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Asma: Diagnóstico e Tratamento

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Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
ASMA 
MÓDULO CLÍNICA MÉDICA – PNEUMOLOGIA 
Asma é uma doença crônica das vias aéreas, na qual 
muitas células e elementos celulares têm 
participação. 
A inflamação crônica está associada à hiper 
responsividade das vias aéreas, que leva a 
episódios recorrentes de sibilos, dispneia, opressão 
torácica e tosse, particularmente à noite ou no 
início da manhã. 
Esses episódios são uma consequência da 
obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar 
generalizada e variável, reversível 
espontaneamente ou com tratamento. 
GINA 2020, SBPT 2012. 
FISIOPATOLOGIA 
Múltiplas células inflamatórias 
Padrões diversos, bem como a clínica 
Inflamação crônica – persiste mesmo quando os 
sintomas são episódicos 
Parênquima pulmonar não afetado – doença de via 
aérea. 
 
QUADRO CLÍNICO: 
• Dispneia 
• Tosse 
• Sibilância 
• Opressão/desconforto torácico 
Podem melhorar espontaneamente; 
Melhora total/parcial com tratamento; 
Piora com exposição a alérgenos; 
Período intercrise: assintomático/oligosintomático; 
Ao dormir – cai o nível de cortisol – faz 
broncoespasmo – piora dos sintomas. 
DIAGNÓSTICO: 
CLÍNICO!! 
Antecedentes: início de sintomas respiratórios na 
infância; rinite (80% dos pacientes tem rinite 
alérgica); história familiar de asma ou alergia. 
Geralmente sintomas aparecem na infância. 
Reduzem probabilidade de diagnóstico de asma: 
tosse isolada, sem outros sintomas respiratórios; 
produção crônica de secreção; dor torácica; 
sintomas constitucionais, febre e perda de peso. 
AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR: 
Hemograma: eosinofilia – inespecífico, porém a 
maioria dos asmáticos são + 
RX de tórax: para diagnóstico diferencial. 
Teste cutâneo de leitura imediata; IgE sérica 
específica – pesquisa de alergia. 
Funcional – espirometria, pico de fluxo expiratório. 
Espirometria: demonstrar limitação ao fluxo de ar 
e ou resposta ao BD; avalia a gravidade da 
obstrução – pior VEF1 > exacerbação. 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
Sinais de obstrução VEF1/CVF e VEF1 
Resposta positiva após BD: aumento 7% e 200 mL 
no VEF1 (SBPT – cai mais nas provas) ou CVF ou 
(GINA) 12% e 200 mL 
 
Pico do fluxo expiratório (PFE): 
Mede de forma longitudinal, o grau diurno de 
obstrução das vias aéreas e sua instabilidade. 
Em fase estável, não há variação; 
Flutuação indica asma não controlada. 
PFE seriado em 10 a 14 dias: PFE maior-
menor/média ≥ 20% para adultos; ≥ 30% para 
crianças. 
RX de tórax: 
Normal – utiliza-se o rx para diagnósticos 
diferencias. 
Hiperinsuflação: retificação de costelas; aumento 
dos espaços intercostais; retificação do diafragma. 
Espessamento de paredes brônquicas; 
Pequenas áreas de atelectasias (diferenciar de 
pneumonia). 
RX inespecífico: excluir outros diagnósticos. 
EXAME FÍSICO: 
MV diminuído, roncos e sibilos expiratórios. 
 
 
Tórax silencioso na crise de asma é um sinal de 
gravidade. 
DPOC E AMA BRÔNQUICA: 
 
 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
 
GINA 2020: 
 
