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CUOS AT 1. Definir cuidados paliativos relacionando com suas indicações; 2. Entender o conceito de terminalidade da vida relacionando com as definições de distanásia, eutanásia, ortotanásia, prevenção quaternária; 3. Compreender a comunicação difícil e seus protocolos reconhecendo a importância do testamento vital e diretivas antecipadas de vontade 4. Conhecer as escalas de paliação PPS e ESAS entendendo sua aplicação na escolha terapêutica; 5. Entender a importância da multidisciplinaridade nos cuidados paliativos relacionando com o modelo de atendimento HOSPICE; FONTE: Tratado de geriatria e gerontologia 4ª ed; https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/September/17/Manu al-CuidadosPaliativos-vers--o-final.pdf ; https://pebmed.com.br/hipodermoclise-quando-o-acesso-subcuta neo-e-valido/ definição O termo paliativo se origina do latim pallium; manto ou capote usado por viajantes na Idade Média para se proteger das intempéries da viagem. No século V já era usado o termo “hospice”, significando abrigo para acolher e cuidar de viajantes e posteriormente, no período medieval, doentes peregrinos. Em 2017, a OMS revisou a definição de cuidados paliativos, que consiste em: Assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e de seus familiares, diante a uma doença ou agravo que ameace a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais desde o diagnóstico da doença ao final da vida e estendendo-se ao período do luto. Essa nova visão, centrada no ser humano inserido em seu contexto de vida, com destaque ao respeito às suas escolhas e vontade, não exclui o tratamento voltado para a doença. DOR TOTAL Expressão cunhada por Cicely Saunders, que a utilizou pela primeira vez para se referir à “dor total” quando identificava um paciente com uma dor de difícil controle apesar do uso de medicações apropriadas. No entanto, quando ele era tratado com abordagem multidisciplinar, com atenção às suas angústias psicossociais e espirituais, obtinha-se o controle adequado de sua dor. alguns conceitos TERMINALIDADE DA VIDA É quando se esgotam as possibilidades de resgate das condições de saúde e a possibilidade de morte próxima parece inevitável e previsível. O indivíduo se torna "irrecuperável" e caminha para a morte, sem que se consiga reverter este caminhar. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2616561/mod_r esource/content/1/ARTIGO_REV_MEDICINA_revisao_te rminalidade_de_vida.pdf#:~:text=Cuidados%20Paliativos. &text=Segundo%20Gutierrez%20(2001)1%2C,se%20cons iga%20reverter%20este%20caminhar. DISTANÁSIA/EUTANÁSIA/ORTOTANÁSIA EUTANÁSIA: morte provocada por sentimento de piedade à pessoa que sofre; antecipa a morte natual em pessoas com forte sofimento, doença incurável ou em estado terminal e é movida pela compaixão ou piedade. ● se a doença for curável, caracteriza-se como homicídio (art. 121 do código penal) ● não há amparo legal, mas pode ser classificado como homicídio privilegiado (levando a diminuição da pena), como auxílio ao suicídio (caso o paciente solicite ajuda para morrer) ou conduta atípica DISTANÁSIA: é o prolongamento artificial do processo de morte e por consequência prorroga o sofrimento da pessoa. Não visa prolongar a vida, mas sim o processo de morte. ORTOTANÁSIA: significa morte correta, ou seja, a morte pelo processo natural. Neste caso o doente já está em processo natural da morte e recebe uma contribuição médica para que este estado siga seu curso natural. https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/September/17/Manual-CuidadosPaliativos-vers--o-final.pdf https://antigo.saude.gov.br/images/pdf/2020/September/17/Manual-CuidadosPaliativos-vers--o-final.pdf https://pebmed.com.br/hipodermoclise-quando-o-acesso-subcutaneo-e-valido/ https://pebmed.com.br/hipodermoclise-quando-o-acesso-subcutaneo-e-valido/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2616561/mod_resource/content/1/ARTIGO_REV_MEDICINA_revisao_terminalidade_de_vida.pdf#:~:text=Cuidados%20Paliativos.&text=Segundo%20Gutierrez%20(2001)1%2C,se%20consiga%20reverter%20este%20caminhar https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2616561/mod_resource/content/1/ARTIGO_REV_MEDICINA_revisao_terminalidade_de_vida.pdf#:~:text=Cuidados%20Paliativos.&text=Segundo%20Gutierrez%20(2001)1%2C,se%20consiga%20reverter%20este%20caminhar https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2616561/mod_resource/content/1/ARTIGO_REV_MEDICINA_revisao_terminalidade_de_vida.pdf#:~:text=Cuidados%20Paliativos.