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Meloxicam e Nimesulida

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Farmacologia 4 Jennifer Naito 
Aula 13 - meloxicam e Nimesulida 
O Meloxicam e a Nimelusida são AINEs preferenciais para COX-2. 
 
Meloxicam: é o primeiro inibidor relativamente seletivo para a COX-2. É analgésico, antitérmico e anti-inflamatório. 
• Seu tempo para agir e atingir o pico plasmático após administração oral é de cerca de 5 horas. Após a 
administração IM de 15 mg, a concentração plasmática de pico é alcançada em aproximadamente 1h. 
o Meia vida em torno de 21 horas. 
o Administração oral após alimentação rica em gorduras resulta em 21% de aumento do pico de 
concentração plasmático, sem interferir com a extensão da absorção. Portanto, pode ser administrado 
como alimentos. O tempo médio para o início da ação é de 80 a 90 minutos após a ingestão. 
o Após a dose única oral, a concentração de meloxicam no fluido sinovial varia de 40 a 50% daquela 
encontrada no plasma. A fração da droga livre no líquido sinovial chega a ser 2,5 vezes maior que no 
plasma – AINE de primeira escolha em situações de dores nas articulações. 
• Quase que totalmente metabolizado em 4 diferentes produtos. Excretado especialmente na forma de 
metabolitos, em igual extensão pela urina e fezes (50%). Menos de 1,5% é eliminado de forma inalterada. 
o Não existem diferenças significativas entre as concentrações plasmáticas encontradas em indivíduos 
com leve ou moderada disfunção hepática quando comparados com indivíduos saudáveis – utilizar a 
dose mínima habitual por poucos dias. 
o Ligação às proteínas plasmáticas não é afetada pela insuficiência hepática, nenhum ajuste de dose é 
necessário na disfunção hepática leve ou moderada. Não existem estudos sobre o comportamento do 
meloxicam em pacientes com severa disfunção do fígado. O mesmo se aplica a pacientes com 
insuficiência renal, seja leve/moderada ou grave. 
o O meloxicam não é dialisável, logo a hemodiálise não diminui sua concentração plasmática, não 
havendo necessidade de doses adicionais após este processo. 
• É indicado nos USA para alívio dos sinais e sintomas de osteoartrite. No Brasil, indicado para o tratamento 
sintomático da artrite reumatoide e osteoartrites dolorosas (artroses, doenças degenerativas das 
articulações). 
• Contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao meloxicam e naqueles que apresentaram asma, 
urticária ou reação alérgica à aspirina ou a outro AINE. 
• Efeitos cardiovasculares: trombose. 
o BULA: AINEs seletivos ou não seletivos apresentam maiores riscos para provocar eventos trombóticos, 
infarto do miocárdio e AVC. AINEs seletivos para COX-2 inibem a formação de PG12 endotelial e pouco 
inibem a COX-1 plaquetária (tendencia para formação de trombos). 
Pacientes portadores de doenças CV ou com fatores de risco para elas apresentam maior probabilidade 
de ocorrência de eventos adversos CV. Para minimizar os riscos, use a menor dose efetiva pelo menor 
tempo possível. 
Meloxicam pode agravar quadro hipertensivo e reduzir ação de diuréticos e de outras drogas anti-
hipertensivos, o que aumenta a incidência de reações adversas CV. Utilizar com cuidado em pacientes 
com hipertensão (uso prolongado). 
• Efeitos adversos: 
o Pode causar retenção de líquido, edema periférico (uso prolongado), devendo ser utilizado com cuidado 
em pacientes que apresentam retenção de líquidos, hipertensão ou insuficiência cardíaca. 
o Pode causar reações adversas GI como inflamação, sangramento, úlceras e perfuração do estomago e 
dos intestinos, embora a incidência seja bem menor com os inibidores seletivos para COX-2. Tais 
reações adversas podem ocorrer a qualquer momento, com ou sem sintomas prévios. 
o Eventos fatais GI são mais comuns em idosos e debilitados fisicamente. Usar a menor dose efetiva pelo 
menor tempo possível. 
o Uso prolongado ou combinado de AINEs leva à necrose de papila renal e a outras injúrias renais. 