 
STEP 1: 
Medicação de escolha: S/N CI-Formoterol 
O uso de ICS em dose baixa reduz inflamação, 
diminuindo o risco de exacerbações. 
NÃO se recomenda o uso de SABA isolado. 
STEP 2: 
Medicação de escolha: CI em dose baixa 
(beclometasona 100-200 mcg/d ou budesonina 
200-400 mcg/dia) + SABA S/N ou CI-Formoterol 
S/N. 
Melhora sintomas, função pulmonar e reduz risco 
de exacerbações. 
Opção: LTRA (menos eficaz, mas bom para rinite) 
Teofilina: NÃO faz mais parte do tratamento. 
• Sintomas duas ou mais vezes por mês. 
STEP 3: 
Medicação de escolha: ICS/LABA em baixa dose 
(beclometasona 100-200 mcg/d ou budesonina 
200-400 mcg/dia) + SABA para alívio de sintomas 
ou ICS/LABA também no resgate. 
Opção: ICS isolado em dose moderada 
(beclometasona 100-200 mcg/d ou budesonina 
200-400 mcg/dia) – menos eficaz 
• Sintomas na maioria dos dias ou despertar a 
noite ≥ 1 vez por semana. 
STEP 4: 
Medicação de escolha: ICS/LABA em dose 
moderada + SABA de resgate. 
Opção: ICS/Formoterol em baixa dose – 
manutenção e resgate. 
Opção: tiotrópio/LTRA ou teofilina. 
• Sintomas na maioria dos dias, despertar a 
noite ≥ 1 vez por semana e baixa função 
pulmonar. 
STEP 5: 
Referenciar ao especialista. 
Corticoide inalado altas doses e LABA. 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
Tiotrópio 
Omalizumbe (anti-IgE) 
Mepolizumabe/reslizumabe/benralizumabe (anti-
IL5) 
Corticoide oral dose baixa: ponderar efeitos 
colaterais. 
NÍVEL DE CONTROLE DOS SINTOMAS: 
 
De: despertar noturno. 
Li: limitação de atividades. 
Ci: “sintomas”. 
A: medicamento de alívio. 
Reavaliar tratamento a cada 3 meses. 
Escalonar, S/N. 
Sintomas não controlado ou exacerbações; rever 
técnica e adesão antes – aumentar. 
Descalonar, se possível. 
Sintomas controlados por 3 meses; baixo risco de 
exacerbações; não suspende ICS – reduzir. 
Gravidade da asma: avaliada pela medicação usada 
– leve, moderada e grave. 
Controle da asma: avaliado de acordo com 
sintomas nas últimas 4 semanas (GINA) – 
controlada, parcialmente controlada e não 
controlada. 
CRISE DE ASMA: 
Episódio agudo ou subagudo de piora progressiva 
da falta de ar, chiado, tosse, aperto no peito. 
Tratamento irregular; 
Infecção viral; 
Exposição a alérgenos/irritantes; 
Comorbidade: rinossinusopatia; DRGE; 
obesidade; SAOS. 
- Não usa antibiótico. 
CLÍNICA: 
• Agitação 
• Fala entrecortada 
• Taquipneia 
• Tempo expiratório prolongado 
• Inclinação para frente com ombros 
elevados 
• Uso da musculatura acessória 
• Sibilos – principalmente expiratórios 
• Roncos – muco 
• MV diminuídos ou assentes. 
Hipoxemia é rara, se presente, pensar em outras 
causas ou crise muito grave. 
EXACERBAÇÕES: 
Avaliação clínica rápida 
Adultos: espirometria, PFE, oximetria de pulso. 
Excluir hipótese de infecção por COVID-19. 
Exames complementares são normalmente 
dispensáveis. 
 Gabriela Rodrigues @gabirodrigsp 
 
GRAVIDADE DA CRISE DE ASMA: 
 
 
 
 
OUTRAS MEDICAÇÕES NA CRISE DE ASMA: 
Oxigênio: manter SPO2 entre 93-95% 
B-2-agonista EV ou SC (terbutalina ou 
salbutamol): sem evidências para uso (A). Muita 
taquicardia e tremores. 
Adrenalina: IM crise de asma com anafilaxia. Não 
deve ser usado rotineiramente. 
CO é tão efetivo quanto EV: mais barato, mais 
rápido e menos invasivo. Preferencialmente na 
primeira hora. 
Ipratrópio (Atrovent): crise moderada ou grave, 
sem resposta adequada às condutas iniciais. 
Aminofilina e teofilina – NÃO usar. 
Sulfato de magnésio: pacientes graves e crises 
graves recorrentes. Paciente com PFE ou VEF1 < 
30%, 2g EV em 20 minutos. 
Antileucotrieno: EV ou VO. Pode melhorar função 
pulmonar. Poucos estudos. 
ATB: não usar em rotina; apenas se pneumonia, 
sinusite, etc. 
CPAP ou BiPAP: não usar rotineiramente na crise 
de asma. 
ATENÇÃO: GINA 2020 não autoriza SABA 
sozinho. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AULA MEDCEL 2020 – 
PNEUMOLOGIA.

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