.me/aprendafacilitacao
Seguimos juntos nessa 
jornada de transformação
guitviegas
https://www.instagram.com/guitviegas/
http://facebook.com/guitviegas
https://www.youtube.com/user/guiviegas/
https://www.linkedin.com/in/guitviegas/

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