Pacientes com maior risco: que já apresentam disfunção renal, insuficiência cardíaca, disfunção 
hepática, recebendo diuréticos ou inibidores da ECA e idosos. 
Farmacologia 4 Jennifer Naito 
o Não deve ser prescrito para pacientes que já apresentaram qualquer reação do tipo alérgica à Aspirina, 
incluindo broncoconstrição. Pode também causar reações na pele como dermatite esfoliativa, síndrome 
de Stevens-Johnson e necrólise toxica da epiderme. 
o Na fase tardia da gravidez provoca fechamento prematuro do ducto arterioso, podendo levar à 
hipertensão pulmonar no recém-nascido. 
o Nas doses recomendadas, meloxicam mostrou não ter quase nenhum efeito sobre a agregação 
plaquetária nem no tempo de sangramento. 
o Pacientes podem apresentar quadro de asma induzida por Aspirina. Evite administrar qualquer AINE 
nestes pacientes. Cuidado na administração de AINEs em pacientes asmáticos de maneira geral. 
o Exatamente como os outros AINEs, a administração concomitante de meloxicam e aspirina não é 
recomendada, em função do potencial para aumento significativo dos efeitos adversos. 
• Interações medicamentosas: 
o Meloxicam pode reduzir efeito natriurético da furosemida. Em tratamento prolongado, paciente deve 
ter sua função renal monitorada. 
o Pode reduzir efeitos diuréticos e outras drogas anti-hipertensivas (uso prolongado). Meloxicam pode 
aumentar toxicidade do metotrexato. Cuidado na administração concomitante. 
o Meloxicam dose de 15 mg aumenta a AUC do lítio em cerca de 21%. Monitorar sinais de toxicidade do 
lítio. Meloxicam não altera a farmacocinética do warfarin, mas o uso concomitante aumenta os riscos 
de sangramentos GI. 
• Gravidez: 
o Baixas doses de meloxicam provocaram aumento da incidência de mortes de embriões de ratos, quando 
a droga foi administrada no inicio e no final da gravidez. 
o Gravidez: categoria C. pode provocar aumento da incidência de defeitos estruturais no septo cardíaco e 
morte do embrião. Cruza a barreira placentária, não existindo estudos adequados realizados durante a 
gravidez de humanos. 
o Meloxicam pode provocar fechamento do ducto arterioso, redução do número de nascimentos e da 
taxa de sobrevivência numa ninhada de ratos, quando administrado na fase final da gravidez e durante 
a lactação. 
• Cuidados: 
o Excretado no leite de ratas concentrações maiores do que as do plasma. Em função do potencial toxico 
e de reações adversas em neonatos, deve ser evitado durante a fase de lactação. 
o Cuidado ao administrar para idosos com mais de 65 anos. 
o Reações adversas mais comuns (entre 1 e 10%): cefaleia, dor abdominal, dispepsia, diarreia, náusea e 
vômitos. 
o Uso somente para adultos acima de 12 anos (comprimidos) e 18 anos (forma injetável IM). 
o Menor incidência de eventos adversos gastrintestinais (por exemplo: dispepsia, vômitos, náusea e dor 
abdominal) quando comparado a outros AINEs. 
o A co-administração de inibidores da COX pode aumentar o risco de úlceras e sangramentos 
gastrintestinais, em razão de sinergismo de ação, e não é recomendada. 
o O uso concomitante de meloxicam com outros AINEs (como ácido acetil-salicílico, diclofenaco de sódio, 
nimesulida) não é recomendado. 
• Posologia: 
o Uso de MOVATEC deve ser restrito a adolescentes e adultos, dose diária máxima recomendada de 
Meloxicam é 15 mg. 
Farmacologia 4 Jennifer Naito 
o Meloxicam injetável deve ser administrado por via intramuscular profunda. Nunca utilizar a via 
intravenosa. A administração intra muscular só deve ser utilizada durante os primeiros dias de 
tratamento, ou seja, a curto prazo e no início do tratamento. Para continuidade do tratamento deve-se 
optar pela via oral (comprimidos). 
o A dose recomendada de meloxicam injetável é de até 1 ampola (15 mg) por dia, via intramuscular 
profunda. 
• Caso clínico: 
o Paciente de 25 anos – cirurgia paraendodontica (traumática) – paciente tranquilo X paciente com dor: 
 