&text=Segundo%20Gutierrez%20(2001)1%2C,se%20consiga%20reverter%20este%20caminhar https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2616561/mod_resource/content/1/ARTIGO_REV_MEDICINA_revisao_terminalidade_de_vida.pdf#:~:text=Cuidados%20Paliativos.&text=Segundo%20Gutierrez%20(2001)1%2C,se%20consiga%20reverter%20este%20caminhar https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2616561/mod_resource/content/1/ARTIGO_REV_MEDICINA_revisao_terminalidade_de_vida.pdf#:~:text=Cuidados%20Paliativos.&text=Segundo%20Gutierrez%20(2001)1%2C,se%20consiga%20reverter%20este%20caminhar https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/87732/qual-a-diferenc a-entre-eutanasia-distanasia-e-ortotanasia PREVENÇÃO QUATERNÁRIA O termo prevenção quaternária (P4) foi utilizado pela primeira vez numa conferência de MFC (WONCA, 1995) por Marc Jamoulle. É definida como “ação feita para identificar uma pessoa ou população em risco de super medicalização, para protegê-los de uma intervenção médica invasiva e sugerir procedimentos científica e eticamente aceitáveis.” https://pebmed.com.br/prevencao-quaternaria-voce-sabe- o-que-e/ TESTAMENTO VITAL No Brasil, o termo testamento vital costuma ser utilizado quando o documento é registrado em cartório. Trata-se de documento que uma pessoa com discernimento e civilmente capaz (maior de 18 anos) redige sobre quais tratamentos e procedimentos médicos quer ou não quer ser submetida. É indicado que o testamento vital seja construído com o auxílio de um médico de confiança, que apenas irá orientar tecnicamente (cuidados obrigatórios e não obrigatórios; procedimentos) e sem impor sua vontade e/ou seus interesses. Se possível, deve ser consultado um advogado com experiência no tema para esclarecimento de dúvidas jurídicas (orientação quanto ao lavramento de escritura pública perante tabelião de notas). É válido até que o paciente cancele. Também existe a possibilidade de mandato duradouro, em que o paciente elege um representante, que é alguém em quem confia, para que tome decisões sobre seus cuidados médicos quando este não for mais capaz de tomá-las, respeitando os desejos expressos anteriormente. DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE São instruções escritas realizadas pelo paciente maior de idade, com autonomia e capacidade de decisão preservadas, sobre como devem ser tomadas decisões de tratamento médico quando esta não tiver mais condições para tal. É um processo dinâmico que deve ser revisado periodicamente quando decisões clínicas precisam ser tomadas e, principalmente, no momento da admissão hospitalar. Respaldo ético: Resolução do CFM 1995/2012: Art.1 “conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade.” O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante legal, caso em sua análise, as mesmas estejam em desacordo com o Código de Ética Médico. As diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares. O médico deverá registrar, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que lhes foram diretamente comunicadas pelo paciente; não exige presença de testemunhas ou que o documento seja firmado em cartório. princípios - omsDe acordo com a OMS: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/87732/qual-a-diferenca-entre-eutanasia-distanasia-e-ortotanasia https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/87732/qual-a-diferenca-entre-eutanasia-distanasia-e-ortotanasia https://pebmed.com.br/prevencao-quaternaria-voce-sabe-o-que-e/ https://pebmed.com.br/prevencao-quaternaria-voce-sabe-o-que-e/ quando e como indicar? Segundo a definição da OMS, deve-se sempre pensar em cuidados paliativos naqueles casos de portadores de doenças que ameaçam a continuidade da vida. Contudo, o início do manejo paliativo somente nesse momento é perda de tempo e de oportunidades preciosas para amenizar o sofrimento, ajudar no processo de morte e discutir com a paciente e sua família como, onde e na companhia de quem ela gostaria de vivenciar esse pouco tempo de vida que lhe resta, estando em plena consciência da inevitabilidade de sua morte. A paliação não se restringe apenas à fase terminal de vida. Apesar da visão moderna de que os cuidados paliativos devem estar presentes desde o diagnóstico da doença, certamente sua contribuição aumenta à medida que as terapias modificadoras de doença vão se esgotando. trajetórias das doenças crônicas À exceção das causas de morte súbita (traumatismos, infecções graves, arritmias ou infarto agudo), três trajetórias de fim de vida para as pessoas que convivem