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Gestao_Ambiental_UFRJ_2001.2

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Gestão Ambiental – UFRJ - 2011
TUTELA JURÍDICA DO MEIO AMBIENTE
Miriam Fontenelle
Professora Adjunta da UNIRIO e do IBMEC
miriam.fontenelle@gmail.com
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Sumário de Gestão Ambiental
Estado, através do Poder Executivo: gerencia a coisa pública: Funções administrativas da AP: prestar SP, exercer atividades de fomento e interventivas.
Estado: competências para administrar e para legislar, através da U, E, M.
Ainda atribuições próprias: dentre elas, o exercício do poder de polícia administrativo.
Política Nacional de Meio Crise e ambiental: sociedade de risco.
O meio ambiente na CRFB/88. 
Instrumentos da Política Ambiental.
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Estado exerce a função administrativa
Para ao exercício da atividade administrativa através de seus agentes públicos que atuam nos órgãos públicos, tanto age pautado em LEIS, que emanam do Poder Executivo e podem ser editadas pela União, Estados e Municípios, logo temos leis federais, estaduais e municipais que incidem no mesmo território.
O Estado também atua através de atos administrativos, que constituem a manifestação de sua vontade, como os decretos, portarias e resoluções, dentre outros. 
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Política Ambiental
A Administração Pública para o desempenho adequado de suas atribuições depende da elaboração e implementação da política ambiental, com suas políticas, diretrizes, finalidades, sistemas e instrumentos.
Instrumentos de comando e controle: fiscalização, licenciamento, UC e responsabilidade ambiental.
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Responsabilidade Ambiental e a Tutela Processual
Responsabilidade Ambiental: Art. 225 § 3º da CRFB/88: administrativa, civil e criminal.
Possibilidade de assinatura de TAC nas três modalidades, com ou sem presença do MP. Este poderá impetrar ação civil pública para a responsabilidade civil objetiva para apurar os ilícitos civis.
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Bibliografia
Temas de Direito Ambiental. Miriam Fontenelle.
Direito Ambiental. Paulo Bessa.
Direito do Ambiente. Édis Milaré.
Direito Ambiental Brasileiro. Paulo Affonso Leme Machado.
Direito Ambiental Constitucional. José Afonso da Silva.
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Estado: estrutura de funcionamento
Estado: através do Poder Executivo gerencia a coisa pública, oferecendo serviços públicos, exercendo atividades interventivas (poder de polícia ambiental) e de fomento (incentivos. A CRFB/88 entendeu que ao exercer esta função administrativa, o Poder Executivo passa a denominar-se administração pública direta e indireta.
O Estado tem atribuições (legislativa, administrativa e judicial)) e competências para legislar e exercer o poder de policia ambiental.
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Exercício das atribuições
A Política Ambiental foi instituída para o cumprimento da gestão ambiental, com suas diretrizes, objetivos, sistema e instrumentos de comando e controle e de incentivos.
A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente tem fundamento na Lei º 6938/81 e seu decreto regulamentador nº 99274/90, além do fundamento constitucional no art. 225 da CRFB/88.
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Temas preliminares para o diálogo sobre a Política Ambiental
Noções básicas: tutela do meio ambiente, princípios, abrangência. Razão da tutela jurídica. Direito Ambiental.
Sociedade de consumo e de risco.
Globalização dos problemas.
Como conciliar os interesses múltiplos. Negociação de conflitos ambientais? 
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Meio Ambiente
Crise atual: questões e soluções.
Conceito: é a interação do conjunto de elementos naturais, artificiais e culturais que proporcionam o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas.
Problema: produção de alimentos e desmatamento. Solução: produção de biomassa e emprego.
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Meio Ambiente
Abrangência: natural, artificial, cultural e saúde do trabalhador.
Meio Ambiente Natural: água, ar, solo, fauna e flora.
Processo de degradação: 3 fases: 12 mil anos; industrialização do século XVII; saída da era do petróleo para redução dos gases de efeito estufa.
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Princípios do meio ambiente
Prevenção.
Cooperação.
Usuário pagador.
Responsabilidade.
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Direito Ambiental
É o conhecimento sistematizado de princípios e normas ordenadores da qualidade de vida.
Conjunto de normas jurídicas disciplinadoras da proteção da qualidade do meio ambiente, visando o desenvolvimento sustentável.