Nimesulida: AINE com efeito anti-inflamatório, antipirético e analgésico. Preferencialmente inibe a enxima COX-2, 
com mínima atividade sobre a COX-1.• Possui muitas outras propriedades bioquímicas que provavelmente são responsáveis pelas suas propriedades 
clínicas, tais como: 
o Redução da formação do ânion superóxido (O2-) – ajuda a diminuir o quadro de inflamação. 
o Inibição de proteinases (elastase, colagenase). 
o Inibição da liberação de histamina dos basófilos e mastócitos humanos. 
o Inibição da atividade da histamina. 
• Farmacocinética: 
o Bem absorvida quando administrada via oral. Alimentos aparentemente não interferem com absorção. 
o Pico de concentração plasmático alcançado após 1,22 a 2,75 horas. Mais de 97,5% do fármaco se liga às 
proteínas plasmáticas. 
o Meia vida em torno de 2 a 4,5 horas. 
o Metabolizada no fígado e o seu metabólito principal, a hidroxinimesulida, também é 
farmacologicamente ativo, com meia vida em torno de 3,2 a 6 horas. Posteriormente sofre conjugação. 
Farmacologia 4 Jennifer Naito 
o Excretada principalmente na urina (50% da dose administrada). Apenas 1 a 3% é excretado como 
composto inalterado. Cerca de 29% da dose é excretada nas fezes após o metabolismo. 
o Nos idosos, o perfil cinético da nimesulida não teve nenhuma alteração após doses agudas e repetidas. 
o Na insuficiência renal moderada (clearance de creatinina de 30 a 80 mL/min), os níveis de pico 
plasmático de nimesulida e de seu principal metabólito não são maiores que dos voluntários sadios. 
o A nimesulida é contraindicada para pacientes com insuficiência hepática devido ao risco de acumulação 
(metabólito farmacologicamente ativo). 
• Contraindicações: 
o Em pacientes com conhecida hipersensibilidade à nimesulida ou à aspirina e outros AINEs. 
o Em pacientes com úlcera péptica em fase ativa, ulcerações recorrentes ou com hemorragia 
gastrintestinal. 
o Em pacientes com distúrbios de coagulação graves. 
o Em pacientes com insuficiência renal grave. 
o Em pacientes com disfunção renal grave. 
o Em pacientes com disfunção hepática. 
o Crianças (menos que 12 anos, segundo a bula). 
• Os efeitos adversos podem ser reduzidos utilizando-se a menor dose eficaz durante o menor período possível. 
A nimesulida foi associada a reações hepáticas sérias, incluindo casos fatais muito raros. Pacientes que 
apresentaram sintomas compatíveis com dano hepático durante o tratamento com nimesulida (por exemplo 
anorexia, náusea, vômitos, dor abdominal, fadiga, urina escura ou icterícia) devem ser cuidadosamente 
monitorados. 
• A administração concomitante com drogas hepatotóxicas conhecidas (paracetamol, diclofenaco) e o abuso de 
álcool, devem ser evitados durante o tratamento com nimesulida, uma vez que podem aumentar o risco de 
reações hepáticas. Reações adversas hepáticas relacionadas ao fármaco foram relatadas após períodos de 
tratamento inferiores a um mês. 
• Cuidados: 
o Sangramento gastrintestinal ou ulceração/perfuração podem ocorrer a qualquer momento durante o 
tratamento. Sendo inibidor mais seletivo para COX-2, possui menor risco para reações adversas GI. 
o Em pacientes com insuficiência renal ou cardíaca (congestiva, hipertensão), é requerido cuidado, pois o 
uso de AINEs pode resultar em deterioração da função renal. 
o Pacientes idosos são particularmente sensíveis às reações adversas dos AINEs, incluindo hemorragia e 
perfuração gastrintestinal, dano das funções renal, cardíaca e hepática. 
o Pacientes com mais de 65 anos podem ser tratados com a menor dose efetiva, 100 mg duas vezes ao 
dia. 
o AINEs podem interferir na função plaquetária, eles devem ser usados com cuidado em pacientes com 
alterações da coagulação, como por exemplo, hemofilia e predisposição a sangramento, embora este 
evento seja menos provável com inibidores mais seletivos da COX-2. 
o Durante a terapia com nimesulida, os pacientes devem ser advertidos para se abster de outros 
analgésicos. O uso concomitante de outros anti-inflamatórios não-esteroroidais não é recomendado. 
o Em pacientes com clearance de creatinina de 30-80 mL/min, não há necessidade de ajuste de dose. 
o Gravidez: risco C. Não deve ser usado durante a gravidez ou amamentação. Verificada embriotoxicidade 
em coelhos, fechamento prematuro do ducto arterioso, aumento da incidência de hipertensão 
pulmonar e insuficiência renal no recém-nascido. 
o Reduzi efeitos diuréticos. 
o A administração concomitante de nimesulida com anticoagulantes (warfarina) ou ácido acetilsalicílico 
pode causar efeitos aditivos (aumento do risco de complicações de sangramento). 
o Reduz o clearance do lítio, resultando em níveis plasmáticos elevados e toxicidade ao lítio. 
o Pode haver potencialização da ação da fenitoína. 
• Reações adversas: 
o Gastrintestinais: diarreia, náusea, vômito. 
Farmacologia 4 Jennifer Naito 
o Casos isolados de hepatite aguda, falência hepática fulminante (algumas fatalidades foram relatadas), 
icterícia e colestase. 
• Posologia: 
o Aconselha-se administrar nimesulida após as refeições, por ser melhor absorvida. 
o Tomar 100 mg a cada 12 horas. 
o Dose máxima diária = 200 mg a cada 12 horas. 
• Caso clínico: 
o Cirurgia pouco traumática: 
 
o Cirurgia muito traumática:

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