com doenças crônicas foram descritas (Lynn e Adamson, 2003): A. doentes com progressão de doença constante e com fase terminal bem definida e relativamente rápida. Ex.: câncer B. declínio mais lento, porém entremeado de episódios de deteriorações agudas da doença, os quais podem levar ou a uma morte mais abrupta ou a uma recuperação, porém sempre em um nível inferior. Ex.: IC, DPOC, cirrose hepática C. pacientes cuja trajetória de doença apresenta um declínio progressivo e lento até o óbito. Ex.: demências ou síndrome de fragilidade Essa classificação pode ajudar os profissionais de saúde a preverem a trajetória da doença e a contribuírem para o planejamento terapêutico, mas deve ser usada de maneira individualizada e dinâmica, conforme novas descobertas vão surgindo. principais sintomas Pessoas com doenças em fase avançada podem apresentar sintomas de grande desconforto físico e psíquico. Os sintomas mais comuns nos pacientes com doença em fase terminal são: ● fadiga ● dor ● anorexia, emagrecimento ● dispneia, tosse ● constipação, náuseas, vômitos, disfagia, diarreia ● confusão mental ● ansiedade, tristeza/depressão ● agitação/insônia ● hemorragia ● feridas Após identificação dos sintomas presentes, existem medidas de tratamento farmacológico e não farmacológico apropriadas para tentar controlá-los. HIPODERMÓCLISE Com a evolução da doença para a fase final, pode aparecer a não aceitação dos fármacos pela via oral. Nesse momento, a alternativa é a subcutânea, sendo a hipodermóclise o método (após a VO) mais indicado para a reposição de fluidos e medicamentos. Ela é indicada pelo baixo risco de complicações, por ser indolor e eficaz. Além disso, o acesso é rápido e permite maior mobilidade do paciente. A vascularização do tecido subcutâneo permite que medicamentos dados por essa via sejam bem absorvidos, atingindo concentrações séricas adequadas e com tempo de ação prolongado. O sítio de punção deve ser trocado a cada 72 h ou em caso de irritação da pele. O novo local deve estar a uma distância mínima de 5 cm do anterior. Scalp para o centro do corpo. As desvantagens são: ● volumes e velocidade de infusão limitados (até 1500ml/24h por sítio de punção ● absorção variável ● limitação de medicamentos e eletrólitos avaliação do declínio funcional Com o objetivo de situar em que momento da doença o paciente se encontra são utilizados escores de avaliação da capacidade funcional a fim de identificar o nível de comprometimento nas ABVD e AIVD. ⚠ Lembrar de que o prejuízo funcional do paciente pode ser causado por sintomas não controlados, como dor limitante, e não pela extensão da doença em si, podendo levar a erros na definição do prognóstico. ESCALA DE PERFORMANCE DE STATUS DE KARNOFSKY Desenvolvida em 1940, torna-se possível correlacionar o nível de funcionalidade ao prognóstico do paciente. Pacientes com KPS de 50% ou menos E com comprometimento de pelo menos 3 ABVD apresentavam grande chance de morrer dentro dos próximos 6 meses. ESCALA DE PERFORMANCE PALIATIVA - PPS Desenvolvida em 1996, a partir da KPS, é um instrumento de avaliação adaptado para os cuidados paliativos. Avalia o doente a partir de 5 critérios: deambulação, atividade e evidência de doença, autocuidado, ingesta e nível de consciência. Pode ser usado de modo longitudinal, construindo gráfico sobre o paciente ao longo do tempo e ajudando a compreender a trajetória da doença e o planejamento de cuidados. critérios de elegibilidade Qualquer doença incurável, degenerativa, ou que apresente um curso mais ou menos longo, de declínio progressivo e incapacitante, é área de atuação paliativa. Pode-se abordar qualquer faixa etária. A geriatria representa um campo farto de aplicação dos cuidados paliativos. Com o avançar da idade várias morbidades vão se acumulando e se somam às alterações orgânicas próprias do envelhecimento, ao uso de polifarmácia e às consequentes interações medicamentosas, tornando os idosos mais vulneráveis e frágeis com progressiva perda de funcionalidade e da qualidade de vida. Nesse contexto, ressaltam-se os 3Fs da geriatria: fragilidade (perda de peso não intencional, diminuição da força e da funcionalidade muscular, redução da atividade física e exaustão física), declínio funcional e falência orgânica, que são o tripé para definição da terapia paliativa nos idosos. Dentre as ABVD, a incontinência urinária e fecal, a incapacidade para se alimentar sem auxílio e a imobilização permanente em leito ou poltrona compreendem as indicações de cuidados paliativos. avaliação dos sintomas e