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Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente
Modelo Econômico e Desequilíbrios Sociais. 
Globalização e Informação.
Avanço Tecnológico e Valores em Conflito. Sociedade de Risco.
Novo Modelo de Estado e Legislação Protetora do Meio Ambiente.
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Desenvolvimento Sustentável
Exploração equilibrada dos recursos naturais, nos limites das necessidades e do bem-estar de todos.
Crescimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental.
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Princípios
Reparação: 225 § 3o. CF/88.
Informação: Lei 10.650/2003.
Participação: Resolução CONAMA no. 9/87.
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Princípios do Direito Ambiental
Direito Fundamental: qualidade de vida: 5o. e 225 da CF/88.
Acesso eqüitativo aos recursos naturais: bem de uso comum – 225 CF/88.
Usuário-pagador e poluidor-pagador: 4o. VII da LPNMA.
Precaução: Declaração da Rio/92.
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O Meio Ambiente na CRFB/88
Artigo 225: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
Também instrumentos, como fiscalização, licenciamento, criação de unidades de conservação e incentivos.
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Novidades:
Poder Público e coletividade têm o dever de proteger o meio ambiente.
É um bem de uso comum do povo.
Faz a projeção para o futuro.
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Hoje:
Artigo publicado no Brasil Le Monde Diplomatique, de 24/07/2009 explica que:
“É necessário que o Brasil assuma seus compromissos históricos, atuais e futuros, criar um senso de urgência e tratar a questão ambiental com responsabilidade.”
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Legislação: visão publicística
Anos 80/90:
Lei no. 6938, de 31 de agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente.
Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988.
Lei nº. 7347, de 24 de julho de 1985, que disciplinou a Ação Civil Pública.
Lei nº 9605/98, que regulamenta infrações e crimes ambientais
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Política Nacional do Meio Ambiente
Lei no. 6938/81, regulamentada pelo Decreto no. 99274/90.
Instituiu a Política de Meio Ambiente.
Estabeleceu princípios: proteção da qualidade ambiental, propícia à vida, visando assegurar o desenvolvimento socioeconômico, atendendo aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana: artigo 2º da Lei.
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Política Ambiental
Conteúdo: proteção do meio ambiente.
Conceitos: art. 3º. da Lei.
Finalidade: compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade e do equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da U, E, DF e M.
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Sistema Nacional do Meio Ambiente – artigo 6º. da Lei.
Órgão superior: Conselho de Governo.
Órgão consultivo: CONAMA.
Órgão central: Ministério do Meio Ambiente.
Órgãos Executores: IBAMA e Instituto Chico Mendes.
Órgãos seccionais e locais.
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Instrumentos: art. 9º. da Lei
Padrões de qualidade ambiental;
Zoneamento Ambiental;
Avaliação de Impactos Ambientais;
Licenciamento Ambiental;
Incentivos;
Criação de Espaços Protegidos;
Responsabilidade por danos ao MA.
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Legislação protetora das florestas
Lei da Mata Atlântica.
Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação.
Código Florestal e suas alterações.
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SNUC – Lei 9985/00
Conceito de UC: 2º.
Objetivos: 4º.
Diretrizes: 5º.
Órgãos de gestão: 6º.
Categorias de UC: 7º.
Proteção Integral e Uso Sustentado. 
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UC de Proteção Integral
Artigo 8º.:
Estação Ecológica;
Reserva Biológica;
Parque Nacional;
Monumento Natural e 
Refúgio da Vida Silvestre.
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UC de Uso Sustentado
Art. 14:
Área de Proteção Ambiental;
Área de Relevante Interesse Ecológico;
Floresta Nacional;
Reserva Extrativista;
Reserva da Fauna;
Reserva do Desenvolvimento Sustentável e
Reserva Particular do Patrimônio Natural.
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UC: especificidades
Criação: art. 22 - lei ou decreto.
Zona de Amortecimento.
Mosaico de UC.
Plano de Manejo.
Conselho
Consultivo.
Audiência Publica.
Recursos e Incentivos.
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Código Florestal 
Áreas ambientalmente protegidas:
Áreas de Preservação Permanente;
Reserva Legal e
Servidão Florestal.
Supressão de APP: artigo 4o.