abordagem ao paciente A busca pelos sintomas deve ser prioridade no cenário dos cuidados paliativos, devendo ser realizada rotineiramente de maneira ativa, uma vez que muitos pacientes não verbalizam seus sofrimentos ou não conseguem se comunicar. Após identificar os sintomas e avaliar, convém tratar com urgência e por meio de medidas farmacológicas e abordagem multidisciplinar em concordância com o princípio da “dor total”. Posteriormente a instituição do tratamento inicial, deve-se monitorar continuamente e sempre reavaliar o paciente, propondo novas abordagens de maneira individualizada. Vários instrumentos auxiliam a avaliação da dor, como a escala visual analógica(EVA), que gradua numericamente a dor do paciente, e a escala de faces. Outro questionário muito utilizado em cuidados paliativos e que engloba vários sintomas, além da dor, consiste na escala de avaliação de sintomas de Edmonton (ESAS). Questões específicas, como medicamentos, sondas, procedimentos, devem ser individualizadas. Pode-se questionar: o paciente está desconfortável com o sinal/sintoma? o desconforto será amenizado com essa medida? Existem meios alternativos para aliviar o sofrimento com menos efeitos adversos? Um paciente com doença avançada e em fase terminal comumente apresenta hiporexia, e tentar obrigá-lo a se alimentar, seja por via oral, seja por sondas, pode causar mais mal-estar e complicações, além de não acrescentar benefícios ao controle da doença. O racional dos cuidados paliativos é sempre pesar em esfera individual os benefícios e os malefícios antes que qualquer medida seja implementada ou refutada. Convém pensar na proporcionalidade de cada medida a fim de estabelecer a terapêutica mais adequada. Durante todo o processo, é imprescindível uma boa comunicação entre a equipe, o paciente e a família. Deve-se respeitar a autonomia do paciente, ser empático e esclarecer a situação. Todo o suporte espiritual e psicológico deve ser ofertado ao doente e a seus familiares. O prognóstico deve ser explicado para que haja a oportunidade de redimensionar metas de vida e resolver pendênciaspessoais. Os diversos tratamentos necessários devem ser explicados, planejados e submetidos conforme a aceitação por parte do paciente, rediscutindo cada etapa de acordo com o surgimento de novas intercorrências. Por fim, quando as propostas de terapias modificadoras de doença forem reduzidas, devem ser antecipadas as discussões sobre o fim de vida, enquanto o paciente se mantém autônomo, consciente e capaz de planejar seu próprio processo de morte. Após a morte, os familiares devem continuar sendo assistidos pela equipe, ajudando na elaboração do luto e diminuindo os riscos de traumas e culpas infundadas. comunicação ao fim da vida A maneira como é dada uma má notícia pode ter um impacto surpreendente. A postura do profissional, a abordagem do problema e o ambiente em que a conversa ocorreu são memórias inomináveis. A comunicação é a própria dinâmica das relações interpessoais, em que os relacionamentos se fortalecem, as incertezas se reduzem e é apontada uma direção ao paciente e à sua família. PROTOCOLO SPIKES Já se tornou um clássico na recomendação de estratégias para dar as más notícias. A postura acolhedora do profissional, o tom firme e suave da sua voz e o seu toque compassivo são o esteio da conversa. O que o paciente diz deve ser escutado com calma e atenção, evitando a superposição de vozes. É bom lembrar que repetir algumas palavras já utilizadas ajuda na compreensão final. Um discurso simples e direto, sem uso de termos técnicos, facilita o entendimento, assim como o limite da quantidade de informação, respeitando a provável redução da capacidade de assimilação do paciente. Procura-se responder às perguntas com precisão e objetividade, transmitindo conhecimento e segurança. Nesse ponto, é o paciente quem dita o ritmo da conversa. Com frequência, acontece um tempo prolongado de silêncio. Vale lembrar que esse é o tempo particular do paciente, durante o qual as informações estão sendo processadas. A conversa deve ser finalizada com um resumo do que foi dito, sugerindo uma estratégia para os próximos encontros e a abertura para novas perguntas. Quando possível, o paciente deve ser encorajado a se envolver no planejamento do tratamento e nas futuras decisões. hospice Antes de ser um lugar físico, é uma filosofia de cuidados, é um conceito. Ela reconhece e cuida com respeito dos sofrimentos globais, isto é, do corpo, da mente e do espírito. ⚠
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