O Código Florestal incide em zona rural e urbana?
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Política Nacional de Recursos Hídricos
Lei 9433, de 08 de janeiro de 1997.
A água é um bem de domínio público.
Prioridades de uso: consumo humano e dessedentação de animais.
A gestão deve proporcionar o uso múltiplo das águas.
A bacia hidrográfica é a unidade territorial de planejamento.
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Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
Descentralizada e participativa: presença do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
Objetivos: art. 2º.: assegurar disponibilidade das águas para as gerações futuras; prevenção e defesa.
Diretrizes: art. 3º.
Instrumentos: art. 5º.
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Avaliação de Impacto Ambiental
Lei 6938/81 e decreto 99274/90.
Resoluções CONAMA 1/86; 237/97; 9/87; 279/01 (simplificado para hidrelétrica).
Estudos ambientais.
Estudo prévio de impacto ambiental.
Audiências públicas.	
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EIA/RIMA
Procedimento: Termo de Referência.
Trâmite e prazos.
Parecer técnico.
Papel do órgão licenciador.
Responsabilidade dos servidores do órgão licenciador.
Medidas mitigadoras e compensatórias.
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Processo de licenciamento ambiental
Licença ambiental: conceito e modalidades: LP, LI e LO.
Não existe direito subjetivo público na obtenção da licença ambiental.
Parecer não vinculativo.
Complementações.
Audiências públicas.
Informação e publicidade dos atos.
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Dano Ambiental 
Impacto – alteração adversa aos recursos ambientais. Utilização de instrumentos preventivos, como a licença ambiental.
Dano – impacto negativo que causa lesão ao meio ambiente e ao homem, gerando responsabilidade ambiental.
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Responsabilidade Ambiental
Modalidades: administrativa, criminal e civil.
Base legal: art. 225 § 3º. da CRFB/88
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Responsabilidade Administrativa
Artigos 70 a 76 da Lei no. 9605/98 e decreto no. 6514/2008 .
Decorre do cometimento de uma infração administrativa a ser constatada através de um auto de infração.
Processo administrativo com a decisão de impor ou não uma penalidade administrativa. 
Possibilidade de assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta, visando suspender a aplicação da sanção, mediante o compromisso de ajustar a conduta ás leis.
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Responsabilidade Criminal 
Lei no. 9605/98.
Resulta do cometimento de um crime ambiental e inicia-se com a denúncia feita pelo Ministério Público.
Traz novidades: o autor pode ser pessoa jurídica, desconsideração da pessoa jurídica, transação e assinatura de termos de ajustamento de conduta. 
Atuação do Ministério Público.
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Responsabilidade Civil
Parágrafo 1º. do artigo 14 da Lei no. 6938/81.
Responsabilidade civil por danos ao meio ambiente é objetiva. Basta a vinculação do nexo causal entre autor e dano.
Termo de ajustamento de conduta.
Papel do Ministério Público na propositura da Lei da Ação Civil Pública.
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Tutela Processual
Ação Civil Pública: Lei no. 7347, de 24 de julho de 1985 – danos morais e patrimoniais causados ao meio ambiente, consumidor, direitos de valor cultural ou qualquer outro interesse coletivo ou difuso.
Proposta por pessoa jurídica, em especial o Ministério Público.
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Ação Civil Pública
Objeto: condenação em dinheiro ou obrigação de fazer ou não fazer.
Ação Cautelar e Medida Liminar.
Inquérito Civil.
Termo de Ajustamento de Conduta: é ato administrativo negocial que visa suspender a aplicação da penalidade.
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Ação Popular
Lei no. 4717, de 29 de junho de 1965.
Proposta por qualquer cidadão.
A finalidade é anular o ato ilegal.
Exemplo: anular uma licença concedida por autoridade incompetente.
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Política Estadual
Instituto Estadual do Ambiente:
Lei no.5101/2007 e Decreto no. 41.628/2009: atuação desconcentrada através das Superintendências Regionais.
Descentralização do licenciamento ambiental: decreto no. 40.793/2007.
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Ignacy Sachs
O Brasil reúne condições para se tornar um laboratório em escala mundial, da transição para as energias renováveis, devendo aproveitar sua biocapacidade para avançar no sentido da invenção de uma biocivilização moderna.
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